Estudos da Bíblia: Segundo trimestre de 2004

Tema geral: Isaías: consolai o Meu povo

Estudo nº 01 –  Crise de identidade

Semana de  27/03 a 03/04/2004

Comentário auxiliar elaborado pelo prof. Sikberto R. Marks

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Ijuí – Rio Grande do Sul, Brasil

 

Isaías é um livro denso em profecias. Nossos dias assistem a ocorrência de grande e crescente quantidade de atividades profeticamente previstas. O tempo de Isaías era de crescente crise espiritual e social, o nosso também é. Os dias de Isaías testemunharam o final da primeira parte de um grandioso projeto espiritual: uma grande nação para ser uma bênção às demais nações. Os nossos dias contém em seu bojo o fim de babilônia. É, portanto, de valor imenso estudar e traçar um paralelismo entre os dias de Isaías e os nossos, destacando as profecias que nos alcançam. Por certo todos obterão excelente crescimento no conhecimento do plano de DEUS para os nossos dias. Desse conhecimento depende, em grande parte, o preparo para a vitória rumo à vida eterna.

 

Introdução geral ao livro de Isaías

 

Isaías, filho de Amoz, atuou em Jerusalém durante os reinados de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, entre 742 e 678 A. C. Esse foi um período crítico para o reino do norte por causa da invasão Assíria, que resultou no cativeiro na Assíria. Era findo o reino do norte, no tempo de Isaías, e o reino do sul sofria efeitos negativos com isso.

O nome Isaías vem do hebraico Yeshayahu ou Yeshaya, o significado é: ‘salvação de Yahweh’. No tempo de Isaías, Amós e Oséias ministravam no reino do norte. Miquéias também trabalhou nessa época, no reino do sul. A esposa de Isaías também era profetiza (Isa. 8:3). Calcula-se que ele tenha atuado durante quarenta anos como profeta. Vestia-se com roupas de linho cru e uma capa de pelos de cor escura, vestes de lamentação.

Aparentemente sua pregação produzia pouco efeito, as vezes parece que nenhuma pessoa com ela se arrependia. Assim foi no tempo do primeiro rei dos dias de Isaías, era o rei Uzias. Depois do reinado de Ezequias, Isaías, segundo os eruditos, deixou da vida pública, e recolheu-se à privacidade, vivendo possivelmente ainda até o reinado de Manasses. A tradição diz que foi morto, tendo-o serrado ao meio, mas sobre isso não há certeza. Alguns acham que Hebreus 11:37 se refira à morte de Isaías. Não se tem certeza.

DEUS se comunicava com Isaías por meio de visões. A partir delas, escrevia e/ou se dirigia às autoridades. Seus escritos tem vigor e eloqüência. Sua linguagem é rica e bem ilustrada e seu estilo é severo, direto e profundo, sem dar voltas, como convém a profetas. Mostra-se um escritor hábil, soube fazer uso poderoso das palavras. Ele, no nome do Senhor, enfrentou situações difíceis, mas foi uma rocha para manter firmes os princípios, nele mesmo, como nos poucos que atenderam às suas mensagens. Por meio de Isaías a linha do remanescente chegou até nossos dias, e não se rompeu, apesar da corrupção política, da degeneração moral e da rebeldia reinante naqueles tempos. Esse homem foi um instrumento nas mãos de DEUS, e seus escritos são vitais para nós, pois também estamos em tempo de crise. Suas mensagens são tão válidas para nós quanto para aquele tempo, ou até mais, visto sere esse o final dos tempos.

 

I – Esboço auxiliar do professor

1.1                 - Ênfase geral da semana: Cuidemos da nossa identidade de cidadãos do reino dos Céus!

1.2                 - Incentivo ao debate

a)       Questão geral da semana: Quais os principais aspectos que nos identificam com o mundo, e os que nos identificam com a cidadania celeste?

b)       Outra questão para aprofundamento: (a) O culto, hoje, tem sentido espiritual para todos, ou, para muios, é só um ritual sem sentido?

 

1.3                 Introdução – santo sábado, dia do Senhor

Ênfase do dia: É vital conhecermos nossa real situação espiritual – a de pecadores e mortais, totalmente dependentes da providência divina.

Questão para debate: como se explica que os pecadores insistam em continuar pecadores?

Tópicos adicionais que se destacam: (a) Os animais, irracionais, conhecem o seu dono; mas muitos seres racionais não reconhecem seu Criador. (b) A faculdade do livre-arbítrio dominado pelo conhecimento do mal leva o ser humano decidir contra si mesmo. (c) Ele perde a compreensão da sua dependência de DEUS, e facilmente inventa deuses falsos para si.

 

1.4                 Primeiro dia: Ouvi, ó Céus

Ênfase do dia: DEUS nos criou, nos ama, e nos quer de volta, vivos e perfeitos, para sempre.

Questão para debate: DEUS fica triste com nossas atitudes de rebeldia; por que isso acontece com Ele?

Tópicos adicionais que se destacam: (a) DEUS cria por amor, para amar, para ser amado por Suas criaturas, para que essas criaturas se amem, para que essas criaturas vivam, uma vida eterna, com total felicidade – esse é o Seu sonho! (b) As criaturas, para poderem amar, tem a faculdade da liberdade de decisão, são seres morais com capacidade de escolher com base no critério do amor, mas, podem livre e conscientemente escolher cometer erros. (c) DEUS, como Pai, está atento para socorrer Suas criaturas. (d) Passada essa história de pecado, tal drama nunca mais tornará a manifestar-se.

 

1.5                 Segunda-feira: Ritualismo sem sentido

Ênfase do dia: Um culto, ou edifica espiritualmente, ou não faz sentido!

