Lição 8
14 a 21 de fevereiro

O Bom Pastor

Lição 812004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Núm. 9–11

VERSO PARA MEMORIZAR: "Eu sou o Bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pelas ovelhas" (João 10:11).

LEITURA DA SEMANA: João 7:1–10:21.

PENSAMENTO-CHAVE: Como Bom Pastor, Jesus oferece tudo o que precisamos para termos uma vida abundante.

NOSSA VIDA PROVÉM DA SUA MORTE. Sob a guia do Seu Pai, Jesus compareceu à Festa dos Tabernáculos, no templo de Jerusalém. Ele veio como a presença viva do grande EU SOU. Ofereceu-Se como a substância da água e da luz que a festa celebrava (João 7:37-39; 8:12; 9:5), mas foi largamente rejeitado pelos que a freqüentavam. Não tendo conseguido causar um impacto positivo no coração do sistema religioso, Ele buscou um cego, um rejeitado por aquele sistema, e criou uma parábola viva do Bom Pastor, que Se importa até com os rejeitados. Ao procurar o cego, Jesus "mostrou o contraste entre Seu caráter e o dos guias de Israel." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 477.

Como Bom Pastor, Jesus oferece vida aos que se empenham em encontrá-la em outro lugar. Promete que Suas ovelhas "reconhecem a Sua voz" (João 10:4). Os que submetem tudo a Jesus recebem o privilégio de um relacionamento profundo e íntimo.


Domingo

Ano Bíblico: Núm. 12–14

A festa dos tabernáculos – João 7 e 8

Em João 7–10, Jesus participou da Festa dos Tabernáculos no templo de Jerusalém. Sua presença na festa o levou a repetidos confrontos com a liderança religiosa. Esses confrontos estão registrados no Evangelho de João, porque ofereceram a Jesus a oportunidade de esclarecer Sua missão.

Na Palestina existem basicamente duas estações no ano: um verão extremamente seco, de quatro a cinco meses (virtualmente sem qualquer chuva) e uma estação chuvosa de igual duração no inverno. A Festa dos Tabernáculos tem lugar naquela época do ano em que a seca do verão normalmente está terminando. Os grãos do inverno são plantados e a colheita de frutos do verão é celebrada.

A Festa dos Tabernáculos comemorava o Êxodo e o tempo das peregrinações de Israel no deserto (Lev. 23:43), quando Deus proveu água e luz a Israel (Êxo. 13:21 e 22; 17:1-7). Assim, dois temas importantes da festa eram a água (a cerimônia da água era uma característica importante de todas as festividades do dia) e a luz (procissões de tochas à noite). As pessoas viviam fora de suas casas, em estruturas temporárias, barracos feitos de ramos de palmeira, lembrando o cuidado de Deus no deserto. Esses recursos deveriam lembrar que, assim como Deus proveu água, luz e alimento a Israel no deserto, Ele também pode prover às necessidades do presente.

1. O que Jesus ofereceu em lugar da cerimônia da água da festa? João 7:37-39. De acordo com Jesus, o que a luz representa? João 8:12.

Por Suas declarações na Festa dos Tabernáculos, Jesus deixou claro que era a Ele que a festa se referia. Os atos poderosos de Deus, celebrados na Festa dos Tabernáculos, se tornam realidades presentes na pessoa e nos ensinos de Jesus. Deus está disposto a fazer muito mais por nós do que a mera provisão de alimento, água e luz natural. Em Cristo, o grande poder do Êxodo se torna real em nossa vida, na presença divina do Espírito Santo. Mais ainda, cristãos cheios do Espírito são capacitados a passar o Espírito a outros.

Leia as declarações que Cristo fez a respeito de Si mesmo (João 7:37-39 e 8:12). Se alguém lhe perguntasse o que significa fazer as coisas que Jesus disse aqui, o que você responderia? Como essas declarações e promessas se cumpriram em sua vida? Como sua vida foi mudada?


Segunda

Ano Bíblico: Núm. 15 e 16

O grande "EU SOU" – João 8:24, 28 e 58

Em João 7 e 8, Jesus tomou parte em vários debates com Seus irmãos, com a liderança religiosa e com vários segmentos da multidão. Uma das características importantes desta seção é a presença de várias declarações especiais "EU SOU" por parte de Jesus.

2. Que importância Jesus dá ao conceito de "EU SOU"? Que promessa é achada nessas palavras? O que Jesus está nos dizendo com essa afirmação? João 8:24, 28 e 58.

No Antigo Testamento, as declarações "EU SOU" são aplicadas a Deus. No Evangelho de João, Jesus aplicou as declarações "EU SOU" do Antigo Testamento a Si mesmo. A salvação futura prometida pelos profetas se tornou realidade presente nEle. Ele é o Bom Pastor revelado em Ezequiel 34 (João 10:11). Ele é o Ser divino (João 8:24, 28 e 58) que conhece antecipadamente o futuro (Isa. 46:9 e 10; João 13:19).

