Estudos da Bíblia: Primeiro trimestre de 2004
Tema geral: João: o Evangelho Amado
Estudo nº 12 - A vida pelos amigos
Semana de 13 a 20 de março
Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto R. Marks
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Ijuí - Rio Grande do Sul, Brasil


Os estudos sobre o evangelho de João são proveitosos para elevar o conhecimento relativo a nosso Salvador. Eis que João tornou-se o mais achegado ao Autor e Consumador da nossa fé. Poderemos adquirir nesses estudos, com certeza, excelente conhecimento sobre o propósito da vida tal como foi planejada na perfeição ou como a nós foi prometida na redenção. O empenho na aquisição de conhecimento, contudo, deve vir ladeado com a disposição de sermos transformados, a exemplo desse profeta que o Senhor transformou de filho do trovão no especialista em amar a DEUS e amar o próximo. Esses estudos terão continuidade, no futuro, com o próprio profeta.

 

I – Esboço auxiliar do professor

1.1                 - Ênfase geral da semana:

1.2                 - Incentivo ao debate

a)       Questão geral da semana:

b)       Outras questões e desafios para aprofundamento

 

1.3                 Introdução – santo sábado, dia do Senhor

Ênfase do dia: O Rei do Universo nos avaliou em tanto quanto Ele mesmo vale!

a)       Quanto você tem se avaliado antes de estudar esse assunto?

b)       Quanto em geral um ser humano vale no mercado, quer livre de trabalho, quer no ilegal?

c)       Quanto é o valor de um ser humano perante DEUS?

d)       Consideramo-nos como valendo tanto?

 

1.4                 Primeiro dia: Traído e negado

Ênfase do dia: Tudo sob controle

a) Descrever a ridícula prisão de JESUS: Ele administrou todos os detalhes, deu ordens, conduziu os fatos, calou-Se em outros momentos, para que O crucificassem na sexta-feira exatamente às nove horas da manhã! E Seus inimigos pensavam que estavam vencendo, quando na realidade, estavam sob as ordens de Quem pensavam ser seu prisioneiro. Isso não é ridículo? Eles só descobrirão a natureza de seu ato quando O virem retornando nas nuvens...

 

1.5                 Segunda-feira: Perante Anás e Pilatos

Ênfase do dia: Afinal, porque O condenaram? Qual foi o motivo?

a) Professor, procure demonstrar que JESUS estava no perfeito controle da situação e estava administrando tudo para ser condenado e morto, e que os agentes de satanás executavam o que JESUS, indiretamente lhes abria as portas para fazer. E satanás pensava estar no caminho da vitória, assim como todos ali que se posicionaram contra JESUS. Esse é Rei mesmo, soube com maestria administrar até mesmo uma condenação contra Si mesmo, algo humanamente impossível, pois lutavam contra a verdade! Atenção, JESUS os utilizou, como Judas, pois já se haviam definitivamente entregue a satanás.

 

1.6                 Terça-feira: Recurso político

Ênfase do dia: Os interesses particulares podem servir para nos destruir para sempre.

a)       Descreva os grupos de interesses: Líderes judeus, Pilatos, o povo, os discípulos e o próprio JESUS.

b)       Como cada um agiu e qual foi o resultado dessa ação?

c)       E nós, o que faremos de JESUS?

 

1.7                 Quarta-feira: Humilhação, morte e sepultamento

Ênfase do dia: Dois aspectos que se sobressaem – o horror da Sua morte e a solidariedade da natureza

a)       Por que Pilatos escreveu aqueles dizeres na cruz?

b)       Que segurança nos dá o cumprimento preciso das profecias (capacidade de DEUS conhecer o futuro, precisão das profecias, e certeza de que Ele volta, etc.)

c)       Como DEUS administra e tem o controle sobre tudo, até sobre os inimigos (coisa realmente incrível)?

 

1.8                 Quinta-feira: O significado da cruz

Ênfase do dia: Se JESUS não fosse morto, nós é que morreríamos

a)       Por ser a Lei imutável, a transgressão dela sempre será pecado, e não há como fazer um arranjo para evitar a punição;

b)       Portanto, para evitar que morrêssemos para sempre, JESUS morreu por nós.

c)       Como se explica a ironia da declaração de Caifás, que ao mesmo tempo profetiza ser JESUS o Salvador da nação e determina que Ele deve morrer? Por que Caifás não se entregou a JESUS? (Ele profetizou isso por força de seu cargo na igreja, mas era agente de satanás.)

 

1.9                 Estudo adicional – Sexta-feira, dia da preparação:

a)       Por que JESUS teve que ir para a cruz?

b)       Quem estava sendo condenado no julgamento de JESUS, era Ele ou fomos nós?

c)       Como JESUS arriscou tudo, Sua vida, Seu governo, a existência do Universo, indo voluntariamente para a cruz?

1.10              Apelo final:

A coisa mais inteligente que qualquer ser humano pode fazer é prover para o futuro. A capacidade de planejar o futuro é uma faculdade dos seres racionais, que o fazem utilizando a inteligência. A maior provisão é decidir pela vida eterna. Para esse caso, não há necessidade de acumular riqueza, apenas de se arrepender e fazer a entrega completa ao Salvador. Então, pelo poder do Espírito Santo, continuar caminhando, como Enoque, com DEUS.

A nossa vida eterna vale tanto que JESUS arriscou tudo, mesmo que só viesse a se salvar uma pessoa das tantas que nasceram nesse planeta. É loucura rejeitar um Salvador assim! É falta de sabedoria deixar uma entrega tão importante para mais tarde.

 

II – Comentário ao estudo da lição

 

2.1                Introdução – santo sábado, dia do Senhor (cf. Mat. 12:8)

(O sábado é o dia em que O Senhor descansou, por isso o abençoou e o santificou. (Êxo. 20:11)

Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos” (João 15:13).

Parabéns ao autor John Paulien. Nunca havia pensado dessa forma, que a cruz estabelece para sempre o valor do ser humano. É de um significado impressionante. Essa frase torna o plano de salvação muito mais claro.

A questão básica colocada pelo autor é: quanto pagam por nós? Não é o quanto estamos pedindo por nós, mas o quanto alguém oferece pelo nosso ser.

