A Revista “Sinais dos Tempos” Responde:

 

A lei de Deus não existe para salvar, mas para proteger...

Michelson Borges

Um dia Joãozinho, um garoto de seis anos, chegou em casa gritando entusiasmado:

– Mamãe, posso ir nadar lá no lago?

– Mas filho, o lago é muito profundo. Quem vai junto?

Joãozinho olhou para o chão e respondeu timidamente:

– Meus colegas da escola...

– Não, filhinho, eu não deixo – responde a mãe, carinhosa mas firmemente.

O que você acha que Joãozinho ficou pensando naquele momento? Será que ficou contente? Afinal, a mãe tinha ou não tinha razão?

Algo semelhante ocorre, muitas vezes, conosco. Em nossa relação com Deus queremos saber os porquês. Por que tive que nascer? Por que viver? Por quê? E por quê? Uma das perguntas mais comuns é: "Se Deus nos criou livres, por que nos ordena guardar Seus mandamentos?"

A Bíblia deixa claro que nos tornamos justos quando mantemos uma vida de comunhão e amizade com Jesus – que é a Justiça – e não quando guardamos os mandamentos. É impossível ganhar a salvação pela observância da lei.

Se a justificação é gratuita mediante os méritos de Cristo (ver Rom. 3:20, 24 e Efés. 2:8), por que falar em lei?

O apóstolo Paulo esclarece a questão quando diz que "a lei nos serviu de aio [condutor], para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados" (Gál. 3:24). Embora a lei não nos possa salvar, ela pode nos conduzir ao Salvador.

A lei da liberdade

A lei de Deus é o código de conduta do cristão. O apóstolo Tiago a compara a um espelho, quando diz: "Porque aquele que ouve a mensagem e não a prática é como um homem que olha no espelho e vê como ele é. Dá uma olhada, depois vai embora e logo se esquece da sua aparência. Mas quem examina a lei perfeita que dá liberdade às pessoas e continua firme nela não é somente ouvinte, mas praticante do que essa lei manda. E Deus abençoará tudo o que essa pessoa fizer" (Tia. 1:23-25, BLH). Tente limpar seu rosto com um espelho. Você o sujará mais. A lei diagnostica, mas não cura a doença do pecado.

Agora imagine um casal de noivos se preparando para o casamento. Adquirem um terreno. Edificam uma bela casa. Mobiliam-na e, quando tudo está pronto, a noiva pergunta: "Querido, podemos marcar a data de nosso casamento agora?" Ao que o noivo responde: "Não, querida. Eu a amo, mas não quero casar." Será que ele a ama realmente? O amor não deve se expressar através de atitudes? Cristo disse: "Se vocês Me amam, obedeçam aos Meus mandamentos" (João 14:15, BLH). Aí está a resposta: obediência por amor.

A obediência mostra de Quem somos filhos, e prova que nossa fé não é morta (Tia. 2:17). Por outro lado, a fé, somente, não é desculpa para não se guardar a lei de Deus (ver Rom. 3:31). Quem ama, obedece. Quem não obedece, não ama tanto quanto diz amar, e a Bíblia o chama de mentiroso (ver 1a João 2:4). Na matemática bíblica, com relação aos dez mandamentos, dez menos um não é nove, mas zero (confira em Tia. 2:10).

Dever universal

Realmente a guarda dos mandamentos é um assunto sério. A Bíblia declara que devemos respeitar e amar a Deus, guardando Seus mandamentos, "porque isto é o dever de todo homem" (Ecl. 12:13). Se é o dever de todo homem, ninguém está excluído. E se é dever, guardar a lei é, na verdade, o mínimo que devemos fazer por amor a Deus.

Para Joãozinho – o garoto do início deste estudo – tomar banho no lago com os colegas era a melhor coisa que poderia fazer. Mas sua mãe, mais experiente, negou-lhe o pedido. Para protegê-lo. Por amor.

Lembre-se de que a consciência jamais será um guia seguro para a nossa conduta. A consciência é uma voz interior que diz: "Faça o que é certo." Mas ela não define o que é correto. Quem define o que é certo ou errado não é a consciência. É Deus, através de Sua revelação escrita, a Bíblia Sagrada.

O que Joãozinho não sabia é que "há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte" (Prov. 14:12). Se Deus estabeleceu uma lei, o fez para a nossa própria proteção. Andando nela estaremos seguros e felizes. Fora dela, devemos arcar com as conseqüências.

Experimente ler, decorar e cumprir, pela graça de Cristo, os dez mandamentos escritos no livro de Êxodo, capítulo 20, versos 3 a 17, pois "a lei do Deus Eterno é perfeita e nos dá novas forças. Os seus conselhos merecem confiança e dão sabedoria às pessoas simples" (Sal. 19:7, BLH).

Bíblia à mão!

É preciso obedecer para se salvar?

1.   Por quanto tempo duram os mandamentos de Deus?

"As obras de Suas mãos são verdade e justiça; fiéis, todos os Seus preceitos. Estáveis são eles para todo o sempre, instituídos em fidelidade e retidão" (Salmo 111:7 e 8).

2. Como a Bíblia se refere à Lei de Deus?

"A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices" (Salmo 19:7).

2.   Estamos "debaixo da Lei" como meio de salvação?

"Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça" (Rom. 6:14).

3.   A graça de Deus nos isenta de obedecer à Lei?

"E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!" (Rom. 6:15) "Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei. Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei" (Rom. 3:28 e 31).

