Lição 3

10 a 17 de abril

Quando o mundo está caindo

Lição 322004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: I Reis 1 e 2

VERSO PARA MEMORIZAR: "Se o não crerdes, certamente, não permanecereis" (Isa. 7:9).

A TRAVESSURA DE BEETHOVEN. Certo sábado, Connie e Roy caminhavam pela calçada depois do culto. Uma galinha apavorada voou freneticamente pelo jardim na frente deles. Algo estava errado. As aves deveriam estar seguras no galinheiro, mas tinham saído. Uma rápida investigação mostrou uma tragédia em andamento. Beethoven, o pequeno cachorro do vizinho, também tinha escapado do seu quintal e descia pela lagoa com Margarida na boca. Margarida era uma bonita galinha com um rabo de penas brancas. Connie salvou Margarida, mas era muito tarde. Sua preciosa galinha, agora com o pescoço mutilado, logo morreu nos braços de Connie. Ela sentou no quintal, segurando a ave morta e chorando.

Outra ave ficou profundamente transtornada. Um pato alto e branco, chamado Qua-quá viu Connie segurando Margarida e parece que entendeu que ela a matara. Então, nas semanas seguintes, sempre que via Connie, Qua-quá a atacava, beliscando dolorosamente as suas pernas com seu forte bico. Às vezes é difícil separar quem são os seus amigos e quem são os seus inimigos.

Nesta semana vamos estudar sobre um rei de Judá que também tinha este problema e procurar entender por que ele fez as escolhas erradas.


Domingo

Ano Bíblico: I Reis 3 e 4

Perigo do Norte (Isa. 7:1-9)

1. Que crise terrível o Rei Acaz enfrentou logo no início do seu reinado? II Reis 15:37 e 38; 16:5 e 6; Isaías 7:1 e 2

Os reinos de Israel do Norte (Efraim) e a Síria (Aram) conspiraram contra o país menor de Judá, no Sul. Isso aconteceu quando Judá estava enfraquecido pelos ataques dos idumeus e dos filisteus. No passado, Judá havia guerreado em aliança com Israel, mas uma aliança entre Israel e a Síria era um perigo considerável. Parece que Israel e a Síria queriam forçar Judá a participar com eles em uma coalizão contra o poderoso Tiglate-Pileser III, da Assíria (chamado "Pul" em II Reis 15:19), que continuava a ameaçá-los com seu império em expansão. Israel e a Síria puseram de lado a luta recíproca que existia há muito, devido a um perigo maior. Se pudessem vencer Judá e instalar ali um governo títere (Isa. 7:5 e 6), eles poderiam utilizar os seus recursos e seus soldados.

2. Qual foi a solução de Acaz quando viu seu mundo caindo? II Reis 16:7-9; II Crôn. 28:16

Em vez de reconhecer que Deus era o único amigo que podia salvá-lo e ao seu país, Acaz tentou fazer amizade com Tiglate-Pileser III, o inimigo dos seus inimigos. O rei assírio alegremente atendeu ao seu pedido de ajuda contra a Síria e Israel. Tiglate-Pileser não apenas recebeu um rico presente de Acaz, mas também obteve uma boa desculpa para tomar a Síria, o que fez prontamente (II Reis 16:9). O poder da aliança siro-israelita estava quebrado. No curto prazo, parecia que Acaz tinha salvo Judá.

Mas essa ação da parte de Acaz não deve nos surpreender. Ele já fora um dos piores reis que Judá tivera até aquele ponto (veja II Reis 16:3 e 4; II Crôn. 28:2-4).

Quando lemos quem era Acaz, é compreensível por que ele reagiu ao perigo dessa forma. Isso existe para nós em nível pessoal? Se não formos obedientes ao Senhor agora, o que nos faz pensar que teremos suficiente fé para confiar nEle quando vierem provas reais? (Veja Tiago 2:22; Jer. 12:5.)


