SÉRIE Responda - especial

 

4 – A Doutrina da Expiação

 

Pergunta:Você compreendeu totalmente o sacrifício de Cristo na cruz?

Sua resposta: ___________________________________________________________________

 

Rom 11:24  Pois, se foste cortado da que, por natureza, era oliveira brava e, contra a natureza, enxertado em boa oliveira, quanto mais não serão enxertados na sua própria oliveira aqueles que são ramos naturais!

         Nos dias de hoje temos muitas Bíblias de diversas denominações que em notas de rodapé trazem explicações conforme ditam as suas doutrinas... A exemplo temos a Bíblia Católica que em defesa do domingo ser o “Dia do Senhor”, indo de encontro com as citações bíblicas, apresentam no Apocalipse 1:10 a substituição da palavra original “Dia do Senhor”, pela expressão “num domingo”; substituição esta claramente herética e grosseira...

      Algumas Bíblias protestantes também cometem alguns deslizes, principalmente quando são versões – isto é: não são traduções do original grego – incorrendo em erros adotados da grande mãe, a Babilônia condenada por Deus através de Seu profeta João no livro das revelações, o Apocalipse.

Mesmo Bíblias conceituadas como a Tomphson – fiéis em suas linhas inspiradas, incorrem em erros de interpretações, influenciadas pelo inimigo, lá em suas margens...

        Também é interessante lembrarmos da Bíblia Vida! Usada principalmente pelos Batistas que tem em suas anotações, influencias de seu credo, qual seja: Crêem eles que o povo judeu ainda será levantado ao seu devido lugar como o povo de Deus... Baseiam no verso de Paulo aos Romanos, o qual transcrevemos no início deste escrito, e também na interpretação superficial do tema “os 144.000 selados” do Apocalipse...

Para tal, assim como o povo atual da palestina, não crê, nas profecias de Daniel. Mas como elas são bíblicas, procuraram argumentos bíblicos e históricos para acomodarem as suas teorias satânicas... Então, procuram dar interpretações – que não tem nenhuma consistência à luz da Bíblia – principalmente sobre a expressão bíblica usada por Daniel no capítulo 8:14:   Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado.

Fazendo uma má interpretação da seguinte passagem de João 11:9 ...Não são doze as horas do dia? 

Querem eles afirmar que nos tempos antigos o dia era marcado em 12 horas e que por conseqüência a parte clara (dia) era um dia, e a parte escura (noite) era outro dia... Absurdo! Pois nesta passagem, Cristo não está afirmando isto. Afirma sim que quem andar na luz do dia (12 horas, não é?) não tropeçará literalmente e nem espiritualmente já que Ele é a Luz maior! Veja o complemento deste versículo: Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo... Cristo!

Por analogia, vemos na criação deste mundo – a qual Cristo estava presente, conforme vemos nos versos de João 1:1 – que no princípio tudo era trevas, a qual Deus chamou de tarde – não confunda  com o período da tarde, usado em nosso contexto atual – e quando Ele fez a luz, a chamou de dia, ou seja, a parte clara do nosso dia de 24 horas composta, portanto de uma parte clara de 12 horas, conforme Cristo mesmo afirmou em João, e de uma parte escura, também de 12 horas – dividida em três vigílias de 4 horas cada, para os judeus – Gen. 1:5 Revista e Corrigida. 

Por outro lado, em referencia à profecia de Daniel, ao lerem 2.300 tardes e manhãs procuram trazer a lei do holocausto no Santuário de Moisés – Levítico – para transformar, miraculosamente, 2.300 dias (tarde e manhã = 1 dia cf. Gen. 1:5) em 1.150 dias. Como eles querem transformar 2.300 dias em números de holocaustos, dizem que esta profecia se refere a 2.300 sacrifícios diários, ou seja, um pela manhã e o outro pela tarde. Tudo isto para invalidar o ministério sacerdotal de Jesus, nos céus, a partir de 1844.

