SÉRIE: Responda!

2 – O Velho Testamento 

Responda: O Velho Testamento continua valendo?

Sua resposta: ____________________________________________________________

 

         Nos dias de hoje as pessoas procuram na Bíblia somente passagens que não afetem o seu modo de vida... E, não existe na Bíblia, uma parte que seja combatida mais do que o Antigo Testamento. Por quê? Como já citei na frase introdutória deste estudo, as pessoas procuram interpretações que lhe agradem – religiões do seu agrado – que se adaptem ao seu estilo de vida. Querem eles, denominações do “pode isto, pode aquilo”.

         Para estas pessoas, somente Cristo basta, se esquecendo que a Sua palavra – já que Ele é o seu autor – é o nosso guia de Salvação Eterna; e, que todas profecias messiânicas, estão no Velho Testamento... E como as profecias sobre o nascimento de Jesus Cristo já se cumpriram – crê nisto? – o Velho Testamento não tem mais valor? Não;. Pois é lá que temos todo o plano da Redenção da Raça Humana, iniciado por Jesus com o seu sacrifício de sangue por nossos pecados... e cuja parte final deste plano é a Sua volta, não antes de nos julgar, no Santuário Celeste.

         Portanto, esse plano de Salvação ainda não está completo... E, novamente, necessitamos do “Velho Testamento” para conhecermos mais sobre este plano, ainda sem o seu “episódio final”. Nele temos muitas outras profecias que revelam detalhes sobre este último capítulo de nossa história. Vejamos:

         Em Daniel 2, temos uma descrição da história da humanidade até os nossos dias, culminando com o relato da 2° vinda de Cristo (a pedra), a destruição de todos os reinos da terra e a implantação do Reino de Deus (a Montanha).

         No capítulo 7, temos novamente a descrição da história da humanidade, dando ênfase aos reinos da Europa e à Roma papal; apresenta também o julgamento divino (leitura dos livros) nos céus e por fim o Reino de Deus... Neste capítulo, é introduzido o tempo de duração do poder papal (7:25). Isto ocorreu a partir de 538 DC (1º papa) até 1.798 (último papa com poder absoluto), totalizando 1.260 anos.

         Em Daniel 8, volta a descrição dos impérios antes de Cristo; citando a mais importante profecia sobre o destino da humanidade, ou seja, aponta para o grande julgamento de uma raça decaída... (Dan. 8:13e14).

         Já, o capítulo 9 é o mais importante, uma vez que o anjo Gabriel volta ao profeta, conforme Deus ordenara – Dan.8:16 – e dá-lhe a entender a profecia do capítulo anterior; e acrescenta uma nova profecia a ocorrer juntamente com a primeira, ou seja: os primeiros 490 anos dos 2.300 citados anteriormente... Estas 70 semanas foram especialmente separadas ao povo judeu. E, é esta profecia que acaba por confirmar a validade da profecia maior (...Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado), senão, vejamos: Para compreende-la devemos localizar o seu início e a chave para tal é o versículo 25 (“Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém até ao Ungido,...”). E, quando foi isso?

A Bíblia responde em Esdras 7:12-26; onde cita o rei Artaxerxes ordenando ao sacerdote Esdras  que volte a Jerusalém para reconstruí-la; isto em 457AC. À este ano, somando-se os 483 anos (69 semanas), nos leva ao ano do batismo de Cristo, o Ungido Príncipe (27 DC). A última semana citada relata a morte de Cristo: ... e na metade da semana, fará cessar o sacrifício, (cai a lei do cerimonial  com a crucifixão de Jesus) e conclui com o tempo separado para os judeus com o martírio de Estevão, em 34 DC totalizando assim os 490 anos... Esta profecia e os demais sinais citados por Cristo em Mat. 24:29, (Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes dos céus serão abalados) cumpriram-se integralmente: 1º de novembro de 1755 – Lisboa: “o maior dos terremotos conhecido”; o dia 19 de maio de 1780 – nordeste do continente norte-americano: “testemunhou uma extraordinária escuridão”, durante o dia o sol foi encoberto de tal forma que era impossível até mesmo ler ao ar livre, e à noite jamais fora vista tamanha escuridão... e quando finalmente surgiu a Lua, era como sangue. Leia Apoc. 6:12. Cristo também profetizara sobre a queda das estrelas: e cumpriu-se em 13 de novembro de 1833... “o mais extraordinário espetáculo de estrelas cadentes de que há registro”.