Segunda

Ano Bíblico: I Reis 5 e 6

A mensagem junto ao aqueduto (Isa. 7:3-9)

Enquanto Acaz pesava suas opções políticas para enfrentar a ameaça de Israel e da Síria, Deus conhecia algumas coisas que ele não sabia. Por um lado, foi Deus que permitiu que aquela dificuldade viesse sobre ele a fim discipliná-lo e levá-lo à razão (II Crôn. 28:5 e 19). Além disso, embora o apelo a Tiglate-Pileser pedindo ajuda parecesse lógico e atraente do ponto de vista humano, Deus sabia que isso traria a linhagem de Davi, no reino de Judá, ao controle estrangeiro de que jamais conseguiria se recuperar.

3. Por que Deus disse que Isaías levasse consigo o seu filho, Um-Resto-Volverá? (Isa. 7:3)

Acaz ficaria surpreso quando Isaías o saudasse e apresentasse seu filho, chamado "Um-Resto-Volverá". Resto de quem? Volverá de onde? Sendo o pai do menino um profeta, o nome parecia ser uma mensagem sinistra de Deus de que o povo cairia em cativeiro. Ou se referia ao retorno a Deus no sentido de se arrepender? (O verbo "voltar" também tem o significado de arrependimento.) A mensagem de Deus para Acaz era: Significa o que você fizer significar! Abandone os seus pecados ou vá para o cativeiro, e do cativeiro só um remanescente voltará. A decisão é sua!

4. Como a mensagem de Deus atendia à situação do rei? Vs. 4-9

A ameaça da Síria e de Israel passaria, e Judá seria poupado. Os poderes que para Acaz pareciam enormes vulcões em erupção, à vista de Deus pareciam "dois tocos de tições fumegantes" (v. 4). Não havia necessidade de Acaz apelar para a Assíria pedindo ajuda.

Mas, a fim de tomar a decisão correta, Acaz precisava confiar em Deus e nas Suas promessas. Ele precisava crer a fim de permanecer (v. 9). As palavras para "crer" e "permanecer" são da mesma raiz hebraica, da qual também vem a palavra "verdade" (aquilo que é confiável) e a palavra "Amém" (afirmando que é verdadeiro/confiável). Acaz precisava ser seguro a fim de estar seguro; precisava confiar a fim de ser confiável.


Terça

Ano Bíblico: I Reis 7 e 8

Outra oportunidade (Isa. 7:10-13)

Acaz não respondeu ao chamado de Isaías pela fé. Então, Deus deu misericordiosamente ao rei outra oportunidade, dizendo-lhe para pedir um sinal quer "embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas" (v. 11). Aqui está um dos maiores convites à fé jamais feitos a um ser humano. Ao contrário das loterias ou jogos de azar, Deus não colocou nenhuma restrição em letra miúda. Deus nem mesmo limitou Sua oferta à metade do Seu reino, como os governantes humanos faziam quando chegavam ao limite da sua generosidade (compare Ester 5:6; 7:2; Mar. 6:23). Ele estava pronto e disposto a esvaziar todo o Céu e a Terra a um rei mau se ele tão-somente cresse! Como sinal, Acaz poderia ter pedido uma montanha de ouro ou soldados tão numerosos quanto os grãos de areia junto ao Mediterrâneo.

5. Por que Acaz respondeu daquele modo? (v. 12)

À primeira vista, a resposta de Acaz parece piedosa e respeitosa. Ele não poria Deus à prova, como os israelitas fizeram séculos antes, no deserto (Êxo. 17:2; Deut. 6:16). Mas a diferença era que Deus havia convidado o rei para pô-Lo à prova (compare Mal. 3:10). Tomá-Lo por Seus dons excessivamente generosos iria agradar-Lhe, não provar a Sua paciência. Mas Acaz não estava disposto nem a permitir que Deus o ajudasse a crer. Fechou e trancou a porta do coração para não deixar entrar fé.