Questão para debate: A adoração a DEUS permite que, descobrindo nossos mundanismos, indiferentes, permaneçamos neles?

Tópico adicional para reflexão: Como podemos traçar um paralelo do tempo de Isaías com os nossos dias?

 

1.6                 Terça-feira: O argumento do perdão

Ênfase do dia: Venham falar comigo, e vamos juntos mudar vossa vida degenerada! (paráfrase)

Uma pergunta fundamental: Por que as pessoas, de todos os tempos, ficam tão presas ao que o mundo lhes determina, como se fossem cegas ou estivessem encantadas?

Tópicos adicionais que se destacam: DEUS não quer destruir, Ele quer perdoar. O tamanho e natureza do pecado não importam, há possibilidade de perdão para tudo!

 

1.7                 Quarta-feira: Comer ou ser devorado

Ênfase do dia: Uma escolha vital, ou mortal...

Pergunta para debate: Como é a importância da escolha estudada hoje, para os nossos dias?

Tópicos adicionais para reflexão e estudo: (1) Há uma íntima relação entre nossa atitude de obediência e a produtividade da terra; (2) Há também uma relação entre obediência e adoração; (3) Qual é a realidade dessas duas relações hoje, no mundo, nesses nossos dias?

 

1.8                 Quinta-feira: Uma trágica canção de amor

Ênfase do dia: DEUS faz tudo por Seu povo, nada há que não tenha feito, dedicou todo o Seu amor, espera uma retribuição de amor, em forma de frutos, e os principais frutos são: uma vida de obediência e um testemunho positivo a respeito do amor de DEUS.

Pergunta para debate: Como comparar a parábola da vinha em Isaías 5 e a condição da igreja nos dias atuais?

Outros tópicos adicionais para estudo: Uvas saborosas representam que tipo de fruto esperado por DEUS? Como se ressalta a longanimidade ou paciência de DEUS nessa parábola? [Ele esperou por frutos durante 841 anos, do ano em que entraram na terra prometida (1447 AC até 606 AC) até o cativeiro babilônico, e esperou mais 640 anos, até o ano 34, do apedrejamento de Estevão, para só então desistir para sempre de Seu povo predileto. Ao todo DEUS esperou por frutos durante 1477 anos! Quando JESUS esteve na terra, vendo uma figueira, buscou por frutos, mas só havia folhas. Isto simboliza o que Ele esperava, mas não encontrou.]

 

 

1.9                 Estudo adicional – Sexta-feira, dia da preparação:

Questão para reflexão: Pense numa das condições do povo de DEUS contemporâneo – grande parte não quer se comprometer, mas quer as bênçãos e reivindica Suas promessas, como se fossem direitos incondicionais.

1.10              Apelo final: 

É tempo de fazer três coisas essenciais: orar, vigiar e trabalhar. Orar, é estar em íntimo contato com nosso Criador. Vigiar inclui estudar os escritos por Ele inspirados ou iluminados e estar atentos aos sinais proféticos que indicam o estado do mundo. E trabalhar é fazer algo pelos que ainda não estão no aprisco do Senhor, e também pelos que já estão, mas seus interesses estão voltados para o que há no lado de fora. Vamos por esse caminho? Creio que é uma decisão inteligente!

 

II – Comentário ao estudo da lição

 

2.1                Introdução – santo sábado, dia do Senhor

“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã” (Isa. 1:18).

 

                O gênero humano tem a faculdade de ser racional. Foi criado assim, capaz de elaborar pensamentos com base em critérios de inteligência. O ser humano foi criado à semelhança de DEUS; O Criador também é racional, e em Sua perfeição, elabora pensamentos exclusivamente fundamentados no amor, orientados pelos princípios da sabedoria.

                Mas os seres racionais criados são capazes de coisas inacreditáveis. São capazes de realizar escolhas drásticas, contra si mesmos. Essas escolhas chamam-se pecado. Toda escolha tem efeitos, e no caso de pecado, chamamos de conseqüências, são maus efeitos. O pior efeito do pecado é a morte, mas há outros intermediários que fazem sofrer muito, como a dor, doença, destruições, mutilações, roubo, e milhares de outras coisas.

                Os animais não tem a faculdade da escolha racional, se bem que eles escolhem, porém, sem a consciência de causa e efeito nas suas mentes. Por isso, os animais, uma vez adestrados para determinado comportamento, sempre seguem esse comportamento. Parte desse comportamento lhes foi delegado pelo próprio Criador, outra parte, o homem mesmo pode colocar neles. Isso chama-se treinamento, ou, dependendo do caso, domesticação. Não se deve fazer isso com seres humanos, embora, em muitos casos, tal aconteça. Resulta em seres humanos dependentes de outros seres humanos, tendo sua faculdade de livre-arbítrio prejudicada.