         Durantes séculos estas profecias estiveram “seladas” para o nosso conhecimento – Dan. 12:9e10 – e finalmente chegara o momento das profecias serem reveladas... Mas, afinal quando e porque chegara a hora? Foi no princípio do século 19, quando os sinais que Cristo predissera estavam ocorrendo e que o poder papal tinha sido subjugado por Napoleão (1798), e a Bíblia estava sendo divulgada como nunca antes fora; que Guilherme Miller, um lavrador da América do Norte (EUA), de origem simples mas de caráter integro e grande sede de saber; (se bem que não tivesse as vantagens de uma educação superior), seu amor aos estudos, o hábito de pensar e aguçada perspicácia o tornara uma pessoa de destaque em sua comunidade... Sua vida profissional e familiar era motivo de orgulho naquela sociedade materialista.

          “Mas, em seu íntimo, faltava-lhe algo que desse razão para a existência humana... Até que, com a idade de 35 anos, o espírito de Deus tocou-lhe... sentiu, então, a necessidade de um Salvador... E, em suas buscas, acabou por encontrar um amigo em Jesus Cristo, nas Sagradas Escrituras. A Bíblia tornou-se o seu estudo principal e... pesquisava com grande deleite... como um remédio para a alma (vida)... e apliquei o coração a obter a sabedoria de Deus”. – Memórias de G.Miller – S.Bliss.

         “Como um recém converso, queria compartilhar seu Amigo, porem não estava preparado para responder às questões que os incrédulos apresentavam... E, concluiu que as Escrituras deveriam trazer as respostas... Decidiu-se a estudar as Escrituras por si mesmo, se esforçando para deixar de lado as opiniões preconcebidas; comparou passagens com passagens, com o auxílio das referencias bíblicas... Não ia mais rápido do que o seu discernimento – o Santo espírito  – lhe permitia... deixava que outras passagens bíblicas trouxessem as devidas explicações... sempre orando a Deus em busca do conhecimento e entendimento”.

“E com imenso interesse estudou Daniel e o Apocalipse. Viu que a profecia cumprida, tivera o seu cumprimento literal (real) e que todas as figuras, metáforas e símbolos tinham a sua explicação no contexto ou em outros livros das Escrituras... Convenceu-se de que toda a Escritura era um conjunto de Verdades Reveladas... Elo após elo, ia se compondo o seu entendimento – revelação – Anjos Celestiais estavam a guiar-lhe o espírito (o sopro de Deus) e a abrir as Escrituras à sua compreensão...” – Ellen White; O Grande Conflito.

         Concluiu então que a volta de Cristo, para nos resgatar, seria literal e que Daniel 9 indica o ano de 1844 para isso ocorrer...

Mas isso não conferia com a crença popular: era consenso geral que teríamos mil anos de paz, na terra, antes da vinda de Cristo. Mas por mais agradável que seja, essa crença era contraria aos ensinos bíblicos.

Através de Daniel, teve plena compreensão do último livro da Bíblia; a saber: o Apocalipse, “o livro das revelações”... e no capítulo 20:2e3 entendeu que a terra, agora desolada (deserto) seria a prisão de Satanás, enquanto que a Igreja de Deus estaria, por mil anos vivendo nos Céus, com Cristo...(Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. Apocalipse 20:4) E, com grande entusiasmo e alegria divulgou suas conclusões...

         Veio então, o ano de 1844. E, Cristo não Veio! Gerou uma decepção geral... Miller, um Batista, no entanto morreu sem a compreensão total da mensagem . Amigos seus voltaram-se às Escrituras... Onde errara Miller? Ele, como todos cristãos de sua época, tinha uma idéia pré-concebida de que a Terra era o Santuário a ser purificado (Dan. 8:14). Ao encontrar, na Bíblia  explicações sobre o Santuário (E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.  Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis. Êxodo 25:8e9), compreendeu que Cristo, em 1844, entrara no “Verdadeiro Santuário”, o Celeste Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal Sumo Sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,  como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. (Hebreus 8:1-2).

Lá, Cristo está a julgar a humanidade... Isto, pouco antes de sua vinda literal – Apoc. 1:7 (Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Certamente. Amém!) pois , algumas de suas profecias, ainda não se verificaram, a saber: A última delas – A união das igrejas! Cuidado: os sinais estão aí, indicando que o Ecumenismo (união) está próximo... Será a união da Besta com suas filhas; isto para a perdição de muitos... Leia o Cap. 17 do Apocalipse. Já, no capítulo 18, encontramos um conselho: Retirai-vos dela, povo meu... Apoc. 18:4.

Isto nos indica que ainda há tempo para nos arrepender e seguir a Jesus e seus mandamentos que se encontram lá no Velho Testamento – Êxodo 20: 3-17. Cristo disse: “... se de fato crêsseis em Moisés, também creríeis em Mim,... Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” João 5:45-47.

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