Mas, aqui está a incoerência com as palavras bíblicas de Daniel, que alias, são as mesmas usadas em Gen. 1; onde a expressão tarde e manhã é usada para descrever um dia inteiro, enquanto que no santuário a expressão é inversa – manhã e à tarde –  Êxo. 29:39; Num. 28:4. Interessante notar que quanto ao tempo de chuva durante o dilúvio, ninguém tem dúvida de que foram 40 dias... Mas o texto bíblico nos diz: quarenta dias e quarenta noites...  Gen. 7:4, 12 – Foram então 20 dias ou foram 80?

Portanto, se significa 1.150 dias, invalida a data de 1.844 como término da profecia, quando Cristo entraria no santuário – especificamente no Santo dos Santos (hagia hagion no original grego) – e lá passaria a purifica-lo.

Se, fossem 1.150 dias proféticos, o seu término dar-se-ia em 694 d.C. Outros querem crer que sejam 1.150 dias literais em vez de 2.300 dias proféticos. Vejamos: Procuraram na história universal um rei que se adaptasse à ponta pequena de Daniel 8. E, encontraram à Antíoco Epifânio, um rei selêucida que perseguiu os judeus no segundo século a.C.

Realmente ele profanou o templo de Jerusalém... Mas, profanou por 1.080 dias e não 1.150 dias como diria a profecia – um erro divino de 70 dias? Por outro lado, param aí as suas atividades que nunca chegou a ser um poder político em sua época, sendo destituído através do seu assassinato. Se ele fosse realmente o chifre pequeno, a profecia de Daniel teria se cumprido mesmo antes do nascimento de Cristo, tão espetacularmente descrita na profecia menor, ou seja, as setenta semanas (490 anos) dadas aos judeus.

E mais, nas profecias, chifres sempre representam um poder, um governo de relevância. Mas como Antíoco IV, como já afirmamos anteriormente, nunca chegou  a ser realmente um poder conquistador, pois, passou a maior parte do seu reinado, acuando pelos inimigos... Teria ele que ser maior que a Media-Pérsia ou mesmo à Grécia, para encaixar-se na profecia, pois é o que afirma Dan.8:9.

Daniel também afirma que ele surgiria “no fim do seu reinado” – de Alexandre (Grécia) – Dan. 8:23. Mas Antíoco foi apenas o oitavo de uma dinastia de 20 reis  e que reinou entre 175a 165/4 a.C., portanto não surgiu “no fim”... E que isto ocorreria no “tempo do fim”...

Indubitavelmente este período não foi o “tempo do fim”. E mais, ele não apenas aboliu o sacrifício diário do primeiro compartimento como também o sacrifício anual do segundo compartimento o santíssimo.

Mas porque querem alterar a interpretação da purificação do Santuário? Muitos desconhecem o verdadeiro significado do santuário terrestre edificado por Moisés ou como se dava a justificação dos pecados antes da cruz de Cristo.

Vejamos: Moisés recebera a instrução divina de como deveria construir o Santuário... Recebeu suas medidas, composição, seus compartimentos, seus móveis e utensílios sagrados; e, repito, tudo conforme o modelo dado por Deus –  Êxo. 25:9, 40; 26:30; Num. 8:4. E, em Levítico ele escreveu, conforme revelação divina, de como se dariam os sacrifícios que seriam para justificação de cada tipo de pecado – conforme o pecado seria a oferta...

Aquele povo, seguindo a Moisés, compreendera que o seu pecado seria apagado com o sangue de um animal imaculado. Compreenderam também, que não era o animal sacrificado que justificaria as suas faltas, mas sim a sua fé em um Messias futuro – Cristo!

Além dos seus pecados, diariamente eram feitos dois sacrifícios maiores (o sacrifício da manhã e da tarde) que justificariam as transgressões da nação, ou seja, o povo de Deus...