4.   O que é pecado?

"Todo aquele que pratica o pecado também transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei" (1a João 3:4).

5.   O que o pecado faz entre nós e Deus?

 

"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Isa. 59:1 e 2).

 

O batismo em nome de Jesus atribui cidadania celestial...

Vanderlei Dorneles

Milhares de estrangeiros nos Estados Unidos fariam qualquer sacrifício para ver seu nome numa lista de sorteados para obter o famoso "Green Card", o cartão que dá estabilidade ao não-americano na terra de Tio Sam, de McDonald’s e de Holywood.

Mas há um País ainda melhor, e com riquezas bem mais atrativas, onde a ciência desenvolveu-se tanto que conseguiu controlar todas as doenças, onde a economia é cem por cento estável e justa, onde minérios como ouro estão na superfície da terra para serem pisados. O governo desse País tem também uma lista de pessoas habilitadas a receber o cartão de cidadania. Ser cidadão nesse País nem se compara a morar nos Estados Unidos. É muito melhor!

Para ter o nome na lista não custa nenhum sacrifício. Basta crer, de todo o coração, e ser batizado em nome de Jesus Cristo. Foram estas as condições que o Mestre recomendou quando esteve em nosso planeta: "Quem crer e for batizado será salvo" (Mar. 16:16). E o apóstolo Pedro completa: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados" (Atos 2:38).

A cidadania celestial é uma dádiva da graça de Deus. "Pela graça sois salvos, ... e isto não vem de vós; é dom de Deus", afirmam as Escrituras (Efés. 2:8). Habilitadas mediante o batismo em nome de Jesus, pessoas de todas as nacionalidades e etnias terão entrada naquele País, onde haverá riquezas que o olho humano nunca viu e que o coração nunca experimentou, segundo afirma o apóstolo Paulo, em 1a Cor. 2:9.

O batismo válido

Mas além de crer em Jesus Cristo como Salvador, o que mais se requer para que o batismo seja uma garantia da cidadania celestial?

Ao orientar os apóstolos quanto à pregação do evangelho em todo o mundo, Jesus também ordenou: "Ide, portanto, fazei discípulos" (Mat. 28:19). O candidato ao Reino de Deus precisa ser discipulado segundo a Constituição celestial. Jesus mesmo disse como isso deve ser feito: "Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado" (Mat. 28:20). A Constituição do Reino de Deus é a Sua própria Palavra, a Bíblia Sagrada.

Considerando essas primeiras qualidades do batismo (arrependimento, fé e discipulado) capaz de garantir a cidadania celestial, logo se conclui que a pessoa precisa ser adulta para ser batizada. Uma criança não pode ainda discernir as coisas de Deus e tomar a decisão de servi-Lo.

O batismo bíblico tem outra importante característica. Ele deve ser feito onde haja muita água, a fim de que a pessoa seja imergida completamente. A palavra "batismo", inclusive, quer dizer "imergir". Essa característica cumpre um importante símbolo, que é a morte e o sepultamento do pecador. Em Romanos 6:3, Paulo diz que a pessoa sepultada com Cristo, no batismo, vai ressurgir para uma vida nova.

Jesus foi batizado no rio Jordão, com abundância de água (Mat. 3:13). Outro batismo descrito com detalhes foi o do etíope evangelizado por Filipe. A Bíblia diz que ambos desceram do carro em que viajavam e entraram na água (Atos 8:38 e 39).

Ao ser batizado, o candidato ao Reino de Deus recebe o dom do espírito de Jesus (ver Atos 2:38), a fim de que ande nos caminhos de Deus pelo resto de sua vida, e permaneça firme até o fim. Jesus garante: "O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida" (Apoc. 3:5).

Bíblia à mão!

É necessário ser batizado?

1.   Que ordem Cristo deixou para os discípulos?

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.
16 Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado" (Marcos 16:15 e 16).

2.   Qual a condição, segundo a Bíblia, para ser salvo?

"A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: Quem não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus" (João 3:3 e 5).

3.   Jesus deu-nos o exemplo quando foi batizado. Como Ele foi batizado?

"Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão. Logo ao sair da água, viu os céus rasgarem-se e o espírito descendo como pomba sobre Ele. Então, foi ouvida uma voz dos Céus: Tu és o Meu Filho amado, em Ti Me comprazo" (Mar. 1:9-11).

4.   Que recomendação dá a Bíblia aos que se arrependem completamente dos seus pecados?

"Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do espírito Santo" (Atos 2:38).

5.   Que ordem recebeu Paulo, que se tornou apóstolo depois de se arrepender?

 

"E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dEle" (Atos 22:16).

 

O que faz da Bíblia um livro singular é exatamente o poder que ela tem de mudar vidas...

Michelson Borges

Num dia de chuva, um descrente na Bíblia caminhava junto com um amigo cristão, e o criticava, pois dizia conhecer muitas pessoas hipócritas que se denominavam cristãs. "A Bíblia não tem lá muito efeito sobre a vida dos seus companheiros cristãos", era a tese dele. O cristão nada disse até que ambos passaram por um lugar onde havia duas meninas brincando na lama.

– Como estão sujas e enlameadas estas duas meninas – comentou o cristão.

– É verdade – respondeu o amigo que era fabricante de sabão. – Elas realmente estão muito sujas e bem enlameadas.

– Pelo que vejo – replicou o cristão, – o sabão que você fabrica não é lá muito bom porque não teve qualquer efeito sobre elas, não é?

