Lição 12

14 a 19 de março

Colocando-nos na cena

Lição dos jovens 1212004


"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos" (João 15:13).

Prévia da semana: "Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos" (A Ciência do Bom Viver, pág. 498). Quando obtemos um senso de nosso valor, podemos evitar os altos e baixos que atravessamos quando nossa auto-imagem se baseia nas opiniões inconstantes de outros. Quando nos virmos sob a luz da Cruz, desenvolveremos a força para superar o pecado, a confiança para derrotar Satanás e a alegria que vem de saber quem somos.

Leitura adicional: João 18 e 19; 1:12; 15:9 e 13; Sal. 37:7-11; Mat. 16:21-23; Luc. 22:62; I João 1:9; O Desejado de Todas as Nações, págs. 758-764


Domingo, 14 de março

Introdução
EU ESTAVA LÁ!

1. Que evidências temos de que Jesus deu Sua vida voluntariamente? João 18:1-11

Embora estivesse a ponto de ser assassinado, Jesus não era uma vítima; tudo isso tinha que acontecer. Veja João 3:14. Se quisesse evitar a prisão, Jesus poderia simplesmente ter ido a outro lugar e não ao jardim, onde Judas iria procurar por Ele. Não esperou que a turba viesse a Ele; adiantou-Se e Se dirigiu a eles, mostrando a capacidade de intimidá-los completamente, se isso pudesse servir aos Seus propósitos. Sua morte foi voluntária.

2. Como Pedro reagiu naquela situação? Por que aquela foi uma reação tipicamente humana?

"Eu sei o que aconteceu! Eu estava lá! Eu estava em Rangoon quando chegamos ao fim da linha. Vi os médicos e enfermeiras tirando os pacientes dos hospitais porque estes já estavam sendo bombardeados. Vi-os colocando os pacientes debaixo das árvores e nas calçadas, e então vi os médicos e enfermeiras fugirem para salvar a vida. Ali perto estava um asilo de loucos e uma colônia de leprosos, mas as pessoas que cuidavam desses infelizes desejavam fugir também. Então abriram as celas e as alas, e aquelas pessoas miseráveis vieram andando até a cidade enquanto seus encarregados fugiam para salvar a vida. A apenas poucos quilômetros de nossa missão havia uma prisão com mais de três mil criminosos, mas os carcereiros e policiais desejavam fugir para se salvar, e então abriram as celas. Deixaram todos os criminosos sair livres. E enquanto os criminosos entravam na cidade para saquear, roubar e destruir, os carcereiros e policiais fugiam para salvar a vida. Eu estava lá! Eu vi!"*

Ouvíamos hipnotizados a voz de Eric B. Hare vinda dos microfones estereofônicos. A história que estávamos ouvindo era sobre o escape dos europeus e outros de Burma para a Índia durante a II Guerra Mundial. Não há dúvida de que o relato é um interessante evento local. Se você fosse ler esse relato num livro de histórias, contudo, ele ocuparia não mais do que um parágrafo declarando que "enquanto o exército japonês avançava para Burma, todos os europeus e outros asiáticos foram evacuados para a Índia, que era controlada pela Inglaterra". O que tornava a história fascinante era o fato de que o Pastor Hare tinha pessoalmente passado por isso; havia vivido isso. Ele tinha estado lá! (É claro que também ajudava o fato de ele ser um ótimo contador de histórias.)

Jesus morreu por nós. A maioria de nós ouvimos essa história desde que estávamos no jardim da infância. Mas a ouvimos por tanto tempo que ela já não nos comove. Como podemos ver a história em uma nova luz? Como podemos tornar a história real outra vez? Como podemos torná-la pessoal?

João estava lá! Ele viu! João é o único dos escritores dos evangelhos que pertencia ao círculo mais chegado, o único que esteve presente na sala de julgamento do sumo sacerdote, o único que esteve ao pé da cruz e presenciou o soldado perfurar o lado de Jesus (João 19:34 e 35). Ao lermos e estudarmos o relato de João esta semana, podemos nos colocar na cena. Realmente somos parte do drama. Estamos incluídos na história! Para começar, somos a razão pela qual tudo isso aconteceu.

* De um sermão proferido por Eric B. Hare numa reunião campal.

