Lição 5
24 a 31 de janeiro

Fé genuína

Lição 512004 - Fé genuína


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Êxo. 21–23

VERSO PARA MEMORIZAR: "Vai, disse-lhe Jesus; teu filho vive. O homem creu na palavra de Jesus e partiu" (João 4:50).

LEITURA DA SEMANA: João 4:43-54.

PENSAMENTO-CHAVE: Quando conhecemos Jesus, Ele nos desafia a reavaliar toda a nossa vida, até mesmo a idéia que fazemos de nós mesmos.

NESTA LIÇÃO VAMOS CONHECER um homem cuja fé em Jesus era suficiente para levá-lo a viajar 25 quilômetros a fim de procurar Jesus e pedir-lhe que curasse o seu filho. À primeira vista, nós o chamaríamos de homem de fé. Mas Jesus classificou a fé desse homem como aquele tipo que só está buscando sinais e maravilhas. Jesus mostrou que a fé dele não era o que parecia ser.

O coração humano é enganoso por natureza (Jer. 17:9). Mesmo com a melhor das intenções, às vezes nos enganamos e aos outros. Mas João conta a história de Alguém que não só vê além da nossa auto-estima, compreendendo nossa verdadeira necessidade, como nos ajuda a ter um conhecimento mais pleno e mais profundo tanto de nós mesmos como de Deus, por meio da Sua Palavra.

Nesta lição, vamos examinar uma parábola viva dAquele cuja palavra é tão eficaz quanto o Seu toque. No processo, vamos compreender mais claramente como possuir uma fé cristã mais autêntica.


Domingo

Ano Bíblico: Êxo. 24–27

Sem honras em casa – João 4:43-45

Esta passagem faz a transição entre a história da mulher de Samaria e a história de um oficial romano na Galiléia, que procurou Jesus em favor de seu filho. É uma passagem surpreendente na qual, à primeira vista, duas afirmações separadas parecem se contradizer.

1. Que provérbio Jesus tinha em mente quando Se aproximava da Sua província natal? João 4:43 e 44. Na sua opinião, por que João mencionou esse provérbio? Como os galileus reagiram à chegada de Jesus, e por quê? João 4:45.

Ao aproximar-se da Galiléia, Jesus estava consciente de que "um profeta não tem honras na sua própria terra"; mas os galileus O receberam. No original, a palavra ‘assim’ ocorre no princípio do verso 45, sugerindo que o verso 45 é o resultado natural do verso 44: "Um profeta não tem honras na sua própria terra. Quando Jesus chegou à Galiléia, portanto, os galileus O receberam!" As boas-vindas dos galileus de alguma forma era "sem honra" para Jesus.

2. Como podemos explicar o que acontecia? João 4:45; João 2:23-25.

A resposta de boas-vindas dos galileus é semelhante à dos judeus, que mostraram fé em Jesus porque viram milagres e sinais. Os galileus achavam que estavam recebendo a Jesus de modo positivo. Mas um entusiasmo motivado só por milagres não é honra. Os galileus provaram ser um povo que se entusiasmava por milagres e ações espetaculares mas que era lento para crer nas palavras de Jesus. Seu entusiasmo por Jesus tinha maior motivação no egoísmo do que na fé em quem Ele era.

Provavelmente, todos nós podemos ter alguns motivos egoístas para nossa fé (afinal, por que queremos a salvação, se não for para tirar algum benefício?). Nossos motivos sempre devem ser puros em nossa experiência cristã? Deus ainda pode trabalhar com pessoas que têm motivos não exatamente nobres?


Segunda

Ano Bíblico: Êxo. 28 e 29

É difícil ser real – João 4:46-49

Como acontece neste Evangelho, essa nova história tem a função de uma parábola viva, demonstrando a veracidade da declaração antiga. A problemática recepção dos galileus a Jesus (João 4:43-45) é ilustrada pela história de um oficial do rei que cria em Jesus mas tinha dificuldade para expressar sua fé (v. 46).

3. Que problema o oficial do rei trouxe a Jesus, e o que ele queria que Jesus fizesse? João 4:47 e 49.

4. Onde Jesus e o oficial do rei viviam? João 2:12; 4:46.

Jesus e o oficial do rei provavelmente haviam crescido como vizinhos em uma cidade muito pequena (Cafarnaum não media mais do que uns 100 metros). A hesitação entre fé e dúvidas do homem ilustra bem a dificuldade do profeta em encontrar honra em sua casa.

5. Como Jesus respondeu ao primeiro pedido do oficial do rei? João 4:48. Uma parte do problema não era que ele tinha visto sinais e maravilhas mas não tinha uma fé verdadeira.

A resposta inicial de Jesus indica que, à semelhança de Nicodemos antes dele, o homem era um exemplo de fé inadequada. Parece que os galileus em geral receberam a Jesus exteriormente, mas na realidade não criam nEle (João 4:43-45). Os milagres que Jesus operou realmente podem ter se tornado pedras de tropeço, impedindo uma verdadeira apreciação de Jesus.