– Você não pode dizer isso! – Respondeu o industrial, zangado. – Você sabe muito bem que sabão algum tem qualquer efeito sobre os que não o usam!

– É exatamente isso o que acontece com a Bíblia – afirmou logo o cristão, satisfeito pelo resultado do que dissera. – Ela não faz bem algum a qualquer pessoa, a menos que seja estudada e colocada em prática.

Os dias atuais se caracterizam pelo relativismo e pela falta de verdade. Cada pessoa quer escolher em que ela quer acreditar. A Bíblia Sagrada até é aceita como a Palavra de Deus por grande número de pessoas em todo o mundo. O problema reside no quanto dela é praticado e aceito como verdade. "Eu até reconheço a importância da Bíblia, mas quem me garante que seu texto não foi alterado ao longo dos séculos?", é a pergunta que muitos fazem.

Muitas descobertas recentes têm reafirmado a inspiração divina da Bíblia e sua autenticidade. Poderíamos nos estender aqui sobre as descobertas de ruínas antigas, confirmando vários relatos bíblicos. E o que dizer dos Manuscritos do Mar Morto, descobertos no final da década de 1940? Textos bíblicos de até dois séculos antes de Cristo, que concordam com as versões mais recentes! Ainda assim, se falássemos apenas em achados históricos, deixaríamos de lado aquela que, sem dúvida, é a maior evidência de serem as Escrituras realmente a Palavra de Deus.

O jovem Alexandre Migliorini é um bom exemplo dessa evidência incontestável. Na adolescência envolveu-se com más companhias e começou a fumar e a beber. Aos 17 anos entrou em depressão profunda e acabou no mundo do roubo e das drogas. Depois de uma tentativa de suicídio frustrada, envolveu-se com traficantes e foi ameaçado de morte. Fugiu para Araçoiaba, interior de São Paulo. E foi lá que sua vida começou a tomar novo rumo.

Conheceu uma moça cristã e, graças à influência dela, passou a ler a Bíblia. "Certo dia, resolvi entregar o coração totalmente a Cristo, confiando na promessa bíblica de que todos os que vão a Jesus jamais se decepcionam", diz ele, que hoje é um jovem ativo em sua igreja e desenvolve trabalho com toxicômanos e alcoólicos.

A Palavra de Deus é um livro singular. Seu poder reside no fato de que "jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo espírito Santo" (2ª Pedro 1:21). Não existe outro livro que tenha o poder de transformar radicalmente uma vida, um caráter. Porque a Bíblia fala de Cristo (cf. João 5:39), aqueles que a lêem e estudam, com espírito de oração, acabam desejando ser mais semelhantes a Ele – e é aí que ocorre o milagre.

Como entendê-la

Algumas pessoas dizem já ter tentado estudar a Bíblia, mas por não entender certos textos acabam desistindo. Não se daria isso pela utilização de uma metodologia inadequada? A própria Bíblia ensina como estudá-la. Note: "A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? ... Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali" (Isaías 28:9 e 10). Um pouco aqui, um pouco ali. Eis o segredo.

A Bíblia deve ser pesquisada, pois há diversos assuntos e temas à espera do pesquisador sincero. Além disso, aqueles que se dedicam a essa tarefa contam com um auxílio indispensável, prometido por Cristo: "Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (João 14:26). Basta pedir a Deus que desvende os nossos olhos, para que contemplemos as maravilhas da Sua lei (cf. Sal. 119:18).

Como na história do cristão e do fabricante de sabão, a Bíblia só tem poder transformador na vida daqueles que a utilizam. "Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo" (Apoc. 1:3). "Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" (Luc. 11:28). Experimente você também, e descobrirá que a Bíblia merece confiança e contém um poder além da imaginação humana. E esse poder está á sua disposição!

Bíblia à mão!

A Bíblia merece confiança?

1.   Como a Bíblia foi dada à humanidade?

"Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo espírito Santo" (2a Ped. 1:21).

2.   Que disse Jesus sobre as Escrituras?

"Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de Mim" (João 5:39).

3.   Como estudar a Bíblia?

"A quem, pois, se ensinaria o conhecimento? E a quem se daria a entender o que se ouviu? Acaso, aos desmamados e aos que foram afastados dos seios maternos? Porque é preceito sobre preceito, preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali" (Isa. 28:9 e 10).

4.   Quem nos ajuda a compreender a Bíblia?

"Mas o Consolador, o espírito Santo, a quem o Pai enviará em Meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito" (João 14:26).

5.   O que podemos pedir a Deus para compreender melhor a Bíblia?

"Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da Tua lei" (Sal. 119:18).

6.   Como Deus considera aqueles que no passado não tiveram oportunidade de conhecer a mensagem da Bíblia?

"Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam" (Atos 17:30).

7.   Que promessa Deus faz a nós? Como seremos "felizes"?

"Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo" (Apoc. 1:3).

"Ele, porém, respondeu: Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!" (Luc. 11:28).

 

Jesus afirmou que voltaria quando o mundo não estivesse esperando...

Vanderlei Dorneles

Foram várias as ocasiões e os motivos pelos quais o mundo poderia ter acabado nas últimas décadas. Nos lembramos da ameaça da guerra nuclear, que fez muita gente acreditar que o planeta seria destruído num confronto entre as grandes potências da época, Estados Unidos e União Soviética. Depois vieram os ecologistas, no início dos anos 90, anunciando que o mundo poderia acabar numa generalizada crise no ecossistema. No ano passado, um alarde em torno de uma pretensa profecia de Nostradamus criou a expectativa do fim para o dia 11 de agosto, quando se daria um eclipse incomum.