6. O que significa "fatigar a Deus"? É possível levar Deus à exaustão? Isa. 7:13

Isaías assinalou que ao recusar pôr Deus à prova, exteriormente com o objetivo de não cansar a Deus, Acaz estava, na realidade, cansando a Deus. Mas o aspecto mais perturbador deste verso é o fato de que Isaías se referiu aqui ao "meu Deus", em um claro contraste com o verso 11, onde o profeta ofereceu que o rei pedisse um sinal do Senhor "seu Deus". Quando Acaz recusou o oferecimento divino, impediu o Senhor de ser o seu Deus. O Senhor era o Deus de Isaías, mas não o de Acaz.


Quarta

Ano Bíblico: I Reis 9 e 10

O sinal de um Filho (Isa. 7:14)

O oferecimento de um sinal "quer seja embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas" (v. 11) não comoveu Acaz. Então, se Deus disse que Ele próprio daria um sinal (v. 14), podemos esperar que esse sinal tivesse dimensões empolgantes, que só a imaginação divina poderia criar (compare Isa. 55:9; I Cor. 2:9).

Surpresa! O sinal é um filho. Mas como uma jovem dando à luz um filho e chamando-O de "Emanuel" poderia ser um sinal de proporções bíblicas?

7. Quem é a mulher e quem é o seu Filho?

Aqui estão alguns dos cumprimentos possíveis, com base só no Antigo Testamento:

1. Porque a palavra hebraica para "mulher jovem" se refere a uma jovem em idade de casar-se, muitos acreditam que era uma mulher casada que vivia em Jerusalém, talvez a esposa de Isaías. Isaías 8:3 registra o nascimento de um filho seu com a "profetisa" (referindo-se à sua esposa, cujas mensagens proféticas consistiam, pelo menos, nos seus filhos; compare com Isa. 7:3; 8:18). Porém, este filho era chamado Um-Resto-Volverá (Isa. 8:1-4), e não Emanuel. Não obstante, os sinais dos dois meninos são semelhantes no sentido de que antes que eles alcançassem a primeira fase em que pudesse escolher o bem ou o mal, a Síria e Israel do Norte seriam desamparados (Isa. 7:16; 8:4).

2. Alguns sugerem que Emanuel era Ezequias, o filho de Acaz, que se tornou o próximo rei. Mas em nenhum lugar o nome de Emanuel é aplicado a ele.

3. Emanuel é um tanto misterioso; e seu nome, comumente traduzido como "Deus conosco" se refere à presença de Deus. Esse personagem poderia ser o mesmo Filho especial profetizado em Isaías 9 e 11. Neste caso, a descrição exaltada de Emanuel como um Ser divino (Isa. 9:6) ultrapassa tudo o que poderia ser atribuído até mesmo ao bom Rei Ezequias.

4. Um nascimento natural de uma mulher solteira em idade de casamento traria à luz um filho ilegítimo como resultado de uma promiscuidade ilegal (veja Deut. 22:20 e 21). Por que Deus haveria de Se referir a essa criança como um sinal para inspirar fé?

Em contraste, o Novo Testamento identifica Jesus como Emanuel (Mat. 1:21-23), nascido miraculosamente e com pureza de uma virgem solteira mas noiva. Jesus também é o Filho divino (Isa. 9:6; Mat. 3:17) e o "rebento" e a "raiz" de Jessé (Isa. 11:1 e 10; Apoc. 22:16). Talvez um "Emanuel" anterior cujo desenvolvimento tivesse provado a Acaz a oportunidade do cumprimento profético, tenha servido como precursor de Cristo. Não sabemos. Mas sabemos o que precisamos conhecer: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gál. 4:4), para nos dar a presença de Deus conosco.