Nas declarações "EU SOU" de Jesus, vemos uma afirmação de Sua divindade. Ele é o Yahweh do Antigo Testamento, encarnado para conduzir o Seu povo como prometeu pelos profetas. Ele é plena e verdadeiramente Deus, no sentido mais elevado, mesmo enquanto caminhava na Terra revestido da humanidade. Ele preexistiu por toda a eternidade (João 8:58).

Nas declarações "EU SOU" de Cristo está a afirmação de que o futuro se tornou presente em Cristo. Ele pode trazer as glórias prometidas do reino futuro do Antigo Testamento aos que crêem nEle agora. Estar em relação com Jesus é ter a abundância do reino futuro agora pela fé. Em um sentido real, já estamos vivendo nos lugares celestiais em Cristo Jesus (Efés. 2:6). Não existe nada fora do alcance aos que mantêm um relacionamento vivo com Jesus. Nos tempos do Antigo Testamento, de vez em quando Deus fazia coisas poderosas na Terra. Mas em vista da Cruz, e pelo trabalho do Espírito, os atos poderosos de Deus são agora disponíveis em todos os lugares a todos os que estão em Cristo.

Que promessas sobre Cristo existem nestes versos? Isa. 9:6; Miq. 5:2; João 3:13, 31 e 32; Col. 1:16. O que significa esta verdade para nós? O que ela nos diz sobre nosso Deus?


Terça

Ano Bíblico: Núm. 17–19

Um cego divertido – João 9:1-41

João 9:1–10:21 continua a descrição de João dos eventos durante a visita de Jesus à Festa dos Tabernáculos em Jerusalém. Jesus curou um cego e depois usou a experiência como uma parábola viva para ilustrar Sua vida e Seus ensinos.

3. Que lições espirituais podemos aprender da história da cura e da investigação dos fariseus? Como podemos ver a nós mesmos nos fariseus? João 9:1-34.

Curando o homem, Jesus ofereceu uma parábola viva para ilustrar Sua declaração anterior: "Eu sou a Luz do mundo" (João 8:12; 9:5). Como Luz do mundo, Jesus levou visão física a um homem que nascera cego. Mas existe um significado mais profundo por trás desta história.

A cura criou um sério dilema para os fariseus. Por um lado, a cura apontava para o trabalho de um homem aprovado por Deus. Mas, por ser uma cura no sábado, sem emergência, Jesus parecia estar agindo como um falso profeta (Deut. 13:1-5). O humor da história está em sua ironia. O homem que era cego via cada vez mais claramente que Jesus representava o verdadeiro Deus de Israel. Por outro lado, os fariseus, que viam claramente no sentido físico, e que deveriam ser os protetores da fé de Israel, se tornaram cada vez mais cegos para a verdade sobre Jesus.

4. Como Jesus aplicou a parábola viva da experiência do cego aos fariseus? João 9:39-41.

A rejeição dos fariseus à cura simboliza sua rejeição à verdade de Deus, que Jesus trouxe ao mundo. Essa rejeição estava arraigada na cegueira consciente com respeito às afirmações de Jesus.

Mesmo hoje, poucos rejeitam a Jesus por falta de evidência. Normalmente, rejeitam a Jesus por não estarem dispostos a permitir que Ele interfira no seu estilo de vida. É fácil encontrar desculpas para não crer quando estamos protegendo algum pecado ou alguma atitude acariciada (João 3:20 e 21). A realidade profunda do descrente é o pecado não confessado e não abandonado. Estas coisas "cegam" a pessoa para as verdades sobre Jesus. Como você ajuda alguém que parece estar nessa armadilha espiritual?


Quarta

Ano Bíblico: Núm. 20 e 21

Jesus, o Bom Pastor – João 10:1-21

5. Quantas formas de salvação existem? João 10:1-21. Como o grande conflito é ilustrado aqui? Qual é a diferença entre o pastor e o mercenário?

Os versos 35-41 do capítulo 9 dão o pano de fundo para o discurso do Bom Pastor em João 10. Jesus cuida dos excluídos. Quando os líderes de um sistema religioso expulsaram pessoas por causa da inimizade dos líderes contra Jesus, demonstraram sua própria cegueira (João 9:39-41) e deram a Jesus a oportunidade de atrair esses excluídos para Si mesmo.

João 10:1-21 é composto de duas partes. Primeiro, existe a história do pastor e suas ovelhas (vs. 1-5), o relato mais próximo de uma parábola no Evangelho de João. Então, Jesus reflete sobre o significado da história nos versos 7-21.

6. Por que Jesus disse que o Pai O ama? Esse ato O qualifica como o Bom Pastor, ou isso acontece porque Ele já é o Bom Pastor? João 10:17 e 18.

