Série Responda
5
– Apocalipse : Parte I
Responda:
Apocalipse – Destruição ou Revelação?
O
Tema Apocalipse sempre assusta aos menos desavisados. Geralmente nos trás à
mente guerras, catástrofes, destruição final; algo incompreensível,
fora do alcance humano, ou seja: algo para ser lido e não ser entendido ou
estudado... Mas vamos à
Bíblia e vejamos o que Ela tem a nos dizer...
Lá
no livro de Apocalipse, em seus primeiros versículos, já temos algo que nos dá
um novo alento às nossas indagações. Vejamos:
“Revelação
de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus
servos as coisas que em breve devem acontecer e que ele, enviando por
intermédio do seu anjo, notificou ao seu servo João, o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus
Cristo, quanto a tudo o que viu. Bem-aventurados
aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as
coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apoc.
1:1-3).
Perceberam
a sua primeira palavra? Revelação, segundo o Pequeno Dicionário Enciclopédico
Koogan Larousse, um dicionário de origem francesa, mundialmente
reconhecido, temos: “Ato pelo qual Deus fez saber aos homens os seus mistérios,
sua vontade; a princípio no momento da criação, depois por Moisés e os profetas,
e finalmente por Jesus Cristo” pág. 736.
Como
já estudamos anteriormente, a Bíblia toda, nos apresenta um plano de Salvação,
através de Jesus... Em diversas partes proféticas, apresentam-nos pontos
misteriosos, principalmente no livro de Daniel.
A
estes pontos misteriosos, Jesus pessoalmente, em Mateus 24, começou
a elucidá-los. Primeiramente, sabendo que seus discípulos facilmente se
impacientariam pela sua aparente demora em retornar e que facilmente poderiam (nós
também?) serem enganados por falsos mestres, mostra-lhes nos versos 6, 13 e 14
que haveria um período de “tardança”, mas nos versos 32-44 exorta-os a
“aguardarem” diligentemente...
E,
através de parábolas (a história dos dois servos: versos 45-51; também a parábola
das dez virgens representa esta aparente demora: Mat. 25:1-13; a parábola dos
talentos também tem este objetivo: Mat. 25:14-30; e finalmente a parábola do
grande julgamento onde serão separadas as ovelhas, dos bodes, apresenta em um
segundo plano esta demora, pois os exorta – a nós também – a não
negligenciarem o cristianismo enquanto “esperam”: Mat. 25:31-46).
Em
segundo lugar os alerta que a ninguém é dado saber ou marcar data para o seu
retorno... Os discípulos ouviram Jesus prever a destruição do templo (Mat.
24:1,2) e ficaram imaginando: Seria neste dia fatídico o retorno dO Mestre?
Eles
imaginavam que a destruição predita por Jesus, só poderia ocorrer com o fim
do mundo... Perplexos, suplicaram por fim, “quando
sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século”...
(Mateus 24:3 RA)
Jesus
então, apresenta-lhes alguns sinais proféticos que antecederiam à Sua volta
– Mat. 24:3-31. – Voltaremos a
falar sobre esses sinais, durante este estudo...
Já,
em seu último livro, o Apocalipse, através do apóstolo João, Jesus,
finalmente vem em visão, nos trazer a sua compreensão (revelação)
– Neste ponto do nosso atual estudo, não podemos deixar de notarmos a
primeira oração divina de um desejo para que sejamos felizes: “Bem-aventurados
aqueles que lêem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as
coisas nela escritas, pois o tempo está próximo” (Apoc. 1:3).
Neste
ponto vale a pena alertá-lo que o profeta recebeu a revelação e
a transcreveu em palavras humanas, valendo-se de símbolos – principalmente os
usados por Daniel e Ezequiel – e foram tantas as revelações que, na ânsia
de transcreve-las, alguns fatos – que ele não compreendera, por se tratarem
de fatos futuros – acabaram por serem escritos sem ser respeitado a ordem
cronológica; mas tenha por referencia que antes da volta de Jesus,
ninguém será resgatado aos céus... I Tes. 4:16
Mas
vamos ao livro: Jesus inicia “mandando” uma mensagem especial às igrejas da
Ásia, mas não antes de mostrar a João, de modo exuberante, o Seu retorno... o
qual João salienta: “Eis que vem com as nuvens e todo o olho o verá”
Apoc. 1:7. Estas cartas “espiritualmente”, segundo consenso mundial,
representam as Igrejas em diversos períodos históricos, muito bem definidos.
