Lição 2

4 a 9 de abril

Crise de liderança

Lição dos jovens 222004


"No ano em que o rei Uzias morreu, eu vi o Senhor assentado num trono alto e exaltado, e a aba de Sua veste enchia o templo" (Isa. 6:1).

Prévia da semana: Em tempo de insegurança, quando a fragilidade da liderança humana fica dolorosamente óbvia, Isaías recebeu uma grande visão do Líder supremo do Universo. Petrificado por sua insuficiência mas purificado e fortalecido pela misericórdia, Isaías estava pronto para avançar como embaixador de Deus a um mundo hostil.

Leitura adicional: João 5:19; 15:5, 7 e 8; Jer. 18:6; Mal. 3:2 e 3; Apoc. 3:18; Profetas e Reis, págs. 303-310


Domingo, 4 de abril

Introdução

LÍDER EM MOMENTOS COMUNS

1. Isaías 6:1 fala sobre a morte do Rei Uzias. Leia II Crônicas 26 e então responda a esta pergunta: qual é o significado da morte do Rei Uzias?

Existe um contraste notável entre Uzias e Isaías. Uzias buscou a santidade com presunção, pelo motivo errado (orgulho) e, por causa disso, tornou-se ritualmente impuro, de forma que foi cortado da santidade. Isaías, por outro lado, permitiu que a santidade de Deus o alcançasse. Admitiu humildemente sua fraqueza e ansiou a pureza moral e a recebeu (Isa. 6:5-7). Como o coletor de impostos na parábola de Jesus, ele desceu justificado: "Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado" (Luc. 18:14).

Um novo bebê chora ou resmunga e as pessoas sorriem. Esta experiência é comum na maioria das famílias. Estamos acostumados aos padrões de nossa vida, mas as coisas nem sempre são o que parecem. Séculos atrás Deus Se tornou um de nós. Num momento miraculoso que deve ter parecido comum para quase todo mundo, a Divindade nasceu como ser humano e começou a comer, dormir, trabalhar e brincar como um de nós, experimentando a humanidade como um parente nosso.

Max Lucado* observa que parece quase irreverente pensar em Deus como sendo suscetível a nossa experiência humana. Visualizar Deus cansado, sujo, faminto ou com frio é difícil, mas quão mais desafiador é imaginar "Deus conosco" limpando o suor dos olhos ou dando uma martelada no dedo.

Como Deus conosco, a declaração de missão de Jesus incluía refletir a santidade de Seu Pai "no meio de um povo de lábios impuros" (Isa. 6:5), e Ele freqüentemente passava as primeiras horas da manhã em oração, meditando nas Escrituras. Considerados individualmente, aqueles momentos devem ter parecido comuns, mas eram o segredo de Seu poder ao Ele interagir com as pessoas que precisavam de cura e com as pessoas que desejavam matá-Lo. Ele devia notar a semelhança de circunstâncias quando lia a história de Isaías.

Todo o Judá havia ouvido as novas. O rei havia morrido, e em seu estado de rebeldia a nação temia que Deus lhes houvesse voltado as costas. O desespero envolveu o povo, e a destruição parecia vir cavalgando em toda nuvem de poeira. Sem dúvida Isaías já havia ouvido alarmes falsos: "Vejam, os assírios!" A destruição de Judá parecia iminente porque eles haviam quebrado a aliança com Deus que lhes dava segurança.

Cercados pela miséria e, no que deve ter parecido outro momento comum, Isaías viu no Templo um Deus santo circundado por anjos. Ali a miséria encontrou a santidade e, como os leprosos, Isaías clamou: "Imundo, imundo!" Deus não deixou o profeta em seu desespero, mas enviou uma brasa de Seu altar para prover cura.

A missão não havia mudado: "Vá, e diga a este povo." E o método não devia mudar: "Permaneça em Mim."

* Deus Chegou Mais Perto (São Paulo, Editora Vida Cristã, 1992).

Stella Thompson
Houston, EUA


Segunda, 5 de abril

Evidência

SEGUIR A VONTADE DE DEUS


 

O rei morre durante uma grande turbulência política (os assírios estavam começando uma guerra). Para Isaías, aquele era um tempo de medo, quando não estava certo sobre quem estava no controle. Então ele tem uma tremenda visão de Deus, e agora sabe quem está no controle, apesar dos eventos externos.

