Lição 7

8 a 13 de fevereiro

O sagrado no comum

Lição dos jovens 712004


"O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que Eu lhes disse são espírito e vida" (João 6:63).

Prévia da semana: Em João 6, Jesus procurou comunicar Sua missão apesar de contínua incompreensão. Em conjunto, os três eventos registrados neste capítulo nos ensinam a necessidade de perceber o sagrado em meio ao comum, aprender como manter uma relação viva com Aquele que Se torna real para nós no curso da vida diária.

Leitura adicional: João 6; Caminho a Cristo, págs. 67-75


Domingo, 8 de fevereiro

Introdução
APENAS COMIDA?

1. Que lições podem ser tiradas da história da alimentação dos cinco mil? Que esperança essa história oferece? O que ela lhe diz sobre Deus? João 6:1-13

João deixou claro que muitos dos que tinham seguido a Cristo estavam ali só por causa dos milagres que tinham visto (v. 2) e não por qualquer profunda convicção espiritual de que este era o Messias ou que Ele poderia trazer libertação espiritual. Não obstante, o Senhor ainda trabalhava em seu favor. O que isso nos diz sobre a maneira como devemos ser para com os que não têm uma vida espiritual como deveriam?

2. Embora tenha multiplicado os peixes e os pães (o milagre), Cristo não os entregou milagrosamente para a multidão. Como a comida foi distribuída e recolhida? Que lição existe aí para nós? João 6:10-12 

Alguns anos atrás, fui convidada para um casamento formal. Embora na época aquela moça e eu não fôssemos muito íntimas, havíamos sido amigas de infância. A julgar pelo fato de que ela havia subido na escala social, eu sabia que muitas pessoas importantes e elegantes estariam presentes. Mas eu não tinha a mínima idéia do que usar! Não é que eu não tivesse nada adequado em meu guarda-roupa; é simplesmente que eu não queria ser a "convidada feia". Então resumi minhas opções a dois vestidos – vermelho extravagante e marfim passivo.

Durante dias fiquei tentando decidir que vestido usar. Até pedi a opinião de outras amigas e recebi todo tipo de resposta. Uma moça me disse que era indelicado usar qualquer cor semelhante ao branco num casamento, porque era como roubar a atenção da noiva. Eu já estava para sair correndo para comprar algo novo quando decidi orar sobre o assunto.

Na tarde do casamento, fui ao meu guarda-roupa e com forte convicção escolhi o vestido marfim. É desnecessário dizer que me encaixei perfeitamente no meio da multidão. Todas as outras mulheres presentes pareciam estar usando algo bem semelhante à minha escolha. Compreendi quão terrível teria sido minha aparência se eu tivesse decidido usar meu vestido vermelho extravagante.

A lição que aprendi? Jesus está interessado em nossas situações diárias aparentemente insignificantes. Demasiadas vezes achamos que Ele está ocupado demais para ser incomodado com nossas pequenas necessidades, ou talvez, como os discípulos, às vezes somos autoconfiantes demais para buscar Sua direção.

Precisamos compreender que Jesus deseja ser incluído em nosso cotidiano. Muitas vezes nossa vida devocional se torna cheia de rituais nos quais dizemos as palavras certas e lemos os livros certos. Mas nada disso traz realização a menos que sejamos capazes de sentir a presença e o poder de Jesus através de nosso estudo.

Depois de testemunharem a miraculosa alimentação dos cinco mil, Jesus tentou mostrar às pessoas que Ele era capaz de suprir as necessidades delas; mas que Ele desejava lhes dar mais do que simplesmente comida.

Dinorah Blackman, Cidade do Panamá, Panamá


Segunda, 9 de fevereiro

Exposição
O QUE DESEJA VOCÊ OBTÉM?

3. Compare a história de Jesus caminhando sobre a água com o milagre dos peixes e dos pães. Quais são as diferenças? João 6:16-21

4. A multidão no monte quis fazer Jesus rei à força. Então, que razão Jesus teve para operar o milagre no mar? Sugestão: Quem foram as pessoas que viram o milagre?

Na história dos discípulos no mar (João 6:16-21), Jesus fez algo semelhante ao que foi feito por Deus no Êxodo (Veja Êxo. 14:20-22.) Para os que conheciam bem o Antigo Testamento, então, a habilidade de Jesus ao caminhar sobre a água e controlar o vento e as ondas era uma afirmação poderosa de Sua divindade, algo de que os discípulos precisavam depois da decepção, quando Cristo não permitiu ser proclamado rei.