Os jogadores de futebol, de certo dando uma boa dimensão da baixaria a que se pode destinar um ser humano, são comprados e vendidos a papel moeda corrente. Os criminosos justiceiros também fazem o mesmo, pedem algum valor por cabeça para seus trabalhos de eliminação de algum ser humano. Os escravos também atingiam valor, conforme pudessem produzir, suportar o trabalho duro e não ficar doentes. Os assalariados também são pagos conforme valem no mercado, ou, as vezes, conforme o valor de seu trabalho. Para a seguradora, quanto mais idoso, mais pedem para fazer um seguro de vida. Pessoas doentes nem são aceitas facilmente, custam muito caro. Chegamos a uma situação em que crianças tem preço no mercado negro. Elas são raptadas e vendidas para pessoas em outros países. Mulheres também são vendidas, principalmente meninas, para fins de prostituição. Esse é atualmente o terceiro mais rentável negócio em nosso planeta, embora ilegal.

Por diversos motivos são atribuídos valores aos seres humanos. Mas, como o ser humano entende pouco a respeito dele mesmo, pois o negocia com moeda que quase nada vale, e estipula preços de feira em momento de liquidação um pouco antes de jogar tudo fora.

Quanto o Rei do Universo nos avaliou? Ele determinou um valor para o ser humano. Ou seja, foi determinado o quanto vale qualquer criatura do Universo. Ele pagaria o mesmo, seja para um terrestre, seja para qualquer ser de outro planeta.

O pecado trouxe enormes perplexidades, mas, também possibilitou revelar o quanto nosso Criador avalia suas criaturas. Nessa avaliação foi determinado a verdadeira natureza do caráter do Criador, e também fundamentada a razão da derrota de satanás. Ficou definido que DEUS jamais abandonaria uma de Suas criaturas. Para separar-Se de uma de suas criaturas é preciso que esta se separe d’Ele, caso contrário, jamais se separarão.

Então, quanto vale mesmo um ser humano? Quanto DEUS pagou por qualquer ser humano vivente na Terra? Na realidade, não tem preço. O que DEUS deixou de oferecer pelo ser humano? Ele poderia ter dado em troca o planeta Terra; o sistema solar, ou a galáxia da Via Láctea, ou a metade de Seu reino, ou ainda o Universo inteiro. Não fez isso por que nos avaliou como valendo mais que toda a criação. Ele não tinha nada mais caro que Ele mesmo e Sua vida para dar por nós. DEUS não tem preço, não pode ser vendido nem trocado. Os homens deram por DEUS trinta moedas de prata, mas DEUS não nos comprou por alguma moeda ou algum bem de troca. Ele nos avaliou o quanto vale Ele mesmo, e Se deu por nós. Portanto, valemos tanto quanto Ele vale, valemos muito, não temos preço. Nada pode nos tirar do amor de DEUS, senão que nós mesmos não O queiramos. Se DEUS tivesse algum preço, esse seria o preço de qualquer uma de Suas criaturas.

Sabe de uma coisa amigo leitor. De hoje em diante vou me valorizar mais diante de DEUS. Se Ele me valorizou a tal nível, quero pelo menos respeitar esse valor e pertencer a Ele. Apenas cada um de nós pode anular o valor que Ele nos atribuiu. Faça o mesmo, se DEUS fez tanto, por certo vale a pena deixar que Ele te salve também. Imagina o que Ele fará depois que puder te abençoar com felicidade eterna em lugares perfeitos! Imagina o que Ele será capaz de fazer para ver você feliz, para surpreender você, para deixar você pleno de alegria. Não se pode hoje imaginar do que o amor vai ser capaz após a segunda vinda. Podemos entender um pouco melhor o que por certo quer dizer I Corr. 2:9...

 

2.2                Primeiro dia: Traído e negado

O autor da lição chama atenção para um aspecto até então pouco explorado nos estudos, mas muito significativo. É sobre como JESUS administrou, Ele mesmo, seu encaminhamento para a morte. vejamos alguns lances sobre isso.

Primeiro, Ele evitou que fosse preso, julgado e morto antes do tempo:

ð         Ele desaparecia quando O queriam prender entes do tempo;

ð         Ele debatia com seus opositores e os deixava derrotados, e eles é que saiam, envergonhados, da Sua presença;

ð         Ele expulsou maus elementos do templo, por duas vezes;

ð         Ele aconselhava discrição ao realizar algum milagre, para que os líderes religiosos não soubessem.

Quando chegou a hora, então Ele administrou na direção do que deveria acontecer, fez isso cuidadosamente:

ð         Ele não evitou que Lázaro morresse, poderia tê-lo curado à distância, mas pelo contrário, o deixou ficar morto por quatro dias;

ð         Ao ser Lázaro ressuscitado, havia ali uma pequena multidão, e JESUS demonstrou que era Ele mesmo que o estava ressuscitando, e não pediu mais segredo;

ð         Então se escondeu estrategicamente para que não O prendessem antes da quinta-feira;

ð         Entrou aclamado na cidade de Jerusalém humildemente montado num jumento, seguido por milhares de pessoas

ð         Foi então que expulsou pela segunda vez os negociantes do templo;

ð         (Isso tudo elevou a temperatura do ódio dos que só sabiam odiar ao máximo, e era agora proposital);

ð         Então, já na quinta à noite, após a ceia, deu a ordem a Judas, liberando os inimigos para que O prendessem;

ð         Após aconselhar bem o restante dos discípulos, foi em direção ao local onde seria preso, o Jardim do Getêmani, e ali, antes de ser preso, orou como jamais alguém orara antes nem viria orar depois, essa foi Sua maior batalha, quando foi preso, já se tornara um potencial vitorioso;

ð         Na hora certa, vem Judas, os demais religiosos e os soldados para O prenderem, e Ele não se esquivou como das outras vezes, mas Se entregou voluntariamente (essa deve ter sido a prisão mais ridícula de todos os tempos, prenderam DEUS...);

ð         JESUS intercedeu para que ninguém mais fosse preso, senão Ele mesmo (e eles obedeceram a isso e tudo o que Ele mandava – você já viu outra prisão onde o preso determina às autoridades o que deve ser feito?!);

ð         No julgamento, já não mais debateu, mas permitiu que eles dissessem todas as bobagens e mentiras, que O julgassem falsamente, e tudo o mais que já sabemos (ver Isa. 53:7). Ele não abriu (mais) a Sua boca.

Quando parecia tudo fora de controle, tudo perdido, na realidade estava tudo indo pelo caminho cuidadosamente planejado, e estava tudo certo, Ele veio para ser morto por nós.

E Judas, precisava trair JESUS? Não, não precisava. Mas estava na profecia, certo? Sim estava, e sabe por que o ato de Judas estava na profecia? Porque DEUS já sabia que Judas o faria, e o revelou, mas não determinou que Judas agisse assim. DEUS simplesmente anunciou o que Judas, bem como os demais, iriam fazer. A morte de JESUS poderia ter sido diferente. Essa morte foi decidida pelo governo celeste, mas a participação de cada personagem foi decisão livre de cada um, tanto a de Judas, como a negação de Pedro, a dos líderes religiosos e a dos soldados, e, em especial, a das autoridades romanas. Cada um escolheu o que fez, e essa escolha já era do conhecimento de DEUS, e para sabermos, foi escrito antes.