Hoje, a União Soviética não existe mais, a ameaça da guerra nuclear está cada dia mais remota, e o buraco da camada de ozônio parou de crescer. Enfim, o tal eclipse ocorreu sem nenhuma novidade cósmica. E muitos apressados já declaram que a expectativa do fim é só uma mania de fanáticos e apocalipsistas.

Isso faz lembrar as palavras do apóstolo Pedro: "Nos últimos dias, virão escarnecedores com seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da Sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2a Ped. 3:3 e 4).

De fato, o mundo está entrando agora numa fase nova, e as previsões já dão conta de que ao longo do século 21 a expectativa do fim deve declinar, já que os apocalipsistas de plantão estão se reduzindo ao silêncio e as catástrofes estão sendo minimizadas pela própria mídia.

Mas a volta de Cristo é um evento atestado com a honra e a veracidade de Deus: "Vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei" (João 14:2-3). No Apocalipse, Jesus reafirma a promessa: "Certamente venho sem demora" (22:20).

Contagem regressiva

Entre todos os sinais descritos profeticamente por Jesus, destaca-se a incredulidade. Ele diz: "Ficai também voz apercebidos; porque, à hora em que não cuidais, virá o Filho do homem virá" (Mat. 24:44). Lucas registra assim: "Pois há de sobrevir a todos os que vivem sobre a face de toda a terra" (21:35). Em sua carta, o apóstolo Pedro enfatiza: "Virá, entretanto, como ladrão, o dia do Senhor" (2a Ped. 3:10). Esse elemento de surpresa é constante nas profecias.

Mas embora hoje as pessoas estejam propensas a ignorar a promessa de Cristo, há outros sinais apontados como características dos últimos dias.

Os discípulos queriam saber o dia e a hora, mas Jesus foi claro em dizer que isso nem os anjos sabem, "senão o Pai" (Mat. 24:36). Ele, contudo, enumerou sinais: "Virão muitos em Meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos" (Mat. 24:5). Em países ricos e pobres, desenvolvidos e em desenvolvimento, as seitas se multiplicam, e novos messias surgem a cada dia.

Jesus também fez referência à fome e aos terremotos (Mat. 24:6 e 7). Nos últimos três séculos, o terremoto foi o desastre natural que mais matou, respondendo por 47% de todas mortes. Os terremotos matam, em média, 14 mil pessoas cada ano, e a cada dez minutos ocorre um novo terremoto no planeta. O Irã e o Japão são os países mais atingidos, com mais de 220 mil mortos em cada um deles só no século 20. Recentemente, a ONU contou 840 milhões de famintos no mundo. Há 50 anos a pobreza extrema assolava 17,3% dos 2,3 bilhões de seres humanos no planeta. Hoje, há 1,3 bilhão de famintos (um terço da humanidade).

A Bíblia também fala das características sociais dos últimos dias. "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes" (2a Tim. 3:1 e 2). A insensibilidade para com a pobreza é vista na alarmante onda de corrupção que marca a política em todo o mundo, mas especialmente nos países pobres, como o Brasil.

Mas Jesus deu um último sinal. Segundo Ele, quando o evangelho do reino for pregado em todo o mundo, então virá o fim (Mat. 24:14). A pregação cristã está atingindo todo o mundo nestes últimos anos. Só na China, um dos países mais fechados do mundo, 21 mil pessoas se tornam cristãs a cada dia. Em 1610, havia 2 mil cristãos ali; em 1950 havia 750 mil, e hoje há cerca de 100 milhões de cristãos chineses.

O mundo verá

Se estamos tão próximos desse evento profético, precisamos saber como ele ocorrerá. Alguns acreditam que Jesus já tenha vindo, outros O esperam em secreto, como se Ele fosse revelar-se a uns poucos. Mas os próprios anjos, que apareceram aos discípulos, após a ascensão, disseram o contrário. Segundo eles, da mesma maneira como Cristo subiu, visível e fisicamente, Ele descerá (Atos 1:9-11). O Apocalipse atesta: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá" (1:7). E para isso, não será preciso ligar a TV, ou conectar a Internet. O Mestre afirmou que será visto "como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente", e Sua vinda será manifesta "com poder e grande glória", (Mat. 24:27 e 30).

Jesus ensinou a parábola da figueira: as folhas secas e o surgimento dos brotos indicam a chegada do verão. Considerando a "figueira" profética e analisando os acontecimentos, percebemos que a vinda de Cristo se aproxima. Embora o mundo não perceba os sinais, certamente todos verão o Rei vindo em glória e majestade.

Bíblia à mão!

Quando Jesus voltará?

1.   Alguns dos sinais da volta de Jesus apresentados na Bíblia:

No mundo religioso: "Porque virão muitos em Meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios eleitos" (Mat. 24:5, 11 e 24).

Entre as nações: "E, certamente, ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; vede, não vos assusteis, porque é necessário assim acontecer, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, reino contra reino" (Mat. 24:6 e 7).

Na natureza: "Haverá fomes e terremotos em vários lugares." (Mateus 24:7).

Moral: "Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus" (2a Tim. 3:1-4).

Na sociedade: "E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos" (Mat. 24:12).

2.   Que advertência fez Jesus ao Se referir aos acontecimentos finais?

"Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça; porque a vossa redenção se aproxima" (Luc. 21:28).

3.   Como será a volta de Jesus?

"Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Certamente. Amém!" (Apoc. 1:7).