2. Onde estava o Senhor nessa visão? Isa. 6:1. Por que o Senhor apareceu a Isaías justamente nessa ocasião e não em alguma outra? Êxo. 25:8; 40:34-38

Ezequiel, Daniel e João estavam no exílio quando receberam suas visões. Como Isaías, eles precisavam de conforto e encorajamento especial de que Deus ainda estava no comando, embora seu mundo estivesse desmoronando. Sem dúvida, essas visões ajudaram a lhes dar o que precisavam para permanecer fiéis, mesmo durante uma situação de crise.

Isaías escreveu um livro cheio de profecias, encorajamento, advertências e instruções, escrito em Judá durante os reinados de Uzias (ou Azarias) a Ezequias. Uzias era um dos vários reis que são descritos como alguém que fez parcialmente a vontade do Senhor. O livro de II Reis diz que ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, mas que ele não removeu os lugares altos, onde o povo continuou a oferecer sacrifícios.

No ano em que Uzias morreu, Isaías experimentou uma visão da glória de Deus, descrita em Isaías 6, que lhe trouxe medo de morrer: "Sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de um povo de lábios impuros; os meus olhos viram o Rei" (verso 5).

Muitas pessoas ficam surpresas com estas palavras. Parece que Isaías e Judá têm o hábito de praguejar. Mas a chave é a resposta do anjo, dada nos dois versos seguintes. Um anjo voa para ele com uma brasa viva, e toca seus lábios com ela. Então o anjo diz: "Veja, isto tocou os seus lábios; por isso, a sua culpa será removida, e o seu pecado será perdoado" (verso 7). Através disto podemos ver que tanto Isaías quanto o anjo usaram o termo "lábios impuros" para representar o pecado em geral. Quando os lábios de Isaías são purificados com a brasa, o anjo diz que seu pecado foi removido. Então Isaías ouve Deus perguntar quem Ele devia enviar, e Isaías é comissionado como um profeta para Judá. Sabemos que a descrição que Isaías fez da pecaminosidade de Judá é acurada, porque, como vimos antes, eles ainda estavam sacrificando a falsos deuses.

Esta visão de Isaías é cheia de esperança e instrução para nós. A esperança se encontra no fato de que assim como o pecado de Isaías foi purificado, o nosso também pode ser. A visão dá quatro passos para se seguir a vontade de Deus. Primeiro, precisamos reconhecer nosso pecado. Concentrar-nos no caráter e glória de Deus traz esta percepção. Segundo, precisamos aceitar o perdão de Deus, que se encontra à disposição antes de pedirmos por ele. Terceiro, precisamos ouvir a palavra de Deus. Esta pode nos ser dada de várias formas: através da Bíblia, de uma visão ou sonho, ou de nossa própria consciência. Finalmente, precisamos seguir as instruções que recebemos.

Thomas Cromwell
Keene, EUA


Terça, 6 de abril

Exposição

AVIDEZ PARA FALAR

3. Por que o serafim usou uma brasa viva, ou em fogo, do altar para purificar os lábios de Isaías? Isa. 6:6 e 7

O fogo é um agente de purificação, porque queima as impurezas (compare Núm. 31:23). Mas o serafim usou uma brasa do fogo santo, especial, do altar, que o próprio Deus acendera e que era preservado queimando ali perpetuamente (Lev. 6:12). Então, o serafim tornou Isaías santo e puro. E tem mais. Na adoração do santuário ou templo, a principal razão para tirar uma brasa do altar era para acender o incenso. Mas, em Isaías 6, o serafim aplica o carvão sobre Isaías, e não sobre o incensário. Considerando que Uzias quis oferecer incenso, Isaías se tornou o próprio incenso! Assim como o fogo santo acendia o incenso para encher a casa de Deus com santa fragrância, acendeu o profeta para espalhar uma mensagem santa. Não é por acaso que nos versos seguintes de Isaías 6 (vs. 8 e seguintes), Deus envia Isaías para o Seu povo.

A visão encontrada em Isaías 6 foi dada durante uma época ruim de Israel. O pecado deles os havia levado a rejeitar o conselho de Deus. Como resultado, o exército assírio, até então invicto, tinha Jerusalém em vista. O Senhor desejava mostrar a Isaías que ainda estava no controle, embora as coisas parecessem sombrias. Deus desejava que Isaías e Seu povo soubessem que "mesmo quando os perigos rodeiam o povo de Deus e os poderes das trevas parecem prestes a prevalecer, Deus os chama a olhar para Ele... para que possam ter esperança e coragem".1

Percepção. Isaías estava na presença do Senhor. Os anjos presentes eram impressionados pela "perfeita santidade de caráter"2 de Deus, e Isaías percebeu o poder e glória do trono de Deus. É isto que Deus desejava: que Isaías percebesse a glória de Deus se fosse capaz de mostrá-la constantemente ao povo de Israel.

