Batismo Espiritual e o Dom de Línguas:

 

Cheios do espírito Santo - Batismo Espiritual

 

O Santo espírito  (Cristo) nos guia em toda a verdade, nos anima, consola, conforta, adverte, faz-nos lembrar as Suas palavras (João 14:25 e 26). É quem convence o ímpio do pecado, operando a regeneração de seu coração mal, impulsionando-o na aceitação do Seu sacrifício como Salvador, e isto é o que a Bíblia classifica de: "nascidos do espírito" (João 3:8)

Porém o  Santo espírito faz muito mais. Capacita o crente com um poder especial para o serviço de DEUS; isto é o ser "cheio do espírito". (Atos 4:8). É este o batismo do espírito Santo que Jesus mandou os crentes pedir (Lucas 11:9 a 13). E Paulo levou adiante o conselho do Mestre (Efésios 5:18 a 21).

Ellen G. White, disse: "DEUS quer que tenhais a graciosa dotação espiritual; então trabalhareis com um poder que antes nunca vos sentistes conscientes... DEUS deseja refrigerar Seu povo mediante o dom do  Santo espírito, batizando-os novamente em Seu amor". Evangelismo pág. 180; Serviço Cristão, pág. 250 - CPB.

Portanto, o batismo espiritual é uma realidade e uma benção gloriosa. É uma dádiva celestial que nos diz respeito. Precisamos dele. Sem o batismo do espírito de DEUS não realizaremos o trabalho do Senhor, a contento.

Porém, o batismo do espírito Santo ou ser "cheio" do espírito não é uma experiência isolada, temporária ou dramática, ocorrida em determinado momento; mas sim uma dotação especial de poder ao crente que se coloca no altar de DEUS como sacrifício vivo (Romanos 12:1); que faz uma entrega sem reservas de sua vida, andando lado a lado com o Senhor e que tem certeza plena da vida escolhida em Cristo, fato que gera então profundo gozo e grande autoridade na Palavra, bem como qualifica-o para realizar os milagres que DEUS achar necessários.

Andar no espírito é o primeiro passo para o batismo espiritual, isto é, capacitação do poder especial. O crente vai andando no espírito (crescendo na fé), o poder do espírito vai descendo até ele, (capacitando-o), até que ele dirá: "Já estou crucificado com Cristo, e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim..." (Gálatas 2:20). Eis aí o crente batizado com o espírito Santo.

Efetivamente, o crente batizado nas águas em nome de Jesus está completo. Ele tem o espírito Santo, pois Jesus e DEUS, o Pai, passam agora a habitar em seu coração. Portanto, ao sair das águas o crente pode garantir: "Eu fui batizado com o espírito Santo". Deverá pois, prosseguir em sua experiência cristã andando no espírito nO qual foi batizado.

Entretanto, o crente pode, mesmo após o batismo, resistir a submeter sua vida ao Santo espírito  (Atos 7:51); podendo desta forma entristecê-Lo (Efésios 4:30); e pior, extingui-lo (I Tessalonicenses 5:19). Daí podemos afirmar: O crente pode ser batizado no espírito Santo mas nunca chegar a ser "cheio" do espírito Santo. "Ser continuamente cheio do espírito é na verdade um desafio de cada dia. Nada, a não ser uma contínua vida de oração, contínua disciplina espiritual e constante vigilância capacitará o cristão de continuar a ser cheio do espírito Santo" (Endruveit). O crente batizado em Jesus (Atos 2:38) tem todas as condições de crescer na graça e fé e ter uma vida cristã vitoriosa, sadia, frutífera, poderosa e plena, tornando-se "cheio" do Seu espírito. Basta só consagração (dedicação).

Sem errar, dizemos-lhe: O ser ou estar continuamente "cheio" do espírito Santo deverá ser uma característica da vida do cristão. Não uma momentânea e passageira emotividade vinda porventura de um desgaste impulsivo de às vezes 45 minutos orando, em meio a febril gritaria (e a reverencia ao Senhor, que te criou, onde fica? - I Cor 14:40). Batismo significa imergir. O batismo do espírito Santo sugere pois que somos imersos em Cristo, que não é outra coisa, senão a experiência diária no processo da santificação. O esvaziamento voluntário do próprio EU para a entronização do espírito de Jesus.

– Daí todos percebem quando alguém foi batizado com o espírito Santo? Por que falou em "línguas"?