O que precisamos (João 6:1-15). Pense sobre isto. Você está num congresso de jovens onde há uma grande multidão. E o melhor de tudo é que Jesus está na cidade. Você ouviu boa música, participou da adoração e do louvor, e ouviu a Palavra. Agora é tarde, e talvez as crianças estejam ficando cansadas, e seu estômago está começando a roncar. Você tenta se manter concentrado no sermão, mas está difícil, porque sua mente começa a vaguear. Jesus, com Seu amável coração, vê sua necessidade e imagina que você precisa de um intervalo para comer, conversar, e continuar a adoração a Ele.

Algo semelhante aconteceu enquanto Cristo estava na Terra e alimentou cinco mil pessoas. Talvez você esteja pensando: O que uma coisa tem a ver com a outra? Mas o fato é que muitos de nós – se não todos – temos a tendência de perder nosso enfoque nas coisas espirituais quando desviamos nossa atenção para problemas e situações cotidianas (problemas em casa, na escola, no trabalho, por exemplo). Muitos desses problemas nos fazem esquecer nosso principal enfoque na vida. A verdade é que não precisamos nos preocupar. "O Salvador comunicava bênçãos terrenas de cura para que pudesse inclinar o coração dos homens e mulheres para receber o evangelho de Sua graça."1

Jesus sempre vê nossas necessidades e faz o melhor para dar uma resposta a elas e obter nossa atenção de volta, como fez com a alimentação dos cinco mil. "Cristo nunca operou um milagre, senão para satisfazer uma necessidade real, e todo milagre era de molde a dirigir o povo à árvore da vida, cujas folhas são para cura das nações" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 366). Contudo, como vemos nas Escrituras, se não pedirmos humildemente uma solução para nossas necessidades, desejaremos fazer o que queremos e não veremos o que Deus planejara para nós. "Se os homens fossem hoje em dia simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da natureza, ... haveria abundante provisão para as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias, e mais oportunidades de trabalhar em harmonia com os desígnios de Deus" (Idem, pág. 367). Nos tempos bíblicos foi o alvo cego e egoísta do povo de serem superiores aos romanos que os levou a desejar coroar a Cristo como rei terreno. Não desejavam centralizar seus pensamentos na realidade de que Jesus tinha chegado neste mundo para salvar e não para reinar.

Hoje Jesus vem a nossa vida para salvar e não para que nos estabeleçamos permanentemente neste mundo. "Jesus não procurava atrair a Si o povo mediante a satisfação do desejo de luxo. Àquela grande massa, fatigada e faminta depois de longo e emocionante dia, a singela refeição era uma prova, não somente de Seu poder, mas do terno cuidado que tinha para com eles quanto às necessidades comuns da vida. O Salvador não prometeu a Seus seguidores os luxos do mundo; ... Sua palavra está empenhada quanto à satisfação das necessidades deles, e Jesus promete aquilo que é incomparavelmente melhor que os bens terrestres – o permanente conforto de Sua presença" (Ibidem).

O que obtemos (João 6:25-40). Milagres ocorrem todos os dias. Mas o que fazemos depois deles? Simplesmente dizemos obrigado, ou vemos a lição que talvez Deus queira nos ensinar? "Não O buscavam por nenhum motivo digno; mas, como foram alimentados com os pães, esperavam receber ainda bênçãos temporais unindo-se a Ele" (Idem, pág. 384).

Não devemos procurar estar satisfeitos unicamente no nível material. Precisamos ansiar por ampliar nossa vida espiritual. "A vontade de Deus é esta: que vocês creiam em Mim, que Ele enviou" (João 6:29, A Bíblia Viva). "Onde quer que haja corações abertos para receberem a verdade, Cristo está pronto a instruí-los."2

Moral da história (João 6:60-71). Muitas vezes pedimos ao Senhor as coisas e as obtemos. Passamos a ver Deus atuando em nós, através de nós e através de outros. Metade do tempo não estamos prontos para receber essas respostas e então não nos importamos de trabalhar para Deus. Estamos frios espiritualmente e fazemos ou pedimos as coisas por hábito e pela repetição. Quando chegamos a este ponto, precisamos continuamente entregar nossa vida a Cristo para que Ele mantenha viva nossa jornada espiritual – se não, impedimos as respostas de Deus e corremos o risco de perder nossa salvação.

"Conquanto não possamos compreender agora as obras e caminhos de Deus, é-nos possível discernir-Lhe o grande amor, o qual se acha à base de todo o Seu trato com os homens. Aquele que vive próximo a Jesus compreenderá muito do mistério da piedade. Reconhecerá a misericórdia que dá a repreensão, que prova o caráter e traz à luz o desígnio do coração" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 394).