Assim é hoje. As profecias nos antecipam não o que os homens devem fazer de errado, mas o que eles escolhem e escolherão fazer. Foi escrito sobre a união das igrejas em estado de prostituição doutrinária, pois estão aí os fatos. Foi previsto, por exemplo, que os EUA dominariam o mundo para impor o decreto dominical, pois isso também já está acontecendo. E muitas coisas mais.

É importante o seguinte. Eu e você somos livres para escolher. DEUS jamais forçará nossas escolhas. Ele cria todas as condições para que tenhamos as informações e o conhecimento para escolher certo. No entanto, mesmo dentro da igreja que ensina a Bíblia, a maciça maioria escolherá pelo caminho da morte, e essa escolha será respeitada por DEUS, embora com muito pesar. A cada dia que passa, devemos reforçar pela oração nossa separação do mundanismo que penetra, a olhos vistos, arrogantemente na igreja. Se está profetizado que serão poucos os que se salvarão, que a maioria será surpreendida como se JESUS viesse como um ladrão, isso não quer dizer que você deve estar entre essa maioria. Fazer parte dela, ou estar junto com a minoria, essa escolha é sua, de mais ninguém.

 

2.3                Segunda-feira: Perante Anás e Pilatos

Foi uma cena de fantoches. Os homens pensavam que ali estavam julgando um ser humano, mas na realidade, o que se passava era entre JESUS e satanás. Os homens, soldados, líderes religiosos, líderes políticos, tribunal, eram todos agentes de satanás cumprindo determinações da parte dele. Estavam vendidos a ele, e, pensando ser livres, não passavam de escravos a seu serviço. Grande parte dos que ali estavam eram endemoninhados, por certo sem consciência da escolha que fizeram, outros talvez inocentes que participavam sem saber porque ali estavam. As evidências do erro da escolha deles era clara, pois JESUS lhes perguntou, por que estava sendo batido.

Veja bem o que se passou. O sumo sacerdote, que deveria ser o guardião dos princípios dados pelo próprio JESUS, desde séculos anteriores, indagava e inquiria o autor da Lei (como se fosse autoridade para isso, era, na realidade, emissário de satanás). Vejamos por partes, parafraseando, em síntese, o que se passou.

Sacerdote: Que doutrina é essa que estás a pregar por aí? (João 18:19)

JESUS: Eu tenho falado abertamente (não fiz agito político em oculto) e as pessoas que ouviram estão aqui, se falei mal (contra César, contra a ordem, promovendo alguma revolução, falando contra o templo, destruindo os escritos dos profetas, etc), eles sabem o que disse, pergunte a eles se falei algo que seja perigoso?

O guarda dá um bofetão no rosto de JESUS (guardas geralmente nada sabem do que se passa, cumprem ordens e tem orgulho de demonstrar sua fidelidade, por mais ridícula que seja essa demonstração). O guarda, demonstrando completa falta de conhecimento a respeito de JESUS, e agindo em total ignorância quanto a condução de seus atos, ainda diz a JESUS: “É assim que falas ao sumo sacerdote?” (18:22)

JESUS: “Se falei mal, dá testemunho do mal; mas se falei bem, por que me feres?” (18:23) Isto quer dizer: prove que disse algo pelo qual mereça ser punido; ou, se disse algo ofensivo a alguém.

Agora ocorreu um impasse. JESUS, falando, seria impossível de ser acusado, ele bem sabia defender-se. Pense um pouco, como seguir adiante naquele julgamento, diante do que JESUS disse ao sumo sacerdote? JESUS os desafiou a que testemunhassem contra Ele a respeito de tudo o que falou, e o disse nos templos, em público, e todos o ouviram. Agora a questão era, como seguir adiante com esse julgamento, uma vez que JESUS já estava preso, mas sem acusação, foi preso sem motivo. Como argumentar contra um homem que sempre se saía vitorioso nos debates com os doutores da Lei. Então Anás enviou JESUS para Caifáz. O interrogatório no Sinédrio continuou, de forma bem desastada. Percebe-se que nem sequer haviam preparado provas contra JESUS, e nem sabiam como interroga-Lo. Era o ódio contra Ele que os levou a prende-Lo. Não havia um plano de julgamento, e se havia, falhou. Apressadamente procuravam testemunhas falsas para servir de acusação, mas nem lembraram de alguma testemunha de defesa. Tudo estava constituído para acusar e condenar, absolver, nem pensar nessa hipótese.

A situação estava sendo altamente favorável a JESUS, ou seja, com o que Ele disse até o momento, não havia como condena-Lo, e teria que ser libertado. Então JESUS mesmo teve que dar-lhes um motivo, mesmo que o interpretassem falsamente. JESUS sabia que fariam mau uso da verdade que falava, mas teria que falar de tal maneira que eles pudessem seguir adiante em seu intento, ou não seria morto. Satanás estava do outro lado, com o sumo sacerdote.

A situação no tribunal agora estava no seguinte ponto: era JESUS o dono da cena, Ele que estava comandando tudo. Ele poderia assumir três atitudes: ou Se defendia, e se sairia vitorioso, mas não seria morto; ou ficava quieto, e o processo emperrava ali mesmo, e também provavelmente não seria morto; ou lhes daria um motivo aparente para o levar à morte. Foi o que fez. Isso se relata em Mateus 26:63 a 65.

Ante o silêncio de JESUS, o sumo sacerdote o conjurou pelo nome de DEUS a que falasse, e que dissesse se era o CRISTO, o Filho de DEUS. Mediante essa ordem JESUS falou, e assim deu-lhes o motivo aparente (porque um motivo verdadeiro não havia) para o condenar. JESUS disse que era sim o Filho de DEUS, e disse que eles O veriam descendo nas nuvens do Céu. Diante disso, eles tomaram tal palavra como blasfêmea, isto é dito de alguém que quer se fazer passar por DEUS. Não esqueçam os leitores que a essa altura JESUS não necessitava mais dizer quem Ele era, com a ressurreição de Lázaro ficou definitivamente provada sua origem, e eles o sabiam. Mas, por essa palavra, dita por Ele mesmo, O classificaram como réu de morte, e O condenaram. Para a execução, o levaram a Pilatos. Veja bem, JESUS teve que administrar a situação para que pudesse morrer por todos nós. Ele não ajudou a satanás, na realidade ele Se entregou a satanás e seus agentes, e disse justamente a verdade que mais irrita a satanás, pela qual ele tanto luta. JESUS disse que era Rei, justamente o que satanás quer ser, e não consegue, justamente o que ele perdeu definitivamente naquele debate. JESUS, como sempre, era o Senhor da situação. Quando JESUS ali disse que era Rei, e que viria outra vez, satanás ficou tão irado que perdeu o controle de suas atitudes, e cego, forçou todos a condenarem o Rei à morte. JESUS queira exatamente isso, assim Se tornou no Salvador da humanidade, e, como disse, voltará outra vez. Pois está por voltar!