                Assim, os animais domesticados e adestrados, sabem o seu lugar, o seu dono, a hora em que devem ir para o estábulo, onde está esse estábulo, etc. Eles tem impresso em seu fraco cérebro algumas rotinas, e é isso que constitui sua capacidade mental, nada mais. Eles são extremamente limitados. DEUS não nos fez para sermos limitados como os animais, mas para sermos capazes de administrar nossa vida com base em princípios sábios, mediante os quais tomaremos sempre decisões que edificam. Isso ocorre na condição da perfeição. Mas, em estado de pecado, como é o nosso caso, adquirimos o conhecimento do mal, e passamos a decidir também com base nesse conhecimento, e nossas decisões por vezes são bem perigosas, para nós ou para nossos semelhantes, e até mesmo para a natureza. Nessa condição, sem mais ter capacidade de conduzir nossa vida, perigosos para nós e para os outros, continuamos, no entanto, tentando conduzir nossa vida, e então, erramos e fracassamos, muitas vezes a ponto de nos destruirmos, e até perdermos a vida eterna. É a condição de pecado. Nessa condição a capacidade racional para decidir pelos critérios sábios do amor foram prejudicados, e a pessoa deixa de ser perfeita, como DEUS é perfeito. Ela erra, isto é, peca. Sendo assim, nem mesmo mais reconhece a DEUS como seu Criador, inventa outros deuses, adora diferente, e cria para si formas de adoração, muitas vezes para se engrandecer. Os seus modos e costumes voltam-se para se engrandecer a si mesmo. E facilmente cai na armadilha de ser dominado por outros seres ambiciosos, em especial, por satanás. O seu futuro só pode ser a morte, está perdido quando à sua origem e a quem se ligar. Não conhece sua origem nem o DEUS que o criou, e não quer conhecer. Está em situação pior que um animal, pior que os irracionais.

                Mas o que DEUS propõe? No verso acima está o segredo, ou seja, a chave da solução. DEUS conclama a um debate com Ele, isto é arrazoar. Ele tem muito a nos revelar, está em Sua palavra. O debate ocorre ao lermos Sua palavra, enquanto o Seu Espírito, nesse momento, esclarece o significado do escrito. Nesse debate ficaremos sabendo da nossa condição miserável e degenerada. Descobriremos o quanto somos pecadores, e qual o destino de um pecador, que no final da sua carreira é a morte eterna. Mas DEUS diz assim, não importa o que tenhamos feito, ele sabe como resolver tudo. Ele é capaz de limpar nossa vida de tal maneira que ficaremos espiritualmente brancos como a neve, isto é, limpos de culpa. Imagine um estuprador que também mata, e que tenha feito isso com dezenas de mulheres. Há esperança para uma pessoa assim? Há esperança sim, e não é mais difícil que outro que tenha cometido pequenos pecados. Vá lá, pegue a Bíblia, e debata com DEUS, e Ele vai mostrar o caminho. O estudo de Isaías revela como acontece isso. Sejamos dedicados nesses estudos.

 

 

2.2                Primeiro dia: Ouvi, ó Céus!

 

                DEUS não é um Ser destituído de emoções. Assim como nós somos, assim Ele é. Se sofremos, se podemos ficar tristes, ou alegres, se algo nos faz mal ao espírito, assim também acontece com DEUS. Nós fomos feitos à imagem e semelhança d’Ele. Há no entanto a diferença de que somos mortais e pecadores, e Ele não é. Também fomos criados com limitações, mas Ele não conhece limites de nenhuma espécie. Para também termos o benefício da capacidade sem limites, precisamos estar ligados ao Criador, que tem essa faculdade especial.

                DEUS deve ter sofrido muito por nossa causa. O prazer para DEUS é criar seres que possa amar. Assim como um casal quer ter filhos para amar, do mesmo modo DEUS quer criar para que os possa amar. Ele já havia criado muitos seres, anjos de diversas ordens, e seres humanos como nós. Essa é uma das Suas atividades, e ele o faz com perfeição. Ele fica muito feliz quando cria alguma nova civilização, como fez aqui na Terra, em que colocou como iniciantes da civilização terrestre um casal, Adão e Eva. E Ele disse que tudo era muito bom (Gen. 1:31). DEUS estava feliz com o que havia feito, principalmente pela felicidade da vida racional de mais um casal feito à Sua semelhança. Ele cuida de Suas criações como cuida da Sua própria existência, tanto ama o que cria que não titubeou em se doar Sua própria vida pelas criaturas. Ele cria por amor e Se apega profundamente às criaturas que trouxe à existência.

                Veja só o drama de DEUS. Coloque-se no lugar d’Ele, e tente pensar como se fosse Ele. Siga os passos dos fatos.

1.        DEUS criou Adão e Eva, para a felicidade deles e para a Sua alegria;

2.        Adão e Eva nem chegaram a procriar, e caíram em desgraça, e isso deixou DEUS extremamente triste;

3.        Mas Ele não deixou por isso mesmo, cuidou dos descendentes do primeiro casal, e granjeou um grande amigo, Enoque, com o qual andava junto;

4.        Mas a raça humana, em sua maciça maioria, Lhe voltou as costas, e DEUS não teve saída senão destruí-los pelo dilúvio – isso Lhe pesou muito no coração;

5.        Então, com todo cuidado, dedicação, DEUS elege um outro casal, Abraão e Sara, e deles cuida para fazer de seus descendentes uma grande nação, Seu povo peculiar, Seus filhos escolhidos;

6.        Ele trata desse povo com tal dedicação que chega ao extremo de realizar grandes sinais, milagres, lhes dá pão no deserto, suas roupas não envelhecem, e muitas coisas mais;

7.        Mas, o que acontece? O Seu povo peculiar se revolta contra Ele, copia deuses de pagãos, e desaforadamente adora a esses deuses que nada fizeram nem mesmo pelos pagãos, são deuses incapazes para qualquer atividade, nada ouvem, nada vêem, nada fazem;

8.        Mesmo assim, DEUS lhes envia profetas e mais profetas, e os chama de volta, e lhes estende o seu amor, Ele chega ao ponto de ter que castiga-los, e por vezes, severamente, na tentativa de não perde-los por completo.

É, DEUS tinha e tem até hoje razões de sobra para estar triste. Por isso Ele ainda está chamando, dando oportunidades, tentando atrair as pessoas. Ele deixou Sua palavra da verdade, ele envia pessoas escolhidas, faz cumprir suas profecias, antecipou fatos e os revelou, e chegou ao ponto de vir ser um de nós e morrer por nós. Sem dúvida, alguns assim serão salvos. Mas as perdas que ocorrem todos os dias ao morrerem pessoas que não retornaram a DEUS, isso dói muito para Ele. Ele também está sofrendo com o drama do pecado, Ele não tem nenhum prazer na morte do ímpio.

