Em
inglês Potter é oleiro - Isaías 64:8
Harry
Potter, é um fenômeno editorial mundial que possui como tema a saga de um
menino feiticeiro, cujos pais foram mortos por um bruxo muito poderoso, e que
mora numa casa onde é maltratado por todos. Ele é apresentado como um simpático
menino de óculos e com um raio estampado na testa. Vejam a seguir uma breve
definição esotérica do que significa raio: "de longa data o raio é
considerado um instrumento e arma divinos; e é o símbolo da atividade celeste,
da ação transformadora do céu sobre a terra.
É
o fogo que traz a destruição à terra, é em todas as culturas antigas, a
expressão e o simbolismo da força sobrenatural. Na maioria das vezes é o deus
do céu ou o rei dos deuses, que com o auxílio do machado ou do martelo destrói
criaturas inimigas na terra ou castiga os seres humanos insubordinados.
Por
causa da origem celeste, o raio também pode desempenhar o papel de símbolo da
revelação sobrenatural". Como se pode ver, nada é ao acaso. Até o raio
estampado na testa de Harry Potter, tem um forte simbolismo esotérico.
A
temática de Harry Potter é profundamente mística e inteiramente comprometida
com bruxaria, feitiçaria e esoterismo, e é apresentada como literatura
mimetizada em contos pueris, quando na realidade é perversa e advinda do
inferno.
Confesso
que havia decidido não escrever sobre Harry Potter, porém uma reportagem na
revista Veja edição 1671 ano 33 número 42 de 18 de outubro de 2000, me fez
mudar de idéia. A reportagem O efeito Potter - Pequeno bruxo cativa os adultos
e leva crianças a novos autores, me fez refletir sobre o assunto.
A
reportagem traz informações preciosas, dentre elas que a Editora Rocco, que
publica os títulos no Brasil, recebe cerca de 1 000 e-mails por mês sobre
Harry Potter. Destes e-mails, cerca de 20% são de adultos que aguardam ansiosos
pelos próximos números ou surpresos com a reação de seus filhos. Os demais
e-mails são das próprias crianças, que já tendo lido os dois primeiros
livros da série lançados em português, elogiam as publicações e pedem
sugestões e dicas de livros parecidos.
São
crianças pedindo sugestões de livros com o mesmo assunto de Harry Potter, ou
seja: iniciando-se nas artes da bruxaria e da feitiçaria. Temos crianças, que
em vez de estarem brincando ou aprendendo coisas sadias, estão mergulhando de
cabeça em práticas místicas e profundamente comprometidas espiritualmente,
sob o olhar complacente de pais e mães, a exemplo do que acontece com o
halloween.
Pasmo
absoluto!
Alguns
críticos e defensores da série dizem que o seu conteúdo é meramente
figurativo e que crianças e jovens devem ter um contato com a realidade
espiritual, ainda que deturpada. Alguns educadores dizem que é a eterna luta do
bem contra o mal, o espírito aventureiro; o bom humor e a ironia da narrativa são
muito bem misturados. É compreensível que atraia leitores de diferentes
idades, dizem sem sequer envergonharem-se. Um clérigo católico disse o
seguinte da série: "O ocultismo é um detalhe irrelevante.
O
que a série mais estimula não é a bruxaria, mas a coragem, a lealdade, a
solidariedade, o desejo de sacrificar-se pelos outros, pondo em risco a própria
vida - lições maravilhosas num mundo onde as pessoas estão cada vez mais
autocentradas." Caberia até uma pergunta ao senhor vigário: o que ele faz
com a bruxaria contida nos livros? Certamente vai passar por cima, ou ainda
ignorar o perigo iminente. A mágica e o feitiço de Harry Potter é a de Merlim,
o feiticeiro da távola redonda.
Ao
utilizar o nome de potter ou oleiro, que sugere perícia, engenho, habilidade,
quer se fazer pensar que tudo é uma mera coincidência com o nome. Goeebels, o
ideólogo da propaganda nazista dizia que uma mentira repetida reiteradas vezes
toma ares de verdade. A mentira aqui é fazer pensar que Harry, o oleiro de
mentira, representado numa literatura malígna e perniciosa pode substituir Deus
o Oleiro verdadeiro na vida da humanidade.
Viram,
que não há nada casual?
A
série de três livros atingiu a estrondosa marca de 30 milhões de exemplares
vendidos no mundo todo. Uma milionária e estrondosa campanha de marketing
fomenta a venda dos livros, que virarão filmes para crianças em 2001.
Segundo a imprensa americana, Harry Potter reativou uma antiga tradição:
famílias inteiras se reúnem para ler as histórias do menino-bruxo em voz
alta. No Brasil, foram lançados dois títulos "Harry Potter e a Pedra
Filosofal", e "Harry Potter e a Câmara Secreta", e há a previsão
de que seja lançado o terceiro volume no mês de dezembro, a lista de reservas
é enorme e extensa.
Poucos pais comprariam conscientemente para seus filhos manuais de feitiçaria
e bruxaria, contudo os compram disfarçados de entretenimento.
Rapidamente
vamos ver o que significa os dois títulos já lançados no Brasil:
Câmara
secreta
Em
todo ritual de iniciação apresenta-se uma prova, que é a passagem por uma câmara
secreta; que pode ser um cubículo, um quarto fechado, etc, é sempre um lugar
afastado de curiosos. Neste local o iniciado é aspergido com água lustral -
para purificação - ou com o sangue de uma vítima sacrificada. O iniciado fica
acordado ou dormindo para receber as revelações da divindade. A câmara
secreta simboliza o local da morte do velho homem e do nascimento do novo homem.