Annette Hottal
La Grande, EUA


Segunda, 15 de março

Evidência
PODER PARA FAZER O CERTO

3. Por que Jesus foi esbofeteado no rosto diante de Anás? João 18:19-23

Definição de poder segundo o dicionário: "Capacidade para fazer ou agir; capacidade de fazer ou realizar algo."1 João, "o discípulo a quem Jesus amava" (João 13:23), foi movido pelo Espírito a escrever: "Aquele que pratica o pecado é do diabo, porque o diabo vem pecando desde o princípio. Para isso o Filho de Deus Se manifestou: para destruir as obras do diabo" (I João 3:8). Pelo dom de Cristo na cruz, Ele deu, a todos os que quiserem crer nEle, liberdade do pecado e poder para obedecer a lei de Seu Pai. "Aos que O receberam, aos que creram em Seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus" (João 1:12).

"Nunca é demais repetir que sob o reino da graça é tão fácil fazer o que é certo, como sob o reino do pecado é fácil fazer o que é errado. Isso deve ser assim; pois se não há mais poder na graça do que no pecado, então não pode haver salvação do pecado. Mas há salvação do pecado; isso ninguém que creia no cristianismo pode negar. Contudo, a salvação do pecado certamente depende de haver mais poder na graça do que no pecado. Então, havendo mais poder na graça do que no pecado, não é possível ser de outra forma: onde quer que o poder da graça tenha controle, será tão fácil fazer o certo como sem isto é fácil fazer o errado."2

"Os homens precisam saber que as bênçãos da obediência, em sua plenitude, eles só podem fruir à medida que receberem a graça de Cristo. É Sua graça que dá ao homem poder para obedecer às leis de Deus. É isto que os habilita a quebrar as cadeias do mau hábito. Este é o único poder que o pode tornar e conservar firme no caminho do direito" (A Ciência do Bom Viver, pág. 115).

"O Espírito que Enoque, José e Daniel possuíam, nós podemos ter. Podemos haurir da mesma fonte de força, e conseguir o mesmo poder de domínio próprio; e as mesmas graças podem resplandecer em nossa vida" (Nossa Alta Vocação [Meditações Matinais, 1962], pág. 276).

"Ele fortalece o cansado e dá grande vigor ao que está sem forças" (Isa. 40:29). "É o Deus de Israel que dá poder e força ao Seu povo" (Sal. 68:35).

Cristo é nossa força. Louve a Deus e viva pelo Seu poder!

Darrell Parmenter
La Grande, EUA


Terça, 16 de março

Exposição
SERÁ QUE SOU DIGNO?

4. Que zombaria existe nas ações dos soldados? João 19:2-4

As coisas se complicaram para Pilatos quando os líderes judeus rejeitaram sua oferta de libertar Jesus. Eles queriam Jesus morto a qualquer preço. Isso significava que Pilatos teria que persuadi-los a mudar de opinião ou libertar Jesus e enfrentar a sua ira, o que custaria o seu emprego. Pilatos estava em um dilema entre a justiça e o egoísmo.

5. Por que Pilatos ficou ainda "mais atemorizado"? João 19:7 e 8. O que Pilatos perguntou a Jesus? (v. 9) Por que ele fez essa pergunta? O que essa pergunta revela?

O Logos é definido como "a vontade e o pensamento auto-revelador de Deus apresentado no Evangelho de João, freqüentemente associado com a segunda pessoa da Trindade."*

São 5h49 da manhã de uma sexta-feira. Fui despertado pelo som de um galo cantando. Durante dias tenho pensado na história do aprisionamento de Jesus, de Seu cruel açoitamento e morte, mas neste momento me sinto indigno de escrever sobre isso. Ao ouvir o galo cantar pela terceira vez, começo a compreender como Pedro deve ter se sentido ao negar seu Senhor. Tento me colocar lá, naquela manhã de sexta-feira há dois mil anos, enquanto Ele estava sendo açoitado e torturado.

Enquanto Ele subia cambaleante aquele caminho manchado de sangue para a colina onde aqueles homens vis pregaram Seus membros esticados na cruz, e enquanto Seu corpo vacilante e oscilante pendia dela, eles a jogaram num buraco no solo, fazendo com que todos os nervos e músculos se contraíssem e se retorcessem com dor excruciante.

Ele estava sendo separado de Seu maior amor, Sua verdadeira fonte de força e alegria, Seu Pai. E Ele finalmente soltou um clamor, com o coração partido, pela última vez, e rendeu o espírito. Por mim?

Quando me sinto indigno, muitas vezes me volto para as palavras de Paulo quando ele não apenas partilha seu fracasso mas também a grandeza dos dons de Deus. Paulo diz: "Assim, encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a mim. No íntimo do meu ser tenho prazer na Lei de Deus; mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente, tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável homem que eu sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado.

"Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida me libertou da lei do pecado e da morte. Porque, aquilo que a Lei fora incapaz de fazer por estar enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando Seu próprio Filho, à semelhança do homem pecador, como oferta pelo pecado. E assim condenou o pecado na carne, a fim de que as justas exigências da Lei fossem plenamente satisfeitas em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rom. 7:21-8:4).

Incrível! Essas são realmente boas-novas. Vamos tentar encontrar mais coisas. Quero dizer, aqui estou eu me lamentando sobre mim mesmo ao discutir o mais monumental evento que já ocorreu na História de toda a criação!

O Senhor garantiu nossa salvação. Ele mesmo o disse ao morrer, como está registrado em João 19:30: "Está consumado!"

Esta indignidade que eu sinto é muito provavelmente um instrumento de Satanás. Ele a usa para me deixar na pior e me fazer sentir desmotivado de continuar a resistir a ele. Meu enfoque é tirado de Jesus e colocado em mim mesmo. Esse é sempre um lugar perigoso para mim.

"Mas mesmo como pecador, achava-se o homem, para com Deus, em posição diversa da de Satanás. Lúcifer pecara, no Céu, em face da glória divina. A ele, como a nenhum outro ser criado, se revelou o amor de Deus. Compreendendo o caráter do Senhor, conhecendo-Lhe a bondade, preferiu Satanás seguir sua própria vontade independente e egoísta. Essa escolha foi decisiva. Nada mais havia que Deus pudesse fazer para o salvar. O homem, porém, foi enganado; obscureceu-se-lhe o espírito pelo sofisma de Satanás. A altura e a profundidade do amor divino, não as conhecia o homem. Para ele, havia esperança no conhecimento do amor de Deus. Contemplando-Lhe o caráter, podia ser novamente atraído para Ele. ...

"A lei requer justiça – vida justa, caráter perfeito; e isso não tem o homem para dar. Não pode satisfazer as reivindicações da santa lei divina. Mas Cristo, vindo à Terra como homem, viveu vida santa, e desenvolveu caráter perfeito. Estes oferece Ele como dom gratuito a todos quantos o queiram receber. Sua vida substitui a dos homens. Assim obtêm remissão de pecados passados, mediante a paciência de Deus. Mais que isso, Cristo lhes comunica os atributos divinos. Forma o caráter humano segundo a semelhança do caráter de Deus, uma esplêndida estrutura de força e beleza espirituais. Assim, a própria justiça da lei se cumpre no crente em Cristo. Deus pode ser ‘justo e justificador daquele que tem fé em Jesus’. Rom. 3:26" (O Desejado de Todas as Nações, págs. 761 e 762).

Eu O amo, Senhor Jesus. Obrigado. Sou digno no Senhor!

A cruz é onde o valor e o significado humanos são estabelecidos. "Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos" (A Ciência do Bom Viver, pág. 498).

Quando obtemos um senso de nosso valor na cruz, podemos começar a evitar os altos e baixos que vêm quando nosso valor próprio está baseado em nosso desempenho ou na volúvel opinião de outros.

Quando nos vemos à luz da cruz, desenvolvemos a força para vencer o pecado, a confiança para derrotar Satanás, e a alegria que vem de saber quem somos. Não é de admirar que Paulo tenha dito: "Que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo" (Gál. 6:14).

* The American Heritage Dictionary.

Pense nisto
  1. O amor é o meio e o subproduto da cruz. Explique.
  2. Segundo Romanos 6:23, o que torna a cruz tão importante para a humanidade que vive num mundo que crê que a obediência é relativa e que todo mundo irá viver após a morte, não importa o que tenha feito?

Jim Bars
Cove, EUA


Quarta, 17 de março

Testemunho
INEQUÍVOCA PROVA DE AMOR

6. Que significado existe nas palavras do título que Pilatos escreveu e colocou sobre a cruz? João 19:19. Por que ele mandou colocar isso lá? Culpa? Arrogância? Medo? Uma mistura dessas coisas?

As palavras que Pilatos escolheu para a inscrição sobre a cruz fizeram da crucifixão de Jesus um símbolo do domínio de Roma sobre a Palestina e sua religião. Com a inscrição ele fez da crucifixão um golpe contra o prestígio dos judeus e seus líderes religiosos.

7. Que tema importante ocorre quatro vezes nesta passagem? João 19:24, 28, 36 e 37

A ênfase particular em João 19 parece ser que a Cruz é o cumprimento das profecias da Bíblia que apontam para o Messias. A Cruz deixa claro que os seguidores de Jesus não precisam viver com medo do que não podem controlar.