Perante Pilatos JESUS não mais necessitava administrar para não ser executado. Já estavam decididos, e Pilatos devia favores aos judeus, pois estava em situação política precária, assim como diante do Imperador romano. Era o momento de concertar tudo, agradar aos judeus e se mostrar firme perante o Imperador. Agindo assim, tornou-se inimigo diante do Rei do Universo. Diante desse coitado, JESUS apenas falou o que deveria dizer para dar-lhe uma oportunidade pessoal. Se quisesse salvar-se, ali estava O Salvador, bem diante dele. Mas quando Pilatos ironizou e perguntou o que era a verdade, sendo que não estava interessado nela, senão em re-equilibrar sua situação política, JESUS não lhe disse mais nada. Este líder também já estava fechando a sua porta da graça, bem diante daquEle que lhe poderia levar para a vida eterna.

Em Sua defesa JESUS apenas falou quando o soldado lhe bateu. Ele falou para demonstrar a todos que ali tudo era falso, e fosse qual fosse o resultado do julgamento, o que queriam era mata-Lo. Então, só falava para salvar a alguém, para o que veio, ou para facilitar sua condenação, mesmo que em razões apenas aparentes, porque motivos reais não havia.

Agora, para nós resta perguntar: qual será nossa atitude? Como nós agimos diante da necessidade de decidir, ou pelas honras, modas, atrações desse mundo, ou renunciando tudo, nos posicionamos ao lado de Quem nos pode levar á vida eterna?

 

2.4                Terça-feira: Recurso político

Título bem atual esse. O que é um recurso político? É uma ação esperta pela qual se consegue agradar de forma ao menos razoável todos os grupos envolvidos. Isso seria para o caso de JESUS. Vejamos o que estava em jogo, ou seja, que interesses pressionavam no caso de JESUS.

ð                  Em primeiro lugar, JESUS foi para morrer mesmo, mas teria que ser julgado por um tribunal para ser condenado embora sendo inocente;

ð                  Os líderes judeus não queriam perder ainda mais prestígio para JESUS, e também não queriam correr o risco de perder suas regalias junto ao Império Romano, para o que deveriam submeter o povo a esse império;

ð                  Pilatos queria retomar a simpatia junto ao povo e líderes judeus, bem como reafirmar-se junto ao imperador, sua imagem estava desgastada;

ð                  O povo queria ver um espetáculo, como hoje também é, e tornando-se ‘massa’ também se torna presa de manobras dos interesses, pela forma das emoções;

ð                  Algumas pessoas não queriam que JESUS morresse, eram os poucos amigos que ficaram do lado d’Ele, embora sem nenhuma força política para defende-lo, e isso nem mesmo deveria ser feito;

ð                  Os sacerdotes, em particular, queriam restabelecer sua autoridade junto ao povo e sua fidelidade junto ao Império Romano.

Pois bem, todos se deram mal em seus interesses políticos, pois a história provou que nada conseguiram do que queriam. O único que conseguiu tudo o que queria foi o próprio condenado, JESUS, que Se tornou Salvador, exatamente como planejara.

Mas onde fica aqui a manipulação política?

ð            Os líderes Judeus ao mesmo tempo queriam livrar-se de JESUS e agradar as autoridades romanas, e assim agiram.

ð            Pilatos, quis agradar o povo, os líderes judeus e o imperador, e assim agiu.

ð            O povo gritou conforme os líderes judeus determinavam, levado pelas emoções e pelo sensacionalismo, como ainda hoje é feito.

ð            O debochado do Herodes, um curioso primário, só queria que JESUS fizesse alguma mágica para ele se divertir. JESUS nem lhe concedeu a graça de ouvir a sua voz.

E quais foram as conseqüências?

ð            Os líderes judeus e o povo perderam tudo, após se entregarem a César, um imperador pagão de um império pagão, rejeitando diante de seu Rei a Sua autoridade, como nação rejeitaram para sempre também O Salvador. César dominou sobre eles, o templo foi destruído mais tarde pelo próprio Império Romano no qual confiaram, eles foram espalhados pelo mundo, nunca mais foram uma grande nação, e sempre estão sendo perseguidos (é forte o anti-semitismo de tempos em tempos).

ð            Pilatos mais tarde perdeu seu poder.

ð            Herodes morreu comido por bichos, quando pensava estar no auge da sua glória, na realidade estava no auge da falência espiritual.

ð            JESUS foi para ser o Rei do Universo e o Salvador do mundo. O único que venceu nesses interesses todos, tendo-Se mantido humilde, sem articulações políticas.

Perceba alguns lances daquelas horas terríveis. Num momento os soldados decidiram, à revelia de qualquer ordem superior, confeccionar uma coroa de espinhos e coroar JESUS como rei. Isto fizeram pela arrogância de serem soldados de um império terrestre, poderoso. Pensavam, quem é este que se diz rei? Decidiram zombar de JESUS, Eles O verão descendo nas nuvens, agora coroado sobre o Universo, incluindo nosso planeta. O que farão então com aquela coroa de espinhos?

Pilatos quase foi salvo. Ele não era uma pessoa tão fora do alcance da vida eterna como os líderes religiosos. Mas ele era também muito ambicioso, e sedento de poder, embora um tanto incompetente. Mostrou-se vacilante. Queria sinceramente libertar JESUS, mas para isso, percebeu claramente: ou libertava JESUS e perdia o cargo, talvez a vida, ou condenava um inocente e tentava se manter no cargo. Essa última foi a sua escolha. Por sua esposa DEUS lhe orientou no que fazer, mas mais uma vez vacilou. Tentou uma saída política e se deu mal quando propôs trocar JESUS por Barrabás. Então tentou agradar os judeus mandando açoitar JESUS em público, se deu mal. Então, enfim, lavou as mãos e condenou JESUS à morte. Ele quase foi salvo, pois chegou ao ponto de perguntar ao próprio JESUS o que era a verdade. Se interesado esperasse pela resposta, poderia ter-se mudado a história, não a de JESUS, mas a dele. Ao perguntar a JESUS o que é a verdade, não quis saber da resposta, e JESUS, portanto, não respondeu. Essa pergunta não foi feita honestamente, mas com num sentido de deboche irritado.