1. Heal the World: Begin With Yourself, pág. 6.
2. Idem, pág. 9.

Yashikra Bishop, Cidade do Panamá, Panamá


Terça, 10 de fevereiro

Testemunho
PÃO, CARNE, SANGUE

5. Como os antigos israelitas sobreviviam no deserto, e o que isso tem a ver com a alimentação do cinco mil na primeira parte do capítulo? Êxo. 16:33-35; João 6:27-31

Um tema constante por trás de João 6 é o Êxodo do Egito. Como aconteceu com os israelitas no deserto, os ouvintes de Jesus reagiam aos milagres que podiam ver ou tocar, mas sua fé continuava pequena. Jesus afastou a atenção deles do maná que os israelitas receberam no deserto para o pão espiritual que Ele veio para lhes oferecer.

6. Leia cuidadosamente João 6:32-35. Ele Se comparou com o pão. Por que Ele usou a analogia do pão?

O evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra de Deus eterna que se tornou um ser humano e viveu entre nós. Como o próprio livro diz, este evangelho foi escrito para que pudéssemos crer que Jesus é o Salvador prometido, o Filho de Deus, e que através de nossa fé nEle possamos ter vida.

A primeira parte do evangelho apresenta vários milagres que mostram que Jesus é o Salvador prometido, o Filho de Deus. João 6 reconta uma série de eventos que ensinam que Jesus é o Pão da Vida que pode suprir todas as nossas necessidades. Esse capítulo apresenta o milagre de Jesus alimentando os cinco mil. O objetivo imediato desse milagre era suprir as necessidades de Seu povo. Eles não Lhe pediram comida, mas Jesus conhece nossas necessidades mesmo que não as expressemos, e as satisfará para nós. "O milagre dos pães ensina uma lição de confiança em Deus" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 368).

Mas além disso, há uma profunda lição espiritual dentro desse milagre: ao recebermos de Cristo o pão da vida, que é Sua Palavra, devemos partilhá-la com outros, como Jesus partilhou com Seus discípulos e a multidão os pães. E isso resulta em unidade em Cristo, porque, quanto mais continuarmos a partilhar, mais receberemos de Cristo.

Depois de os discípulos terem testemunhado as maravilhosas obras de Jesus naquele dia, irrompeu uma violenta tempestade, e eles clamaram ao Senhor por ajuda. Aqui vemos novamente como Jesus é capaz de suprir as necessidades de Seus seguidores, acalmando a tempestade e libertando-os do medo. "Como a mãe amorosa a velar o filho, assim cuidava dos discípulos o compassivo Mestre" (Idem, pág. 381).

Jesus é o Pão da Vida. Se estudarmos Sua Palavra e a colocarmos em prática, teremos a vida eterna. É isso que Jesus queria dizer quando falou à multidão que comesse a Sua carne e bebesse o Seu sangue (João 6:54 e 55). Eles, é claro, não entenderam o simbolismo. "Como a vida física se mantém pela comida, assim é a espiritual mantida pela Palavra de Deus. ... Como temos de comer por nós mesmos a fim de receber nutrição, assim devemos receber a palavra por nós mesmos. ... Cumpre-nos estudar cuidadosamente a Bíblia" (Idem, pág. 390).

Este vívido simbolismo do pão era familiar ao auditório de Cristo. Ele lhes diz claramente que os pães e peixes com os quais havia alimentado a multidão satisfizeram apenas sua fome física, e só momentaneamente. Eles voltariam a ter fome. Mas comer o Pão da Vida é diferente – dá satisfação permanente (verso 58).

Cheril L. Herrera, Cidade do Panamá, Panamá


Quarta, 11 de fevereiro

Evidência
O POUCO É MUITO

7. Por que muitos têm dificuldades para aceitar as reivindicações de Jesus? João 6:41 e 42. Como estas palavras do povo refletem as palavras de Nicodemos em João 3:4?

8. Como os discípulos de Jesus reagiram aos Seus ensinos neste capítulo? João 6:60 e 66. Por que eles reagiram assim?

Como cristãos da segunda geração, achamos que estaríamos em melhor situação se conhecêssemos a Jesus face a face, em vez de esforçar-nos para manter uma relação com Alguém que não podemos ver, ouvir ou tocar. Mas a presença física de Jesus impediu a primeira geração de O levar tão a sério quanto certamente devia ter feito. Nenhum bom homem afirmaria ser o Filho de Deus que desceu do Céu. Para fazer tal reivindicação, ele teria que ser um louco, um enganador (e nesses casos ninguém iria considerá-lo "bom"), ou exatamente o que reivindicava ser.