 

2.3                Segunda-feira: Ritualismo sem sentido

A guerra espiritual se havia intensificado de tal forma que o povo de DEUS já estava sendo classificado, pelo próprio DEUS, como Sodoma e Gomorra. E a responsabilidade era dos líderes judeus. DEUS os comparou aos príncipes de Sodoma, e o povo, fruto da administração desses líderes, como os de Gomorra. Haviam-se prostituído com os deuses dos povos que deveriam atrair para o DEUS Criador, e haviam adquirido os mesmos procedimentos e costumes deles. Foram eles que cederam aos rituais falsos de adoração. Deveria ter sido o contrário, o povo de DEUS a influir, pelo seu testemunho simples, no modo de vida dos que não conheciam o DEUS Criador. Dessa situação, degeneraram também na moral, seguindo o caminho dessas duas cidades imorais que foram destruídas pelo fogo, ainda no tempo de Abraão e de Ló.

DEUS chegou a exclamar (Isa. 11:13) que não podia mais suportar a iniqüidade associada ao culto (ajuntamento solene). Se DEUS pensava assim naquele tempo, como Ele não muda, pensa hoje do mesmo modo. O ajuntamento solene hoje está impregnado de influência mundana, e esse é um dos sinais do fim. “Tendo diante de nós o quadro da desmoralização do mundo no sentido da moda, como ousam professos cristãos seguir o trilho dos mundanos? Daremos a impressão de sancionar estas desmoralizadoras modas, adotando-as? Muitos o fazem, mas é porque Cristo a esperança da glória, não está formado neles. O viver luxuoso, o trajar extravagante, são levados a tal ponto que constituem um dos sinais dos últimos dias.”  (Mensagens aos Jovens, 359) Isaías, o profeta de DEUS, impopular entre o povo de DEUS, enfrentou condições semelhantes ao que vivemos no mundo hoje, e também na igreja. É evidente, se estamos em guerra, e se esta é a igreja verdadeira, não se pode esperar que não seja atacada de fora e de dentro. É de extremo proveito o estudo do livro de Isaías aos que deseja sinceramente alcançar a vida eterna. Precisam rejeitar todo o mundanismo daqui, que se abate sobre todos, como uma tempestade, a todo momento e em todos os lugares.

                São sábias as palavras da serva do Senhor nesse sentido, dando melhor entendimento dos ensinos de DEUS em Sua palavra: “Quando a edificação do caráter é negligenciada, quando falta o adorno da alma, quando se perde de vista a simplicidade da devoção, é que o orgulho e amor à ostentação exigem templos magníficos, adornos valiosos e cerimônias pomposas. Deus não é honrado por nada disso, porém. Não Lhe é aceitável uma religião da moda - que consiste em cerimônias, pretensão e ostentação. Em cultos tais os mensageiros celestes não tomam parte. (Parábolas de JESUS, 298)

                Purificai-vos, cessai de fazer o mal, exorta DEUS pelo Seu profeta (Isa. 1:16). É hoje, para nós, tempo de reavivamento e reforma – reavivamento para que haja reforma. Tudo o que vem do mundo e que nos mancha a ponto de nos separar de DEUS, merece, nesses dias, ser abandonado. É fácil? não, mas, diante da vida eterna, vale o esforço! Porque os que não o fizerem, no culto em que vão, participam de um mero ritualismo, que para eles não faz sentido nenhum, espiritualmente não vale nada, como o povo de DEUS no tempo de Isaías, comparados aos de Sodoma e Gomorra...

 

 

2.4                Terça-feira: O argumento do perdão

A situação para o povo de DEUS estava se encaminhando para uma condição dramática. DEUS, Pai que é, tentava agora evitar um tipo de castigo que Ele só usa em caso extremo, é o Seu último recurso. Ele, que não tem prazer na morte do ímpio, muito mais teria prazer no sofrimento dos eleitos. O Seu recurso derradeiro é o Seu afastamento, retendo Suas bênçãos, uma espécie de abandono estratégico. Tem o propósito de levar o povo a perceber sua verdadeira condição. Isso geralmente tem funcionado bem. Muitos tem, por esse meio, retornado ao amor de DEUS, mas é dolorido, tanto para DEUS quanto para os seres humanos. Era tal castigo que DEUS ainda estava tentando evitar no tempo de Isaías.

No final da história, como hoje estamos, precisamos entender que tal castigo tem conotações diferentes, exclusivas e fatais. A condição moral do mundo, e de todas as pessoas vivas, chegará a tal ponto que tal castigo não faria mais efeito em nenhum ser humano. Devido as condições angustiosas, mediante a pregação poderosa do evangelho, as pessoas decidirão definitivamente estar ou não estar ao lado de JESUS. Isso será definitivo! Para os que decidirem ao lado de JESUS, isso significa o selamento, ou seja, receberão o necessário poder para resistir a qualquer prova que sobrevier. Se a vontade deles for se manter fiel, terão as devidas condições, isto é, estarão selados contra o mal do tentador universal. Assim, não sucumbirão, nem nas pequenas tentações mas muito sutis, de grande poder para enganar e destruir, nem nas grandes tentações flagrantemente de origem satânica, mas que tem encontrado muitos curiosos para nelas se satisfazerem.