"E lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como O vistes subir" (Atos 1:11).

"Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" (Mat. 24:30).

4.   Para que Jesus voltará?

"E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também" (João 14:3).

 

A Bíblia revela o destino do ser humano após deixar a vida...

Guilherme Silva

Saber o que existe além da fronteira da sepultura é uma das curiosidades do ser humano em todas as épocas. Pretendendo saciar essa curiosidade, sempre existiram pessoas que afirmavam poder se comunicar com os mortos. Até pouco tempo atrás essa pretensa habilidade se limitava aos mestres do ocultismo. Hoje, porém, existem métodos mais refinados pelos quais se busca contactar o além. A Transcomunicação Instrumental é um deles.

Na edição de 24 de maio, a revista Isto é, conta a experiência de Sônia Rinaldi, que em seu computador recebe mensagens com vozes de pessoas já falecidas. Em 1990 ela fundou a Associação Nacional de Transcomunicadores, hoje com cerca de 1.000 adeptos. Os transcomunicadores usam rádios e computadores, entre outros aparelhos, para entrar em contato com os mortos, gravar suas manifestações e tentar provar que o ser humano é imortal. Apesar de essa prática ter pretensões científicas, Sonia afirma que 70% dos associados se interessaram pela experiência após a perda de pessoas queridas.

Além da curiosidade, a dor da perda – por vezes insustentável – faz com que a prática da comunicação com os mortos atravesse séculos e hoje ganhe roupagem científica, por meio de recursos tecnológicos.

Os mortos não falam:

Embora a possibilidade de contato com os queridos que faleceram exerça atração sobre muitas pessoas, a Bíblia desaconselha o envolvimento com essas práticas. "Não se achará entre ti... nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor"(Deut. 18:10-12). Deus não impõe proibições ao ser humano sem que haja um motivo. No jardim do Éden Deus proibiu que o fruto de uma árvore fosse até mesmo tocado, não por capricho pessoal, mas pelo fato de que lá estava a serpente – o próprio Satanás que havia sido expulso do Céu (Apoc. 12:7).

Se depois da morte, a alma do ser humano, dotada de consciência, fosse para o Céu e pudesse observar seus queridos na Terra, seria injusto da parte de Deus proibir essas "almas" de ter contato e dar conselhos aos que ficaram.

Mas até mesmo a possibilidade de existir uma essência humana imortal e consciente (fora do corpo) é descartada pela Bíblia: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol" (Ecl. 9:5-6). Davi também expressou a mesma idéia: "Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios" (Sal. 146:4).

Sendo verdade que "os mortos não sabem de coisa nenhuma", o que dizer sobre as histórias de contato com os que se foram? Atribuí-las a algum tipo de alucinação não responde à pergunta. Pessoas de inquestionável equilíbrio mental viveram esse tipo de experiência. A Bíblia inclusive narra um caso, em 1a Samuel 28.

Embora não seja possível aos mortos se comunicarem com os vivos, a Bíblia fala de espíritos bons (Heb. 1:14) e maus (Apoc. 12:7-9) que podem entrar em contato com o ser humano. Esses espíritos, de acordo com as passagens bíblicas, são identificados como os anjos de Deus ou de Satanás. E eles têm a capacidade de aparecer sob diferentes formas. Conforme 2a Coríntios 11:14, "o próprio Satanás se transforma em anjo de luz".

Como os mortos estão num estado de completa inconsciência, segundo a Bíblia, o contato com os falecidos é na verdade feito com anjos que assumem as características dos que morreram. Porém, se Deus proibiu essa prática, é porque o contato pode não ser feito com Seus anjos, e sim com anjos de Satanás.

Vitória da vida:

Quando Deus formou o homem do pó da terra e lhe soprou o fôlego de vida, criou uma "alma vivente" (Gên. 2:7). Uma alma que deveria viver eternamente ligada ao Criador. Porém o pecado separou o ser humano da Fonte da vida, e tornou-o uma alma mortal. Após a morte, o corpo volta ao pó e o espírito, que é o fôlego de vida, volta a Deus (ver Ecl. 12:7), o contrário do que a serpente disse para Eva, no Jardim: "É certo que não morrerás" (Gên. 3:4).

Durante milhares de anos, Satanás continua repetindo a mesma afirmação à humanidade. Seu objetivo é afastar o ser humano ainda mais do Criador, fazendo-o acreditar que por meio de seus próprios esforços pode viver para sempre. A Bíblia, pelo contrário, afirma que a humanidade está condenada à morte. Mas não para aí. Por meio do sacrifício de Jesus há vida eterna. "Onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor" (Rom. 5:20 e 21).

Quando Jesus esteve na Terra, prometeu que voltaria para buscar a todos os que O aceitassem. "Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1a Tess. 4:16 e 17). O dia desse encontro irá marcar a vitória final da vida sobre a morte.

Bíblia à mão!

O estado do homem na morte

1.   Como a Bíblia descreve o ser humano criado por Deus?

"Que é o homem, que dele te lembres. E o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, no entanto, por um pouco, menor do que Deus e de glória e de honra o coroaste" (Sal. 8:4 e 5).

2.   Como Deus criou o ser humano?

"Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente" (Gên. 2:7).

3.   O que acontece na morte?

"E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu" (Ecl. 12:7).

4.   Um morto pode comunicar-se com os vivos?

"Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito, e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia, perecem todos os seus desígnios" (Sal. 146:3-4).