       – Não!

– Deu gritos de aleluias?

Não! Foi porque sua vida mudou para melhor.

       Foram abandonados todos os defeitos de caráter. Vencidos o ódio, os vícios (quantos irmãos e pastores que se dizem "batizados no espírito" continuam a beber ou fumar - I Cor 3:16), orgulho, egoísmo, inveja e toda a maldade e impureza que estavam arraigadas e escondidas no coração. Tem, tal crente, poder na palavra e louvor nos lábios. (É a experiência diária e não um momento explosivo).

       Assim, pois, atua o Santo espírito : - Na regeneração do pecador Ele liberta a alma do poder do pecado; na consagração do crente Ele dota a vida com o poder para o serviço de DEUS. Em outras palavras: Antes da conversão o espírito Santo trabalha de fora para dentro (Isaías 30:21; Apocalipse 3:20). Depois da conversão é de dentro para fora (I João 3:21 e 22; Hebreus 8:10 e 11).

Só nos resta reafirmar-lhe, o espírito Santo só precisa encontrar dedicação em sua vida para revesti-lo de Sua plenitude. O crente fiel e obediente (João 14:15), que se encontra em avançado estado de santidade recebe do Senhor o batismo do poder para executar o Seu trabalho. E assim vai se tornado um vaso de benção até o dia que o Senhor puder usá-lo de forma a concluir Sua obra, no derramamento da "chuva serôdia".

Buscar o Batismo do espírito

Amado irmão, você não deve buscar o batismo do espírito Santo para falar "línguas", ou para confirmá-lo como verdadeiro filho de DEUS, ou para ser salvo - Cristo já o salvou -  ou para sentir a alegria da salvação, ou ainda para ter a certeza da salvação, pois assim poderá ser envolvido por uma sutileza de Satanás. O batismo do espírito Santo não é uma suplementação de sua fé e sim uma benção espiritual, uma capacitação contínua e progressiva. Davi quando se arrependeu de seu terrível pecado, experimentou o gozo do perdão, da salvação, do amor de DEUS, da misericórdia divina, sem contudo falar "línguas" (Salmo 51:1 a 12; Salmo 145:1 a 5).

A satisfação da salvação provém do arrependimento sincero e abandono de todos os pecados cometidos. A certeza da salvação está na aceitação do sacrifício expiatório de Cristo. E certamente o dom de falar novas línguas (línguas das nações), será concedido quando necessário, basta apenas crer. (Marcos 16:15 e 16; Filipenses 4:19 a 20)

Infelizmente nota-se na procura deste poder, como é visto no pentecostalismo atual, como quem o busca e necessita apenas uma vez. Na verdade uma pessoa que busca este poder, somente por alguns instantes, não tem experimentado aquela íntima comunhão com Cristo que produz uma vida cristã elevada, plena em harmonia, alegria, amor e felicidade, dia após dia.

"O recebimento do espírito Santo uma vez não é suficiente para a vida (virgens néscias). Triste na verdade, é a experiência do homem que ainda se acha testificando que há vinte anos atrás o espírito veio sobre ele. Ao contrário, nosso testemunho deveria ser que hoje o espírito Santo novamente me batizou". Atalaia 3/76, pág. 4 - CPB. "... o necessário é o batismo diário, a submissão diária, a vitória diária sobre o pecado, mediante um diário batismo do espírito Santo". Idem.

Não busque o batismo do espírito sem a plena certeza de ter todos os seus pecados confessados e perdoados; sem estar em uniformidade com os reclamos da Onipotência, porque o diabo pode enviar-lhe um poder de contrafação para enganá-lo e até mesmo fazê-lo orgulha-se, sentir-se auto-suficiente, melhor que os outros, envaidecer-se, perder-se. Saiba também que: "uma profunda emoção de algumas horas não é o batismo espiritual: alegrias e transes nervosos e inquietos não tem valor em si, como fim desta benção gloriosa. O que importa é depois, é a duração dela no dia a dia, ano a ano da vida de serviços e de consagração. Pouco importa a certidão do dia do meu batismo no espírito; importa sim, minha folha de serviços no poder do espírito Santo! O dia é data minha; a obra realizada através de meses e anos são frutos e resultados para a igreja e o mundo. O valor não repousa sobre o que eu senti, mas o que os irmãos e o mundo sentem e vêem na minha vida, nos resultados conseqüentes de meu batismo pentecostal!" - Elemer Hasse, Luz Sobre Fenômenos Pentecostal, pág. 40.