Quinta

Ano Bíblico: I Reis 11 e 12

"Deus Conosco"! (Isa. 7:14)

Como o nome dos filhos de Isaías (Shear-jashub, "Um-Resto-Volverá", e Maher-shalal-hash-baz, que significa "Rápido-Despojo-Presa-Segura"), o nome de Emanuel tem um significado. É literalmente "Deus conosco". Mas a tradução comumente aceita – "Deus conosco" – perde alguma coisa importante. Como acontece com outros nomes hebraicos deste tipo, onde falta o verbo, o verbo "ser" deve ser acrescentado, porque não é expresso em hebraico. Então, Emanuel deve ser traduzido como "Deus é conosco" (compare as mesmas palavras em Isa. 8:10) assim como o nome "Jesus" (no grego, e o nome Yehoshua abreviado no hebraico, ou Josué) significa "O Senhor é salvação", onde o verbo é acrescentado novamente (compare Isaías, que significa "salvação do Senhor").

Mas o nome "Emanuel" não é apenas uma descrição abstrata; é a afirmação de uma promessa que se cumpre agora: "Deus é conosco"!

8. Qual é o significado da promessa de que Deus é conosco?

Não existe certeza e conforto mais forte. "Deus não promete que Seu povo não terá sofrimento e dor, mas promete estar com ele. O salmista diz: ‘Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam’ (Sal. 23:4).

"Deus diz: ‘Quando passares pelas águas, Eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti’ (Isa. 43:2).

"Onde estava o Senhor quando os babilônios lançaram os três amigos de Daniel no fogo? Com eles (Dan. 3:23-25). Esses três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, caíram amarrados dentro da fornalha ardente. E onde estava o Senhor no tempo da angústia, quando Jacó lutava até a alvorada? Nos braços de Jacó, tão próximo como podia estar (Gên. 32:24-30).

"Mesmo quando o Senhor não aparece em forma física na Terra, Ele acompanha as experiências de Seu povo. Onde estava o Senhor quando a turba condenou Estêvão? ‘Em pé, à direita de Deus’ (Atos 7:55, NVI). Mas quando subiu ao Céu, Jesus ‘assentou-Se à direita da Majestade, nas alturas’ (Heb. 1:3). Por que Ele Se levantou quando Estêvão estava em apuros, pronto a sofrer o martírio do apedrejamento? Como Morris Venden disse: ‘Jesus não iria assistir àquela cena assentado!’" – Roy Gane, God’s Faulty Heroes, pág. 66.


Sexta

Ano Bíblico: I Reis 13 e 14

Estudo adicional

"‘Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).’ Mat. 1:23. O brilho do ‘conhecimento da glória de Deus’ vê-se ‘na face de Jesus Cristo’. Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’. Foi para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo. Veio à Terra entenebrecida pelo pecado, para revelar a luz do amor de Deus, para ser ‘Deus conosco’. Portanto, a Seu respeito foi profetizado: ‘Será o Seu nome Emanuel’ Isa. 7:14." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 19.

"Quão bom teria sido para o reino de Judá tivesse Acaz recebido esta mensagem como do Céu. Mas escolhendo apoiar-se no braço de carne, buscou ajuda de pagãos. Em desespero ele enviou uma mensagem a Tiglate-Pileser, rei da Assíria: "Eu sou teu servo e teu filho; sobe, e livra-me das mãos do rei da Síria, e das mãos do rei de Israel, que se levantam contra mim". O pedido foi acompanhado de um rico presente tirado do tesouro do rei e das reservas do templo." – Ellen G. White, Profetas e Reis, pág. 329.

Perguntas para consideração:

1. Quando você está no processo de tomar uma decisão, é apropriado pedir um sinal a Deus? Que perigos pode haver em fazer assim?

2. É bom ter a ajuda humana, mas como reconhecer os limites?

3. O escritor russo Léon Tolstoy certa vez escreveu a um amigo: "Depois que o homem percebeu que a morte é o fim de tudo, não existe nada pior do que a vida." Como nosso conhecimento de que "Deus está conosco" responde a essa declaração?


Auxiliar e Comentários Adicionais

Esboço

Texto-chave: Isaías 7

Objetivos

  1. Demonstrar a disposição de Deus para revelar-Se.

  2. Aplicar o processo de Deus à tomada de decisões de hoje.

Esboço

I. Visão humana ou visão celestial (Isa. 7:1-13)

A. Não é sábio consultar a sabedoria humana contra a sabedoria de Deus. O pedido de ajuda deveria ter sido dirigido a Deus.