Quando Jesus pronunciou as palavras "Está consumado" (João 19:30), enquanto pendia da cruz, Ele falou das tarefas que veio realizar na Terra: "Por esta razão nasci e para isto vim ao mundo: para testemunhar da verdade" (João 18:37). Ele veio não apenas redimir-nos mas também revelar a verdade sobre Deus e Satanás.

"Até à morte de Jesus, o caráter de Satanás não fora ainda claramente revelado aos anjos e mundos não caídos. O arqui-apóstata se revestira por tal forma de engano, que mesmo os santos seres não lhe compreenderam os princípios. Não viram claramente a natureza de sua rebelião" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 758). Embora Satanás usasse todo o seu poder para nos enganar e enganar o universo, Deus nos mostrou toda a verdade – através de Jesus. A verdade é que Ele nos ama o suficiente para enviar Seu Filho para morrer por nós. Mas Seu amor não anula Sua justiça. "Por Sua vida e morte, provou Cristo que a justiça divina não destrói a misericórdia, mas que o pecado pode ser perdoado, e que a lei é justa, sendo possível obedecer-lhe perfeitamente. As acusações de Satanás foram refutadas. Deus dera ao homem inequívoca prova de amor" (Idem, pág. 762).

Deus é fiel e imutável, e é digno de confiança. O tempo todo Satanás tem afirmado o oposto e até hoje sua pretensão é "o ser defeituosa a lei..., o haverem sido certas especificações postas à margem" (Idem, pág. 763). Ele deseja que creiamos que o próprio Deus não é digno de confiança, que é inconsistente e faz leis sem importância. Tudo isso é outra tentativa de difamar o caráter de Deus. Mas Deus é que é o genuíno. Ele está revelando Seu verdadeiro caráter a nós através de Jesus e da cruz. Um dia todo mundo irá ver esse verdadeiro caráter sem mais nenhum questionamento, e os resultados do pecado seguirão seu curso, dando àqueles que escolherem separar-se de Deus o que eles desejam – eterna separação. "Então o extermínio do pecado reivindicará o amor de Deus, e estabelecerá Sua honra perante um universo de seres que se deleitam em fazer Sua vontade, e em cujo coração está a Sua lei" (Idem, pág. 764).

Katrina Beddoe
La Grande, EUA


Quinta, 18 de março

Aplicação
GUIA DA DOR, POR JOÃO E PEDRO

8. Como João transforma as palavras de Caifás em uma teologia da Cruz? João 11:49-52

9. Como o próprio Jesus expressa o significado da Cruz? João 12:24, 31-33 

Não gostava de ouvir a história da crucifixão. Talvez eu fosse uma criança demasiado sensível, mas para mim a história era triste demais. Além disso havia a idéia de que tudo aquilo tinha sido culpa minha, e aquilo era demais para mim. Mas toda a nossa salvação repousa sobre esse evento.

Mais tarde, ao passar por cursos de psicologia na faculdade, descobri os estágios da dor. Enquanto leio o relato de João sobre o julgamento e morte de Jesus, posso ver que João e Pedro passaram por esses estágios naquela terrível noite e no dia seguinte. Talvez esse seja o segredo para nós ao examinarmos a história com João esta semana.

Aqui, então, estão os estágios da dor que nos são dados pelos grandes psicólogos pioneiros João e Pedro.

Choque/negação. Os conselheiros descrevem esse estágio como um "entorpecimento; o isolamento da natureza – um amortecedor contra o golpe." Imagino que João e Pedro estivessem perdidos, assustados e perplexos naquela noite. Pedro até negou seu relacionamento com Jesus. Ao fazê-lo, negou o poder de Jesus para salvá-lo ao tentar salvar-se com uma mentira. Nossa descrença pode fazer com que neguemos o poder de Deus em nossa vida? (Mat. 16:21-23).

Ira. Ok, então Pedro cortou a orelha de alguém. Ele queria ficar com raiva. Queria alguém para culpar. Uma dor terrível exige um bode expiatório. Estou com raiva dos homens que maltrataram Jesus. Estou com raiva das pessoas da multidão, sem qualquer força moral, que foram na onda do populacho embora elas também achassem que Jesus era inocente. E também há Judas, Pilatos e os líderes judeus. É muito mais fácil ficar com raiva deles. Ajuda a esconder o fato de que estou com raiva de mim mesmo por todas as vezes em que fiz algo para magoar os outros, por não defender minha fé, por não ter sido mais leal a Jesus (Sal. 37:7-11).