5.   O que a Bíblia revela sobre o estado do homem na morte?

"Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol" (Ecl. 9:5-6).

6.   Os mortos podem relacionar-se com Deus?

"Os mortos não louvam o Senhor, nem os que descem à região do silêncio" (Sal. 115:17)

"Pois, na morte, não há recordação de ti; no sepulcro, quem te dará louvor?" (Sal. 6:5).

7.   Quando os mortos voltarão a viver?

 

"Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor" (1a Tes. 4:16 e 17).

 

Escolher um entre milhares de caminhos não é tarefa fácil...

Michelson Borges

Há milhares de igrejas espalhadas pelo mundo, e a cada dia surgem outras. Uma das tarefas mais difíceis é descobrir qual delas é a verdadeira, já que todas alegam possuir a verdade. Apesar de o adágio popular dizer que "todos os caminhos levam ao Céu", a Bíblia apresenta apenas uma igreja como a portadora da verdade (embora todas as denominações religiosas mereçam respeito e consideração).

Talvez a pergunta mais importante nesse caso seja: Onde podemos encontrar a pura verdade divina? O evangelho de João (17:17) afirma que a Palavra de Deus "é a verdade". Portanto, a igreja que sustenta a Bíblia como única norma de fé deve ser a igreja da verdade. E é importante reafirmar que a Bíblia trata desse assunto no singular, ao afirmar que "há um só Senhor, um só batismo e uma só fé" (Efés. 4:4-6). Uma só fé, pois há uma única verdade.

Por isso mesmo a Palavra de Deus apresenta a verdadeira igreja de Deus como a "coluna da verdade" (cf. 1a Tim. 3:15). Mas, afinal, que verdade é essa que a igreja sustenta? Veja a seguir:

Deus – o Autor da salvação (Jer. 10:10, Sal. 31:5, João 17:3).

Jesus Cristo – o verdadeiro meio de salvação (João 14:6, Atos 4:12, 1a Tim. 2:5).

Jesus, após a Sua ascensão, pode agir em espírito sobre todos que O aceitaram:

espírito Santo (Jesus) – Guia o crente em toda a verdade (João 16:13, 3:5, Rom. 8:2, Tito 3:5, 1a Ped. 1:2).

Bíblia – verdadeira orientação para a salvação (João 17:17, 5:39, 2a Tim. 3:15 e 16).

A lei de Deus é a verdade (Sal. 119:142, Rom. 2:12, 3:20, 7:7, Tia. 2:12, 1a João 3:4).

Todos os Dez Mandamentos (Êxo. 20) – verdadeiro padrão de conduta dos salvos (Sal. 119:86 e 151, Ecles. 12:13-14, Mat. 19:17, Tia. 2:10).

Estas verdades bíblicas testam as igrejas. A verdadeira sustenta todas elas.

Além dos itens acima, o Apocalipse resume as duas características fundamentais da verdadeira igreja bíblica: "Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Apoc. 12:17). E o próprio livro da revelação responde que o "testemunho de Jesus é o espírito de Profecia" (19:10). Portanto, a verdadeira igreja, além de guardar os mandamentos de Deus, possui o dom de profecia.

É verdade que "a porta estreita e o caminho difícil conduzem à vida, e pouca gente encontra esse caminho" (Mat. 7:14, BLH), mas vale a pena todo esforço para se ter a certeza de estar trilhando o caminho certo, pois o assunto é de vida ou morte. Lembre-se do que disse Cristo: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que está nos céus" (Mat. 7:21, ver também 2a João 2:3 e 4).

De acordo com Apocalipse 14:4, o povo de Deus, que estará com Cristo no Céu, caracteriza-se por seguir o Cordeiro aonde quer que Ele vá. Logo, Seu povo na Terra faz a mesma coisa. Pergunte-se a si mesmo: "Estou seguindo a Jesus e praticando Seus ensinamentos? Pertenço ao povo que se caracteriza pelo amor a Cristo e pela obediência aos Seus mandamentos? Jesus está conduzindo Suas ovelhas ao aprisco verdadeiro. Deixe-se conduzir pelo amorável Salvador você também.”

A verdadeira igreja de Deus...

Possui unidade – consenso de doutrina e crença (Atos 2:46, Efés. 4:3 e 13)

É universal – prega o evangelho ao mundo todo (Heb. 12:23, Apoc. 14:6, Mar. 16:15)

Está de acordo com a doutrina dos apóstolos – apostolicidade (Atos 2:42)

Guarda todos os dez mandamentos (Apoc. 14:12, Êxo. 20:3-17)

Possui o dom de profecia (Apoc. 12:17, 19:10)

Surgiu na época designada na profecia (Dan. 8:14, Apoc. 14:6-12)

Não é maioria fácil, popular (Apoc. 12:17, Rom. 9:27, Luc. 12:32).

Ensina a salvação pela fé em Jesus Cristo, pois prega o Evangelho Eterno (Apoc. 14:6, 1:5).

Bíblia à mão!

1.   Onde podemos encontrar a verdade sobre a igreja de Deus?

"Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade" (João 17:17).

2.   O que Jesus diz àqueles que não seguem as orientações da Bíblia?

"Por que Me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando?" (Luc. 6:46).

3.   Quais as duas características principais da igreja de Deus nos últimos dias da história?

"Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus" (Apoc. 12:17 e 18).

"... O testemunho de Jesus é o espírito da profecia" (Apoc. 19:10).

4.   Confira outras características da igreja verdadeira que estão relatadas na Bíblia:

A verdadeira igreja de Deus...

