MEDITAÇÕES
Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos. Isaías 50:4.
Acompanhado pelo presidente da Missão, eu dirigia por Malaia, um paraíso tropical com plantações de banana, coco e seringueiras. O presidente sugeriu que parássemos numa grande propriedade de produção de borracha para ver um amigo dele. Após a costumeira cortesia asiática de servir uma bebida gelada, nosso anfitrião ofereceu-se para nos mostrar como seus empregados preparavam a borracha.
Passando uma faca na parte do tronco de uma seringueira destinada à extração, o gerente cortou fora um pedaço da casca. O látex branco imediatamente começou a sair da árvore, correndo por um sulco no tronco até um pequeno canal metálico e depois pingando para dentro de uma caneca de porcelana. O gerente explicou que a extração deve ser feita no início da manhã, porque o calor, o vento e a luz do sol tendem a secar o látex e reduzir a produção.
"A seringueira é muito parecida com o cristão, Sr. Tan", disse eu ao gerente da propriedade. "Um cristão deve buscar a Deus no início da manhã, antes que os cuidados do dia se acumulem."
De acordo com S. D. Gordon, "na devoção matinal, fielmente observada, jaz o grande segredo de dominar com maestria a maré que tão ferozmente se revolve ao nosso redor, em vez de sermos arrastados por ela". Isaías encontrou refúgio em Deus cada manhã. "Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos." O salmista orou: "Faze-me ouvir, pela manhã, da Tua graça, pois em Ti confio." Sal. 143:8. "Tendo-Se levantado alta madrugada", Jesus "saiu, foi para um lugar deserto e ali orava." Mar. 1:35. Quando nos encontramos com Jesus pela manhã, descobrimos o Seu segredo de experimentar um dia melhor.
No seringal, naquele dia, o gerente da propriedade também explicou que a extração deve ser feita regularmente; caso contrário, a produção diminuirá. Uma árvore negligenciada, entretanto, voltará a produzir normalmente dentro de algumas semanas se a extração for feita fielmente outra vez. De modo semelhante, se a vida devocional do cristão é intermitente, ele perde seu apego a Cristo. E aquilo que um cristão perde pela negligência de alguns poucos dias, levará muitas semanas para reconquistar. Se realmente buscarmos a Deus, remos encontrá-Lo (Jer. 29:13). Quanta verdade há nisso! – DRG
Não tinha aparência nem formosura; olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dEle não fizemos caso. Isaías 53:2 e 3.
Com demasiada freqüência julgamos as pessoas por sua aparência. Em seu livro By Faith I Live [Vivo Pela Fé], o falecido Pastor William A. Fagal conta uma história sobre Mozart. Ele estava noivo de uma moça que se sentiu infeliz com sua escolha e rompeu o noivado. Mais tarde, quando o mundo começou a reconhecer o gênio musical de Mozart, ela comentou: "Eu nada sabia da grandeza do seu gênio. Via só um homem pequeno."
A Bíblia diz de Jesus: "Olhamo-Lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse." Assim, as pessoas dão as costas e dEle escondem o rosto. Não vêem o que Ele é realmente, até que o Espírito Santo O revele e os atraia a Jesus.
Durante séculos, uma pedra grande jazia nas águas claras de um córrego raso na Carolina do Norte. Os índios freqüentemente atravessavam o riacho naquele ponto. Tempos depois, os colonizadores, ao irem e virem por aquela trilha, viam apenas um bloco feio e escuro de pedra. Deixaram-no ali até que um fazendeiro, que precisava de uma pedra para segurar aberta a sua porta, tirou a pedra do riacho e a carregou para casa.
A pedra ficou na casa dele por longo tempo, até que um geólogo, passando pelo interior, resolveu parar ali. Examinou a pedra e reconheceu-a como algo mais do que simples rocha. Acabou sendo a maior pepita de ouro já encontrada a leste das Montanhas Rochosas. Todos se perguntavam como tantas pessoas a haviam visto e deixado de reconhecer-lhe o valor. Muitos olham para Jesus com olhos que não vêem. Como podem obter um quadro correto de Jesus e reconhecer Seu áureo caráter de amor? "Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério..., isto é, Cristo em vós, a esperança da glória." Col. 1:27. Jesus deseja reproduzir em nós o Seu caráter, a fim de que ele seja então copiado em outros. Como Cristo habita em nós, somos a face, os olhos, os lábios, as mãos e os pés mediante os quais as pessoas vêem a Jesus. Estamos à altura? – HMSR
Mas Ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniqüidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre Ele, e pelas Suas feridas fomos curados. ... O Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Isaías 53:5 e 6, NVI.