Desde a sua origem apostólica até os nossos dias... Vejamos:
À
igreja de Éfeso,
representando o primeiro período da era cristã, uma promessa: “Ao
vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso
de Deus”. Este foi um período de puro da Igreja de Cristo, ou seja, a era
dos apóstolos, que apesar das primeiras perseguições – Atos 8:1 – muitos
perseveraram; Apoc. 2:1-7.
À
igreja de Esmirna,
que representa o período do ano 100 d.C. até mais ou menos 313, durante o qual
o povo de Deus, foi cruelmente perseguido pelos romanos,
especial-mente nos 10 últimos anos desde período sob Diocleciano; mas
Cristo tem a promessa: “O vencedor, de nenhum modo, sofrerá o dano
da segunda morte”; Apoc. 2:8-11.
À
igreja de Pérgamo,
que representa o período em que os cristãos deixaram de ser perseguidos
e que permitiram que o paganismo – balaão – se
misturasse com o cristianismo... “Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná
escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito
um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe” Apoc.
2:12-17.
À
igreja de Tiatira,
representando, na idade média, a igreja de Jesus Cristo agora totalmente
desvirtuada... Agora é pretensos cristãos perseguindo autênticos cristãos.
Neste período a Bíblia foi proibida de ser lida, sob risco de ser
queimado, como milhares o foram, o seu transgressor. Mas Cristo faz uma
promessa: “Ao vencedor, que guardar até o fim as Minhas obras...
dar-lhe-ei, ainda, a estrela da manhã”... Apoc. 2:18-29.
À igreja de Sardes, correspondendo à época da Reforma
Protestante, Jesus também tem uma doce promessa: “O vencedor será assim
vestido de vestiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da
Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos
seus anjos”. Apocalipse 3:1-6.
À
igreja de Filadélfia,
que corresponde ao período em que o povo despertou para a verdade bíblica
da segunda vinda de Jesus, Ele tem a promessa: “Ao vencedor, fá-lo-ei
coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre
ele o nome do meu Deus... e o meu novo nome”... Apoc. 3:7-13.
À igreja de Laodicéia, a igreja de nossos dias, nos alerta
contra a “mornidão” dos Seus seguidores – Apoc. 3:15-19. Este é um tempo
em que as pessoas se orgulham das verdades que “dizem conhecer” mas não se
entregam a Jesus – a Verdade Eterna (Isa. 4:1). Mas Cristo mostra-se disposto
a entrar no coração que a Ele se abrir... Eis a Sua promessa: “Ao
vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci
e me sentei com meu Pai no seu trono”. Apoc. 3:14-22
Após estas mensagens especiais, João vê o Trono de Deus nos céus e
com Ele um livro selado, o qual ninguém podia abrir senão
o Cordeiro de Deus, Jesus Cristo... E quando o “Cordeiro” pega o livro para
abri-lo, João houve “Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos,
porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de
toda tribo, língua, povo e nação” (Apoc. 5:9).
Então
o Cordeiro abre o primeiro selo e vê Jesus montando um cavalo
branco, ou seja, a Igreja do tempo dos apóstolos – pura como o branco –
espalhando o evangelho por todo o Império Romano... Apoc. 6:2.
Na
abertura do segundo selo, João viu um cavalo vermelho, cujo
cavalheiro tinha uma espada na mão, para tirar a paz do mundo – foram os
cristãos perseguindo cristãos... Apoc. 6:3e4.
No
terceiro selo, um cavalo preto aparece com seu cavaleiro segurando
uma balança na mão, representando a idade média, onde as praticas de compras
de favores e indulgências religiosas foram comuns – a igreja apostólica
romana se firma totalmente paganizada... Apoc. 6:5e6.
Já,
no quarto selo, um cavalo amarelo, representando a morte
(espiritual) da igreja cristã onde o auge da perseguição da igreja aos
perseverantes cristãos, foi atingida... Esta igreja passou
a perseguir e matar todos aqueles que não queriam seguir suas ordens...
Apoc. 6:7e8
Na
abertura do quinto selo, o profeta vê todos aqueles que, em nome
de Jesus, morreram... À eles, Jesus pede que aguardem mais um pouco, até que
se complete o Seu tempo... Apoc. 6:9-11.
O
sexto selo, é especialmente importante para os nossos dias, pois
conforme os sinais preditos por Jesus, estamos exatamente entre o verso 13 e
14...
Estes
sinais a que Cristo se referiu, desde o fim das profecias de Daniel, abreviado
conforme Marcos 13:20, já começaram a acontecer...