Toda iniciação por mais natural que seja, comporta algo de secreto e de
retirado.
Pedra
filosofal
Na
alquimia, é o produto final almejado após longos processos de transformação,
na busca de transformar substâncias em por exemplo, elixir da vida. A doutrina
alquimista é cunhada e forjada pela Gnose - ou conhecimento, assim, a
verdadeira pedra filosofal é o ser humano espiritual, purificado e não
influenciado pelo mundo material e que, de certa forma também enobrece e eleva
seu entorno por meio da sua espiritualidade.
A
autora da saga é a escocesa Joanne Kathleen Rowling - a J. K. Rowling, que de
pobre e miserável financeiramente tornou-se milionária, tendo a sua fortuna
pessoal estimada em US$ 50 milhões quando decidiu escrever sobre bruxarias e
feitiçarias.
Quanto
as nossas crianças brasileiras, têm sido indicadas a elas autores do quilate
de J. R. R. Tolkien, especialista em sagas - contos literários, cujo gênero
nasceu na Islândia, no século XII, logo difundido em outros países nórdicos.
As sagas contam as histórias de guerreiros e de clãs que pouco a pouco
incorporaram elementos místicos.
Tolkien
escreveu a famosa trilogia O Senhor dos Anéis, cujo enredo é povoado por elfos
(gênio aéreo da mitologia escandinava, que simboliza o ar, o fogo, a terra,
etc.), e anões. Com a indicação os livros de Tolkien esgotaram-se nas
livrarias brasileiras, o que fez com que a editora responsável prometesse
colocar novas edições ainda no mês de novembro.
Outras
indicações são os livros de Roald Dahl e C. S. Lewis, também de temática
semelhante aos de Tolkien.
Recentemente
filas se formaram para adquirir em primeira mão o novo exemplar do livro que
traz as aventuras de Harry Potter and the Goblet of Fire - "Harry Potter e
o cálice de fogo", quarta parte da série, que foi lançado batendo
recordes: 3,8 milhões de exemplares chegaram as prateleiras americanas já no
primeiro dia de vendas.
A
imensa maioria das filas era composta por crianças ávidas pelo livro do seu
"herói". A saga de Harry Potter terá um total de sete livros. Se
fizermos as contas, veremos que foram vendidos cerca de 30 milhões de
exemplares nas sete edições, possivelmente serão vendidos 70 milhões, o que
tornará a autora mais rica ainda, a custa de feitiçaria e bruxaria.
Considerando
as estatísticas de que em cada dez compradores dos livros de Harry Potter, oito
são crianças, ao fim da série de sete livros, teremos cerca de 56 milhões de
crianças no mundo todo lendo tais livros. Isso, se considerarmos somente um
leitor por livro, e igualmente para as tiragens atuais.
A
evidência e constatação são a de que cada vez mais crianças estão tomando
contato com o ocultismo e misticismo, e será esta a geração que estará à
mercê do dominador deste mundo. O que vemos é uma orquestração silenciosa
que toma conta de tudo.
O
enredo é pobre em conteúdo cultural, o enfoque é todo maniqueísta;
recentemente alguns leitores mirins encontraram "furos" na história.
Especialistas disseram que tudo não passou de uma jogada de marketing, o que
vai fazer com que as próximas edições vendam muito mais.
Afinal
quem não quer encontrar um "furo" em tão famoso livro? Os
descobridores dos erros foram elevados à categoria de celebridades instantâneas,
deram entrevistas e avistaram-se com a autora. Daí a insinuação de que tudo não
passou de uma esperta jogada para vender mais e mais livros.
J.
K. Rowling tem sido o instrumento nas mãos de Satanás que impiedosamente busca
capturar as mentes das crianças. É o império das trevas estabelecendo o seu
"território". De tudo isto resta a triste constatação de que o príncipe
deste mundo não poupa nada na sua ânsia de dominar o mundo. O que veremos
dentro de alguns anos é que estes que hoje brigam e se estapeiam nas filas das
livrarias para comprar a literatura do inferno, é a geração que amanhã será
profundamente incrédula e pervertida espiritualmente.
Enquanto
muitos preocupam-se em criar mecanismos para salvar baleias, pandas ou outros
animais em extinção, crianças e jovens são contaminados espiritualmente por
literatura do tipo debatida neste artigo, sob o nosso olhar passivo e
indiferente.
Uma
grande e crucial questão nos atinge: ou tomamos uma posição definitiva e
partimos para alertar nossa gente numa ação rápida, ou seremos engolidos por
tudo o que provém do mal. Devemos utilizar todos os recursos disponíveis para
evitar que esta (e outras) literaturas cheguem aos nossos filhos e crianças.
Lembro
ainda da nossa responsabilidade de ensinar nossos filhos as verdadeiras histórias
bíblicas e acerca da esperança redentora que nos move em direção ao céu -
Provérbios 22:6.
Jehozadak
A. Pereira – É escritor e jornalista graduado pela “FIAM - Faculdades
Integradas Alcântara Machado” de São Paulo. Ele é articulista de diversos
periódicos seculares e evangélicos na área de apologética.
O
autor é dedicado pesquisador e palestrante sobre temas que envolvem o
esoterismo e o subjetivismo psicológico presentes na mídia e suas influências
no cotidiano de todos nós.