As Sete Últimas Pragas

Eu devia ter seis ou sete anos quando ouvi pela primeira vez falar dos últimos flagelos que cairão neste mundo antes da volta de Cristo. Flagelos divinos não eram desconhecidos para mim porque minha mãe já me havia contado acerca dos flagelos que caíram sobre o Egito, quando Faraó não deixou que Israel saísse para a terra da liberdade.Mas agora as coisas eram diferentes. O Apocalipse menciona flagelos que cairão num futuro bem próximo. Eu imaginava as pessoas gritando de dor por causa das úlceras e chagas malignas e pestilentas. Os mares e rios convertidos em sangue. O Sol esquentando sete vezes mais, enfim, era um quadro apavorante. Aquela noite quase não consegui dormir. Perguntava-me se era aquele Deus de amor do qual tanto falam os adultos. Como um Deus tão bom pode causar tanto sofrimento às Suas criaturas?

Mas aquilo era História. Acontecera havia muitos anos, num lugar muito distante de mim e com pessoas que eu não conhecia. Minha diferença diante da dor dos egípcios era uma reação muito humana. Eu até respirava aliviado por não ter estado vivo naquela época

Desde aquele dia, não quis mais saber do livro do Apocalipse. Causava-me temor; achava-o cheio de monstros e coisas horríveis.

Compreendendo o caráter divino

O tempo, porém, passou e eu fui crescendo. Ao concluir o segundo grau, fui à Faculdade de Teologia e ali comecei a entender melhor tantas mensagens que, à primeira vista, davam a impressão de serem assustadoras.

Por exemplo: Você já se perguntou alguma vez por que quando lê o Velho Testamento encontra um Deus aparentemente duro e castigador? Até Seu nome é "Senhor dos exércitos". Parece um Deus guerreiro conduzindo Seu exército destruidor e matando homens, mulheres, crianças e botando, depois, fogo em tudo.

Veja por exemplo esta ordem dada a Saul: "Assim diz o Senhor dos exércitos: 'Castigarei Amaleque pelo que fez a Israel: Ter-se oposto a Israel no caminho, quando este subia do Egito. Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe poupes; porém, matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos'." (I Samuel 15:2 e 3).

Pode este ser um Deus de amor? Por que foi tão cruel matando todos aqueles homens que habitavam na terra de Canaã? Quando o exército de Israel conquistava uma daquelas cidades, o sangue corria pelas ruas. Não adiantava ajoelhar-se e pedir perdão; esses moradores de Canaã deviam ser destruídos sem piedade. E ai daquele que não obedecesse à ordem!

Saul um dia poupou a vida de um rei inimigo, e Deus o retirou do trono e o rejeitou como rei de Israel. Acã foi outro israelita que, em lugar de queimar tudo o que havia na cidade destruída, escondeu uns mantos preciosos e alguns vasos de ouro. Deus ordenou apedrejá-lo na rua.

O interessante é que, se você for ao Novo Testamento, terá a impressão de encontrar outro Deus. O Deus que ama, que espera, que perdoa o que suplica. Esse é o motivo porque muitas pessoas acham a Bíblia incoerente, ou, então, preferem ler o Novo Testamento e rejeitam o Velho. Existe alguma explicação para semelhantes atos divinos? Podemos ter uma pequena luz para entender a aparente mudança de atitude divina do Velho para o Novo Testamento? É Deus injusto, castigador e vingativo?

A paciência divina

Em primeiro lugar, precisamos saber quem eram os cananeus que foram destruídos "sem piedade". No capítulo 18 do livro de Levítico, encontramos uma advertência que Deus fez a Israel antes de entrar em Canaã: "Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: 'Eu sou Senhor vosso Deus. Não fareis segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã, para qual Eu vos levo, nem andareis nos seus estatutos'." (Levítico 18:1 e 2)

E quais são essas obras que Israel não devia praticar? Todo o restante do capítulo apresenta as mais diversas perversões que os habitantes de Canaã praticavam. Era homem com homem, mulher com mulher, pai com filha, mãe com filha, enfim, aberrações, depravações e desvios de conduta que eles achavam a coisa mais normal do mundo.