Em
1.755 o maior terremoto da história ocorreu em Lisboa; 25 anos depois (19 de
maio de 1.780) o sol nasceu normal como todos os dias, mas por volta das 10:00hs
uma escuridão fantástica se abateu sobre a terra (América do Norte –
justamente onde se estudavam as profecias de Daniel), sem nenhuma razão
natural... e naquela noite a lua demorou a surgir e quando o fez, foi como uma
bola de sangue (Joel 2; Luc.21).
E,
na madrugada de 12 para 13 de novembro de 1.833, ocorreu uma notável “chuva
de estrelas” jamais registrada em toda a astronomia, já bem desenvolvida
naqueles dias... Foram mais de 6hs de “queda” (Apoc. 6:13), vista no hemisfério
norte, alcançando a costa norte da América do Sul, o Pacífico, o Atlântico
Norte, até as possessões inglesas do Norte...
Estas
profecias cumpridas, trouxeram “muitas almas” para a Igreja, pois o ser
humano, na hora das provações ou incertezas, sempre corre para os braços de
Deus... E muitos não perseveraram e novamente se afastaram de Cristo – a
Laudicéia morna?
O
Cordeiro abre então o sétimo selo... Ao faze-lo, o Céu ficou em
silencio por mais ou menos 30 minutos proféticos, ou seja, praticamente uma
semana... Como o sétimo selo representa a Volta de Cristo, isto significa que
em Sua vinda, todos os Anjos do Senhor o acompanharão...
Mas
na seqüência sete anjos tocam as suas trombetas, e em cada uma surge
uma praga contra os ímpios... Serão tempos difíceis, para os não
marcados pelo Senhor; pois antes da abertura do sétimo selo, Cristo manda um
Anjo separar os Seus seguidores, aqueles que
amam e guardam os seus mandamentos...
Apoc. 7:3.
Mas
afinal, o que é este selo? Como seremos selados?
Antes
de respondermos, devemos saber que assim como as profecias referentes aos homens
são condicionais (dependem do seu comportamento e livre arbítrio – Leia o
livro de Jonas), também esta “marca” é condicional, ou seja, não é
definitiva – não significa que “uma vez salvo, salvo para sempre – pois
se nos mantivermos na graça de Cristo, então
estamos marcados (separados); assim como os “já” mortos em Cristo, o
foram...
E
essa marca, o que é? Primeiro, vejamos: uma marca ou sinal é
algo feito para diferenciar alguma coisa de outra. Daí
o porque de marcarmos, selarmos, etc.
Segundo,
portanto, procuremos nas Sagradas Escrituras algo que nos diferencie dos ímpios...
E, lá em Ezequiel 20:20, encontramos: santificai os meus sábados, pois
servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o SENHOR, vosso
Deus. Veja alguns versículos anteriores, a saber: Ez. 20:12-14,19. Deus
cita os Seus estatutos (Leis Morais) e no centro do Decálogo
encontramos o Sábado
do Sétimo Dia; veja Êxodo 20:1-17.
E,
qual é então a marca da Besta para os ímpios? É justamente o contrário:
para aqueles que não guardam os Seus preceitos e principalmente o quarto
mandamento. Portanto, a marca da Besta é justamente a transgressão ou
mudança do Sábado para o Domingo, e lá em Daniel 7:25
encontramos esta profecia: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará
os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os
santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um
tempo”.
Voltando
ao Apocalipse... O Anjo revelador dá especial destaque às três últimas
trombetas e quando o Anjo toca a quinta trombeta (primeiro ai –
Apoc. 9:1-12) temos o cumprimento literal de uma profecia sobre a queda do Império
Otomano.
Parecia
impossível: Os fanáticos seguidores de Maomé se alastravam com incrível
rapidez, ameaçando a paz da Europa... Foi quando se envolveram com o Egito e
pouco a pouco foram perdendo a suas possessões... até que em 11 de agosto de
1.840 a Turquia “pede” proteção às nações européias.
É
interessante notar que esta profecia foi elucidada dois anos antes, por um
pastor chamado Josias Litch. E, em 1º de agosto de 1.840, em um artigo de
jornal, ele afirmou categoricamente que em 11 de agosto próximo, a Turquia
pediria proteção às nações da Europa. E, literalmente aconteceu, fazendo
com que as atenções do povo fossem dirigidas às previsões de Miller sobre a
“eminente” volta do Cordeiro de Deus – Jesus!
Hoje,
sabemos que devido à uma interpretação pré concebida, naquele ano de 1.844,
Cristo não voltaria para “purificar” o Seu Santuário
terrestre, mas sim o Celestial...