Durante a Guerra Civil Americana, os militares prenderam vários civis sulistas e os acusaram de emboscar-se contra os soldados da União. Eles foram considerados culpados e condenados ao fuzilamento. Após a sentença, o general permitiu que tirassem sortes e dessa forma separou alguns para a execução. Seriam mortos na manhã seguinte.
Entre os que esperavam em desespero, estava um senhor de meia-idade, pai de família. O destino que o aguardava afligiu-o profundamente. Durante a noite, um vizinho jovem, que se encontrava entre os presos mas havia escapado do decreto de morte, anunciou: "Não tenho família para lamentar minha perda; confio em Deus e estou preparado para morrer. Estou disposto, para o bem da sua família, a morrer em seu lugar. O general disse que concorda com a mudança e aceita minha morte em lugar da sua."
O surpreso e agradecido homem aceitou o oferecimento, e o substituto permaneceu sob a guarda até o amanhecer. Pela manhã, os soldados conduziram o jovem ao local da execução junto com os outros prisioneiros. Um pelotão de homens com as armas carregadas se pôs diante deles. Quando as balas atingiram seu alvo, ele caiu – morrendo voluntariamente por outra pessoa.
Cristo morreu por nós, como nosso substituto, provando a morte por todos os indivíduos. Era Ele o único sem pecado, mas Deus "fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós." Ele "foi esmagado por causa de nossas iniqüidades", as suas e as minhas. Apresentando-Se como voluntário para receber o "castigo" por nossos pecados, Ele foi "transpassado por causa das nossas transgressões". Pelas Suas fatais feridas "fomos curados" e recebemos vida eterna. Cristo não hesitou em pagar o supremo preço para redimir-nos. Se necessário, Ele estaria disposto a sofrer a morte eterna para que, mediante a Sua morte, encontrássemos nosso caminho para Deus. Cristo aceitou morrer em nosso lugar, recebendo a justa penalidade por nosso pecado e culpa. Foi por isso que Ele morreu – por você e por mim. – HMSR
Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós. Isaías 53:6, NVI.
Vários infartos incapacitaram meu pai, e então meu irmão foi para a guerra. Cuidar do meu pai e carregar todo o peso dos negócios da família exauriram minha mãe. Ela também sofria de uma lancinante dor nas costas. Lembro-me de ouvi-la dizer, quando ficou totalmente debilitada emocional e fisicamente: "Não sei se vou suportar isso por mais tempo."
O sofrimento de minha mãe foi mínimo, comparado com o de Jesus. Seus vizinhos se viraram contra Ele. Os líderes da igreja julgaram mal a Sua missão. Um dos Seus doze discípulos O traiu e Ele foi arrastado diante de autoridades religiosas e romanas. Seus onze discípulos restantes O abandonaram. Em Seu julgamento, Pedro, um dos três discípulos de Seu círculo mais próximo, negou tê-Lo conhecido. Os soldados romanos bateram em Jesus e O fizeram carregar a própria cruz até cair exausto sob o peso. Quando homens maus fincaram a cruz num buraco no chão, Jesus experimentou dor excruciante enquanto os cravos rompiam os nervos de Suas mãos. Isaías descreve Sua dor emocional e física: Ele foi "desprezado", "rejeitado", "oprimido", "afligido", "transpassado" e "esmagado" (Isa. 53:3-7).