Se nossa vida está envolvida na de Cristo, se a consagração é vista em nós, se nos encontramos no ápice da fé e obediência, Apocalipse 14:12, então é nossa essa dádiva do Céu. Essa dádiva (capacitação efetiva do espírito Santo), é nos oferecida como penhor eterno, e não para produzir êxtase de emoção e prazer momentâneo, mas para vencermos as "astutas ciladas do diabo", e realizarmos o trabalho de DEUS (Mateus 28:18 a 20; Apocalipse 10:11).A obra do espírito Santo é Cristocêntrica. Isto é, o espírito Santo é a atuação de Jesus em sua vida. Ele garantiu, com relação à Sua presença espíritual:

Enviá-Lo (estar com você em todos os momentos)

João 16:7

Lembrá-lo de tudo que Ele disse.

João 14:25 e 26

Testificar de Sua obra.

João 15:26

Guiá-lo à toda Verdade.

João 16:13

Convencendo o mundo do pecado, da justiça e do juízo.

João 16:8 a 11

Se uma pessoa diz-se batizada pelo espírito e está na igreja, 30, 40 ou 60 anos e ainda não foi lembrada pelo espírito Santo de que o sábado é o dia do Senhor e que há necessidade de uma reforma de saúde, abstendo-se dos alimentos imundos (e dos alcóolicos também), há algo errado!

 

O espírito Santo Poderá Retirar-se

"De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de DEUS, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o espírito da graça?" (Hebreus 10:29)

Os que resistem ao espírito de DEUS, impedindo que Ele (Jesus) possa atual em sua vida, não sabem até onde Satanás os levará. Quando o espírito Santo não está presente na vida do homem, este fará imperceptivelmente certas coisas que outrora encarava, de maneira correta, como evidente pecado. A menos que atenda às advertências, envolver-se-á num engano que, como no caso de Judas, o levará a tornar-se traidor e cego. Seguirá passo a passo as pegadas de Satanás. Quem, então, poderá lutar eficazmente contra ele? Pleitearão os pastores com ele e por ele? Todas as suas palavras são como conversas infundadas. Tais almas têm a Satanás como companheiro favorito, para desvirtuar as palavras proferidas e levá-las ao seu entendimento sob falsa luz. Paulo, antes de ter um encontro com Jesus na estrada para Damasco, julgava estar fazendo a obra do Senhor, cegado que estava pelo inimigo, através das doutrinas dos líderes judaicos; e, hoje não é diferente: Muitos julgam estarem fazendo um "favor" a Deus quando perseguem, abominam e até mesmo excluem membros da igreja por discordarem de algumas doutrinas extra-bíblicas impostas pelos líderes...

Quando o espírito de DEUS é descaracterizado, todo apelo feito através dos servos do Senhor é inexpressivo para eles. Interpretarão mal cada palavra. Zombarão e escarnecerão das mais solenes advertências bíblicas, as quais, não houvessem eles sido fascinados por instrumentos satânicos, os fariam tremer. Todo apelo feito a eles é inútil. Não prestam atenção a repreensões e conselhos. Desprezam todas as instâncias do espírito e desobedecem aos mandamentos de DEUS que outrora defendiam e enalteciam. As palavras do apóstolo bem podem aplicar-se a tais pessoas: "Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?" (Gálatas 3:1). Seguem o conselho de seu próprio coração até que a verdade deixa de ser verdade para eles. Barrabás é escolhido, e Cristo é rejeitado.

É essencial viver toda palavra de DEUS; do contrário, nossa velha natureza se reafirmará constantemente. É o próprio espírito Santo, a graça redentora da verdade na alma, que torna os seguidores de Cristo um, uns com os outros, e um com DEUS. Só Ele pode expelir a inimizade, a inveja e a incredulidade. Ele santifica todas as afeições. Restaura a alma desejosa e voluntária, do poder de Satanás para DEUS. Este é o poder da graça. É um poder divino. Sob a sua influência, há uma mudança dos velhos hábitos (costumes e práticas que quando acalentados, separavam a alma de DEUS); e a obra da santificação prossegue na alma, avançando e se ampliando constantemente. - (Review and Herald, 12 de outubro de 1897) - Ellen G. White, E Recebereis Poder, 1.ª ed., 1999, pág. 34.

 

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