Sendo Ele mesmo um galileu, o oficial do rei era confrontado com a realidade de sua fé parcial e inadequada. Ele não estava se apoiando na palavra de Jesus mas exigiu evidência física antes de crer. Ele ficou surpreso ao descobrir que não podia esconder sua incredulidade de Jesus (lembre-se do tema de João 2:23-25; Jesus sabe!). Percebendo que poderia perder tudo por causa da incredulidade, ele finalmente lançou-se aos pés de Jesus em desespero.


Terça

Ano Bíblico: Êxo. 30 e 31

O caminho para a fé – João 4:50-54

6. O que Jesus disse em resposta ao segundo e mais desesperado pedido do homem, e como o oficial do rei reagiu? João 4:50.

"O nobre deixou a presença do Salvador com uma paz e alegria que nunca dantes experimentara. Não somente crera que seu filho seria restabelecido, mas com firme confiança esperou em Cristo como o Redentor." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, págs. 198 e 199.

A palavra surpreendente que Jesus disse ao homem é que Ele não precisava ir até Cafarnaum; Jesus pode curar a grandes distâncias. Esta é uma parábola viva da mensagem do Evangelho para os cristãos de segunda geração, ensinando que a palavra de Jesus é tão poderosa quanto o Seu toque. Ele não precisa estar presente fisicamente para atender a qualquer necessidade.

A segunda declaração de Jesus foi a parte final que levou fé ao oficial do rei. Ele se apegou à palavra de Cristo e creu. Mas a fé trouxe consigo uma prova. Ele haveria de agir de acordo com sua fé recém-descoberta? Iria para casa crendo que seu filho viveria, ou continuaria a suplicar que Jesus fosse com ele para casa e tocasse o menino? As ações dele demonstram sua nova fé.

7. Que relação existe entre fé e obras? Isa. 58:1-12; João 15:5; Tiago 2:22.

Era cerca de uma hora da tarde quando o oficial do rei encontrou Jesus. Se se apressasse na descida (Caná está a cerca de seiscentos metros acima de Cafarnaum, a 25 quilômetros de distância) ele poderia ter chegado de volta a Cafarnaum naquela noite (veja O Desejado de Todas as Nações, pág. 199). Pode-se pensar que ele teria se apressado de volta para casa a fim de ver se seu filho na verdade estava curado. Mas o fato de que os servos foram enviados para procurá-lo no dia seguinte indica que ele demorou para partir de volta para casa, parando em algum lugar para dormir. O homem não apenas voltou para casa à ordem de Jesus; ele fez isso indicando que aceitava completamente a palavra de Jesus. A evidência da fé é a ação. Se a única razão para ele se apressar era a preocupação por seu filho, o retorno deliberado era a expressão viva de sua confiança na palavra de Jesus.


Quarta

Ano Bíblico: Êxo. 32 e 33

Solução para os problemas da vida – Rom. 10:17; Heb. 11

8. De acordo com Paulo, como a fé vem à pessoa? Rom. 10:17.

A fé veio ao oficial do rei quando ouviu a própria palavra de Jesus. Para os cristãos de segunda geração, a fé vem quando a palavra de Cristo é lida ou apresentada oralmente pelos que nos trazem essa Palavra escrita.

Sob a superfície da história em João 4 está a solução divina para os problemas da vida. A história começa em um ponto de necessidade. O filho do oficial do rei estava morrendo. Quando ouviu que Jesus estava próximo, o oficial não se demorou em casa esperando que acontecesse algo bom; ele levou seu problema diretamente a Jesus. Ele acreditava que se Jesus o acompanhasse de volta a Cafarnaum, Seu toque removeria a enfermidade que ameaçava a vida do seu filho.

Mas Jesus o surpreendeu dizendo que não precisava viajar a Cafarnaum; Ele podia curar mesmo à distância. Sua palavra é tão boa quanto Seu toque. O homem não só tomou Jesus pela palavra; suas ações a partir daquele momento foram uma demonstração de fé na palavra de Jesus.

9. Leia Hebreus 11 e diga como podemos aplicar a fé aos problemas de nossa vida hoje.

Quatro passos parecem emergir para atender aos nossos problemas cotidianos. (1) Saiba que você tem um problema. Isso não é tão simples mas será mais discutido na lição de quinta-feira. (2) Leve seu problema a Jesus em oração. (3) Receba a palavra de que sua necessidade foi atendida. As palavras de Jesus para nós são encontradas na Bíblia. Se quisermos ouvir essa palavra, precisamos conhecer a Palavra. É por isso que o estudo contínuo da Bíblia é importante. (4) Fale e aja de acordo com a resposta de Deus. Não é suficiente ouvir a Palavra. A Palavra se torna real quando agimos em conformidade e quando contamos aos outros sobre nossa fé. A verdadeira fé tem como resultado uma ação correspondente.

