Lição 10

29 de fevereiro a 5 de março

Grandeza real

Lição dos jovens 1012004


"Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz" (João 13:15).

Prévia da semana: O ponto-chave desta lição é que a verdadeira grandeza não está no poder, na riqueza ou na fama; é encontrada somente quando seguimos a Jesus no caminho do serviço e da humildade. Jesus demonstrou esse caminho quando, plenamente consciente da cruz, mostrou mais preocupação pelo efeito dos eventos por acontecer em breve sobre Seus discípulos do que por Si mesmo. Ao lavar os pés dos discípulos e orar por eles, como também por nós, Jesus fez o contrário do que acontece naturalmente ao espírito humano. Fazendo assim, Ele nos deu um exemplo de verdadeira grandeza.

Leitura adicional: João 13 e 17; I Cor. 13; Mat. 25:31-46; Isa. 58; A Ciência do Bom Viver, págs. 95-107


Domingo, 29 de fevereiro

Introução
A BACIA E A TOALHA

1. Leia João 13:1-11 e então, em suas próprias palavras, descreva o que este relato significa. Por que o Espírito Santo dirigiu João para incluir este episódio em seu Evangelho? Qual é a mensagem chave para nós?

2. Por que Jesus lavou os pés de Judas, apesar de tudo? Como aquele ato simboliza o significado do lava-pés? João 13:10-12

A imagem de Jesus lavando os pés dos discípulos representa o perdão dos pecados cometidos depois do batismo. A imagem dos discípulos lavando os pés uns dos outros significa nossa vontade de perdoar aquelas irritações e transgressões diárias que ameaçam a unidade no amor que Jesus pretendia que os Seus discípulos vivessem (veja também 13:34 e 35).

Se você não se apaixonou pelas histórias do evangelho de João através dos estudos deste trimestre, pode ter uma surpresa esta semana. A única parábola do evangelho de João é o retrato da vida de Jesus aqui na Terra, uma vida que acentua uma rota de serviço e humildade a ser seguida por nós. Enquanto os discípulos tentavam compreender que faltavam apenas minutos para Jesus deixá-los, Ele "derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos Seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em Sua cintura" (João 13:5). Esse foi um ato de humildade que os discípulos foram incapazes de compreender.

A transformação de nossa vida para seguir a rota de serviço e humildade de Jesus é necessária para que compreendamos plenamente Seu amor e cuidado por nós. Talvez enquanto medita nos eventos do evangelho de João para a lição desta semana, você seja capaz de descobrir uma vez mais o que significa tomar uma bacia e uma toalha em sua vida. Talvez o seguinte poema, de M. Bentham-Edwards, possa fornecer-lhe alguma direção sobre como seguir essa rota de serviço e humildade.

Oração de uma Criança

Deus faça de minha vida / Uma luz a brilhar; / Que onde quer que eu for / Ela possa iluminar.
Deus faça de minha vida / Uma flor perfumada, / Que desabroche e alegre / O lugar em que está plantada.
Deus faça de minha vida / Uma bonita canção / Que traga felicidade, / Paz e consolação.
Deus, faça de minha vida / Um pequeno cajado; / Que eu possa ajudar a outros / E ser um apoio ao cansado.

Rodney D. Chow, Robbinsville, EUA


Segunda, 1º de março

Evidência
GRANDEZA ESPIRITUAL

2. Qual foi o propósito adicional de Jesus em lavar os pés dos discípulos? João 13:12-17

Verdadeira grandeza é o Rei do Universo caminhando para o canto de uma sala, tomando uma toalha e uma bacia de água e abaixando-se para lavar os pés de um discípulo impulsivo como Pedro e de um traidor como Judas. Verdadeira grandeza é ter a mesma atitude de Jesus (Filip. 2:5), que, "subsistindo em forma de Deus", ainda assim tomou "a forma de servo" (v. 7) e "a Si mesmo Se humilhou" (v. 8). Verdadeira grandeza é considerar "os outros superiores a Si mesmo" (v. 3). Verdadeira grandeza é seguir a Jesus no caminho de serviço e de humildade.

4. Como podemos desenvolver verdadeira grandeza? Como podemos aprender a amar uma vida de serviço? João 13:12-17; 15:4-8; II Cor. 3:18

Três décadas atrás Muhammad Ali estava no auge de sua carreira no boxe e também no topo da categoria dos pesos-pesados. Sua mais memorável e famosa jactância era esta: "Eu sou o maior!" Depois de propalar de antemão o assalto em que derrotaria seu oponente, ele então começava a arrasar todos os seus pretensos desafiantes, cumprindo a jactância. Sob o olhar vigilante de seu treinador, Angelo Dundee, Ali deu destaque a um esporte que estava morrendo.