B. A falsa devoção e humildade de Acaz ao recusar o convite de Deus para pedir um sinal demonstra falta de fé.

II. O que há em um nome? (Isa. 7:3, 14-25)

O nome Shear-jashub significa "Um Remanescente Voltará". Se significava voltar para Deus naquele momento ou depois do cativeiro, dependia grandemente da decisão de Acaz.

II. Emanuel significa "Deus está conosco"

A. Apesar de incredulidade e rejeição, Deus está presente ativamente em nossa vida.

B. Não importa qual seja a nossa experiência, Deus promete estar sempre conosco.

Resumo:

Como um povo de fé, somos chamados a tomar decisões de acordo com a vontade de Deus. Em Sua bondade, Ele nos revela a Sua vontade. Precisamos abrir o coração e ouvir com discernimento, em vez de depender do que é mais aparente no mundo que nos cerca.

Introdução: Quando o mundo está caindo

Apesar do nosso orgulho, Deus nos envia raios da luz do evangelho, acompanhados de revelações proféticas destinadas a penetrar o espesso escudo de incredulidade e ignorância. Ele revela o caminho da vida que dispersa a indiferença e o desespero.

I. Rei fraco, inimigos ambiciosos

Acaz abriu o caminho para a ruína nacional através de uma administração moralmente falida (veja II Crôn. 28; I Ped. 3:12). Esperando impedir uma invasão das forças aliadas da Síria e de Israel do Norte, ele pediu a ajuda de Tiglate-pileser, rei da Assíria. A ambição dos assírios pela conquista logo os levou a voltarem a atenção para Judá. É um engano quando o povo de Deus busca amizade com o mundo para a preservação ou avanço dos Seus propósitos (veja II Cor. 6:14-18, Gál. 4:6-9, Tiago 4:4, I João 2:14-16).

II. Conquistadores aproximando-se, Libertador prometido

Deus enviou Isaías a Acaz para assegurar-lhe de que se voltasse a ser fiel, ele não precisaria temer a aliança siro-efraimita, e de que dentro de 65 anos Israel deixaria de ser uma nação (veja Isa. 7:4-7 e 9; compare II Crôn. 20:20). Enquanto isso, Deus estava disposto a ser a defesa de Judá. Mas tendo contaminado sua consciência, o rei temia o envolvimento de Deus. Ainda assim, Deus ofereceu dar a Acaz um sinal da Sua intervenção. Quando recusou o sinal, Acaz estava rejeitando a autoridade divina da mensagem de Isaías. Também revelou a indisposição hipócrita do rei em atender às condições necessárias para receber a proteção divina.

No entanto, Deus não foi afastado muito facilmente da corte. O trono era o Seu estrado. Olhando além do registro dos fracassos humanos, Ele prometeu o Messias que redimiria a raça caída e estabeleceria Sua paz e justiça. Esta é uma profecia primorosa, revelada em um ambiente espiritualmente hostil. Contraste com a recepção que Cristo obteve dos líderes religiosos da Judéia durante Sua vida na Terra. A história da resistência de Israel à misericórdia de Deus é ilustrada em Neemias 9, Salmo 78 e Atos 7. Bem poderíamos aprender desse registro de fracasso (veja I Cor. 10:11 e 12).

III. Libertação por um Menino

A profecia de Isaías, dada na presença de um rei não receptivo, ampliou a raiz de toda a esperança da humanidade e a base de toda profecia. Uma Criança haveria de nascer. Isso foi o que Deus revelou a Adão e Eva no dia da sua rebelião (veja Gên. 3:15). Haveria de nascer uma Criança que esmagaria a cabeça da serpente. Um Menino nasceria como rei eterno de Israel (Sal. 89:25-29). Um Filho nasceria, mais elevado do que os reis da Terra, mas submisso e humilde de coração. Um Filho seria dado para abençoar todos os que pusessem sua confiança nEle (veja Sal. 2:7, 8 e 12). Esse Filho permaneceria com Seu povo nas mais duras provas e transformaria as chamas da perseguição em holofotes para a Sua glória (veja Dan. 3:24 e 25).

