As pessoas têm agredido o organismo através da quantidade da
alimentação. A idéia errada de que comer muito torna a pessoa forte e
resistente, aliada ao prazer de comer, fazem com que o comer em
quantidade excessiva esteja muito presente na vida das pessoas. A
quantidade adequada é aquela que atende as necessidades nutricionais do
organismo, o que significa, nem muita, nem pouca. O excesso de alimentos
é tão ou mais prejudicial do que a falta. Assim como o organismo se
enfraquece e morre por falta de alimentos, ele também se enfraquece e
morre pelo excesso. A diferença é que, no primeiro caso, o indivíduo
morre magro, e no segundo, morre gordo.
Porque o excesso
de alimento e prejudicial
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O
comer excessivo sobrecarrega todo o organismo, provocando insuficiência
dos sistemas, desequilíbrios, intoxicações e doenças gerais. No sistema
digestivo, além do desconforto, ocorre a má digestão (excesso de gases,
dores, sensações de peso, queimação), e quando a digestão não é boa, a
saúde fica prejudicada. Ocorre uma maior produção de toxinas, venenos
que irão provocar lesões nos mais diferentes sistemas e os mais variados
sintomas, de infecções à dores e desconfortos. Provoca a obesidade e
suas graves complicações: colesterol elevado, obstrução dos vasos
sangüíneos, hipertensão arterial, diabete, comprometimento de
articulações e coluna, entre outras. Bloqueia o sistema de defesa.
Altera o sistema emocional, determinando irritabilidade, alteração do
humor, depressão, e sintomas gerais - indisposição, cansaço, sonolência
ou insônia. O comer excessivo provocará doenças em muitas pessoas, é só
uma questão de tempo, e muitas, já doentes, terão suas doenças agravadas
ainda mais.
Alimento em excesso: como saber e quando ocorre
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Quando se come em excesso percebe-se o desconforto no estômago e no
intestino e sintomas de má digestão, além de, via de regra, ocorrer o
ganho de peso progressivo. É comum encontrarmos pessoas engordando a
cada dia e dizendo que não comem nada. Isso não é possível. Água não
engorda, ar, preocupação e nervoso também não, a menos que a pessoa
esteja comendo mais do que deveria. Um pouco a mais que se come, além do
necessário, é excessivo, especialmente para quem não gasta nenhuma
energia, não têm atividade física regular e pouco se movimenta.
Alimento em falta: como saber e quando ocorre
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Quando
a alimentação está em falta existirá, obrigatoriamente, a perda de peso,
acompanhada de sensações de fraqueza e indisposição geral. Essa condição
é rara e só acontece em casos de falta de apetite de origem emocional, e
em casos de pobreza e miséria, quando falta o alimento. Também nas
doenças, principalmente agudas, o apetite cai, como forma de defesa do
organismo, para não ter trabalho com a digestão e ficar livre para fazer
a desintoxicação necessária para a cura verdadeira. Logo, essa falta de
apetite não deve ser motivo de preocupação, ela é uma de defesa e
permanece por poucos dias, sendo perfeitamente suportável pelo
organismo. Claro que, durante esses dias, a pessoa emagrece e se
apresenta abatida, mas logo, passado o processo, recupera seu estado
normal ou fica melhor que antes, se tiver podido fazer a desintoxicação
necessária.
Como determinar a quantidade certa de alimento
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Em
condições normais, existe um controle automático da quantidade de
alimento que cada pessoa precisa. Para isso, duas condições principais
precisam estar presentes: 1- Um relacionamento psicológico normal com a
alimentação, onde os alimentos são vistos como uma fonte de vida e
usados dentro do princípio do "comer para viver", e não do "viver para
comer", e seu lado prazeroso, reconhecido e usufruído, não é o motivo
principal para seu uso. 2- O uso de alimentos de qualidade adequada
(VEGETAIS, NATURAIS E INTEGRAIS), por serem capazes de suprir as
necessidades do organismo, determinam a saciedade, mesmo usados em
pequenas quantidades. Ao contrário, com a falta de vegetais e o uso de
alimentos artificiais e refinados, a pessoa se mantém com fome, apesar
de estar comendo, obesa e engordando. É uma defesa natural do organismo,
que mantém a fome na tentativa de ter suas necessidades supridas. Então,
uma forma de acabar com a fome excessiva é corrigir a qualidade da
alimentação, passando a comer mais vegetais (verduras, legumes frutas),
e alimentos naturais e integrais.
Condições
que ajudam a evitar o comer em excesso
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1-
Mastigar bem os alimentos. 2- Comer sem pressa. 3- Comer a salada crua
como o primeiro prato do almoço. 4- Tomar quantidade adequada de água, 2
a 4 litros por dia.5- Não ter guloseimas disponíveis dentro de casa (não
ter, não comprar, não fazer). 6- Não comer entre as refeições. 7- Ter
atividade, ter o que fazer, sentir-se útil, produzindo para si, família
e próximo. Quando essas condições são satisfeitas, a fome e a vontade de
comer excessivas desaparecem.
A frequência da alimentação
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Assim
como a quantidade, a freqüência da alimentação têm muita importância
para a saúde. Após uma refeição, é importante esperar 4 a 5 horas, para
que a digestão seja completada e o estômago esvaziado, antes de comer
novamente. Comer a toda hora faz o organismo ficar dependente de comida
a toda hora, e quando falta, ocorre a síndrome de abstinência, de falta,
e a pessoa sente-se mal, com sensação de fome, fraqueza, tontura, dor de
cabeça, náusea, obrigando-a a comer mais para que o mal estar passe.
Assim, ela pensa que precisa comer para não passar mal, que não pode
ficar sem comer, que têm um problema de fraqueza que a obrigada a comer
toda hora, mantendo o ciclo vicioso e perigoso que têm que ser vencido.
Vencendo o vício de comer toda hora
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1-
Identifique o que está acontecendo. 2- Tome a decisão de mudar. 3-
Enfrente o mau estar que virá com a retirada dos alimentos, devido ao
descondicionamento do organismo e não representa nenhum risco. Diante
dele, relaxe, descanse, sente-se, deite-se, e beba mais água para ajudar
na desintoxicação. 4- Coloque em prática as condições já referidas para
evitar o comer excessivo. Fazendo isso, em poucos dias, você terá
vencido o mau costume de comer a toda hora.
A alimentação das crianças
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As
crianças, em condições normais, só comem a quantidade que o organismo
necessita, se já não estão com os costumes pervertidos pela influência
errada dos adultos. A criança não come porque está na hora da refeição,
se não tiver fome. As crianças precisam ser educadas e formar bons
hábitos alimentares. Cabe aos pais essa tarefa, através da orientação,
do exemplo pessoal e do modelo de alimentação adotado no lar. Comida não
é brinquedo e alimentação não é brincadeira. Comida é para nutrir, dar
vida, fazer crescer e desenvolver as crianças, e não para distraí-las,
muito menos intoxicá-las, criar maus hábitos e deixá-las obesas. Devem
ser alimentadas nos horários certos, com os alimentos certos, da maneira
certa: na mesa, tranqüilamente, sem ansiedade, com a mamadeira sendo
retirada, gradativamente, a partir dos 6 meses de vida, e totalmente aos
18 meses, para que o mamar seja substituído pelo mastigar. Ponha a
comida saudável na mesa e sua parte estará feita. Não agrade, não force,
não peça, não ameace, não insista, não faça chantagem. Não deixe a
criança perceber que você está preocupado com sua alimentação.