Quase que simultaneamente, uma profecia sobre o Livro Sagrado se cumpria... “Suas duas Testemunhas Mártires” (Velho e Novo Testamento), foram praticamente “banidas” pelo poder de Satanás, após 1.260 dias/anos proféticos (que teve início em 537 de nossa era com a instituição do primeiro Papa)... Na França, Suas Testemunhas chegaram a serem queimadas em praça pública... Apoc. 11:7,8.
Mas, de volta à Razão, a Bíblia novamente é conduzida à Sua real posição: Levar a Salvação aos homens.. e, em 1.798, outra profecia se cumpre (Daniel 7:25,26) quando o exercito de Napoleão invade Roma e leva cativo o Papa. Após este cumprimento literal da profecia, nunca mais o poder papal teve restaurado a sua exuberância... Foi este o segundo ai... Apoc. 11:14
Neste momento o Anjo toca a sétima trombeta (Apoc. 11:15), João vê o Santuário Celeste, sendo aberto... Viu também a Arca da Aliança no Seu Santuário – o Santíssimo. Apoc. 11:19. Perguntamos a você: O que é guardado dentro da Arca do Senhor?
Percebeu a conexão? Lei e Vida Eterna juntas... Paulo afirmou que: “na esperança da vida eterna que o Deus que não pode mentir prometeu antes dos tempos eternos” (Tito 1:2), afirmando com isto que a promessa divina vem de “tempos eternos”. E Cristo disse: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (João 14:15), mostrando que quem guarda os Seus mandamentos, o fará por amor, pois todos têm plena liberdade (Tiago 1:25; 2:12) de optar entre Ele e o mundo... Mar. 8:36.
Temos
aqui, um novo parêntese, onde João descreve a Igreja de Cristo sendo
perseguida, no final dos tempos... Este é um drama apresentado em quatro atos:
1
– A origem do pecado e o início do conflito, no Céu.
2
– Ataques de Satanás a Cristo, quando Este viveu entre os homens.
3
– Perseguição à Igreja nos séculos subseqüentes.
4
– Guerra final contra o remanescente de Deus.
Estamos
no centro do livro do Apocalipse, e a partir de agora teremos pormenores da luta
final entre as forças do bem e as do mal. A vitória final da Igreja, a derrota
de Satanás e suas hostes – juntamente com aqueles que escolheram segui-lo –
e o completo estabelecimento do reino de Deus na Terra.
Vamos
então ao capítulo 12. Já no primeiro verso, temos a mais importante descrição
da Igreja de Cristo: “Viu-se
grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo
dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça” (Apoc. 12:1).
Como já sabemos, uma mulher virtuosa representa a Igreja Cristã; verdadeira e
pura (Jer. 6:2; Isa. 54:5,6; Oséias 2:19,20; João 3:29; II Cor. 11:2; Apoc.
19:7-9).
E,
a verdadeira Igreja de Jesus, sempre esteve vestida com o Sol da Justiça (Mal.
4:2), pois Ele é a Luz do Mundo (João 8:12; 9:5) e Seus seguidores são
chamados de Filhos da Luz (Luc. 16:8; I Tess. 5:5-8; Efés. 5:8).
Quanto
à Lua, sabemos que “ela” não tem luz própria, apenas
reflete a luz do Sol e assim também é com a Igreja – apenas reflete a
Glória de Cristo. Veja o Salmo 89:34-37.
Já
a coroa com as estrelas (Anjos) são símbolos
de realeza de uma Igreja que também é chamada, pelo apóstolo, de Sacerdócio
Real – I Pedro 2:9. Doze
é o numero do reino de Deus... Havia doze tribos na igreja do Velho Testamento
e doze é o numero de apóstolos da Igreja do Novo Testamento. Há doze
fundamentos na Nova Jerusalém, e doze são as portas de entrada para a cidade.
E haverá, também doze tronos na
Igreja Triunfante – Mat. 19:27,28; Luc. 22:28-30. Em tempo, 12 é o numero
deste capítulo...
A
Bíblia em sua primeira profecia, já relata que esta, a Igreja, teria
dificuldades com o “inimigo” (Gen. 3:15), mas “vindo, porém, a
plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei”
(Gálatas 4:4)...
E
entra em cena o Dragão Vermelho que é o diabo (Satanás –
verso 9) que, como a quarta besta de Daniel representando a Europa, também
tinha dez chifres (poderes) e após a “subida do poder insolente” ficam
apenas sete reinos, dominados pelo chifre pequeno (Dan. 7:23-26).
Mas
a história nos mostra que os ataques de Satanás, sempre foram feitos através
de perseguidores terrenos... Roma pagã teve como símbolo um estandarte
vermelho com a figura de um dragão. E, ao longo da Bíblia, vemos Satanás
tentando destruir os planos de Deus... Mas “a criança” nasceu... Mat.1:18.