Nos tempos de Isaías, DEUS os desafiou, dizendo, venham, vamos debater (“vinde e arrazoemos”). Quero perdoar vocês! Quero perdoar tudo! Por favor, não importa o que tenham feito, por pior que seja, posso e quero perdoar. Mesmo que vossas maldades sejam vermelhas como quem se ensangüenta ao assassinar seu irmão, posso transformar isto em brancura como a neve, posso limpar tudo. Se vocês tão somente quiserem, falarei, e vocês Me ouvirão, e sereis abençoados nesta terra. No entanto, se vossa decisão é permanecer rebeldes, recusando o Meu convite pela vida, pelo estado adiantado de vossa pecaminosidade, não há outra saída, sereis devorados à espada, vossos inimigos que moram em redor vos matarão. Quem fala isto Sou Eu mesmo, vosso DEUS. (parafraseando Isaías 1:18 a 20).

Eles estavam no limite, e havia bem pouca margem de flexibilidade, como tempo de espera. Era, ou mudar, ou morrer. Os nossos dias são assim como aqueles. A podridão moral do mundo está claramente no limite, e DEUS vai intervir. Mas antes dessa intervenção, como disse por Isaías, Ele quer perdoar a todos, e não faz diferença o que tenha feito. Não importa o tamanho ou a natureza da sua maldade, tudo pode ser perdoado. Mas é preciso arrependimento e desejo de mudança. Não pode haver perdão para quem deseja permanecer no seu mundanismo...

 

 

2.5                Quarta-feira: Comer ou ser devorado

No estudo de hoje podemos ver claramente a condição de livre-arbítrio dada ao ser humano, e o quanto essa condição é respeitada por DEUS, bem como, o quanto ela é importante para nossa vida. O livre-arbítrio resulta em duas opções de escolha radicais, num extremo, a vida, no outro, a morte. Moisés discursou nesse sentido quando estavam como povo de DEUS por entrar em Canaã, após vaguearem por 40 anos no deserto. Em Deut. 11:26 e 27 ele se refere a duas opções para escolher assim que se instalassem na terra prometida: a bênção ou a maldição. DEUS, por Isaías, lhes repete a mesma condição de livre arbítrio: A vida ou a morte, é preciso escolher. E não há como fugir da escolha, ou seja, não escolher, omitir-se, é uma escolha, e pela morte. Para a vida só se entra conscientemente, mas para a morte, basta ficar indiferente, morno, ou fugir do conhecimento da verdade.

E por que teria que ser tão radical essa questão, isto é, só a vidas ou a morte? Não seria o caso de DEUS ter providenciado uma alternativa intermediária? Isso simplesmente não haveria como. Não existe possibilidade de um terceiro estado entre a vida e a morte! Se essa condição não existe, satanás, mentindo (como seu costume) criou essa condição, que é falsa. É o purgatório! Nesse caso, numa doutrina não bíblica, há uma opção intermediária, uma coluna do meio. Se o sujeito é bom, iria para a vida eterna ao morrer, se é muito mau, iria direto para o inferno, mas se é razoável, como a maciça maioria, iria para o purgatório, estado de purificação para depois receber a vida eterna. satanás mentiu nesse caso, mas muitos, milhões, acreditam em tal alternativa. O pior é que ela não é um estado intermediário, é uma outra versão da escolha para a morte... não há mais que duas alternativas, e se houvesse, DEUS a teria revelado!

A terra para onde estavam indo os israelitas, seria abençoada ou deixaria de ser abençoada, dependendo de como fariam essa escolha. A bênção sobre a terra dependeria da atitude deles. Ora, é o ser humano o responsável por tudo aqui na Terra, sobre as plantas, os animais, e sobre toda a natureza. Então a concessão do poder de DEUS para que tudo funcione bem, depende das decisões e do que o ser humano faz. Agora, nos tempos finais, a Terra está em prantos, com dores dando seu fruto com dificuldade cada vez maior (precisa muito trabalho, tecnologia, veneno, sementes geneticamente modificadas, etc., e assim mesmo, perdem-se safras por secas, cheias, pragas, e outros problemas). Aos israelitas foi proposto que decidissem o que deveria ser seu país, abençoado ou não abençoado (não abençoado é sinônimo de amaldiçoado, pois abre as portas para as ações de satanás, que se encarrega das maldições). A proteção dos inimigos dependeria da obediência, as safras dependeriam da obediência, a sua saúde também. E a obediência tinha por centro a adoração, tal como DEUS determinou. Se devemos prestar obediência na adoração, significa que não devemos alterar nada com relação a ela, mas seguir exatamente o que DEUS determinou, em Sua palavra.

Hoje estão acontecendo calamidades, apesar dos avanços tecnológicos, pestes e doenças, terremotos cada vez em maior quantidade, desentendimentos sociais, violência e terrorismo, tragédias naturais, fogo, vento e chuva em excesso. Por quê? A razão é a desobediência nesses últimos dias pela população em geral, as inúmeras formas de adoração erradas inventadas pelo ser humano, grande parte para enriquecer alguns líderes espertos. O mundo hoje corre como nunca atrás de riqueza material, e essa tentação penetrou até mesmo na igreja dos últimos dias, na qual há os que se tornam ricos e não sentem falta de nada. Mas, a necessidade de decidir por uma daquelas duas opções ainda permanece, até o fechamento da porta da graça. Hoje é o dia de decidir, a manhã pode ser tarde. Ou a vida, ou a morte, ambas de duração eterna.