Os abrigos de ovelhas na antiga Palestina normalmente eram cavernas naturais. À tarde, as ovelhas eram levadas para a caverna, e o pastor tomava posição na entrada da caverna e dormia lá. Qualquer ladrão ou animal selvagem que procurasse acesso às ovelhas teria que passar fisicamente pelo pastor. Onde não havia cavernas, um abrigo cercado de pedras era construído com uma só abertura com tamanho suficiente para que o pastor a bloqueasse com seu corpo enquanto dormia. Então, quando Jesus Se descreveu como o Bom Pastor e como a porta das ovelhas, Seus ouvintes reconheceram que esses conceitos eram dois modos diferentes de descrever a mesma atividade.

Quando Jesus Se descreveu como a porta pela qual as ovelhas deviam entrar, Ele estava descartando todos os outros métodos de salvação. Não existe outro caminho para o aprisco, a não ser pela Porta.


Quinta

Ano Bíblico: Núm. 22–24

Mercenários e ladrões – João 10:1, 5, 10-13

7. O que os ladrões e assaltantes fazem para as ovelhas? O que os mercenários fazem para as ovelhas? Contraste esta atitude com o que Jesus promete fazer pelas ovelhas.

Jesus contrasta o Bom Pastor com dois outros tipos de pessoas que se relacionam com ovelhas. Um tipo são os ladrões e assaltantes. Estes não investem nada nas ovelhas; só estão interessados no que podem ganhar para si mesmos. Jesus provavelmente tinha em mente os principais sacerdotes do templo, que exibiam piedade a fim de receber as ofertas e taxas que os adoradores traziam para o templo.

O outro tipo contrastante são os assalariados, que não são os donos das ovelhas e, então, não têm preocupação pessoal por elas. Eles só cuidam delas para ganhar a vida. Quando chega um animal selvagem, ele protege a única coisa que realmente lhe importa, isto é, a própria vida. Jesus provavelmente tinha em mente os fariseus do capítulo 9. Embora mais envolvidos com as necessidades e preocupações do povo do que os principais sacerdotes, eles não se preocupavam verdadeiramente com as ovelhas. Não as conheciam intimamente, nem estavam dispostos a arriscar a vida, ou mesmo a reputação, pela ovelha.

8. Existem hoje estes tipos de pessoas na igreja cristã? Neste caso, como essas caraterísticas se manifestam?

A história do Bom Pastor foi uma repreensão aos que, tratando com rudeza o cego de nascença, mostravam o verdadeiro caráter de mercenários (João 9:40).

Jesus nos convida a termos o mesmo tipo de preocupação atenciosa pelos outros como o Bom Pastor tem por suas ovelhas. Aquele que se importa verdadeiramente com a família, seus vizinhos e amigos nunca será insistente e abusivo (como foram os fariseus em João 9), mas procurará agir motivado pela cuidadosa preocupação pelo benefício de outros. O mundo está cheio de tristezas, choro, dor e morte. Existe uma necessidade infindável de pessoas que, a partir da força que receberam de Cristo, se disponham a edificar e encorajar os outros. Esses sub-pastores também acharão nesse trabalho vida abundante para si mesmos.


Sexta

Ano Bíblico: Núm. 25–27

ESTUDO ADICIONAL

"Os fariseus acabavam de expulsar uma ovelha do redil, por haver ousado testificar do poder de Cristo. Excluíram uma alma a quem o verdadeiro Pastor estava atraindo para Si. Nisto se mostraram ignorantes da obra a eles confiada, e indignos do legado que lhes fora entregue como pastores do rebanho. Jesus lhes apresentou então o contraste entre eles e o bom Pastor, e declarou-Se o verdadeiro guarda do rebanho de Deus."O Desejado de Todas as Nações, pág. 477.

PERGUNTAS PARA CONSIDERAÇÃO:

1. Como podemos receber o tipo de discernimento necessário para fazer a diferença entre o verdadeiro pastor e os mercenários ou até mesmo os ladrões?

2. Compare o que acontece com as ovelhas quando o mercenário ou o ladrão consegue apanhá-las. Qual é a diferença?

3. Em que aspectos as ovelhas são semelhantes ou diferentes dos seres humanos? Que aspecto do comportamento das ovelhas é mais provável que tenha levado Jesus a fazer essa analogia?

4. Sua igreja é um lugar amigável para os "excluídos"? Alguns tipos de pessoas em sua igreja são mais "aceitáveis" do que outros? Por quê?

RESUMO: "Muitos dos que ouviram a Jesus estavam a prantear desvanecidas esperanças, muitos nutriam algum desgosto oculto, muitos ainda procuravam satisfazer seus inquietos anseios com as coisas do mundo e o louvor dos homens; mas, obtido tudo, verificavam haver labutado para alcançar nada mais que uma cisterna rota, na qual se não podiam saciar."O Desejado de Todas as Nações, pág. 454.

Para os que foram feridos e magoados pela vida, o Evangelho oferece Jesus como a chave para uma vida abundante (João 10:10). Ele é a Água e a Luz, a Porta e o Bom Pastor.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

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