Pilatos ficou muito atemorizado ao saber que JESUS Se declarara Filho de DEUS. Pilatos estava informado sobre o DEUS dos judeus, conhecia história e sabia de Seu poder. Lembrou do sonho de sua esposa. Ficou com muito medo. Percebeu claramente pelas atitudes e pelo comportamento que este JESUS não era um mau sujeito. Perguntou a JESUS de onde Ele era, ao que JESUS não respondeu. A essa altura Pilatos já tinha tomado a sua posição política, salvar o seu cargo e tentar, se possível, salvar o inocente JESUS da ira dos judeus. Os líderes judeus perceberam claramente o dilema de Pilatos. Então este encarou JESUS e lhe disse que tinha autoridade para o soltar ou para mandar crucifica-Lo. Isto quer dizer, se JESUS fosse duro com Pilatos, o venceria, não para salvar Pilatos, mas para Se livrar da cruz, mas isso JESUS não queria. Então, ao Pilatos declarar a sua autoridade, que ele estava tentando manter, JESUS falou. Pilatos estava se irritando com JESUS, pois percebia estar envolvido com poderes mais que humanos, mas JESUS não colaborava para que fosse solto! A situação chegou a um ponto em que, ou Pilatos ia junto com JESUS, ou se separavam para sempre.

Diante da arrogância de Pilatos ao informar a JESUS que tinha autoridade sobre Ele, JESUS lhe disse que esta autoridade lhe foi dada por DEUS, Seu Pai celeste. JESUS ainda disse, sabiamente, que eram muito maiores pecadores os que colocaram Pilatos nessa situação (João 19:11). Pilatos deve ter tremido ao ouvir isso. Eram palavras de um Rei, e palavra de Rei tem poder natural. Pilatos demonstrou pelo seu semblante que estava numa enrascada terrível. Então, satanás, em plena posse dos líderes judeus, os levou a gritar que se ele soltasse JESUS não era amigo de César. Esse era o ponto fraco de Pilatos, e satanás o pegou por aí. Pilatos caiu de vez. O povo se declarou submisso a César ao Pilatos perguntar se iria condenar o rei deles. Escolheram César como rei e Barrabás como seu exemplo de vida e condenaram a JESUS, pelos pecados deles mesmo. Foi um dia terrível para quem esteve lá e teve que decidir e se posicionar. Naqueles momentos todos erraram, alguns se arrependeram depois, e conquistaram o mundo pelo Seu poder. A decisão não é fácil, há poderosíssima oposição, e hoje não é diferente.

 

2.5                Quarta-feira: Humilhação, morte e sepultamento

Quando os soldados chegaram ao lugar do jardim onde JESUS já os aguardava, JESUS lhes deu uma demonstração de Quem Ele era. Ao perguntar a quem procuravam, Ele respondeu: “Sou Eu” (João 18:5 e 6). A essas palavras recuaram e caíram por terra. Então JESUS perguntou segunda vez, e deu a rodem que o prendessem mas deixassem Seus discípulos em paz. Foi o que fizeram. Perceba algo importante, eles O prenderam quando Ele permitiu, não antes. JESUS estava Se entregando para ser morto. Não foi pelo poder dos homens que Ele foi para a cruz, pois ao ter dito quem Ele era, caíram por terra. Não fugiram naquele momento porque caíram, perderam as forças. Foi necessário JESUS administrar a situação para eles cumprissem suas obrigações. É incrível saber que Ele também conhecia bem a humilhação que passaria, e mesmo assim, foi em frente.

Hoje, veremos algo sobre essa humilhação. A lição explora uma particularidade bem interessante, a placa que Pilatos mandou colocar sobre a cruz. Os romanos, para manterem o poder, dominavam pelo medo. Você arriscaria facilmente nas condições que os romanos impunham aos conquistados? A sentença da crucifixão era uma humilhação, ao mesmo tempo uma tortura e um espetáculo público inibidor, uma demonstração de poder supremo. Como diz a lição brevemente, que merece mais informações, a respiração era o grande problema para o crucificado. Aos poucos ele se sufocava. Ele precisava apoiar-se nos pés para respirar, o que era muito difícil. No caso de JESUS foi ainda mais difícil pois estava pregado pelos pés. Para respirar JESUS precisava fazer força sobre um prego. Além disso, a dor das cãibras era terrível, e tornava os músculos rijos, sem nada poder fazer. A angústia da falta de ar sem a morte mas com a dor, levava os crucificados a gritos sufocados horríveis. Era isso o que mais aterrorizava os espectadores. Os últimos momentos de vida, num homem ou uma mulher com saúde, eram os piores. Com ar insuficiente, muita dor, buscavam respirar muito mais pelo movimento dos músculos e de um corpo buscando evitar a morte que pelo desejo consciente de viver. JESUS passou por esses momentos sem nenhuma demonstração de horror, como um cordeiro se comportou mesmo pendurado na cruz. As Suas últimas três horas foram de ânsia terrível, e o espetáculo seria horrível de ver, pelo que, o sol escondeu a sua luz, e relâmpagos abafavam seus gemidos de dor que por certo não mais podia conter. Estando os homens a satisfazer sua curiosidade deturpada em ver Sua agonia, a natureza colocou-se ao lado de Seu Criador e gemeu junto. Mas Ele não abriu a Sua boca para sequer um reclamação. Nenhum pecado, nem mesmo em pensamento ele cometeu naquelas horas horríveis. Ele estava na pior de todas as situações, pois seu inimigo estava solto, ao Seu redor, aviltando a Sua situação. Essa era a hora do poder das trevas. Ele, no entanto, para Se tornar em Salvador, naquela situação, deveria demonstrar perante o Universo que amava até mesmo Seus piores inimigos humanos. Assim foi, Ele não teve um traço de raiva por ninguém, morreu também por eles.

Para humilhar ainda mais, Pilatos lembrou-se de que JESUS lhe dissera ser Rei. Agora o homem já estava na cruz, então Pilatos decidiu reafirmar seu poder sobre os judeus. Tomou uma decisão política de arrogante demonstração de autoridade romana. Ele percebeu que JESUS não fez nada por si e que ninguém lutou por Ele. Isso por certo o confundiu, e então resolveu exaltar seu poder. Mandou escrever uma placa e pregar na cruz, bem sobre a cabeça de JESUS, com os seguintes dizeres: JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS. O que havia envolvido nessas palavras e nesse ato?