Em acréscimo ao sofrimento físico e emocional de Jesus, Deus "fez cair sobre Ele a iniqüidade de todos nós". Pense em experimentar o peso emocional dos pecados de mais de 6 bilhões de pessoas que vivem na Terra hoje, e então acrescente o peso dos pecados de todos os que já viveram. Lembre-se da culpa que você sente quando recapitula um único pecado que cometeu, e multiplique isso pelos pecados da sua vida toda. Depois multiplique sua culpa pela culpa de bilhões de outras pessoas. Lembre-se de que Jesus suportou tudo isso – além de Seu próprio sofrimento emocional e físico. Acrescente a isso o desapontamento resultante dos bilhões de pessoas que rejeitariam a salvação. (O coração de todo ganhador de almas dói por uma só pessoa que recuse a salvação.)
Para Jesus vale a pena sofrer tanto para salvar-nos? "Ele verá o resultado do sofrimento da Sua alma e ficará satisfeito." Isa. 53:11, NVI, nota da margem. Para Jesus vale a pena, sim, porque pecadores respondem e Ele pode justificar [salvar] a muitos (verso 11, NVI). Valeria a pena para você? – DRG
Nós andávamos perdidos e espalhados como ovelhas! Nós abandonamos os caminhos de Deus e seguimos os nossos próprios caminhos; apesar disso Deus jogou sobre Ele a culpa e os pecados de cada um de nós. Isaías 53:6, A Bíblia Viva.
Um senhor me escreveu dizendo que gostaria de saber do que devemos ser salvos. Em outras palavras, ele não cria na existência de alguma coisa chamada pecado. A sociedade chama o pecado de "indiscrição". Alguns eruditos o rotulam como "ignorância". Os evolucionistas podem denominá-lo "um vestígio dos irracionais na humanidade". Os racionalistas declaram que devemos "pôr de lado o defeito". Os liberais referem-se ao pecado como "uma amena fraqueza" ou "um toque de egoísmo". Mas Deus considera o pecado como separação dEle (Isa. 59:1 e 2), uma transgressão de Suas leis (I João 3:4).
Em 1933, Albert Einstein visitava Beno Gutenberg, famoso sismólogo do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. Enquanto os dois andavam pelo campus, viram pessoas agitadas sair correndo dos prédios. Gutenberg, recordando o fato algum tempo mais tarde, disse: "Nós nos havíamos envolvido tanto no assunto da sismologia que não percebemos que o famoso terremoto de Los Angeles em 1933 acontecia ao nosso redor – o maior que já presenciei."
Muitos ficam tão preocupados com a hipocrisia de alguém conhecido, que deixam de reconhecer sua própria e grande necessidade de perdão e vida nova. Mas cada indivíduo sobre a face de nosso planeta é uma pessoa condenada. "Nós andávamos perdidos e espalhados como ovelhas!"
Sendo que "todos pecaram" (Rom. 3:23), todos necessitam de perdão, e Deus "jogou sobre Ele [Jesus] a culpa e os pecados de cada um de nós." O perdão vem tão-somente através do evangelho, as boas-novas da salvação em Jesus Cristo. Por mais contrárias que sejam as opiniões modernas, as pessoas são incapazes em sua própria força de erguer-se do lodaçal e da sujeira do pecado. Mas o Céu nos oferece perdão e salvação pelo poder e intervenção de Jesus. Se "abandonamos os caminhos de Deus e seguimos os nossos próprios caminhos", e nosso pecado é adultério, homicídio, furto, mentira, transgressão da guarda do sábado ou os "pecados menores" de exagerar, comer demais, trabalhar em excesso, Jesus pode dar-nos absolvição eterna. Ele pode remover e removerá o pecado – e a culpa. – HMSR
Designaram-Lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na Sua morte. Isaías 53:9.
Entremos no sepulcro de Jesus. Foi uma tumba cara, mas era emprestada. Com grande esforço, as equipes de trabalho o cavaram na rocha sólida para um homem rico e sua família. Mas Jesus ali dormiu, sepultado em sepulcro alheio. Como homem pobre, Jesus não tinha onde reclinar a cabeça (Mat. 8:20). Não tendo casa própria, repousava nos lares dos outros. Tomou um barco emprestado, dentro do qual pregou, e precisou solicitar um jumentinho sobre o qual cavalgar até Jerusalém para Sua entrada triunfal. Ainda assim, foi sepultado na tumba de um homem rico. O discípulo José de Arimatéia o havia mandado escavar como jazigo de sua família. Mas Jesus fez dele a tumba do Rei do Universo.