Cada esporte, cada disciplina, tem padrões pelos quais medimos as altas realizações – ou seja, a grandeza. Esses padrões são definíveis, reconhecíveis, alcançáveis, mensuráveis e aceitos. Como então nós, que lutamos no ringue religioso, devemos medir a grandeza espiritual?

Em primeiro lugar, em Jesus Cristo temos o maior Treinador que o mundo já conheceu. Por cerca de seis mil anos Ele tem treinado campeões espirituais cujos nomes estão registrados na Galeria da Fama Espiritual da antiguidade – Abraão, Moisés, Jó e Davi – para mencionar apenas alguns. Ele deseja tornar-nos campeões também; ver-nos atingir a grandeza espiritual.

Na oração de Jesus, registrada em João 17 (ARA), podemos identificar vários componentes que Ele integrou no regime de treinamento, que nos ajudarão a alcançar a verdadeira grandeza. Jesus orou para que o Pai: Nos protegesse (v. 11); nos unificasse (v. 11); cumprisse Sua alegria em nós (v. 13); nos guardasse do mal (v. 15); nos santificasse (v. 17); nos glorificasse (v. 22); nos aperfeiçoasse (v. 23); nos salvasse (v. 24); e nos enchesse com Seu amor (v. 26).

A oração intercessória de Jesus, poucas horas antes do Calvário, foi uma oração para a glória de Deus, e para nossa grandeza espiritual. Em Sua hora de agonia sem paralelo, nosso Senhor não estava preocupado com Seu próprio sofrimento e humilhação. Os objetos de Sua preocupação eram Sua missão e Seus missionários (vs. 1 e 9).

Se o próprio Treinador-Mestre estiver no canto do ringue, nossa vitória é certa. Somos eternos campeões – não porque sejamos os maiores, mas porque Ele é! 

Emilie K. Winston Cartwright, Houston, EUA


Terça, 2 de março

Exposição
MENSAGEM DE DESPEDIDA

5. Que propósito Jesus tinha ao predizer a traição? Como o princípio mostrado aqui se aplica a toda a profecia? João 13:18 e 19

6. Como o conhecimento de que seria traído afetou Jesus? João 13:21-26. Por que esse fato deve ter sido tão doloroso? O que estes textos nos dizem sobre o que Deus sente mesmo para com os piores pecadores?

Judas escolheu seguir um caminho para a "grandeza" diferente do exibido por Cristo no serviço do lava-pés. Neste ponto em particular ele se considerava mais sábio do que Cristo. Era óbvio a qualquer um que a grandeza vinha do poder, da riqueza e da estima dos outros! Mas esse curso lógico de ação só o levou à destruição pessoal. A visão típica da grandeza no mundo de hoje é mais como a de Jesus ou de Judas?

As primeiras coisas por último. "Sabendo Jesus que havia chegado o tempo em que deixaria este mundo e iria para o Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, mostrou-lhes então que os amava perfeitamente" (João 13:1).

Se lhe restasse pouco tempo para passar com as pessoas que você ama, você se concentraria apenas nas coisas mais importantes. Poucas horas antes de Sua prisão, julgamento e execução, Jesus encontrou um lugar tranqüilo para estar com Seus companheiros mais íntimos e "mostrou-lhes então que os amava perfeitamente" (v. 1).

As primeiras coisas primeiro. "Jesus sabia que o Pai havia colocado todas as coisas debaixo do Seu poder, e que viera de Deus e estava voltando para Deus; assim, levantou-Se da mesa, tirou Sua capa e colocou uma toalha em volta da cintura. Depois disso, derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos Seus discípulos, enxugando-os com a toalha que estava em Sua cintura" (vs. 3-5).

Em vez de começar um discurso sobre como "os amava perfeitamente" (verso 1), Jesus escolheu enfatizar esta lição final para Seus discípulos com uma ilustração que a deixasse gravada. Mostrou-lhes por Seus atos o que desejava que compreendessem. Aqui estava o próprio Deus, em forma humana, buscando um balde de água, prendendo uma toalha no cinto, indo vagarosamente de um em um, ajoelhando-Se para lavar-lhes os pés como se fosse o escravo da casa.