Prega o evangelho – Apoc. 14:6 (1a parte). Ver também Efés. 1:7, 1a João 1:7 e João 1:12.

É um movimento mundial, missionário, amplo e internacional – Apoc. 14:6 (2a parte).

Instrui que Deus deve ser glorificado no estilo de vida de cada um – Apoc. 14:7 (1a parte). Ver também 1a Cor. 6:19 e 20, 10:31.

Anuncia que é chegada a hora do Juízo de Deus – Apoc. 14:7. Ver também Mat. 12:33-37, Atos 24:25, Dan. 7:9-14.

Apela para toda a humanidade adorar o Criador – Apoc. 14:7 (última parte).

Admoesta contra falsas doutrinas e erros de Babilônia espiritual – Apoc. 14:8.

5.   Qual o motivo que a Bíblia apresenta para adorarmos a Deus?

"Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir e foram criadas" (Apoc. 4:11).

6.   Que mandamento da lei de Deus O identifica como Criador?

 

"Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou" (Êxo. 20:8-11).

 

A Bíblia indica os critérios que desmascaram o falso e identificam o verdadeiro...

Guilherme Silva

Em 1997, ano em que o cometa Hale Bop passou próximo à Terra, surgiu um movimento apocalíptico chamado "Portal do Paraíso". O líder do movimento afirmava que a Terra seria destruída pela passagem do cometa. Aqueles que quisessem se salvar deveriam pegar carona em um disco voador que viria na cauda do Hale Bop. Como resultado, dezenas de corpos sem vida foram achados numa mansão, na Califórnia, logo após a passagem do cometa.

A tragédia dos seguidores do movimento Portal do Paraíso não foi o primeiro nem o último caso de morte coletiva impulsionada por predições sobre o fim do mundo, por parte de pretensos profetas. Em 1978, centenas de adeptos da seita "Templo Novo" morreram nas Guianas, envenenados pelo líder Jim Jones. Mais recentemente, em março, cerca de mil membros de outra seita apocalíptica, na Uganda, foram encontrados carbonizados, em covas coletivas.

No mundo político, a corrupção faz a opinião pública desacreditar de todos que se identificam como políticos. Na religião, não é diferente. Predições proféticas duvidosas levam pessoas sensatas a considerarem a profecia como conhecimento para charlatões.

Essa foi a sensação de Nabucodonosor, do antigo Império Babilônico, quando pediu aos magos de seu reino que lhe revelassem um sonho do qual havia se esquecido, mas que o perturbara durante a noite. Postos à prova, os pretensos profetas afirmaram: "A coisa que o rei exige é difícil, e ninguém há que possa revelar" (Dan. 2:11). Porém, um deles teve um discurso diferente: "O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no Céu, o qual revela mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias" (Dan. 2:27 e 28). A inspiração divina, reconhecida pelo rei, marcou a diferença entre Daniel e os demais profetas de seu tempo. "Certamente o vosso Deus é o Deus dos deuses" (Dan. 2:47), disse o imperador.

O exemplo de Daniel mostra que há duas classes de profetas. Considerá-los todos como "farinha do mesmo saco" e rejeitar suas orientações, vai contra a recomendação divina. Nesse sentido, o apóstolo Paulo aconselhou os cristãos de Tessalônica: "Não desprezeis as profecias." A Bíblia valoriza a profecia. "Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas" (Apoc. 1:3).

Características do profeta:

Se não é prudente ignorar a profecia, como é possível diferenciar um verdadeiro profeta dos atuais bruxos, magos e encantadores que buscam vender suas previsões? O risco de trocar o verdadeiro pelo falso é real. Ao descrever a aproximação do fim dos tempos, Jesus afirmou: "Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos" (Mat. 24:11). Porém, o mesmo critério que diferenciou Daniel dos demais "profetas" de seu tempo pode ser usado hoje. Sua inspiração provinha do Deus da Bíblia. E a Bíblia dá indicações seguras de como identificar um profeta verdadeiro. Vejamos algumas:

1. O dom profético vem de Deus; os profetas nunca atuam por iniciativa própria. "Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo espírito Santo" (2a Ped. 1:21).

2. A mensagem do profeta deve estar em harmonia com a Bíblia. "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva" (Isa. 8:20). Isso significa que, se um pretenso profeta fala algo que não corresponde ao texto bíblico, deve ser descartado. A Bíblia é que norteia a fé do cristão.

3. As predições devem se comprovar verdadeiras. "Se disseres no teu coração: Como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba, a falou o tal profeta; não tenhas temor dele" (Deut. 18:21 e 22). Isso quer dizer que 100% do que falou o profeta deve se cumprir. Qualquer margem de erro, ainda que pequena, já serve para desacreditá-lo.

4. O profeta verdadeiro reconhece a encarnação de Cristo. "Nisto reconhecereis o espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não procede de Deus" (1a João 4:2 e 3). As implicações desse texto vão além da simples aceitação de que Jesus viveu sobre a Terra. A Bíblia declara que "o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade" (João 1:14). Ele também é Aquele "cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Miq. 5:2).

5. A vida do profeta deve ser digna da missão que desempenha. A profecia é dada por meio de "homens santos de Deus" (2a Pedro 1:21). Segundo Jesus, podemos distinguir os falsos profetas pela sua conduta. "Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Assim, pelos seus frutos os conhecereis" (Mat. 7:18 e 20). Essa orientação é fundamental ao se avaliar a reivindicação do profeta. Além de conhecer o que ele diz, é necessário saber quem ele é. Embora seja um ser humano imperfeito, a sua vida deve ser caracterizada pelo fruto do espírito e não pelas obras da carne (ver Gál. 5:19-23).