Dia a dia o primeiro compartimento do santuário – lugar santo – ia sendo contaminado com as transgressões do povo. E, então uma vez por ano, o Sumo sacerdote entrava no segundo compartimento – o santíssimo – e procedia a purificação do Templo.

Esta purificação se dava da seguinte forma: Dois animais (bodes) eram escolhidos para esta purificação. Um era, então sacrificado (representando o sacrifício que um dia Cristo faria na cruz do calvário pelos pecados do mundo) e o seu sangue era então, aspergido sobre o propiciatório da Arca da Aliança, em cujo interior encontrava-se as Tábuas da Lei e uma porção do Maná – símbolo maior do Santo Sábado do Senhor...

 Quanto ao segundo bode – denominado Azazel, o emissário –  Lev. 16:8-10, representando Satanás, sobre ele eram imputados os pecados do povo, depositados naquele santuário... Sobre ele, porque era justamente “ele” o Instigador das transgressões do povo de Deus. Então, este era mandado para o deserto – terra distante – representando aqui a prisão circunstancial de Satanás durante o milênio, logo após a segunda vinda de Cristo.  Apoc. 20:1-3.

Mas a incompreensão deste simbolismo da cruz do Calvário impediu aos homens de compreenderem a doutrina da expiação e justificação pelo sangue de Cristo. Nos dias de hoje, grande parte dos cristãos estão se perdendo por afirmarem que Cristo, tão logo ascendeu aos céus, entrou no lugar santíssimo – já que Ele é o nosso Sumo Sacerdote, como afirma Paulo na carta aos Hebreus...  Heb. 2:17; 3:1.

Para compreendermos plenamente o que ocorreu devemos consultar a Bíblia, mais especificamente este livro de Paulo aos Hebreus e então entender a profecia de Daniel que havia sido selada até o tempo do fim.

Primeiro se deve compreender o que significa “até o tempo do fim”. E, a sua interpretação é clara e simples: tempo do fim desta profecia até que então ela poderia ser aberta ao conhecimento humano, isto quando se desse a conclusão dos 2.300 dias proféticos, quando a ciência se multiplicaria – Dan. 12.4 – e não “nos fins dos tempos...

Em toda a epístola, o apóstolo Paulo tem por objetivo mostrar que temos Sumo Sacerdote maior e melhor que o sacerdócio levítico terreno. Este contraste entre o antigo e o novo concerto é apresentado principalmente em Heb. 8:4, 5; 7:11-15. Mostra-nos que o antigo sistema, com o sangue de animais, é superado pelo sacrifício maior – Cristo! Leia Heb. 9:13e15 e veja o contraste entre a antiga mediação terrena e nova e melhor mediação divina. Leia Heb. 8:1 e veja o contrate entre o antigo tabernáculo do deserto e um novo e melhor santuário celeste...

Lendo Heb. 9:11e12 na versão Almeida RA têm-se um deslize doutrinal, pois a denominação protestante – pertencentes à sociedade bíblica, que produziram esta versão – tem por consenso que Cristo ao ascender aos céus entrou no santíssimo e lá permanece ministrando em nossa causa... Vejamos o texto: Quando, porém, veio Cristo como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação,  não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. (Heb. 9:11-12 RA).

Mas, se formos à Almeida antiga (R.C.) que ainda não tinha esta linha doutrinal poderemos ver a sua fidelidade ao texto original. Leia: Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação,  nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. (Heb. 9:11-12 RC).

Percebeu? A Palavra final sempre estará com o texto original, ou seja, a versão dos 70 ou Septuaginta, escrita por 70 teólogos versados na língua grega, nos princípios da era cristã ou mesmo na Vulgata, a sua versão latina. 