 

2.6                Quinta-feira: Uma trágica canção de amor

                A parábola da vinha relatada em Isaías 5:1 a 7 refere-se ao povo de DEUS, os israelitas, que DEUS cercou com o muro de Seu poder protetor, ainda o cercou com uma sebe (cerca viva) para que nada os atingisse. Fez lá dentro um oásis de privilégios, com terra que mana leite e mel, e os abençoava com um clima altamente favorável à elevada produção da terra. Ele limpou a região das pedras que são os inimigos que lá estavam, e que se entregaram a deuses mortos e que praticavam a violência e a pornografia até em formas de culto. DEUS trouxe o povo para esse lugar, e pela Sua mão os conduziu de forma milagrosa pelo deserto, durante 40 anos. Na há registro na história de que tal coisa tenha acontecido com outro povo, mais de 600 mil só de homens acima de 20 anos. Como fazer sobreviver tal multidão durante tanto tempo num deserto seco, quente, que nada produz, hostil à vida? Só um poderoso DEUS teria tal capacidade.

                Então esperava Ele que sua vinha desse frutos saborosos, isto é, que se reproduzisse em filhos, netos, etc, mantendo sempre a verdadeira adoração. O principal fruto que DEUS esperava era a conquista espiritual dos outros povos, pela influência da excelência do estilo de vida dos filhos de DEUS. Ele esperava que eles demonstrassem o quanto seu DEUS era bom. Isso iria certamente atrair a atenção de muitas pessoas de outras nações.

                Mas que frutos apareceram? Uvas bravas, isto é, mal cheirosas, impróprias para alimentação saudável. São os frutos da rebeldia, da prostituição espiritual, do esquecimento dos feitos de DEUS e da submissão a deuses falsos. São a condução dos filhos para práticas de rituais abomináveis, de idolatria, de prostituição carnal, de oferendas a deuses pagãos, de matança de filhos como oferta a esses deuses. Que testemunho de fruto é esse? Que resultado deu essa vinha? Para que serve uma vinha assim?

                Serve para ser destruída, mais nada. Por isso, DEUS, após esperar por séculos, após tratar com todos os remédios de amor possíveis, quando já mais nada pode ser feito, decide, pesaroso, retirar o muro da sua proteção, anular a sebe verde que demarcava o seu território de felicidade, retirar as suas bênçãos para a terra produzir bem, e os entrega para serem pisoteados pelos pagãos, seus inimigos, dos quais os protegia. Isso foi, no caso do reino do norte, a destruição para sempre pelos Assírios, e no caso do reino do sul, o cativeiro temporário no Império de Babilônia, por setenta anos.

                Tudo o que DEUS lhes fez por amor, resultou, como povo, em indiferença, só um pequeno percentual deles é que verdadeiramente foi fiel ao Criador. Pois hoje, também é assim. dentro da verdadeira igreja, apenas um pequeno percentual, nem chega a um entre vinte, é que está realmente comprometido com a cidadania celeste. A retirada da proteção de DEUS naquele tempo, derrubando o muro e a sebe será nos nossos dias a sacudidura que se iniciará pelo decreto dominical. E para isso não falta muito tempo. Aqueles que suportarem a sacudidura é porque se prepararam em tempo, e serão estes que darão muito fruto, a ponto de DEUS chamar isso de alto clamor, que pode ser sinônimo de grande colheita. Se é assim, convém-nos que hoje nos preparemos, e a melhor maneira de faze-lo é trabalhando na busca de pessoas perdidas para serem salvas, ou seja, praticando o que aprendemos pelos estudos.

 

 

2.7                Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:

                Durante a Revolução Francesa, o rei Luiz XVI, vendo que a situação estava crítica para ele, decidiu fugir do país. Deveria percorrer 350 quilômetros até a fronteira, um longo trajeto para um tempo em que não havia avião. Precisava fazer isso de tal forma que não o reconhecessem nesse trajeto, pois o povo o aprisionaria. Como você faria tal fuga? Com que carro iria? Levaria as coisas que o denunciassem ser o rei. Pois Luiz XVI vestiu-se de modo diferente, mas foi com sua lenta carruagem real dourada, puxada por seis cavalos, carregando imensas malas com jóias e roupas. Iam juntos dois pajens e até o cabeleireiro do rei. O rei não conseguiu separar-se de seus pertences mundanos, e os levou como se fosse parte dele. Evidentemente foi reconhecidos e preso pelo povo.

                O que há em comum entre o procedimento do rei francês e o povo escolhido? Algo muito provável que nos atinja também: a incapacidade de utilizar o bom senso, e procurar livrar-se do mundanismo!

                O povo de DEUS aprendeu pelos profetas conhecimento verdadeiro para com ele tornar-se capaz de um raciocínio sábio, conforme a sabedoria divina, que é eterna e ilimitada, e que jamais se engana. Por esse conhecimento a nação deveria tornar-se grande e poderosa para o bem, para servir de instrumento aos nobres propósitos do Criador, que buscava reconciliação com todos os povos do mundo. Era para o povo escolhido uma grande oportunidade, vital em importância, servir diretamente ao Rei do Universo. Eles ainda seriam abençoados, viveriam com saúde, sua terra se tornaria produtiva, seus filhos e filhas gozariam de prosperidade, e seriam uma bênção ao mundo. Por meio deles DEUS estenderia seus favores a todos os seres humanos, assim como deseja fazer por meio da Sua igreja dos últimos tempos.

                Mas o povo de DEUS, tendo em pouca importância os propósitos de seu Rei divino, vagueando na superficialidade intelectual do conhecimento necessário para serem bons servos de DEUS, fracos nesse conhecimento verdadeiro, tornaram-se presa fácil para as armadilhas de satanás, colocadas ao redor da nação, e que funcionaram contra eles porque a nação se enfraquecera espiritualmente.