Mesmo depois, quando eles fechavam os olhos, creio que essa imagem permaneceu gravada em sua retina: o Criador do Universo Se inclinando para limpar os vãos de sujos dedos de seres humanos pecadores.

As últimas coisas primeiro. "‘Vocês entendem o que Eu lhes fiz? Vocês Me chamam "Mestre" e "Senhor", e com razão, pois Eu O sou. Pois bem, se Eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros. Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz. Digo-lhes verdadeiramente que nenhum escravo é maior do que o seu senhor, como também nenhum mensageiro é maior do que aquele que o enviou. Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem’" (vs. 12-17).

Tendo acabado Sua lição objetiva, Jesus Se sentou para ampliar esta lição para os discípulos. Pregou o sermão inteiro em menos de 30 segundos. Já havia dito antes, e agora reitera, com base numa bacia vazia e numa toalha úmida: no cálculo do reino de Deus, aqueles que consideramos os primeiros na Terra, acabarão sendo os últimos, e os que rejeitamos como sendo os últimos entre nós serão considerados os primeiros. (Ver Mat. 19:30 e Mar. 10:31). A grandeza é nascida de um serviço de amor pelos outros.

O Céu inverte a ordem das coisas. Aqueles que idolatramos por suas palavras corretas, movimentos corretos, roupas corretas, ligações corretas, partidos corretos, amigos corretos e coisas corretas, não estão tão corretos como cegamente presumimos. São aqueles que humildemente cuidam dos mais "pequeninos" e os servem, sem se preocupar com quem os está observando ou quem levará a fama, que entendem verdadeiramente o amor de Deus é que genuinamente encontrarão felicidade e um senso de plenitude neste mundo. (Ver João 13:17.) Essa é a lição para os discípulos aqui e agora.

As últimas coisas por último. "Agora vou para Ti, mas digo estas coisas enquanto ainda estou no mundo, para que eles tenham a plenitude da Minha alegria" (17:13). Jesus sabe que é só uma questão de minutos para que os eventos, em direção aos quais a História avança apressadamente e para os quais os conspiradores já estão se reunindo na cidade, transcorram com ofuscante intensidade. A oração que Ele faz neste momento forma Sua lição final, pouco antes de Seus discípulos se espalharem na noite. Jesus ora para que Seus discípulos cheguem a conhecer e experimentar Sua alegria – a alegria de dar amor aos outros. "Esta é a vida eterna: que Te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (17:3).

Jesus ora para que Seus discípulos entendam exatamente quão simples e gratuito é o dom da vida eterna, e sejam capazes de abraçá-lo em fé. (Leia João 17:20-23).

Finalmente, Jesus ora para que todos os que O seguem, naquela noite e através dos séculos, até que Ele volte em glória, experimentem a unidade que vem de receber o maravilhoso dom da graça e viver em harmonia uns com os outros como irmãs e irmãos de um reino inteiramente novo.

Pense nisto
  1. Se você soubesse que teria apenas cinco minutos para dizer a alguém o que significa ser cristão, por onde começaria? O que diria?
  2. Por que você acha que Jesus inverte a ordem deste mundo – que os egoístas se perdem e os abnegados na verdade se acham ao estender a mão a outros?
  3. Que coisas você pode fazer esta semana para experimentar mais da alegria que Cristo deseja para todos os Seus discípulos?
  4. Se você conhecesse o momento e o local de sua morte, quais são algumas das coisas que você faria para deixar tudo certo? Faça uma lista daqueles a quem você telefonaria para pedir perdão.
  5. Que lições objetivas você pode aprender da bacia vazia e da toalha úmida?

John C. Cress, College Place, EUA


Quarta, 3 de março

Testemunho
TRÊS REAÇÕES 

7. Leia cuidadosamente João 17:1-19, com esta pergunta em mente: Por quem Jesus ora aqui, e por quê?

O objetivo inicial da oração de Jesus é de obter ajuda para completar a tarefa de glorificar o Pai na Terra (vs. 1-5). Essa tarefa foi realizada na cruz. Assim, mesmo em Suas orações por Si mesmo, o grande interesse de Jesus era a glória de Seu Pai e o benefício de outros. Em seguida, Jesus dirigiu Sua oração especificamente em favor dos Seus discípulos, que logo teriam que aprender a viver sem a Sua presença física.