Ao lermos a Almeida antiga, conforme o original, temos apenas uma única vez a palavra hagia hagion, ou seja, o santíssimo (o santo dos santos) e isto em Heb. 9:3 e mesmo assim não é para especificar que Cristo entrou, logo após a sua ascensão, no santíssimo. Leia: Mas, depois do segundo véu, estava o tabernáculo que se chama o Santo dos Santos, (Heb. 9:3 RC). Volte à Bíblia e leia o contesto e verá que não existe esta afirmação.

Na Almeida atualizada, no capítulo 6 podemos ter outra confusão quanto ao local ao qual Cristo entrou logo em seguida à sua ascensão, veja: a qual temos por âncora da alma, segura e firme e que penetra além do véu, onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. (Heb. 6:19-20 RA).

Se ele entrou além do véu significa que ele, desde o ano 31 da nossa era, lá esta ministrando em nosso favor. Sim, desde 31 d.C, mas não no santíssimo pois além do véu significa dentro do santuário pois conforme Levítico o Santuário tinha dois véus, sendo que o primeiro era o da entrada ao santuário (1º compartimento, o lugar santo) e o segundo representava a entrada do segundo compartimento, ou seja: o santo dos santos, tão bem descrito em Heb 9:3.

Mas, novamente, tudo parece indicar que Cristo entrou sim no santo dos santos ao lermos o verso 25 deste capítulo aos Hebreus, sempre usando a Edição Atualizada de Almeida: nem ainda para se oferecer a si mesmo muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santo dos Santos com sangue alheio. (Heb. 9:25 RA). Em Êxo. 30:10 poderemos ver que anualmente o Sumo Sacerdote ao proceder a purificação entrava e aspergia o santuário como um todo – os dois compartimentos. E, a própria versão antiga, sempre coerente com o original aqui traduz ton hagion como santuário e não como santo dos santos.

Porém, o ponto mais importante desta discussão bíblica é a coerência bíblica com Dan. 8:14, pois realmente Cristo entrou no Santuário logo após a Sua ascensão, lá ministrou até 1.844 (tempos do fim... da profecia) justificando – intercedendo pelos pecados – a todos que em vida confessaram as suas transgressões.

Após isto, ao término da profecia dos 2.300 anos (1.844) adentrou ao segundo véu e iniciou a purificação do Santuário, conforme Daniel. Neste ponto podem surgir-nos duas perguntas:

1 – Quer dizer que, enquanto Cristo está realizando a purificação do Santuário Celeste, Ele não mais está intercedendo por nós perante o Pai? Claro que está, mas também já iniciou a purificação que é a nossa justificativa perante o Pai, a imputação das nossas transgressões ao verdadeiro causador do pecado e, talvez, o mais importante que é a separação do joio e do trigo. Cuidado! Ele poderá dizer-lhe: Não te conheço!  Mat. 7:22.

2 – Até quando Cristo estará purificando o Santuário e após isto ainda haverá tempo para o arrependimento? Até quando Ele disse que não cabia aos homens nem aos anjos saberem -  Mat. 24:36; Atos 1:7; porem deixou-nos sinais suficientes para podermos saber que estamos próximos, muito próximos de Sua vinda! Atente para o capítulo 24 e 25 de Mateus. Leia os sinais e saiba que destes só falta a pregação do evangelho a todas as nações... Isto tanto preocupava ao Mestre que pouco antes de Sua ascensão soprou sobre os seus discípulos, o Seu espírito ( João 20:22), capacitando-os para o grande dia do Pentecostes, onde sentiria a plenitude do espírito de Deus. Mas saiba que, a presença do Santo espírito  a partir daquele tão consagrado dia, não durará para sempre, pois pouco antes da queda das sete pragas – juízos de Deus sobre os ímpios – este mesmo espírito será retirado e, então os homens não mais se arrependerão.  Apoc. 16:9, 11.

OBS: Para mais esclarecimentos sobre este tema, leiam os estudos: A Graça de Jesus, A Predestinação Bíblica, O Apocalipse da Série Responda, Os 144.000 selados...

 

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