ð            JESUS era Nazareno, e de Nazaré nunca havia surgido alguém de importância;

ð            Os judeus recém havia declarado que seu rei era César, e Pilatos os desafiou à confirmação dessa declaração, humilhando JESUS, seu possível Rei (apesar de JESUS ter deixado bem claro que o Seu Reino era de um lugar fora desse planeta);

ð            Pilatos também jogou sua autoridade contra JESUS, que se declarou Rei perante ele;

ð            Ele também humilhou os poucos possíveis servos de JESUS à intimidação pelo destino de seu líder maior;

ð            Por fim, na realidade o que fez Pilatos agir assim foi satanás, que uniu seus interesses aos de Pilatos para tal ação, que assim se tornou favorável. satanás queria humilhar e desestimular a obra dos que JESUS comissionou para ir a todo o mundo pregar o evangelho. Não conseguiu. Era satanás que queria ser rei, foi, no entanto, na cruz, derrotado. satanás não demonstrou que sabia amar, JESUS sim.

Mas há aspectos positivos nessa episódio. Vejamos quais são:

ð                  JESUS precisava ser humilhado ao máximo, para nessas condições provar ao Universo que o Seu amor era incontestável, e demonstrar a Sua disposição de morrer pelos pecadores e de perdoa-los;

ð                  O poder das trevas precisava demonstrar sua verdadeira natureza, e JESUS lhes conferiu essa oportunidade, assim se pode distinguir com presteza a natureza de DEUS e a de satanás;

ð                  Assim ficou provado que JESUS tem dignidade de ser Rei do Universo, pois só ama, não odeia, e ‘não perde a cabeça na hora da crise’, a Sua dignidade foi exaltada nesses episódios, não conseguiram fazer que Se nivelasse por baixo;

ð                  Ficou demonstrado que DEUS e JESUS estavam com perfeito controle dos fatos, tudo o que foi previsto aconteceu exatamente sem nenhuma variação de desvio;

ð                  Isso prova que DEUS tem conhecimento do futuro, o que é admirável e inexplicável a nós, mas nos dá segurança para estar a Seu lado.

ð                  O que aconteceu ali também prova que DEUS deixa as pessoas agir livremente, e não as força, mas conhece como agirão nessa liberdade.

ð                  Prova a exatidão das profecias em detalhes, pelo que foi escrito em vários lugares que fatos aconteceriam para se cumprir as profecias (a capa não rasgada, ‘tenho sede’, nenhum osso quebrado, eles verão a Quem traspassaram). Se assim foi na cruz, com exatidão, sem margem de erro, assim será nos tempos finais, e assim está sendo, como vemos.

ð                  Outra prova que esses fatos permitem deduzir, e que faz muito bom saber, é que DEUS é tão capaz que utiliza Seus inimigos para cumprir Sua vontade, e nem satanás escapa. Os inimigos colaboram, voluntariamente ou involuntariamente, quando em suas ânsias, agem sem pensar direito, e quando vêem, em vez de causar prejuízo, na realidade ajudaram. JESUS veio para ser morto, e foi o que fizeram! E JESUS dava ordens e controlava tudo muito bem para que satanás fizesse o que queria fazer, mas também controlava para que satanás não pudesse fazer outras coisas, como matar Lázaro ou os discípulos naquela hora.

ð                  Naqueles episódios se demonstrou a superioridade da Lei de DEUS, que satanás tanto combate. A superioridade do amor ficou ratificada e jamais poderá ser contestada outra vez, daí que também jamais a angústia não se levantará pela segunda vez (Naum 1:9).

Diante de tudo isso, o que será que aqueles inimigos de JESUS pensaram ao Ele morrer? Se acharam vitoriosos, na realidade estava iludidos e enganados, derrotados. Por isso, é bom que vejam Ele voltando nas nuvens, com Sua glória de Rei. O que os inimigos conseguiram lutando contra JESUS foi prepara-Lo para que fosse exaltado pela ratificação de Sua dignidade como Rei sob a Lei do Amor.

Pense bem nesse JESUS que foi ali crucificado. Ele está por voltar, nós O veremos nas nuvens. Eles O elevaram na cruz, mas Ele Se elevou até o trono do Universo, e de lá voltará como Salvador dos que optam pelo caminho do amor.

 

2.6                Quinta-feira: O significado da cruz

A lição de hoje gira em torno da declaração profética de Caifás, o sumo sacerdote: “convém que morra um só, e que não venha a perecer toda a nação.” Esse foi um pronunciamento profético. É uma evidência de que DEUS também usa pessoas vendidas a satanás para os Seus propósitos, evidência de Seu poder. Significa que, se uma pessoa está trazendo vidas para serem salvas, não quer dizer que sejam elas legítimas servas do Senhor. Mas o foco aqui é outro, refere-se ao por que da morte de JESUS. Ele precisava morrer, ou nos perderíamos todos. O que Caifás disse é de uma ironia sem comparação. Na realidade ele declarou que JESUS deveria morrer para Se tornar O Salvador. Falou isso sem saber o que estava dizendo, pois seu ódio satânico impedia de entender as palavras proféticas que pronunciara. O curioso é que, nesse caso, como profeta que foi, deveria ter-se entregue ao que estava para ser morto por ele. Mas, mesmo assim, tendo profetizado a respeito de JESUS, o sumo sacerdote se manteve ao lado do inimigo de JESUS. Isso é muito contraditório, e revela também o poder do inimigo sobre o principal homem entre os judeus, seu líder máximo entre os homens, o sumo sacerdote.

JESUS veio para morrer pelas pessoas da nação e por todos seres humanos. Na Sua morte seria ratificado o caráter de DEUS. O Seu caráter é a Lei do Amor, síntese dos Dez Mandamentos, que são imutáveis. Se a Lei fosse passível de alteração e adaptação, nem o governo de DEUS seria confiável, nem o pecado seria tão grave, era só, a cada transgressão, readaptar a Lei. Mas esse não é o caso, o próprio Filho de DEUS, JESUS, teve que morrer para estender a salvação à humanidade, pois a Lei nem o caráter de DEUS jamais podem ser alterados. E é simples o porque sua alteração é impossível, o caráter ou a Lei de DEUS são perfeitos, e o que é perfeito não pode ser aperfeiçoado; se for alterado, será para algo que não é mais perfeito, como fizeram com os Dez Mandamentos adulterados. Esses não são perfeitos, não são nem podem ser o transcrito do amor e do caráter de DEUS, não O representam, mas são uma espécie de transcrito do caráter de satanás. Uma Lei de mentira retrata o mentiroso que está por detrás dela.

JESUS morreu na cruz porque o governo celeste é estável, eterno e perfeito. Nele não há necessidade de reforma, nem de troca de governo, nem de questionamento do que é ou do que se faz ali. Esse é o governo a que nos devemos ligar desde já. Para isso, treinemos a cada dia sermos cidadãos como são as criaturas que ali vivem.