Ainda hoje, nas descobertas arqueológicas que se fazem naqueles lugares, descobrem-se obras de arte daqueles tempos, que expressam a cultura do povo cananeu. Aquele povo tinha rejeitado completamente o Deus Criador. A idolatria e a adoração da criatura e da criação faziam parte da cultura daquele povo. Sem Deus, a conseqüência natural foi estabelecer padrões próprios e humanos de comportamento. Cada um era seu próprio deus e fazia o que achava certo. E quando o ser humano não tem um padrão de comportamento espiritual e moral baseado na vontade divina, não existe limite para as perversões às quais ele pode chegar.

Ao rejeitar a Deus, o povo de Canaã não mais vivia; apenas sobrevivia. Aquilo que o homem vive separado de Deus é, na verdade, uma imitação ridícula de vida, uma caricatura, qualquer coisa, menos vida. Plenitude de vida você pode achar só em Deus. Ele é o único que dá sentido à existência humana. Portanto, aquele povo, ao perder a Deus, tinha perdido a verdadeira vida. A busca desenfreada do prazer não era mais que a procura enlouquecida pela vida que não possuíam mais.

Mas Deus teve muita paciência com os moradores de Canaã. O registro bíblico diz que a primeira vez que Deus prometeu a terra de Canaã para Israel, foi quando Abraão ainda estava vivo. Naquela ocasião Deus disse a Abraão: "E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniqüidade dos amorreus." (Gênesis 15:15 e 16).

Você vê? Apesar da vida licenciosa e libertina, apesar de os cananeus não haverem tido Deus em conta para nada, na opinião divina, ainda não se tinha enchido a medida da iniqüidade daquelas pessoas.

Passaram-se cem anos. Um século de existência é muito tempo para o ser humano. Um dia os filhos de Abraão reclamam de Deus o cumprimento da promessa. "Quando herdaremos a terra?" E a resposta divina foi a mesma: "Ainda não se encheu a medida da iniqüidade dos amorreus."

Quatro séculos de pecado

Passam-se dois, três, quatro séculos. Aquele povo de Canaã não sabe mais o que inventar. As depravações mais horríveis são aceitas como coisas normais entre eles. Os descendentes de Abraão reclamam a promessa: "Até quando Senhor?" E a resposta de Deus continua sendo: " ainda não se encheu a medida da iniqüidade dos amorreus."

É, porventura, esse um Deus radical, intransigente e cruel? Perceba que esse é o Deus do Velho Testamento. Ele espera, suplica, tem paciência. Os seres humanos é que estavam impacientes por herdar a terra, mas Deus disse: "Não. Esperem um pouco. Continuarei chamando; continuarei esperando; quero salvá-los."

Infelizmente, o povo de Canaã não aceitou a salvação. No mundo habitado daqueles dias, eles se tornaram como uma espécie de corrupção moral. Deus, o médico divino, viu que era preciso amputar a perna para salvar o corpo, mas relutou em fazê-lo. Esperou, aguardou até o último instante, mas chegara o momento em que, se não amputasse essa parte do corpo, toda a humanidade seria consumida pelo mal moral.

Já agira assim antes por ocasião do Dilúvio. Esperou, suplicou, chamou, mas "o pensamento dos homens era só para o mal", afirma o livro de Gênesis. E foi preciso que o Dilúvio viesse para salvar o remanescente fiel formado por Noé e sua família.

