Lição 1

28 de março a 2 de abril


Crise de identidade

Lição dos jovens 122004


"‘Venham, vamos refletir juntos’, diz o Senhor. ‘Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como púrpura, como a lã se tornarão’" (Isa. 1:18).

Prévia da semana: Quando o povo de Deus O esquece e passa a achar que tem direito às Suas bênçãos, Ele os lembra de que são responsáveis perante a aliança com Ele. Misericordiosamente, Ele lhes mostra sua condição, adverte-os sobre as conseqüências destrutivas de abandonar a Sua proteção e os aconselha a permitir que Ele os cure e purifique.

Leitura adicional: Isa. 5:1-7; Profetas e Reis, págs. 303-321


Domingo, 28 de março

Introdução

"DIZ O VOSSO DEUS"

 

O livro de Isaías apresenta brevemente o seu autor ("filho de Amoz"), a fonte da sua mensagem (uma "visão") e o seu tema (Judá e sua capital, Jerusalém, durante o reinado de quatro reis). O público-alvo de Isaías: o povo do seu próprio país durante o tempo em que ele vivia. O profeta lhes falou a respeito da sua própria condição e seu destino. Ao mencionar os reis durante cujos reinados ele esteve em ação, Isaías reduz o público e liga o livro aos eventos históricos e políticos de certo período. Esse período nos leva aos relatos de II Reis 15–20 e II Crônicas 26–32.

1. Leia Isaías 1:2. Por que Deus estava triste? Esta mesma idéia está presente em outros momentos da história sagrada? O mesmo pode ser dito também da igreja cristã hoje? Explique sua resposta.

"Consolai, consolai o Meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada" (Isa. 40:1 e 2).

G. F. Haendel, num período de 24 horas, escreveu o que mais tarde se tornou seu mais bem-sucedido e famoso oratório. Este oratório, denominado O Messias, foi composto no ano de 1741, exatamente 2.431 anos após o profeta Isaías ter escrito, no ano 690 a.C., as poderosas e inesquecíveis palavras contidas dentro da profunda música de O Messias. Não é difícil entender por que G. F. Haendel fez uso destas palavras que são tão cheias de esperança e promessas. Durante sua própria época, e de diferentes formas, eles verificaram que estas palavras inspiradas eram veículos de pensamentos divinos. E foram estas palavras inspiradas por Deus que levaram Haendel a compor "Consolai o Meu povo", um dos recitativos de O Messias.

Naquela época, quando as pessoas de Judá estavam oprimidas por forças inimigas e haviam se rebelado e perdido sua identidade, somente estas promessas dadas por Deus eram capazes de conter a esperança que lhes poderia conservar a fé viva através de duras provas.

Em Isaías 40:1 e 2, podemos ver, e quase ouvir, a palavra de Deus ao tentar reintegrar Seu povo a Si, quando Ele diz: "Consolai, consolai o Meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém, bradai-lhe que já é findo o tempo da sua milícia, que a sua iniqüidade está perdoada e que já recebeu em dobro da mão do Senhor, por todos os seus pecados."

Como na época de desespero de Isaías e no dramático e sofisticado tempo de composição musical de Haendel, estas fortes palavras, "diz o vosso Deus", ainda nos falam hoje de maneira poderosa. Esta mensagem que foi trazida até nós hoje pode ser uma advertência, pode ser uma promessa, mas certamente é um selo de propriedade. Deus realmente não deseja que passemos pelo que o povo de Judá passou quando perderam a identidade. Não temos que ficar vagueando sem direção, porque somos dEle. Ele é nossa verdadeira identidade. Como é maravilhoso pertencer ao Senhor!

Carlos Solano
Nova Iorque, EUA


Segunda, 29 de março

Exposição

PODERIA OU VAI ACONTECER?

2. Por que Deus aplicou a Israel a imagem de Sodoma e Gomorra? Isa. 1:10

3. Por que o Senhor rejeitava a adoração que Seu povo Lhe ofertava? Isa. 1:11-15

Os rituais e as orações apresentadas no templo eram válidos unicamente se expressavam fidelidade a Deus e à Sua aliança. Aqueles que ofereciam sacrifícios sem se arrependerem dos atos injustos para com outros membros da comunidade da aliança estavam apresentando mentiras cerimoniais.

4. Leia Isaías 1:16 e 17. Qual era o remédio para o povo de Deus? Faça com estes textos um paralelo com o que Jesus disse em Mateus 23:23-28. Que mensagem podemos achar para nós mesmos, hoje, nestes textos e no contexto em que eles foram dados?

"Sião será redimida com justiça, com retidão os que se arrependerem. Mas os rebeldes e os pecadores serão destruídos, e os que abandonam o Senhor perecerão" (Isa. 1:27 e 28).

O livro de Isaías se inicia com várias descrições impressionantes de possibilidade em contraste com probabilidade. Está claro o que poderia acontecer. Mas é mais provável o que vai acontecer. Através de Isaías, Deus prensa Seu povo. Olhe o que eles são! Mas, oh, o que poderiam ser! Portanto vemos uma imagem de Deus em angústia: terá Ele que destruir Seu povo quando desejaria muito mais curá-lo?