Foi aqui que Isaías percebeu sua grande pecaminosidade e disse: "Ai de mim! Estou perdido!" A palavra "perdido" literalmente significa "eliminado, destruído".3 É a mesma percepção do salmista quando clamou: "Misericórdia, Senhor, pois vou desfalecendo! Cura-me, Senhor, pois os meus ossos tremem" (Sal. 6:2). Isaías sabia que "a boca fala do que está cheio o coração" (Mat. 12:34), e o pesaroso clamor de que seus lábios não estavam limpos é verdadeiramente uma declaração do estado de seu coração quando exposto à perscrutadora glória de Deus. Aqueles que chegam a este ponto são aqueles de quem Jesus falou em resposta aos fariseus cheios de justiça própria: "Eu não vim para chamar justos, mas pecadores ao arrependimento" (Luc. 5:32).

Consolo. O consolo, contudo, se acha à espera. "A brasa... representava o poder purificador e refinador da graça divina".4 O toque dela, que era a maior necessidade de Israel naquele tempo e agora, inspirou Isaías a ajudar os israelitas de seus dias a experimentar o mesmo. Hoje, o desejo ardente daqueles cujos lábios foram tocados pelo poder refinador da graça divina os leva a ajudar as pessoas a alcançarem a mesma experiência em sua vida.

Testemunho. A avidez de Isaías para falar na presença do Senhor é impressionante. Haviam-se passado apenas alguns minutos do miserável clamor de desespero e da esmagadora percepção de sua indignidade. Agora, purificado pelo Santo, Isaías sente liberdade para falar e também dignidade para aceitar a comissão de Deus.

O discurso entre o Senhor e Paulo em Atos 22 revela grande similaridade. Após descobrir de quem era a presença que brilhava tanto, Paulo pergunta ao Senhor: "Que devo fazer?" Estes dois homens foram grandemente usados por Deus. Ambos começaram seu ministério na presença do Todo-Poderoso. Ambos desejaram ansiosamente fazer o que quer que o Senhor os chamasse para fazer.

Isaías sentiu o desejo de proclamar a mensagem de Deus, a despeito de qual fosse. No caso de Isaías, a mensagem não despertou uma reação agradável, mas a disposição de Isaías permaneceu inabalável. Este deve ser o desejo de todo mensageiro de Deus: estar disposto a fazer ou dizer o que o Senhor desejar, quando Ele desejar.

Reação. Quão fácil teria sido para Isaías pedir ao Senhor uma mensagem mais brilhante, mais fácil, mais agradável. Mas se ele teve esse pensamento, certamente ele não lhe dominou a mente. De fato ele tinha uma pergunta, embora esta não mostrasse falta de fé em seu Senhor, nem ele pedisse conhecimento que beneficiaria apenas a si mesmo. Isaías compreendeu que a pergunta que ele estava prestes a fazer sem dúvida seria ouvida dos lábios de muitos de seus irmãos. Ele mostrou sabedoria em perguntar a Deus: "Até quando?" O Senhor designou que fôssemos criaturas dinâmicas e que cogitássemos, mostrássemos curiosidade e usássemos de sabedoria, e então utilizássemos essas capacidades para promover a causa de Deus.

  1. The SDA Bible Commentary, vol. 4, pág.128.

  2. Ibidem.

  3. The Pulpit Commentary, pág. 107.

  4. The SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 129.

Pense nisto
  1. Como a expressão "lábios impuros" se aplica a você?

  2. Qual seria sua reação se exatamente agora você ouvisse Deus perguntar: "Quem enviarei?" Você estaria disposto? Estaria ansioso para ir?

  3. O que o(a) está impedindo de aceitar avidamente a ordem do Pai?

  4. Por que o contemplar a Deus, permanecer em Deus e refletir a Deus são os únicos métodos de cura para nossa impureza?

  5. Tanto Paulo quanto Isaías são descritos como desejando "ansiosamente" fazer o que quer que fossem chamados a fazer. Como você definiria "ansioso", e como você demonstra isso?

Adam Clemons
Cleburne, EUA


Quarta, 7 de abril

Testemunho

"PURIFICA OS MEUS LÁBIOS"


 

Leia Isaías 6:8. Depois de purificado, Isaías respondeu imediatamente ao chamado de Deus por um representante que pudesse enviar por Ele. Em termos do Novo Testamento, Isaías teria sido chamado de apóstolo; isto é, alguém que é enviado. Em contraste com outros exemplos, em que Deus diz a alguém que deve ser profeta, em Isaías 6, o profeta se apresenta como voluntário para uma missão especial.