E lá estava o Dragão (Herodes – Mat. 2:13)... Agora, no deserto,
pessoalmente a “serpente” procura subverter Jesus... Luc. 1-13. Vencido, o
diabo procurou subverter Seus discípulos... Mat. 16:23.
E
Cristo, o venceu novamente na cruz... I Cor. 15:54. Mas,
justamente por tê-lo vencido, foi necessário “esconder-se no
deserto” por “mil, duzentos e sessenta dias/anos”... Apoc.
12:6.
Neste
ponto do capítulo, João fica sabendo como a “serpente” veio parar aqui na
Terra... Apoc. 12:7-9,12. Então começa a grande perseguição à Igreja de
Cristo que durou até 1.798, conforme descrevemos... Apoc. 12:13-18. Mas lemos
que um remanescente fiel, guardador de Seus mandamentos e que possuem o Seu
testemunho (Apoc. 12:17, cf. Apoc. 19:10), será então o grande alvo de Satanás...
Ao entrarmos no Apocalipse 13, temos João aparentemente repetindo Daniel, ao descrever a Besta que emerge do mar... Mas são apenas símbolos sobre os reinos em que Satanás tem exercido o seu poder...
João,
vivendo seiscentos anos depois de Daniel, vê essas mesmas potencias sobre um ângulo
diferente... podia olhar tanto para o passado como para o futuro... Embora Roma
fosse o poder dominante tinha sombras da Grécia (Império greco-romano), daí o
símbolo com corpo semelhante a Leopardo. A Besta também incorporava
aspectos dos antigos reinos da Pérsia e Babilônia (pés de urso e boca de leão).
Mas a ênfase é dada a divisão
subseqüente de Roma...
Entre
os versos 2 a 8 temos, então, suas características: É um poder religioso e
que recebe adoração dos homens (v.8); também é um poder político de alcance
mundial (v.7); num momento da história perdeu o seu poder, mas hoje impõe
respeito e admiração mundial (v.3); blasfema contra Deus (v.5); persegue o
povo de Deus (v.7) e seu poder dura ou durou, 42 meses proféticos = 1.260
dias/ano (v.5).
Agora
responda: Você conhece algum poder religioso que satisfaça estas características?
Para facilitar, veja em sua Bíblia, a redação da Lei de Deus como Ele a
entregou em Êxodo 20, e compare-a com a lei que os seres humanos hoje
conhecem...
Quem
mudou essa Lei? Veja também Daniel 7:25...
E,
no verso 11, João vê uma outra besta, agora surgindo da terra. Novamente vamos
às suas características: É um poder que, no início, fala como um cordeiro;
mas depois fala como dragão (v.11); esse poder coloca toda a sua força a serviço
da primeira besta (v.12 – você já chegou a uma conclusão sobre quem
representa a primeira besta, em nossos dias?); é um poder que deslumbra: faz até
cair fogo do céu (v.13); exige obediência a uma imagem da primeira, ou seja,
parece com a original (v.14).
Neste
ponto, temos características que ainda estão por ocorrer na história da
humanidade, ou seja: decretará a morte daqueles que não obedecer à primeira
(v.15); e, marcará todos os seus seguidores, afim de que aquele
que não tiver a sua marca não possa comprar, nem vender (v.16).
Para
saber de quem agora estamos falando, pense nisto: Existe hoje algum país
poderoso, que no inicio de sua história, foi um país cristão, estudioso da Bíblia,
que defendia a liberdade de adorar a Deus, segundo a consciência de cada um?
Qual país tem um poderio militar que até “fogo do céu” fez cair?
E
mais estas características bíblicas, o ajudarão a reconhecer este
“poder”: Escolherá um “dia” como símbolo do primeiro e mais
importante; fará com que todos “adorem” neste dia, sob pena de “não
poderem comprar e nem vender”, caso não obedeçam...
Lembre-se
das palavras de Cristo, no monte das Oliveiras, registradas em Mateus 24:15-20
– “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o
profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda)...” Suas palavras eram
referentes àqueles dias (a destruição de Jerusalém literal) e também à
terra em seus dias finais (a Jerusalém espiritual)...
Eu,
pessoalmente, vejo como um sinal destes tempos a “tecnologia” dos alimentos
híbridos ou transgênicos. Penso que, quem “deter” esta tecnologia
poderá manipular, mundialmente, as nações... Também doenças – puramente
de origem carnal – causadas por vírus como o
ebola e o da aides, são sinais de que Sodoma
e Gomorra era pouco comparado com nossos dias...