 

2.7                Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação:

Não conseguimos entender por completo o valor de JESUS na cruz. Não nos é possível discernir tudo o que está envolvido na cruz, todos os por quês, a lógica celeste das razões da cruz. O pouco que nossa insignificância intelectual consegue perceber é, contudo, algo impressionante. É algo contrário a tudo o que o mundo acredita, aceita ou defende.

Quem foi para a cruz? Não foi um simples homem, foi o Rei do Universo, em forma de um simples homem, aviltado ao nível de todos os pecadores juntos, condenado por todos eles, e não havia n’Ele nenhum pecado. O julgamento para O levar à cruz, a rigor, era nulo. Nenhuma testemunha de defesa foi arrolada. Aquilo foi uma ação de fanáticos religiosos, sedentos pelo poder sobre o povo de DEUS. Tais condições anulam um julgamento. O de JESUS foi nulo também porque pegaram a pessoa errada para julgar. Eram eles e nós que deveríamos ser julgados, não JESUS.

Mas Ele foi julgado por pessoas que não tinham direito a isso, pois quem pode julgar um ser divino? Ele foi condenado pelo que não fez. A Ele não foi dada oportunidade de ampla defesa. O que fizeram, foi tudo nulo, não tinha nenhum valor, MAS, MESMO ASSIM, ELE FOI EXECUTADO! Por quê? A rigor, aquele julgamento falso não foi o que O levou para a cruz, e sim, a determinação d’Ele mesmo de morrer por nós. Ele foi voluntariamente para a cruz, o julgamento foi apenas uma encenação para Ele, ou da parte de satanás, uma tentativa de derrota-Lo. JESUS foi para a cruz por vontade própria, pelo amor que tinha e tem por todos nós. Ele mesmo administrou os detalhes para que todas as profecias em suas minúcias a Seu respeito se cumprissem exatamente conforma previam. Assim, por exemplo:

ð         Eles o prenderam na quinta-feira tarde da noite, não em algum outro dia;

ð         Um inocente foi condenado, conforme previsto;

ð         Ele foi pregado na cruz, traspassado, conforme previsto;

ð         Isso foi não num dia qualquer, nem mesmo numa sexta-feira qualquer, mas na que antecedia a páscoa, conforme era o ritual de sacrifícios;

ð         JESUS foi pregado na cruz às 9:00 da manhã, conforme o horário do sacrifício na manhã;

ð         Morreu às 3:00 horas da tarde, conforme o horário do sacrifício da tarde;

ð         Foi sepultado num túmulo de um rico, conforme previsto; seus ossos não foram quebrados, conforme previsto;

ð         Ressuscitou no primeiro dia da semana, conforme previsto.

Há muitos detalhes a mais, muitos mesmo, entre esses que mencionamos. E grande parte deles dependiam de JESUS para se tornarem verdadeiros. Era responsabilidade d’Ele validar a palavra de Seu Pai, e da profecia. Perceba o seguinte, se falhasse algum desses detalhes, mesmo que fosse o menor deles, tudo o que JESUS fizesse seria nulo. DEUS, para ser DEUS, não pode falhar nunca. Ele deve ser capaz de dizer como será o futuro tal como deve saber o que foi no passado. Ele é o que afirma ser capaz disso. É dessa capacidade de conhecer o futuro que vem as profecias. Portanto, se houvesse apenas uma pequena falha, mesmo em algo que não fosse muito importante, isso daria a satanás um argumento para acusar DEUS de não ser perfeito. Portanto, a Sua Lei, por decorrência, também seria passível de alguma imperfeição.

Na cruz o governo de DEUS Se expôs por inteiro, e na pessoa de um ser humano em que JESUS Se transformou, arriscou tudo, MAS VENCEU. Podemos confiar num Rei assim! Esse é capaz. Se Ele venceu na condição de ser humano, se Ele arriscou tanto, e venceu o pior de todos os inimigos, imagine o Seu poder como DEUS. Podemos nos sentir seguros sob o governo de um Rei assim? É evidente que sim. Na cruz, Ele mostrou o seu caráter, e provou que por nós é capaz de arriscar tudo o que existe e que criou. Felizmente essa batalha já passou, e JESUS venceu. Podemos participar dessa vitória, numa espécie de carona, pela graça, crendo n’Ele, que nos ama e que nos perdoa se nos arrependermos.

 

Vamos continuar sonhando com o Éden? É bom para nos ligarmos às coisas celestes e para termos cada vez maior desejo de sermos salvos.

Os minutos se passam no Jardim. Agora ali está uma multidão de pessoas e de anjos, conhecendo o novo lar que DEUS criou para um novo núcleo de amor, aplicação direta da Lei de DEUS. Por todos os cantos e lugares saem cânticos, em gratidão ao Criador. Há uma sintonia entre os seres inteligentes, todos cantando o mesmo cântico, e a natureza participando. Parece ser a inauguração do jardim. Há uma emoção que parece ultrapassar os sentimentos dos que foram criados à imagem e semelhança do Criador, ao centro de Jardim, parado junto da árvore da vida. O Jardim todo está em sintonia, plantas no máximo da exuberância da sua beleza balançam ao embalar da brisa, pássaros voando para todo os lados não param de trinar numa variedade tão grande de sons e melodias que só eles já formariam um coral indescritível. Outros animais também fazem sua parte, mas são os seres humanos que elevam em alto tom palavras e mensagens de gratidão ao Criador. É uma sinfonia completa de gratidão. Estão todos gratos por existirem, e isso que é adoração. Adora-se pela alegria que brota de nosso íntimo pelo privilégio da existência (Apoc. 4:11).

Adão e Eva estavam ensaiando, mas já não ensaiavam. O jardim todo entrou no seu cântico, e estava participando da gratidão ao Criador. Todos sempre cantam por algum motivo, lá o motivo não poderia ser outro, o da gratidão pela criação, assim como hoje cantamos também por termos sido salvos por JESUS na cruz, e porque Ele vai voltar outra vez.

Assim como no Jardim adoravam o Criador porque os criou, no cântico dos salvos, vai haver gratidão porque foram redimidos da morte. Esse cântico só os terrestres, que foram salvos entenderão sua dimensão de profundidade, suas emoções, seu drama. Nenhum outro ser do Universo passou por tal experiência. Amém!

 

III – Atualização profética – fatos relevantes da semana de: 29/02 a 07/03/2004

                Visite a página www.designioglobal.com.br para mais informações sobre o cumprimento das profecias.