4. Deus encorajou Isaías no Seu templo. Existe evidência em outro lugar na Bíblia em que o santuário de Deus é um lugar de encorajamento? Salmo 73 (veja v. 17); Heb. 4:14-16; 10:19-23; Apocalipse 5. O que estes textos nos dizem?

O santuário de Deus não apenas vibra com poder incrível; é um lugar onde os fracos e defeituosos, como nós mesmos, podem achar refúgio. Podemos ser confortados por saber que Deus está trabalhando para nos salvar através de Cristo, nosso Sumo sacerdote.

"Isaías tinha uma mensagem do Deus do Céu para dar ao povo apóstata de Israel, e deu-lhes esta mensagem. Ele sabia com que elementos tinha de tratar; conhecia a teimosia e perversidade do coração, e quão difícil seria fazer qualquer impressão sobre eles. Enquanto estava no pórtico do templo, o Senhor Se revelou a ele. O véu do templo foi afastado, a porta foi levantada, e ele viu o santo dos santos dentro do véu. Viu o Deus de Israel diante do trono alto e exaltado, e a aba das Suas vestes enchia o templo. Quando Isaías sente sua própria pecaminosidade, clama: ‘Sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de impuros lábios.’ E foi vista a mão que tirou a brasa viva do altar, e tocou seus lábios, e lhe ordenou que fosse purificado. Então ele estava pronto a ir com a mensagem, e disse: ‘Envia-me,’ pois ele sabia que o Espírito de Deus estaria com a mensagem" (The SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.141).

A chave para a capacidade de Isaías de ser usado por Deus foi o ter admitido sua situação sem remédio. É apenas na submissão completa que verdadeiramente nos tornamos servos. Isaías não podia purificar a si mesmo, mas permitiu que Deus o purificasse, preparando-o para a tarefa que tinha pela frente.

"Algumas coisas foram-me mostradas com referência às instituições entre nós, e os deveres e perigos daqueles que ocupam posições de liderança em relação a elas. Vi que esses homens foram suscitados para realizar um trabalho especial como instrumentos de Deus, para serem conduzidos, guiados e controlados por Seu Espírito. Devem responder às reivindicações de Deus, e nunca sentir que pertencem a si mesmos e que podem empregar as suas forças como julgarem que lhes seja mais conveniente. Embora tenham o propósito de ser corretos e fazer o que é correto, certamente errarão, a menos que sejam constantes discípulos na escola de Cristo. Sua única segurança é caminharem humildemente com Deus" (Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, págs. 537 e 538).

Os que são empregados por Deus não pertencem a si mesmos. O servo não busca seu próprio caminho mas obedece humildemente seu mestre. Este é o chamado para aqueles que querem ser propriedade de Cristo.

Jonathan Allan Armstrong
Keene, EUA


Quinta, 8 de abril

Aplicação

UM LÍDER LIDERADO

5. Quando Deus comissionou Isaías, por que deu ao profeta uma mensagem tão estranha a ser levada para o Seu povo? Isa. 6:9 e 10

O papel de um ministro, como Moisés, Isaías, Jeremias, Ezequiel, ou mesmo Cristo, é continuar apelando, ainda que as pessoas rejeitem a mensagem. Deus disse a Ezequiel: "Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta" (Ezeq. 2:5). O papel de Deus e dos Seus Servos é dar ao povo uma escolha justa, de forma que tenham aviso adequado (compare com Ezeq. 3:16-21), ainda que acabem escolhendo a destruição e o exílio (Isa. 6:11-13).

6. Com estas idéias em mente, como entendemos o papel de Deus ao endurecer o coração do Faraó? Êxo. 4:21

Deus iniciou as circunstâncias para que Faraó reagisse quando fez suas escolhas de rejeitar os sinais que Deus lhe deu. Se Faraó estivesse aberto a esses sinais, seu coração teria sido abrandado, não endurecido, por eles.

Isaías foi um líder cuja grande fé sob pressão produziu alguns dos mais belos e tocantes trechos literários. Mas quando o jovem Isaías foi pela primeira vez chamado para dar as mensagens de reprovação de Deus, relutou diante da tarefa, sentindo sua completa incapacidade para estar à altura do chamado.

Como esse temeroso jovem veio a tornar-se um eloqüente profeta que levou as palavras divinas de correção e esperança a um povo relutante e rebelde durante mais de 60 anos? Como podemos nos tornar o mesmo tipo de servo dedicado, não importa qual seja o custo?