Desde a época em que comecei a freqüentar a Escola Sabatina, lá pelos meus 8 anos, fiquei intrigado com a história de Jesus alimentando os cinco mil. A parte da história que chamou minha atenção desde o princípio foi quando minha professora nos disse que foi um garotinho que deu seu pão e seus peixes para alimentar a multidão.

A palavra específica que a Bíblia usa é "rapaz" (João 6:9), que significa "jovem" ou "menino". Mas não menciona nada mais sobre essa pessoa. Imagine a manhã do milagre. Talvez sua mãe tenha preparado um cesto ou uma sacola com os peixes e o pão. Quando ele saiu de casa, nunca imaginou que estava para se tornar uma parte importante de um dos maiores milagres de Jesus.

Quando Filipe olhou ao redor e viu a multidão, disse para Jesus: "Duzentos denários não comprariam pão suficiente para que cada um recebesse um pedaço!" (verso 7). Um denarius valia cerca de vinte centavos, mas naquele tempo era uma boa quantia de dinheiro e era o salário diário de um trabalhador. Quando André viu o menino, achou que seria impossível alimentar todas as pessoas com cinco pães e dois peixes. E o menino não tinha muito para dar, mas estava disposto a dar tudo o que tinha para o Mestre. Embora não saibamos muito sobre ele, certamente sabemos que o que ele fez foi suficiente para Deus. Como resultado de sua generosidade, esse evento é registrado em todos os quatro evangelhos. Às vezes achamos que temos pouco demais a oferecer a Deus, mas o que parece não ser suficiente para nós é suficiente para Deus.

Temos apenas que nos lembrar que não podemos fazer isso sozinhos; precisamos da força que só Jesus pode nos proporcionar. "Cristo é o grande centro, a fonte de toda força. DEle devem os discípulos receber a provisão. Os mais inteligentes, os mais bem-dotados espiritualmente, só podem comunicar, à medida que recebem. Não podem, de si mesmos, suprir coisa alguma às necessidades da alma. Só podemos transmitir aquilo que recebemos de Cristo" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 370). Sem Ele não somos nada, mas com Ele em nossa vida, o pouco que temos se torna muito.

Brenda Mack, Long Island, EUA


Quinta, 12 de fevereiro

Aplicação
O PÃO ETERNO

9. O que Jesus quis dizer ao afirmar que devemos comer a Sua carne e beber o Seu sangue? João 6:51-58

Assim como o corpo sente falta de comida, de água e de luz solar, também a vida espiritual sente falta da presença de Jesus (até mesmo quando não está ciente disso), e se Jesus não tiver permissão para estar presente, os seres humanos irão aos lugares mais ridículos para preencher o vazio com alguma outra coisa.

10. Quais são algumas das coisas a que as pessoas podem recorrer a fim de preencher suas necessidades espirituais?

Os que seguem a Jesus às vezes sentem fome, mas nunca ficam sem ajuda. Jesus Cristo é revelado em João 6 como o único caminho para Deus. A multidão parecia estar buscando a Jesus, mas na verdade estava tentando usar Jesus para buscar seu próprio bem-estar. Essas pessoas não tinham um verdadeiro compromisso com Deus, mas desejavam a Jesus como seu Rei por causa de suas próprias razões egoístas. É verdade que muitos benefícios pessoais deviam ser colhidos ao se servir ao Senhor, mas os benefícios nunca devem se tornar nosso objetivo. Em todas as coisas, Cristo deve ter a preeminência (Col. 1:18).

Em nossa vida diária buscamos todos os tipos de coisas materiais e triviais, nos preocupando diariamente com nosso futuro. Uma das preocupações mais comuns é nosso pão físico. Às vezes nos esquecemos que nosso espírito precisa de nutrição, a qual vem de Deus. Jesus demonstrou Seu poder para satisfazer necessidades espirituais e físicas. Ao alimentar cinco mil pessoas, Ele nos mostrou isso.

Eis aqui algumas maneiras de buscar o pão espiritual:

Reconheça que Deus é nosso eterno pão. A humanidade é tão carente que não podemos nem mesmo buscar a Deus por nós próprios. Deus tem de nos atrair a Si através do ministério do Espírito Santo (João 16:7-11). É por isso que Isaías nos admoesta: "Busquem o Senhor enquanto é possível achá-Lo; clamem por Ele enquanto está perto" (Isa. 55:6).