José não o perdeu por tê-lo emprestado a Jesus. Recebeu-o de volta, como disse um dos servos de Deus, com juros. Emprestou-o por três dias apenas. Por que foi uma tumba emprestada? Sem dúvida, para mostrar que, assim como Seus pecados eram emprestados – eles eram nossos – assim o Seu sepultamento foi numa tumba emprestada. Jesus não tinha pecado próprio, nunca cometeu um erro. Embora sem pecado, assumiu todos os meus pecados e todos os seus. Suportou nossa aflição e carregou nossas tristezas em Seu corpo na cruz. Portanto, como eram pecados alheios, Ele repousou em sepulcro alheio. E como eram pecados imputados, aquela sepultura foi Sua tão-somente por empréstimo. Não era dEle, mas de José.
Todos os homens, mulheres, meninos e meninas são pecadores, e Ele submeteu-Se à morte como todo pecador deve submeter-se. Inclinando a cabeça na cruz em nosso favor, foi "desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer" (Isa. 53:3), mas ainda assim foi sepultado no sepulcro de um homem rico. Nosso Salvador repousou na tumba como um homem executado e – de que jeito podemos dizer isto? – nós fomos Seus assassinos. Cada um de nós pode admitir: "Eu O matei – minha mão enfiou a lança em Seu coração. Meus atos O mataram. Tomei parte na crucifixão de meu amado Amigo, que me amou com amor infalível." A morte de Outro nos salva, a cada um de nós. Deveríamos apreciar e amar profundamente Aquele que nos resgatou! – HMSR
Feliz Sábado!
Ele verá o resultado do sofrimento da Sua alma e ficará satisfeito. Isaías 53:11, NVI
Os médicos disseram a Arlene que ela não sobreviveria por muito tempo com diálise, e que ela necessitava de um transplante de rim. Sua irmã, Blossom, concordou em doar-lhe um rim. O cirurgião retirou um dos rins de Blossom e o transplantou em Arlene, e ela viveu por doze anos. Alguém perguntou a Blossom: "Se você tivesse sabido que Arlene viveria só mais doze anos, teria feito a doação?"
Ela respondeu nostalgicamente: "Foram doze anos abençoados".
Jesus, nosso Irmão mais velho, sabia que não sobreviveríamos sem um transplante de coração, e por isso Se comprometeu conosco: "Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne." Eze. 36:25, NVI.
O preço que Jesus pagou para cumprir Sua promessa foi muito mais alto do que doar um órgão do corpo sem o qual poderia viver. O preço foi Sua própria vida. Entregou a vida para que pudesse remover nosso velho coração pecaminoso e transplantar um novo coração dentro de nós. E agora temos vida eterna e um novo espírito, Seu Espírito dentro de nós!
Se você perguntasse a Jesus: "Valeu a pena? Você teria feito isso se soubesse que tantos beneficiários potenciais O rejeitariam?", você encontraria Sua resposta no texto de hoje: "Ele verá o resultado do sofrimento da Sua alma e ficará satisfeito."
É verídica a história de Arlene e Blossom? Sim, eu sei que é, porque Mary Zytkosky a contou para nós na igreja num sábado, e ela é uma pessoa honesta e confiável. Perguntei-lhe acerca de Arlene e Blossom e descobri que já havia encontrado o marido de Arlene, embora nunca tivesse ouvido sua história.
Mais importante: Será verdadeira essa história de Jesus dar-nos um coração novo e colocar Seu Espírito dentro de nós? Sabemos que é verdadeira, porque a morte de Cristo em nosso favor é um fato histórico. Porém, ainda mais importante que isso: tem a história de Jesus mudado o seu coração e o meu? Jesus substituiu o seu coração de pedra, pecaminoso, por um coração de carne, colocando em seu íntimo um novo espírito? Então incline a cabeça agora mesmo em oração silenciosa e Lhe agradeça as boas-novas de Seu quase inacreditável sacrifício. – DRG