Destruição: uma escolha pessoal

Quatrocentos e trinta anos depois que a promessa fora dada, finalmente havia chegado o dia do acerto de contas. Na realidade, a morte e a destruição dos ímpios não é um castigo que vem de Deus; é a eleição do próprio pecador. Deus derrama Sua ira contra o pecado, não contra os homens. Os homens que morrem são aqueles que não quiseram deixar o pecado. A destruição final é uma opção humana. "Acaso tenho Eu prazer na morte do perverso? Diz o Senhor Deus; Não desejo Eu, antes, que ele se converta de seus caminhos e viva?" (Ezequiel 33:11).

Com tudo isso em mente, voltemos agora ao livro de Apocalipse e à pergunta inicial: "Deus mudou?" Veja como João descreve o Senhor Jesus por ocasião de Sua Segunda vinda: "Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu Cavaleiro se chama fiel e verdadeiro e julga e peleja com justiça." (Apocalipse 19:11). Aqui está de volta o "Deus guerreiro". Ele "peleja com justiça".

Justiça não é dar razão a quem está errado. Justiça é dar a cada um a sua recompensa. O inocente deve ser libertado e até vindicado. O culpado deve ir para a prisão. Essa é a verdadeira justiça.

Jesus, por ocasião de Sua Segunda vinda, "estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o Seu nome se chama Verbo de Deus. E seguiam-No os exércitos que há no Céu, montando cavalos brancos, com vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai de Sua boca uma espada afiada, para com ela ferir as nações; e Ele mesmo as regerá com cetro de ferro e, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso." (Apocalipse 19:13 a 16).

Os sete últimos flagelos.

Essas são cenas da volta de Cristo. Só que, antes disso acontecer, o mundo será testemunha dos sete últimos flagelos da humanidade. São João os descreve desta maneira: "Ouvi, vinda do Santuário, uma grande voz, dizendo aos sete anjos: Ide e derramai pela terra as sete taças da cólera de Deus." (Apocalipse 16:1) Os sete flagelos são os seguintes:

1 – "Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou sua taça pela terra, e aos homens portadores da marca da besta e adoradores de sua imagem, sobrevieram úlceras malignas e perniciosas." Apocalipse 16:2

2 – "Derramou o segundo a sua taça no mar, e este se tornou em sangue como de morto, e morreu todo ser vivente que havia no mar." Apocalipse 16:3

3 – "Derramou o terceiro a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue." Apocalipse 16:4

4 – "O quarto anjo derramou a sua taça sobre o Sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo. Com efeito, os homens se queimaram com intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para Lhe darem glória." (Apocalipse 16:8 e 9) - Perceba que aqui o Deus Criador se mostra superior à sua criação, e nem assim os homens o adoram e Lhe dão glória.

5 – "Derramou o quinto anjo a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do Céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras." (Apocalipse 16:10 e 11) - Onde fica o trono da besta? Qual a cidade-sede do poder descrito no capítulo "Anticristo e a Mulher de Vermelho"?

6 - O Sexto flagelo será analisado em: Armagedom, a Mãe de Todas as Guerras.

7 - Então derramou o sétimo anjo a sua taça, pelo ar, e saiu grande voz do Santuário, do lado do trono, dizendo: Feito está! E sobrevieram relâmpagos, vozes e trovões, e ocorreu grande terremoto, como nunca houve igual desde que há gente sobre a Terra; tal foi o terremoto forte e grande. E a grande cidade se dividiu em três partes, e caíram as cidades das nações. E lembrou-se Deus da grande Babilônia para dar-lhe o cálice do vinho do furor de sua ira. Todas as ilhas fugiram, e os montes não foram achados; também desabou do céu sobre os homens grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento; e por causa do flagelo da chuva de pedras, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu flagelo era sobremodo grande." (Apocalipse 16:17 a 21).

Você pode imaginar o cataclismo mundial que tomará conta deste planeta quando tudo isso acontecer? Naturalmente, considerando-se que o Apocalipse é um livro sobretudo simbólico, muitos desses eventos podem ter um cumprimento simbólico. Mas é bom lembrar que cada vez que o apóstolo João usa as expressões "semelhante a" ou "como que" está usando a linguagem simbólica e, no caso dos flagelos, o apóstolo não usa estas expressões.