Atualmente a proliferação de profetas parece ter cumprido a declaração bíblica: "E acontecerá, diz o Senhor, que derramarei o Meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos" (Atos 2:17). Entre tantos candidatos a profeta, só a Bíblia é o guia seguro para diferenciar o falso do verdadeiro.

Bíblia à mão!

Como reconhecer um profeta:

1.   Como Deus se comunica com os profetas?

"Então, disse: Ouvi, agora, as Minhas palavras; se entre vós há profeta, Eu, o Senhor, em visão a ele, Me faço conhecer ou falo com ele em sonhos" (Núm. 12:6).

2.   Deus teria profetas nos últimos tempos?

"E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos" (Atos 2:17).

3.   Encontramos o dom de profecia entre os dons que Deus deu à igreja?

"Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens. (...) E Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo" (Efés. 4:8, 11-15).

4.   Quais as duas características do povo de Deus atualmente?

"Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar" (Apoc. 12:17 e 18).

5.   Que atitude devemos ter diante das mensagens dos profetas?

 

"Não desprezeis as profecias" (1a Tess. 5:20).

 

Fome espiritual: Jejum favorece sintonia com Deus, mas por si só não garante superpoderes espirituais

Guilherme Silva

Segundo a Associação Brasileira da Indústria Alimentícia, o apetite da população nacional, em 2001, foi de aproximadamente 80 bilhões de dólares, gastos em alimentos de todos os tipos. A previsão é de que neste ano o valor aumente em 10 a 12%. Para os mais afortunados, a oferta de guloseimas nas prateleiras dos supermercados expande-se a cada dia. Mais do que fome, a vontade compulsiva de comer faz girar as engrenagens da indústria da alimentação. Porém, nesse contexto, há pessoas que encontraram maior vigor físico, mental e espiritual deixando, por algum tempo, os prazeres da mesa farta.

A prática milenar do jejum, atualmente, continua sendo defendida por variadas correntes religiosas e ganha apoio entre partidários do naturalismo. Chega, inclusive, a ser levada ao extremo por defensores da alimentação prânica, que afirmam ser possível viver sem comer, "alimentando-se" apenas da luz solar. Evelyn Levy Torrence, 39 anos, é uma que garante estar há mais de dois anos longe de qualquer petisco. De acordo com sua visão esotérica, bastaria olhar para o sol e captar o prâna, energia que seria emanada pelo astro. Médicos e nutricionistas asseguram que é absolutamente impossível viver permanentemente sem alimento.

Medicina e tradição – Deixando de lado os exageros, a medicina apóia a realização de jejuns terapêuticos, quando feitos com equilíbrio. Na Grécia antiga, Hipócrates, considerado o pai da Medicina, já acreditava no poder curativo da abstinência de alimentos. Na atualidade, a ciência explica o que acontece. Em declaração ao jornal O Dia, o especialista em nutrição biomolecular Augusto Fajardo explica que "quando paramos de comer, o corpo começa a queimar reservas de gordura e todos os demais elementos estranhos, como colesterol, inflamações e tumores". Segundo o médico Manfred Krusche, diretor de uma clínica naturalista em São Roque, SP, e consultor da revista Vida e Saúde, o jejum de uma refeição ou de um dia inteiro já é suficiente para que o corpo sinta os benefícios da pausa concedida ao sistema digestivo.

Entre os religiosos, o jejum é praticado de maneiras diferentes e por motivações muito diversas. Na atualidade, é com os islâmicos que tem maior destaque. Durante os trinta dias do mês de Ramadã, nono mês do calendário islâmico, os seguidores de Maomé, contabilizados em mais de um bilhão, não ingerem alimento do nascer ao pôr-do-sol. O último Ramadã foi observado de 26 de novembro a 26 de dezembro de 2001. Eles comemoram a entrega do Alcorão por parte de Alá. No mês seguinte, mais seis dias de jejum devem ser observados, além de outros jejuns menores, também previstos no calendário. Idosos já debilitados, crianças que não chegaram à puberdade e deficientes mentais estão entre os isentos dos jejuns.

Na tradição judaica, o jejum tem ocupado papel secundário, mas é indispensável em ocasiões especiais. Foi observado inicialmente no Dia da Expiação (ver Núm. 23:27). Nesse versículo, a ordem divina "afligireis a vossa alma" inclui a prática do jejum, segundo o comentarista bíblico Russell Norman Champlin. Além de jejuar, os israelitas são levados a fazer um exame de consciência, confessar os pecados a Deus e acertar desavenças no relacionamento interpessoal. Dessa forma, busca-se a purificação em todas as esferas da vida. Essa solenidade perdurou até hoje, sendo também conhecida como Yom Kippur.

Após o exílio babilônico, no século 6 a.C., outras quatro festividades religiosas passaram a incluir o jejum, conforme Zacarias 8:19: "Assim diz o Senhor dos Exércitos: o jejum do quarto mês, e o do quinto, e o do sétimo, e o do décimo serão para a casa de Judá regozijo, alegria e festividades solenes; amai, pois, a verdade e a paz". Champlin afirma que essas festividades assinalavam a libertação nas grandes tragédias da história nacional judaica. E o jejum costumava expressar, ao mesmo tempo, alegria pela libertação, tristeza pelo pecado, arrependimento e humilhação.

 

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