"O jarro, a bacia e a toalha ali estavam, prontos para a lavagem dos pés; não havia nenhum servo presente, porém, e cabia aos discípulos fazer isso. Mas cada um deles, cedendo ao orgulho ferido, resolveu não desempenhar a parte de servo. Todos manifestaram estóico desinteresse, parecendo inconscientes de haver qualquer coisa para fazerem. Por seu silêncio, recusavam-se a humilhar-se" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 644).

Enquanto o grupo entrava na sala do andar superior, todos os 12 discípulos tinham o mesmo coração endurecido. A Bíblia enfoca três reações naquela noite que fizeram uma diferença eterna.

Jesus: "O espírito egoísta que os animava, encheu-O de pesar, mas não entrou em discussão com eles a respeito do caso. Deu-lhes em vez disso um exemplo que nunca esqueceriam. Seu amor a eles não se alterava nem esfriava facilmente" (Idem, págs. 644, 645).

Judas: "Quando as mãos do Salvador estavam lavando aqueles empoeirados pés, e enxugando-os com a toalha, o coração de Judas comoveu-se intensamente com o impulso de confessar no mesmo instante e ali mesmo o seu pecado. Mas não se queria humilhar" (Idem, pág. 645).

Pedro: "Às palavras: ‘Se Eu te não lavar, não tens parte comigo’, Pedro subjugou seu orgulho e vontade própria. Não podia suportar a idéia de separar-se de Cristo; isto teria sido para ele a morte" (Idem, pág. 646).

"Ao ser lembrada a humilhação do Salvador por nós, pensamento liga-se a pensamento; evoca-se uma cadeia de lembranças, a recordação da grande bondade de Deus e do favor e ternura dos amigos terrestres. Bênçãos esquecidas, misericórdias de que se abusou, bondades menosprezadas são trazidas à memória. Patenteiam-se raízes de amargura que expulsaram a preciosa planta do amor. São trazidos à lembrança defeitos de caráter, negligência de deveres, ingratidão para com Deus, frieza para com nossos irmãos. O pecado é visto sob o aspecto por que o vê o próprio Deus. Nossos pensamentos não são de complacência com nós mesmos, mas de severa censura ao próprio eu, e de humilhação. Fortalece-se a mente para derribar toda barreira que tem causado separação. O pensar e falar mal são postos de lado. São confessados os pecados, e perdoados. Penetra na alma a subjugante graça de Cristo, e Seu amor liga os corações numa bendita unidade" (Idem, págs. 650, 651).

Pense nisto
Qual foi a diferença entre as reações de Pedro e Judas?

Sônia Huenergardt, Laurel, EUA


Quinta, 4 de março

Aplicação
UM GAROTO DA MAMÃE

8. Por quem mais Jesus orou em João 17? João 17:20

9. O que Ele ora para que seja a experiência comum tanto dos discípulos como da segunda geração de cristãos? João 17:21-24

Na última parte da Sua oração, Jesus Se interessou pela segunda geração de cristãos. Em sentido mais pleno, esta segunda geração incluía todos os cristãos que nunca tiveram um encontro com Jesus em carne. Mas a desunião evidente da igreja em geral mostra que até as orações de Jesus podem ser frustradas pelo espírito humano obstinado e egoísta. Existem muitas coisas que Deus gostaria muito de fazer pela igreja se tão-somente Seu povo estivesse disposto a Lhe permitir que fizesse.

Em face da morte iminente, Jesus encontrou forças para limpar Sua mente, para encontrar paz no fato de que Sua missão sobre a Terra estava completa. Mais importante do que os pecados do mundo, era o confiar o cuidado de Sua mãe a Seu discípulo mais chegado, João. Jesus demonstrou que isso era muito importante para Ele, e a tarefa foi confiada a alguém que O conhecia intimamente. João escreve: "Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído, para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: ‘Tenho sede’" (João 19:28). Mesmo enquanto morria na cruz, Jesus estava preocupado com Sua família. Nossos familiares são um precioso dom de Deus, e devemos valorizá-los e cuidar deles em todas as circunstâncias.

Uma vez que Jesus nos deu o exemplo perfeito, aqui estão três maneiras adicionais de expressar nosso amor a nossos familiares:

A manhã de folga da mamãe/o dia de folga do papai. As mães/pais cuidam de nossas necessidades básicas desde antes de nascermos, portanto aqui está uma forma de retribuir o favor. Ofereça-se para levar sua mãe/pai de carro até o cabeleireiro/barbeiro. Quando você a/o apanhar de volta do compromisso, se possível combine para pagar o serviço – com gorjeta e tudo. No final faça uma oração de agradecimento a Deus por fazer sua mãe/pai uma pessoa bela por dentro, o que fez com que ela/ele guiasse você pelos caminhos deste mundo.