                Aos poucos deixaram de ter a capacidade de ver a realidade do modo correto, e em seus olhos foram colocadas lentes mundanas que distorciam a verdade, mas que davam um entendimento aparentemente correto da mentira, principalmente do falso culto. Isso sempre tende a acontecer se formos superficiais no conhecimento pelo qual devemos nos guiar para sermos servos livres no reino de DEUS. E eles perderam a noção do certo e do errado, deixaram de compreender o verdadeiro DEUS, e foram tragados em sua cegueira, até que perderam a nação, para então serem abandonados como povo escolhido, substituídos pela igreja de CRISTO.

                Devemos ter muito cuidado. Hoje, por falta de conhecimento (ver Oséias 4:6) o povo da bíblia, sua maioria, também perece espiritualmente, e nem percebe. A tal ponto chega a cegueira espiritual que muitos, um elevado percentual, não tem capacidade de distinguir no mundo o que deve ser acolhido e o que precisa ser evitado. Nesse contexto, vem as pinturas, o vestuário mundano, a tirania da moda imprópria (e as pessoas não conseguem viver sem estar sempre na moda, perdem por completo sua originalidade, sua capacidade de definir afinal o que querem, são outros que determinam o que elas devem ser), os hábitos alimentares inadequados, o tipo de esporte, que para muitos precisa ser violento e competitivo, e assim por diante. Esses atrativos tornam-se equivalentes aos antigos ídolos pela forma como prendem os adoradores a si. Quantos são capazes de perceber tais inconveniências, e evita-las? Quantos são capazes de levar a sério a reforma da saúde e do sábado, e de fato mudar atitudes?

                O que levou o antigo povo de DEUS ao desastre hoje ataca a igreja, do mesmo modo, embora em outro nível tecnológico. Sabemos, no entanto, que a igreja não vai desaparecer, nela vai haver uma forte sacudidura, e um pequeno número vai permanecer firme e fiel, e com essas pessoas, DEUS comandará a Sua igreja rumo à vitória, retirando os seus servos de babilônia nos últimos dias de graça nessa terra.

                Bem logo isso vai acontecer. Muitos dos que são o povo de DEUS, e que tem facilidade para perceber como caiu o antigo povo de DEUS, procedem como aquele povo, nos dias de hoje. Superficiais e cegos, desferem duras críticas contra aqueles que, zelosos, a custa de sofrimento em razão do contexto, procuram manter-se fiéis à vontade de DEUS. Por essa razão, muitos servos que lutam pela obediência aos fundamentos da verdade, aos mandamentos, aos escritos que sustentam nossa fé, são até em público taxados de ‘agitadores’, ‘fuxiqueiros’, ‘bisbilhoteiros’, e muitos outros atributos pejorativos, quando não são ameaçados de agressão verbal ou física, ou até de necessidade de disciplina e de exclusão do rol de membros. Como nos tempos do antigo povo de DEUS, a inversão dos valores também é uma realidade a ser enfrentada hoje, pelo Senhor que foi vencedor na cruz. Eles sofrem por isso, mas, DEUS dará forças a eles para que permaneçam, pois estes são os ficarão em pé no dia em que toda mentira for destronada e desnudada diante do poderoso e fiel Salvador.

                Para não cair nas armadilhas que levarão à morte eterna, à extinção, é preciso aprofundar-se no conhecimento da verdade, obedecer a esse conhecimento, e torna-lo em nossa vida testemunho para todos os povos. Então virá o fim, e JESUS voltará. Vale lembrar, apara meditação profunda, o que sugerimos no lugar das questões de hoje: “Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter e Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus.” Parábolas de Jesus, pág. 69.

 

 

Para leituras adicionais, quem desejar, escreveremos uma série intitulada “Grandes momentos”, rápidas análises de fatos bíblicos do passado, que sejam interessantes. Tem por objetivo atrair e valorizar a palavra escrita de DEUS, e às coisas relacionadas ao grande conflito.

                Grandes momentos

1.        O primeiro sepultamento

 

“Disse Caim a Abel, seu irmão: Vamos ao campo. Estando eles no campo, sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou” (Gênesis 4:8).

Pouco depois fugiu Caim da presença do Senhor, ao menos tentou como mais tarde o fez Jonas. Do momento da morte de Abel, o segundo filho de Adão e Eva, a tristeza na Terra aumentou muito, e nunca mais brilhou tanta alegria nesse planeta. Adicionado à dor da expulsão do Jardim do Éden, agora também a dor da primeira morte de um ser humano, e a separação do filho primogênito.

Adão e Eva, percebendo que seus dois primeiros filhos não voltavam para casa, como todo pai e mãe, saíram em busca deles. Chamaram por eles, tinham medo das feras que no jardim eram animais mansos, mas agora se tornaram em tremendo perigo. Nem Caim nem Abel retornavam para casa. O que houve?

Num determinado momento, em meio às buscas, os aflitos pais encontraram o corpo de Abel. Nunca tinham visto um ser humano morto, e era para eles algo muito estranho. Pegaram em Abel, estava frio, e enrijecido. Não respondia, não respirava, não se movimentava. Estava como aqueles animais que eles matavam para sacrifício, mas, com uma cor estranha, pálida, como a cor dos mortos. Sim, era evidente, seu filho Abel estava morto, era a primeira morte de um ser humano. Foi-lhes dito no Jardim que se comessem do fruto, morreriam. A serpente disse que não, mas agora, aí estavam diante da morte do primeiro ser humano, e justamente, um filho seu.