Culpa. Quase todo mundo acaba tendo algum sentimento de culpa. Pedro certamente teve. E Judas também. E também eu. Nossos pecados, nossos fracassos, são culpados pela morte de Jesus. Como lidamos com isso? Certamente não nos afundando em nossa culpa. De alguma forma temos que aceitar nossa falibilidade e estender a mão para receber a oferta divina de perdão (I João 1:9).

Tristeza/desespero. A Bíblia nos diz que Pedro, "saindo dali, chorou amargamente" (Luc. 22:62). Esse é um lugar terrível e doloroso para se estar, mas é necessário passar por ele para finalmente aceitar o grande dom de Deus. Os conselheiros concordam que aqueles que não estão dispostos a confrontar a dor talvez nunca experimentem a cura. Deixá-la de lado, fingir que está tudo bem, como tenho a tendência de fazer, nunca me leva ao último (e melhor) estágio.

Aceitação. Não podemos chegar a este ponto a menos que passemos pelos outros estágios. Quando nos desvencilhamos de nossa ira, admitimos nossa culpa, aceitamos o perdão de Deus, e voltamos para Jesus, então – e somente então – podemos aceitar Seu grande sacrifício por nós.

Rusty Hottal
La Grande, EUA


Sexta, 19 de março

Opinião
PRONTOS PARA IR?

Leia O Desejado de Todas as Nações, páginas 758-764, onde Ellen G. White oferece uma teologia poderosa da Cruz, sem qualquer referência direta ao Evangelho de João, com exceção das palavras de 19:30: "Está consumado". Relacione os principais temas da apresentação de Ellen G. White naquele capítulo.

"As malas já foram feitas e estamos prontos para ir?" Essa pergunta pode trazer alegria ou terror à mente da pessoa que está fazendo as malas. Aprontar-se para qualquer viagem pode ser cansativo, e também engraçado. O que para uma pessoa pode ser uma viagem excitante, para outra pode ser um pesadelo. Imagine ir ao campo e entrar em contato com mosquitos, e ter esquecido de colocar na mala o mosquiteiro ou o repelente. Ou ir à praia e morrer de medo da água, ter esquecido de colocar na mala os trajes de banho, e nunca ter aprendido a nadar.

Nosso Pai celestial está planejando a maior viagem de todos os tempos. Nem mesmo temos de fazer as malas, se é que você está pensando no mosquiteiro ou nos trajes de banho. Veja, Ele já tem a viagem planejada há milênios. No livro de Gênesis foi que Ele apresentou pela primeira vez o roteiro. Até nos equipou com uma lista do que devemos fazer nesse ínterim. "Como o Pai Me amou, assim Eu os amei; permaneçam no Meu amor" (João 15:9).

Jesus deseja que você e eu permaneçamos na segurança de Seu amor e nunca a deixemos. Que certeza mais podemos desejar? Estamos sendo solicitados a ir a um lugar com o Senhor, a um lugar onde Ele já esteve. Que mais poderíamos pedir de um Guia de Turismo? Ele deseja nos amar incondicionalmente e levar-nos com Ele, embora às vezes sejamos viajantes relutantes e despreparados. Podemos subir a bordo ou ficar sentados, esperando "talvez" ganhar uma passagem gratuita para "um lugar excitante". Verifique o itinerário. Vejo que o avião está abastecido e aguardando para que entremos, todos nós, os que permanecemos em Seu amor. Ele não está verificando bilhetes de embarque, documentos de identidade (Ele já conhece até o número de cabelos em nossa cabeça!), passaportes, ou mesmo conhecimento bíblico. Embarquemos todos, permaneçamos em Seu amor, e veremos para onde estamos indo! Você não leu sobre isso?

Pense nisto
  1. O que devíamos estar fazendo como igreja para seguir o convite de Jesus de permanecer em Seu amor (João 15:9)? Seja específico.
  2. Como o "permanecer" no amor de Deus pode nos levar ao Céu?

Dicas
  1. Escreva uma poesia ou uma oração de gratidão sobre o amor de Jesus por nós.
  2. Medite na história da crucifixão de Jesus no livro de João. Leia o relato com oração, considerando o significado para sua vida.
  3. Converse sobre o sacrifício de Jesus com uma criança, para enxergá-lo através dos olhos de alguém para quem ele é uma coisa nova. Ou converse sobre o sacrifício de Jesus com uma pessoa idosa. Como a história da redenção moldou a vida dessa pessoa?
  4. Encene uma peça sobre a paixão. Que papel você acha mais fácil desempenhar? Qual é o mais difícil? Que tal sua unidade apresentar essa peça num culto jovem.

Heather Way
Summerville, EUA


RETORNAR