Encontre o poder. Enquanto Isaías olhou para dentro de si mesmo, tudo o que descobriu foi que não tinha o que era preciso para reformar a nação desobediente. Mas então Isaías contemplou numa visão a pureza e perfeição do Deus todo-poderoso. Quando nós, assim como Isaías, contemplarmos a Deus, compreenderemos que nosso chamado não leva em conta quem somos e as coisas que não podemos fazer. Leva em conta a Deus e todas as coisas que Ele pode fazer.

Aceite o preparo. Depois de ver o poder de Deus, Isaías ficou dolorosamente ciente de sua própria condição pecaminosa. A esta altura, ele ainda não estava pronto para ser o mensageiro de Deus. Antes de Deus enviá-lo a fazer qualquer coisa, enviou o perdão e o preparo para Isaías na forma de uma quente brasa celestial. As brasas celestiais podem tomar várias formas. Sempre temos a escolha de rejeitá-las. Mas a fim de estarmos equipados para o ministério, precisamos primeiro aceitar o perdão e o preparo que Deus nos envia.

Vá e fale. O verdadeiro ministério é levar a mensagem de Deus às pessoas, não nossa própria mensagem. É preciso que transmitamos o chamado de Deus com inequívoca clareza. Quando respondemos ao Seu chamado, Deus pede toda uma vida de ministério paciente e corajoso.

Pense nisto

Talvez não recebamos uma dramática visão do alto nos dizendo que mensagem Deus deseja que partilhemos, mas como cristãos, todos os nossos atos testemunham a outros sobre Deus. De que maneiras podemos partilhar a mensagem de amor e redenção de Deus através de nossa vida diária?

Stephanie Thompson Clemons
Cleburne, EUA


Sexta, 9 de abril

Opinião

PRONTO PARA O SERVIÇO?

Um líder é alguém que guia ou dirige a outros, através da autoridade ou da influência. A liderança pode ser herdada, conferida, ou assumida. Através de uma visão, Deus empurra Isaías para a liderança durante um momento crítico na história de Judá, no ano em que o rei Uzias morreu. O rei Uzias havia sido a voz forte de Judá contra a agressão assíria. Em seu estado de rebelião contra Deus, Judá não podia pretender a proteção divina, e após a morte do rei Uzias, sem Deus e sem seu líder de confiança, Judá temia que a Assíria fosse devastar o mundo todo.

Como Judá, em nossas crises atuais também precisamos de líderes provados que se coloquem fielmente entre nós e o agressor. Também como Judá, podemos nos encontrar num estado de rebelião e insegurança, cercados por falsos conselheiros e esmagados pelos insistentes conselhos deles. Preocupados com nossa crise pessoal, nossa visão individual pode se tornar míope, fazendo com que deixemos os outros resolverem seus próprios problemas. Líderes memoráveis são pessoas que dão um passo à frente nesse momento, oferecendo um claro senso de direção e propósito.

Isaías estava familiarizado com os pecados de seu povo, e após ter a visão do Senhor no santo templo, conscientizou-se especialmente de sua própria condição. Na presença da santidade de Deus, ele foi esmagado pelo senso de sua própria pecaminosidade.

As crises sempre exigem liderança e confiança. Para sua geração, Isaías respondeu a pergunta feita no verso 8: "Quem irá por nós?" Em nossa geração a pergunta pode permanecer sem resposta, a menos que os Isaías modernos tenham uma visão semelhante. Estes líderes, como Isaías, devem compreender a crise mais ampla, a inadequação de sua competência humana, e a necessidade e disponibilidade dos recursos divinos. Não é suficiente um líder dizer: "Eis-me aqui! Envia-me!" sem primeiro experimentar o toque divino da brasa do altar de Deus.

Autoridade e influência duradouras são conquistadas, e a confiança num líder cresce através de repetidas demonstrações de que ele é digno de confiança. A admissão de defeitos muitas vezes marca a legenda dos líderes excepcionais, mas a vaidade e a negação das faltas destroem a credibilidade. O reconhecimento por parte de Isaías de seus lábios impuros o preparou para receber a solução de Deus. Entre os muitos modelos de líderes atuais que estão à disposição de uma sociedade fragilizada por lideranças fracassadas, a liderança exercida a partir de posições secundárias talvez seja a mais apropriada. Os Isaías contemporâneos não devem parecer ser mais do que são e não podem se dar ao luxo de oferecer grandes soluções baseadas em sabedoria humana. O evangelismo tem sido definido como "um mendigo dizendo a outro mendigo onde encontrar pão". Da mesma forma, a liderança pode ser definida como um indivíduo perplexo dizendo a outro: "Não sei a resposta, mas sei onde encontrar a resposta".

Jessie Thompson
Houston, EUA


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