IV. Deus em vestes humanas

Leia Isaías 7:14. Este verso apresenta a eternidade em miniatura e é um selo que autentica toda profecia Messiânica. Alguns estudiosos têm questionado a tradução da palavra hebraica alma como "virgem". Eles argumentam que alma significa simplesmente uma mulher jovem. Mas sua objeção é destruída pela autoridade divina das Escrituras, que citam o texto nos tempos do Novo Testamento com clareza inconfundível: "Eis que a virgem [parthenos, no grego, que significa exclusivamente ‘virgem’] conceberá e dará à luz um Filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco)" (Mat. 1:23).

O nascimento de Cristo foi tão singular quanto a Sua missão. Como o Unigênito (monogenes, no grego) do Pai (João 1:14 e 18), Ele foi concebido pela implantação da semente da vida pelo Espírito Santo em uma jovem virgem israelita profundamente dedicada a Deus. Deste modo, Jesus era Deus manifesto em carne, participando da nossa natureza (I Tim. 3:16).

"Jesus deixou as cortes reais do Céu, pôs de lado Sua própria glória e revestiu Sua divindade com humanidade, a fim de Se pôr em íntimo contato com a humanidade, e por preceito e exemplo elevá-la e enobrecê-la, e restaurar na alma humana a perdida imagem de Deus." – Ellen G. White, Temperança, pág. 40. Em Hebreus 10:5-10, aprendemos que Deus preparou um corpo para Jesus, para que Ele fosse o sacrifício todo-suficiente para nos redimir dos pecados.

Alguns textos, como Romanos 1:3 e 4; 8:1-4; Hebreus 2:9-18; 4:14-16; 5:5-9; 7:24-28 e 9:24-28 refletem como Cristo Se identifica perfeitamente com a natureza humana, visando a nossa redenção. Essas passagens pedem um estudo cuidadoso e reverente, mas não são combustível para debate teológico. Na verdade, Jesus é Deus conosco e o perfeito modelo humano enquanto participava da nossa natureza.

Estudo Indutivo da Bíblia

Textos: Gênesis 29:15-30; 37:23–41:46; Deuteronômio 4:31; Salmo 27:14; Atos 16:19-40; II Coríntios 4:8-10; Hebreus 13:5 e 6

1. Freqüentemente as pessoas clamam por mudança nas circunstâncias – para as suas dificuldades desaparecerem. Mesmo como cristãos, às vezes oramos: "Senhor, remove isso de mim" ou: "Por favor, não me deixes passar por isso." Mas é por meio dessas crises que a nossa fé pode ser fortalecida. Deus prometeu estar conosco quando as dificuldades não nos deixam, e a dor do nosso sofrimento (físico, financeiro, espiritual ou emocional) é grande. Examine o compromisso de Deus com essa promessa nos seguintes versos: Deut. 4:31; Sal. 27:14; II Cor. 4:8-10; Heb. 13:5 e 6. Peça que a classe mencione exemplos da proximidade de Deus nos tempos problemáticos de sua vida.

2. Sempre que sentimos o nosso mundo desmoronando ao nosso redor, é grande a tentação de ficar desanimados ou chorar por nós mesmos. Barganhamos com Deus e fazemos promessas que nunca poderemos cumprir. "Se me ajudares, eu..." Muitas vezes, entramos em maiores dificuldades quando contamos conosco mesmos ou com outra pessoa, em lugar esperar em Deus. Que conselho encontramos no Salmo 27:14? Como podemos ainda ter alegria quando esperamos que o Senhor nos guie nas provações? Recapitule as histórias de Sara e Hagar (Gên. 16 e 21); Jacó (Gên. 29:15-30); José (Gên. 37:23–41:46); Paulo e Silas (Atos 16:19-40). Que outros exemplos sua classe pode mencionar?