Esse foi o primeiro desespero de pais pela morte de um filho. Choraram suas lágrimas, e, como nunca, ansiaram pelas promessas da vinda do Filho de DEUS para acabar com tal tragédia. Quem sabe Ele viria logo! Hoje sabemos que Ele virá logo! Que realismo agora passou a ter para eles o sacrifício de cada cordeiro pelos seus pecados! Quanto então passaram a desejar que o Criador Se tornasse logo no Redentor. Quanta dor sentiam com a separação pela morte. Que coisa terrível era a morte, mas como era confortador saber que a morte poderia não ser o fim. Como o Criador agora lhes parecia ser a única fonte de esperança!

 

 

III – Atualização profética – fatos relevantes da semana de: 15/03 a 21/03/2004

                Visite a página www.designioglobal.com.br para mais informações sobre o cumprimento das profecias.

 

1.        Terrorismo

O terrorismo de guerra está, infelizmente, ganhando terreno sobre a lei. No dia 20 desse mês, com passeatas pelo mundo, foi lembrado o início da guerra contra o Iraque. Nessa mesma data também se pode lembrar o fim da ONU e de seu Conselho de Segurança como critério geral da Ordem Mundial entre as nações. Essa ordem vigorava desde o final da Segunda Guerra mundial. A mais poderosa nação do mundo não se submeteu ao Conselho de Segurança, e em nome de armas inexistentes, deflagrou uma guerra contra o Iraque, um país dirigido por um ditador cruel, mas que não era a ameaça à humanidade que diziam ser. A guerra também foi em nome do combate ao terrorismo, que nesse país foi implantado pelos EUA, assim como no Afeganistão.

Hoje, um ano após o início da guerra, o mundo está visivelmente mais inseguro, o terrorismo mais atuante e o medo mais acentuado. Não progredimos em direção da paz, mas regredimos em direção do caos.

Os terroristas continuam destruindo e cada vez mais, como nessa semana no Iraque, e na palestina, onde os ataques não cessam. O combate ao terror parece que serve de combustível para mais terror. E o mundo está mais dividido. Os terroristas agora já conseguem interferir nas eleições democráticas, como no caso da Espanha. Nesse caso, que democracia é essa, cujos resultados foram definidos por atos terroristas?

Estamos numa babilônia política. Agora, a Espanha, há tempos fiel aliada dos EUA, vai retirar suas tropas do Iraque, um tremendo ponto a favor do terrorismo. E o presidente da Polônia acaba de declarar que foi enganado por Bush quanto as armas de destruição em massa, mais um ponto para os terroristas. Afinal, quem está ganhando essa guerra? Ora, como os dois países que lideram a aliança contra o terrorismo usaram de mentiras, agora se vêem enfraquecidos, e sofrem o perigo da divisão. Enquanto isso, o terrorismo se fortalece, e continua alarmando o planeta todo.

2.        O planeta em extinção

Nosso planeta está sendo destruído, segundo notícias de estudo científico, numa velocidade 200 vezes maior que a normalmente aceitável.

3.        Pestes

O Vietnã continua sofrendo com a gripe do frango. Nessa semana morreu a vítima de número 16.

4.        Homossexualidade

O Brasil vai defender os direitos dos homossexuais perante a Comissão de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

Nos EUA, depois de 10 horas de uma deliberação "dolorosa e cheia de orações" num procedimento religioso incomum, um júri de 13 ministras da Unidade Metodista decidiu ontem permitir a permanência de uma pastora lésbica na igreja. A votação foi de onze a zero, com duas abstenções. "Rezo para que isto divida a Igreja entre os verdadeiros cristãos e os apóstatas" disse Allen Jackson, uma observadora metodista de Tacoma, Washington. O reverendo Paul Beeman, um metodista retirado e pai de um homossexual e de uma filha lésbica, disse: "Este é um enorme passo para nossa denominação e a inclusão cristã". Ele qualificou a decisão como um divisor de águas entre as facções conservadoras e as progressistas da igreja, que terá um profundo impacto no corpo legislativo da Unidade Metodista, que se reunirá em breve. (Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,5502,OI282084-EI294,00.html)

Na Flórida (EUA) foi aprovada uma resolução que apóia o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A Espanha vai legalizar as uniões entre homossexuais. O prefeito de San Francisco deu o ‘ponta-pé’ inicial, agora a cada semana outras autoridades seguem o seu exemplo, e o cumprimento da profecia a esse respeito ganha velocidade.

Enquanto isso, os bispos católicos apresentaram nesta semana uma estratégia para apoio político à instituição da família. Tal apoio passa por leis de proteção, e a principal é a garantia do descanso dominical em virtude de força legal.

5.        Seitas

O poder das seitas e sua capacidade de comunicação na mídia está sendo motivo de estudos e intensos debates por parte da Igreja Católica. As seitas vem crescendo muito, e já são forte ameaça à hegemonia entre os cristãos. As seitas em breve serão motivo de combate, ao estilo da guerra contra o terrorismo.

Análise: a violência ganhou poder para interferir nas decisões políticas, o que aconteceu na Espanha e na Polônia. O mundo encaminha-se para dias em que o terror vai dominar muito mais, e tornar a vida extremamente perigosa e difícil. Ao lado disso, cresce a imoralidade e propaganda de criminalidade nos meios de comunicação e também avança o movimento homossexual. Também o mundanismo toma maior espaço entre os adoradores da verdade, o que indica a aproximação de uma forte sacudidura. O fim vem e JESUS logo vai voltar!

 

escrito entre: 25/02/2004 a 02/04/2004

revisado em 02/04/2004

 

 

 

Declaração do professor Sikberto R. Marks

O Prof. Sikberto Renaldo Marks orienta-se pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, e discorda de todas publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e a sua condução por parte de CRISTO como o seu comandante superior, e de Seus servos aqui na Terra, e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. O professor ratifica a sua fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS explicitada em Sua Palavra escrita. Aceita também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todas os demais escritos sobre assuntos religiosos.

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