Mas, e se formos como o oficial do rei? E se a nossa convicção estiver misturada com a incredulidade? E se tivermos dúvidas? Esta história sugere que as dúvidas precisam ser confrontadas com palavras de fé e ação. Pegue a Deus pela palavra. Faça o que a Bíblia diz e a fé virá.


Quinta

Ano Bíblico: Êxo. 34–36

Passos para a autenticidade

10. Qual é a condição natural do coração humano? Jer. 17:9. Qual é o problema fundamental de Laodicéia? Apoc. 3:17. Como esses dois fatores trabalham juntos contra nós?

"Como um jato de luz, as palavras do Salvador ao nobre lhe desnudaram o próprio coração. Viu que seus motivos em buscar a Jesus eram egoístas. Sua vacilante fé apareceu-lhe em seu verdadeiro caráter."O Desejado de Todas as Nações, pág. 198.

O oficial do rei não conhecia as profundezas da sua incredulidade até que foi confrontado diretamente por Jesus. Muitas vezes nós também estamos inconscientes da nossa pecaminosidade e incredulidade. Somos como Laodicéia, a igreja do Apocalipse que tinha um conceito de si mesma que não correspondia à realidade (Apoc. 3:17). Como pode você trazer um problema a Jesus quando seu coração o está enganando, quando você nem mesmo sabe que tem um problema?

O caminho mais eficaz para a verdadeira autenticidade diante de Deus é um encontro devocional com Ele. (1) Por meio do estudo da Bíblia descobrimos que Deus trabalha com pessoas reais, que cometem erros, como Davi, Pedro e Nicodemos. Não precisamos ter medo de Lhe confessar os pecados e problemas; Ele já os conhece. E descobrimos que Ele não abandona as pessoas que cometem erros. Então, criemos coragem para sermos verdadeiros com Deus.

(2) Pela oração, procuramos ser verdadeiros com Deus. Deus prefere que sejamos totalmente honestos com Ele em oração. Jesus era assim. "Por que Me abandonaste?" Se Jesus podia ser honesto a esse ponto com Deus, não pode ser pecado para nós! Deus quer ouvir nossas necessidades mais profundas, nossos sentimentos mais profundos, sim – até a nossa ira.

(3) Fazendo um diário espiritual, podemos concentrar-nos melhor no estudo da Bíblia e nas orações. O processo de escrever ajuda-nos a aprofundar a auto-compreensão que freqüentemente não alcançamos sem ele.

(4) A responsabilidade diante de outras pessoas pode ampliar a noção da nossa responsabilidade para com Deus. Os cristãos autênticos normalmente podem apontar para pessoas específicas que os entendem e os amam e com quem podem compartilhar francamente suas preocupações com relação à qualidade de seu comportamento.

Por meio de exercícios como os mencionados acima, podemos obter uma consciência mais precisa das barreiras que criamos contra Deus em nossa vida.


Sexta

Ano Bíblico: Êxo. 37 e 38

ESTUDO ADICIONAL

Muitos ficam perturbados com a idéia de que terão de prestar contas. Acham que devemos levar tudo a Deus em oração (Ellen G. White, Caminho a Cristo, pág. 119). Embora Ellen G. White tenha feito declarações que apóiam esse conceito, ela também destaca a importância de ser responsáveis para com outros cristãos.

"É seu dever buscar o conselho dos irmãos. Pode isso ferir o seu orgulho, mas a humildade de uma mente ensinada pelo Espírito Santo levará a ouvir o conselho e banirá toda a confiança própria." – Ellen G. White, Testemunhos para Ministros, pág. 315. "Quando o coração dos homens é abrandado e subjugado pela influência constrangedora do Espírito Santo, dão ouvidos ao conselho; mas quando viram as costas à admoestação até que seus corações se tornem endurecidos, o Senhor lhes permite serem levados por outras influências." – Ellen G. White, Profetas e Reis, pág. 425. "Existem pessoas perplexas pela dúvida, opressas pelas fraquezas, débeis na fé, incapazes de apegar-se ao Invisível; mas um amigo a quem podem ver, indo ter com eles em lugar de Cristo, pode ser um elo para firmar-lhes a trêmula fé no Filho de Deus."O Desejado de Todas as Nações, pág. 297.

RESUMO: Jesus voltou para a Galiléia e encontrou um povo que só tinha fé nEle por causa da Sua capacidade de operar milagres. Usando o exemplo do oficial do rei, o autor do Evangelho expõe o vazio de uma fé assim e aponta o caminho para a fé verdadeira. Pelas palavras de Jesus, obtemos uma compreensão mais autêntica da nossa própria pecaminosidade e das barreiras que erguemos para evitar a intimidade com Deus. Mas quando é expressa ativamente em palavras e atos, a fé nos habilita a buscar as soluções para os problemas da vida que Deus nos oferece em Sua Palavra.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

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