Eu transcrevi os flagelos tais como estão descritos na Bíblia porque a minha preocupação maior não é enfatizar as tragédias que se aproximam. O meu propósito principal é fazer com que você medite nos momentos solenes que estes mundo vive, embora milhões de pessoas nem percebam isso.

Os últimos momentos de espera

A Bíblia é um Livro muito antigo. Está aí, à disposição de qualquer pessoa; mas quantos a lêem? Não prefere o ser humano de nossos dias consultar a astrologia, os búzios, a numerologia ou as cartas?

 

O tempo é curto. Deus está esperando há muito tempo. Estamos muito próximo dos eventos finais. São Pedro diz que: "Não retarda o Senhor a Sua presença, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento." (II Pedro 3:9)Em Apocalipse 7, o apóstolo São João diz: "Depois disto, vi quatro anjos em pé, nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem no mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia da nascente do Sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiques nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos de Deus." (Apocalipse 7:1 a 3)

Por que os anjos não devem soltar a destruição até os servos de Deus tenham sido selados? É óbvio. O selo de Deus será a proteção deles. Os flagelos não tocarão a vida dos selados. Lembre-se de que o primeiro flagelo cai sobre "os portadores da marca da besta e dos adoradores de sua imagem." Nestes dias Deus está chamando Seus filhos. Ele quer colocar em cada ser humano o Seu selo para identificá-lo e protegê-lo dos flagelos que cairão sem medida no dia da cólera de Deus.

Sangue na porta do coração

No Velho Testamento encontramos duas histórias que mostram a maneira maravilhosa como a graça de Deus alcança qualquer ser humano. Mais uma vez encontramos aqui a figura do Cordeiro. Desde a queda do homem, passando pelo Calvário, onde Seu sangue foi derramado para limpar os pecados do mundo, a figura do Cordeiro destaca-se nitidamente como o personagem central das Escrituras. Não existe salvação sem sangue, não existe graça sem Cordeiro. A segurança dos primogênitos de Israel, naquela noite, não estava simplesmente no fato de pertencerem ao povo de Deus. O israelita que não pintasse sua porta com sangue do cordeiro corria risco de vida.

A nossa segurança de salvação não pode nunca esta depositada na igreja. Não é o fato de estarmos batizados e cumprirmos todas as normas da igreja que garante nossa salvação. Não é batismo que nos salva; não são cargos que temos; não é fato de cantarmos no coral ou participarmos das atividades da igreja. Nossa única esperança está no Cordeiro.

Muitos israelita sacrificaram o cordeiro naquele dia, mas esqueceram de pintar as portas com o sangue. Quando o anjo destruidor apareceu à meia-noite, os primogênitos dessas casas foram destruídos, porque a simples morte do cordeiro não tem valor se o sangue não é aplicado à experiência pessoal do cristão. É preciso acreditar no Cordeiro, mas é preciso, também, pintar a porta do coração com sangue.

Quando os flagelos caírem sobre este mundo, muita gente se perderá - acreditando na Bíblia, na igreja e na mensagem de justificação pela fé - simplesmente porque não viveu uma vida de comunhão com Cristo. Acreditar é bom, mas não basta. Conhecer a doutrina é preciso, mas não é suficiente. O sangue tem que estar aplicado de forma pessoal na experiência do cristão. O grande dia está chegando. Os céus e a terra serão estremecidos. As águas do mar não mais poderão ser contidos nos oceanos. Cristo virá e, naquele dia, só haverá dois grupos de pessoas: os que com fé se aproximaram do sangue do Cordeiro e os que não o fizeram.

O cordão escarlate

A outra história tem há ver com Jericó. Jericó era uma das cidades de Canaã que seria destruída. Já vimos quanta paciência teve Deus para com aquele povo. Mais de quatro séculos haviam se passado desde o dia em que Deus prometera a Israel que aquela terra seria deles. E agora, finalmente, tinha chegado o grande momento da entrada de Israel.