Faça uma entrega a Deus, não aos benefícios que Ele pode proporcionar. Jesus expôs o verdadeiro intento do coração dessas pessoas pregando uma forte mensagem de entrega. Os que eram egocêntricos ficaram escandalizados e foram embora (João 6:66); permaneceram os que estavam dispostos a perder a vida para que pudessem experimentar a vida abundante de Deus (Luc. 9:24; João 10:10). A entrega ao próprio Deus (não ao que Ele pode proporcionar) é sempre o que separa os verdadeiros adoradores de Deus (4:23) dos falsos.

Faça uma conexão diária com Deus através de Sua Palavra. Estudar a Bíblia todos os dias manterá nosso espírito alimentado, porque "toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado para toda boa obra" (II Tim. 3:16 e 17).

Olhe para Jesus como a imagem de Deus. Podemos facilmente aplicar tudo isso a Jesus Cristo que é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Ele é a expressa imagem de Seu Pai, a verdade do Pai; a quem o Pai confirmou como o grande governante, tanto de Seu reino como de Sua família.

Katina R. Kingston, Cidade do Panamá, Panamá


Sexta, 13 de fevereiro

Opinião
PÃO DIVINO NO SÉCULO 21

Para compreender melhor João 6, veja os comentários de Ellen G. White em O Desejado de Todas as Nações. João 6:1-21 é comentado nas páginas 364-382, e as páginas 383-394 são dedicadas quase exclusivamente a João 6:22-71

A comida é parte da vida diária de todos. Foi no Éden que as pessoas começaram a comer (Gên. 2:9 e 16). Em sua peregrinação pelo deserto, o povo de Israel aprendeu bem a importância do alimento, pois dependiam da bênção celeste que era dada através do maná (Êxo. 16). Assim, "a figura empregada por Cristo era familiar aos judeus" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 386).

Quando ouviram a referência ao "pão do céu" (João 6:32) do tempo de Moisés, compreenderam exatamente o que estava sendo dito, e portanto não foi difícil para Jesus estabelecer a diferença entre o alimento enviado do Céu e o verdadeiro pão divino. Mas Jesus notou que, para eles, não era fácil compreender a diferença entre os dois.

"O doador do maná ali estava entre eles. Fora o próprio Cristo que conduzira os hebreus através do deserto, e os alimentara diariamente com o pão do Céu. Esse alimento era uma figura do verdadeiro pão do Céu" (Ibidem).

Não foi fácil, para as pessoas que conheciam a Jesus, entenderem Sua natureza divina e aceitá-la em sua mente e coração. E, portanto, era impossível, para eles, compreender, com seu coração fraco e confuso, que "o Espírito insuflador de vida, brotando da infinita plenitude de Deus, eis o verdadeiro maná" (Ibidem).

Quão difícil deve ter sido para Jesus, também, entender aqueles que O cercavam. A maioria das pessoas O buscava por causa de alguma necessidade que tinham na ocasião. Mas Ele compreendeu que Suas esperanças não seriam satisfeitas pelo que Ele estava oferecendo. Ironicamente, Ele viera para lhes dar um dom que era ainda maior que o que eles estavam buscando.

O mesmo se aplica a muitos de nós. Corremos para Jesus a fim de Lhe pedir que supra alguma necessidade, sem nos lembrar de que Ele é mais do que nosso solucionador de problemas, que Ele é nosso Criador, nosso Pai, e nosso mais fiel Amigo, que tem prazer em viver cada uma de nossas experiências, boas ou más, bem ao nosso lado.

Precisamos aprender a receber todas as bênçãos que Deus dá na realidade a cada um de nós, e assim permitir que Seu Santo Espírito entre em nosso coração. Se fizermos isso, finalmente aprenderemos a receber o pão divino, e teremos prazer em fazer Sua vontade dia após dia.

Pense nisto

Compare e contraste as qualidades do pão terreno como alimento e as do pão divino (Jesus) como a nutrição espiritual.


Dicas
  1. Leia João 6:5-13 e depois escreva um relato do que você "viu", a reação daqueles que estavam lá, e a atitude dos discípulos nesse evento. Inclua a reação que você acha que teria.
  2. Ore para que Jesus guie você a alguma pessoa a quem você possa dizer quão importante ela é para Jesus e como Jesus deseja satisfazer as necessidades dela.
  3. Faça uma lista de suas atividades diárias, separando tempo para Se encontrar com Jesus através da oração e do estudo da Bíblia.

Antônio Arboleda, cidade do Panamá, Panamá


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