Os irmãos são especiais. Encomende uma pizza para a casa de sua irmã/irmão. Jante com ela/ele e no final lave, seque e guarde a louça. Depois faça uma oração de agradecimento a Deus por abençoar vocês dois/duas com a capacidade de desfrutar os laços da irmandade para sempre.

Envie correspondências. Envie um e-mail por hora, durante oito horas, para seu/sua amigo/a mais chegado/a. Diga-lhe oito coisas que você acha ótimo na amizade de vocês, ou um fruto do Espírito que ele/ela exemplifique na vida, ou um acontecimento memorável que já esteja quase esquecido. No final do dia dê um telefonema para ele/ela para recapitular o dia e faça uma oração de agradecimento a Deus por dar-nos amigos na jornada desta vida que se tornam mais chegados do que um irmão.

"A primeira obra dos cristãos é serem unidos na família. Então a obra se deve estender a seus vizinhos de perto e de longe" (O Lar Adventista, pág. 37). "Vocês entendem o que Eu lhes fiz? ... Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como Eu lhes fiz" (João 13:12 e 15).

Nicola A. Connor, Fairburn, EUA


Sexta, 5 de março

Opinião
DA SOLA PARA A ALMA

Leia alguns dos grandes "discursos de despedida" da Bíblia, além do Evangelho de João (Gên. 47:29-49:33; todo o livro de Deuteronômio; Josué 23 e 24; I Crônicas 28 e 29; Atos 20:17-38; II Tim. 3:1–4:8). Quais são os elementos comuns em todos esses discursos?

Alguns provavelmente atribuíram aquilo a Sua falta de educação formal. Embora quando menino Ele tivesse confundido os mestres do templo (Luc. 2:47), os que estavam na hierarquia da igreja sabiam que Ele não havia Se formado nas instituições religiosas da época.

Ele não era ortodoxo. Nascido de linhagem judaica, estava familiarizado com as tradições e costumes de Seus dias, mas Jesus parecia violar todo precedente estabelecido. Ele tocou os impuros (1:40 e 41); teve uma conversa com uma samaritana (João 4:7); concordou em pagar tributos (Mat. 17:27), e talvez Sua maior ofensa tenha sido o fato de curar no sábado (Luc. 13:14).

O dia de Sua execução estava marcado. A conspiração logo se consumaria com um beijo de traição. A vida de Jesus na Terra estava chegando ao fim.

A sala do andar superior era o local que Ele havia escolhido para ensinar aos discípulos uma lição de humildade. Após o Pentecostes, sob os auspícios do Espírito Santo, eles realizariam muitas obras maravilhosas. O louvor humano certamente viria. Eles deviam estar bem firmados.

Ninguém imaginava que Ele iria fazer o que fez. Imagine Jesus assumindo a posição de um servo. Com a toalha pendurada na cintura, Ele metodicamente Se move de discípulo em discípulo, lavando e secando seus pés empoeirados, criando um mosaico que iria redefinir a sabedoria humana convencional: o conceito de servo e senhor.

Os mansos herdarão a Terra. As tarefas que são consideradas servis pelos seres humanos podem ser as que possuem maior valor eterno. Nunca devemos nos elevar tanto acima daqueles a quem somos enviados a servir que sejamos incapazes de nos inclinar para elevá-los. "O maior entre vocês deverá ser servo" (Mat. 23:11).

Jesus deu um exemplo de que eles deviam fazer por outros o que Ele havia feito por eles. Ali, na sala do andar superior, estava a mão de Deus debaixo da sola dos pés dos homens, para elevar-lhes a alma.

Seguir Seu exemplo traria glória ao Pai, magnificaria o Filho, e traria unidade, "’para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em Mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós" (João 17:21).

Servimos, honramos e glorificamos a Deus ao servir aqueles por quem Jesus morreu.

Pense nisto
  1. Por que Jesus seguiu algumas tradições de Seus dias, e outras não?
  2. Devemos seguir algumas tradições para evitar conflito? Explique sua resposta.
  3. O que era tão significativo no ato de lavar os pés de alguém? Quais seriam atos semelhantes de humildade hoje em dia?
  4. Como alguém pode permanecer humilde quando é mais inteligente, faz melhor o seu trabalho e realiza mais do que aqueles que o cercam?

Danny R. Chandler, Madison, EUA


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