O registro bíblico narra que Josué enviou dois espiões para examinarem a terra. No entanto, o rei de Jericó descobriu a estratégia e mandou perseguir e matar os espiões de Israel. Foi naquele momento que apareceu uma mulher chamada Raabe. Era uma pobre prostituta que vendia seu corpo na entrada da cidade. Sua vida estava destruída, seus sonhos estraçalhados. Não tinha muita perspectivas futuras porque, à medida em que envelhecesse, com toda certeza os homens não a procurariam mais.

Apesar de seu estado deplorável, ela conseguiu enxergar o momento solene que Jericó estava vivendo. O exército de Deus estava chegando e isso significava destruição para Jericó. Mas a chegada de Deus e Seu exército não significava necessariamente destruição. Tudo dependeria da atitude das pessoas. A destruição estava próxima, mas ainda não tinha chegado. Ainda era hora de responder aos apelos divinos, de entregar o coração a Deus, de adorá-Lo e andar em Seus caminhos.

Raabe aceitou o apelo do espírito ao seu coração e procurou os espiões dizendo: "Bem sei que o Senhor vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, e que todos os habitantes da terra estão desmaiados. Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar vermelho diante de vós, quando saíreis do Egito; e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seon e Ogue, que estavam além do Jordão, aos quais destruíste. Agora, pois, jurai, peço-vos, pelo Senhor que, assim como usei de misericórdia convosco, também dela usareis para com a casa de meu pai; e que me dareis um sinal certo de que conservareis em vida a meu pai e minha mãe, como também a meus irmãos e minhas irmãs com tudo que têm e de que livrareis a nossa vida da morte." (Josué 2:9 a 13). A resposta dos espiões foi que, no dia em que os exércitos israelitas invadissem Jericó, ela deveria colocar um cordão vermelho na janela e todo aquele que estivesse dentro da casa seria salvo.

Sentido de missão

Agora imagine a atitude de Raabe depois que os espias partiram. Seguramente ela correu para a casa dos pais e suplicou: "Por favor, venham à minha casa, a fim de serem protegidos, porque a destruição está chegando a cidade". Com certeza ela procurou os amigos e os parentes. Quando você tem certeza, pela Palavra de Deus, de que o tempo é definitivo, um sentido de urgência apodera-se de seu ser no cumprimento da missão.

A Bíblia não nos diz quantos aceitaram o convite de Raabe. Mas relata que finalmente chegou o dia e Israel entrou na cidade. A salvação de Raabe e dos que aceitaram nela esteve no cordão vermelho, pendurado na janela da casa. Aquele era o sinal. Deus nunca destrói nada sem antes assinalar os Seus servos. Ele os identificou naquela ocasião e os está selando também em nossos dias.

O cordão vermelho era o símbolo do sangue de Jesus. Um dia Ele morreu na cruz do Calvário e Seu sangue foi derramado para salvar a humanidade. Era o cumprimento do sacrifício dos cordeiros do Velho Testamento, que apontavam àquele sacrifício maior que aconteceria no Calvário. A Bíblia declara abertamente: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16)

"Todo aquele que nEle crê." Isso é o que realmente importa. Você pode ter vivido a vida toda longe de Cristo, mas se, neste momento, abrir o coração e crer, o Senhor Jesus o aceitará com certeza. Não há passado que Ele não possa perdoar; não existe vida que Ele não possa transformar. Raabe era uma prostituta, rejeitada pela sociedade, mas acreditou e foi assinalada para ser protegida no dia da adversidade.

Este é o dia. "Se ouvirdes hoje Sua voz, não endureçais o vosso coração", é o convite divino. Qual será sua resposta?

 

A Bullón – do Livro: O Terceiro Milênio, pág. 121...

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