3. Que textos do Novo Testamento revelam o encorajamento de Cristo para suportarmos as provas e tentações? Que bem pode vir dessas dificuldades? Tiago 1:2 e 3. O que Tiago 1 revela sobre a fonte das nossas provações, o caminho de escape e as recompensas da fidelidade?


Testemunhando

Você se lembra da primeira vez em que se colocou na borda da piscina e sua mãe ou pai estender os braços e dizer: "Pule! Papai vai pegar você!"? Ou se lembra da primeira vez em que tomou o assento do motorista com um de seus pais ao lado enquanto tentava fazer uma baliza e estacionar? Em qualquer situação, você cria que podia confiar nos seus pais.

Se Deus é nosso Pai celestial, seria sábio colocar nossa confiança nEle. "Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor" (Sal. 27:14).

O tempo de Deus para atender nossas preocupações e necessidades não é sempre fácil de entender. Às vezes é extremamente difícil ter paciência enquanto ouvimos a voz quieta e mansa de Deus. Por ser a natureza humana o que é, freqüentemente cremos que sabemos melhor do que Deus como "consertar" uma situação. Mas, como a nossa lição nos ensinou nesta semana, avançar sem Ele só pode levar ao desastre.

O rei Acaz, ao saber que o seu reino estava ameaçado, voltou-se para a intervenção humana em lugar de confiar em Deus para libertá-lo. Vez após outra, Isaías tentou convencer Acaz a confiar nAquele que nunca falha. Infelizmente, Acaz escolheu não ouvir. Embora fosse livre para fazer aquela escolha, esse ato lhe custou a salvação.

Na próxima semana, procure uma oportunidade para guiar alguém que esteja em crise. Explique a essa pessoa como só Deus pode ajudar a compreender que o Seu caminho é o único!


Aplicações à vida diária

Ponto de Partida:

Esta fábula já é bastante conhecida: Certa noite, um homem sonhou que estava caminhando com Deus ao longo da praia. No céu, podiam ser vistas as cenas da sua vida. Na maioria das cenas, ele notava as suas pegadas e as de Deus. Porém, nas cenas que descreviam os momentos mais negros da vida, ele notava só um par de pegadas. Quando ele perguntou sobre isso, Deus respondeu: "Aqueles foram os momentos em que Eu carreguei você!" Em suas necessidades, como Deus lhe respondeu? Você está disposto a aceitar a Sua guia, ou costuma insistir em fazer tudo sozinho? Na lição desta semana, vamos ver os trágicos resultados de se recusar a ajuda de Deus nos momentos de maior necessidade.

Pergunta para consideração:

1. O dicionário define a palavra ‘salto’ como "movimento com que [alguém] se eleva do solo para vencer uma distância". ... O dicionário descreve a palavra ‘fé’ como uma adesão e anuência pessoal a Deus, Seus desígnios e manifestações... . Convicção firme em alguma coisa para a qual não existe prova... . Confiança completa. Se ligarmos estas definições, veremos que a confiança em Deus, especialmente quando não existe qualquer prova, permite que saltemos livres para cobrir uma grande distância. Talvez um dos maiores atos de fé registrados na Bíblia esteja em Êxodo 14. Aqui, Deus instrui Moisés a estender a vara sobre o Mar Vermelho para separar as águas, a fim de que os filhos de Israel pudessem atravessar em terra firme. Com esses milagres como parte da sua herança, por que Acaz e o povo perderam a fé? Em que aspectos a situação deles era diferente das anteriores provas de fé?

Perguntas de aplicação:

1. O temor é uma resposta humana básica. Mas por que o temor nem sempre é negativo? Como Satanás usa o temor para reduzir a influência de Deus em nossa vida? Reflita em pessoas suas conhecidas que venceram o temor. Conte quais foram os resultados positivos da sua experiência.

2. Leia Hebreus 11:1-3. Peça que os membros da sua classe relatem como estes versos os ajudaram a crescer na experiência com Deus.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

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