1.        Violência

O Rio de Janeiro enfrenta uma onda de violência de dar medo. O tráfico de drogas, agora sendo combatido, demonstra que não vai entregar-se por pouco. O desafio às autoridades e à polícia é flagrante. Nesse sábado os marginais cercaram a polícia, que teve que pedir reforços. Houve quatro mortos no tiroteio que durou quatro horas.

Do outro lado, vê-se uma polícia, em muitos casos, violenta. E as pessoas entram em guerra com a polícia, formando barricadas, manifestando-se na rua, em desespero. De um lado, os marginais, de outro, a polícia, e no meio, os cidadãos. Esses são tempos de medo nesses lugares. Feliz de quem mora em cidades pequenas, e só presencia essas coisas horríveis pelos noticiários.

No Iraque, a semana que passou foi terrível, muitas mortes. Notícias desencontradas referem-se de 170 a 220 mortes entre os xiitas, uma ala de adoradores muçulmanos, que freqüentemente conflitam com os sunitas, a outra ala. Os sunitas no Iraque são minoria, mas Saddam, também sunita, os protegia. Agora, com a possibilidade da democracia no Iraque, o voto dos xiitas será mais forte que o dos sunitas, pelo número proporcional de eleitores. Uma das razões porque a guerra milenar entre as duas alas de adoradores no Iraque recomeçou. Foi uma semana de muitas explosões em Bagdá, e em outros lugares do Iraque, com demonstração de que a violência aumenta.

Na Palestina o caos piora. Um assessor de Arafat foi assassinado por palestinos. Eles estão descontentes com o governo de Arafat. Na realidade, os palestinos estão sem um governo decente, o que eles possuem é um remanescente de terrorista, incapaz de conduzir o povo para uma vitória diplomática da qual tanto precisam. A queda da esperança de uma solução política leva ao aumento da violência. Ainda, para a gravar, uma corte israelense autorizou o governo de realizar confisco de dinheiro dos palestinos, alegando que seria destinado a atividades terroristas. Mais motivos para ódio e violência.

E a violência está em todos os lugares, e torna-se cada vez mais cruel na medida em que o mundo se afasta de DEUS e se apega exclusivamente ao pavoroso paganismo e satanismo.

As mulheres sofrem muito pela violência. Uma em cada três, segundo a Anistia Internacional é vítima de violência em sua vida. Por exemplo, Betsaida Eva Madera recusou o pedido de casamento do namorado no mês passado, exatamente no Valentine´s Day, que é o dia dos namorados nos Estados Unidos. Foi encontrada morta. Um golpe na garganta e um enorme buraco no peito, de onde o coração foi arrancado. Foi o namorado que fez isso. Bom marido ela teria...

Enquanto nos lares a violência se alastra, o terrorismo assusta cada vez mais pela sua capacidade de mudar. Mais do que os ataques que vemos todos os dias na televisão, mete medo o que ele é capaz de fazer dentro de alguns meses. A crueldade aumenta e as formas de destruir por terror se modificam, dificultando ações preventivas. Parece que estamos indo em direção ao terror que fará muitos desmaiar diante da expectativa e do rumo que as coisas tomam. Nesse tempo, ter esperança na segunda vinda será de grande conforto para a mente.

Na internet, uma praga de vírus em quantidade sem precedentes se espalha pela rede mundial. Alguns vem com capacidade de não serem detectados pelos antivírus. É uma ‘epidemia eletrônica’ dizem os noticiários.

2.        Casamentos Gay

Teremos de agora em diante, notícias a cada semana, da expansão do movimento gay e da concessão de direitos para casamento. Entre os vários lugares, agora também no Rio Grande do Sul, estado onde moro, no Brasil, oficializou repentinamente as uniões entre pessoas do mesmo sexo, com os mesmos direitos dos casamentos entre homem e mulher. Nos Estados Unidos, país de profundas raízes protestantes e cristãs, a polêmica vai de costa a costa, segundo notícias. São aqueles assuntos secundários de que fala o Espírito de Profecia, que antecipariam o debate sobre o dia de guarda.

“O bispo norte-americano Gene Robinson transformou-se neste domingo no primeiro sacerdote gay a liderar uma congregação nos EUA. Em uma cerimônia que reuniu 600 fiéis, Robinson foi nomeado como o novo líder da diocese de New Hampshire. Nos EUA, um grupo de bispos episcopais se opõe ao estilo de vida de Robinson. Eles argumentam que a homossexualidade viola as leis bíblicas. Robinson vive com seu companheiro há 15 anos e tem duas filhas de um casamento anterior.” (http://www.estadao.com.br/agestado/noticias/2004/mar/08/2.htm)

 

3.        Desastres naturais

O último verão Europeu foi o mais quente em 500 anos, dizem as notícias. O que o clima reserva para a humanidade nesse ano de 2004?

Fonte: www.correiodopovo.com 06/03/2004

No ano de 2003 os desastres naturais afetaram diretamente 490 milhões de chineses. Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,5502,OI274066-EI314,00.html

4.        Tempos difíceis

O desemprego assusta países ricos e pobres. Em 2003 atingiu 185 milhões de pessoas no mundo, tanto quanto os habitantes do Brasil, 6,2% da população economicamente ativa. O que assusta não é tanto esse percentual, que teve leve queda em relação a 2002, mas sim, que a quantidade de vagas não aumenta apesar do PIB global ter crescido em 3,2%. Mais de 550 milhões de pessoas no mundo estão na miséria, recebendo menos de U$1,00 dólar por dia, em média. Esse número vem aumentando ano a ano. O desemprego é maior entre os jovens e mais velhos, e entre as mulheres. Para o ano de 2004 a OIT tem esperanças que o número de desempregados seja freado. São tempos difíceis!

5.        União Européia e valores cristãos

O papa mais uma vez afirmou que a União Européia não pode se constituir numa única nação sem considerar os valores cristãos (os da Idade Média, não os atuais onde há várias igrejas cristãs). É uma desesperada tentativa de retomar o poder sobre a soberania das nações no velho continente. A insistência nesse sentido já é explícita.

Comentário: nenhuma novidade, senão o agravamento da situação de violência, do avanço do homossexualismo. Parece que estamos de fato na reta final em direção ao tempo do grande clamor. Quanto ele virá? Ainda é impossível dizer, mas está próximo!

 

 

escrito entre: 31/01/2004 a 06/02/2004

revisado em 09/03/2004

 

 

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, e discorda de todas publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e a sua condução por parte de CRISTO como o seu comandante superior, e de Seus servos aqui na Terra, e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS explicitada em Sua Palavra escrita. Aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todas os demais escritos sobre assuntos religiosos.

 

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