Em Isaías 1, a doença do pecado é profundamente retratada em cores escuras: Israel é uma "nação pecadora" (verso 4), "filhos dados à corrupção" (verso 4), "abandonaram o Senhor" (verso 4), "a cabeça toda está ferida" (verso 5), "da sola do pé ao alto da cabeça não há nada são; somente machucados, vergões e ferimentos abertos, que não foram limpos nem enfaixados nem tratados com azeite" (verso 6). Não são os descrentes que Isaías está descrevendo. É a igreja. No verso 10, ele concentra o foco em Jerusalém, o próprio centro da adoração de Deus em toda a Terra. Eles estavam acostumados a pensar sobre os pagãos nesse tipo de cenário. Mas Isaías focaliza o holofote da palavra de Deus sobre a fonte do mau cheiro, e vejam... é Jerusalém!

Esse era um quadro perturbador dos judeus religiosos no tempo de Isaías. Eles poderiam ter sido tentados a dizer que isso se aplicava aos irreligiosos em seu meio. Mas Isaías não cai nessa. Nos versos 10 a 17 ele aponta a artilharia de sua palavra diretamente para os rituais de culto do judaísmo. Deus está enojado de tudo aquilo. "Parem de trazer ofertas inúteis! O incenso de vocês é repugnante para Mim" (verso 13). "Suas festas de lua nova e suas festas fixas, Eu as odeio. Tornaram-se um fardo para Mim; não as suporto mais" (verso 14). "Mesmo que multipliquem as suas orações, não as escutarei! As suas mãos estão cheias de sangue!" (verso 15). Deus está cansado de rituais sem a realidade. Não há objetivo em vir adorar quando o coração não está naquilo. Se o ritual está sendo apenas uma cobertura para o pecado que destrói, então não peça a Deus que suporte esse fardo.

Mesmo enquanto Deus está ralhando contra os horrores do pecado de Seu povo, Ele Se refere de maneira anelante ao poder que tem para salvar: "‘Venham, vamos refletir juntos’, diz o Senhor. ‘Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve’" (verso 18). "Sião será redimida com justiça, com retidão os que se arrependerem" (verso 27). O que estava em dúvida não era o poder de Deus. Ele podia curar do pecado. O problema estava, em vez disso, com a vontade do povo. Eles não estavam em concordância com Deus. Não conseguiam orar de maneira significativa. O coração deles não estava com Deus. Procuravam dinheiro fácil, e o conseguiam oprimindo os pobres e as viúvas. Voltavam então ao ritual vazio. Não havia realidade no culto deles. Deus Se via diante de pecadores decididos, que nunca na verdade conversavam com Ele. Ele Se via diante de um ritual obstinado sem que o coração das pessoas estivesse no culto. Elas pronunciavam o nome dEle, mas não O conheciam.

Deus prefere a misericórdia. Há, porém, um momento terrível em que a misericórdia dá lugar à destruição. Chega a hora de terraplenar a propriedade. Em Isaías 5 Deus fala sobre Sua vinha. No Vale do Napa, na Califórnia, há milhares de acres de vinhas valiosas. As uvas são incrivelmente doces, lá. Em minha infância, morei numa fazenda bem ao norte, onde cresciam uvas bravas. Com a coragem própria da infância, eu costumava comer essas uvas bravas. Como eram azedas! Não há dúvida do que ocorreria com um campo dessas uvas bravas no Vale do Napa. O campo seria terraplenado para dar lugar à plantação de uvas doces e para proteger contra a doença das uvas bravas. A terra é valiosa demais para dar uvas azedas. Assim Deus passará o "trator" sobre Jerusalém. Sua terra é valiosa demais para cultivar pecadores determinados a continuar pecando.

Não há objetivo em estudar Isaías sem aplicar a mensagem a nós mesmos. Há hábitos em nossa vida aos quais o pecado nos compele. Podemos arrumar desculpas, mas para Deus esses hábitos simplesmente se parecem com feridas abertas. Por que não Lhe pedimos que faça um curativo nelas? Há porções de nosso culto que são apenas um ritual sem realidade. Ele está cansado de carregar esse fardo. Quando é que realmente procuraremos conhecê-Lo? Nossos pecados precisam ser trazidos a Ele para ser limpos. Nossos hábitos precisam ser transformados por Seu poder. Nós, adventistas do sétimo dia, temos muito orgulho de nossa obediência como igreja. Guardamos o sábado, praticamos o lava-pés, etc., etc. Mas veja o que Deus diz sobre o sábado: "Luas novas, sábados e reuniões! Não consigo suportar suas assembléias cheias de iniqüidade" (verso 13). Parece que Deus quer mais do que nossa reforma como igreja. Deus deseja nossa lealdade pessoal. Deseja nosso coração.

Jesus vai voltar logo. Ele está procurando uvas doces. Está para terraplenar tudo o que é azedo. Venha, faça o que é bom e seja livre novamente.

Pense nisto

  1. Que hábitos em sua vida não foram entregues a Jesus para que os purificasse?
  2. Qual é a diferença entre obediência como igreja e obediência pessoal a Deus? É mais provável que qual tipo de obediência agrade a Deus?
  3. Que área foi "terraplenada" em sua vida, na qual você agora vê uvas doces crescendo no lugar das azedas?

Doug Hosking
Williams Lake, EUA


Terça, 30 de março

Testemunho

NOSSO DEUS É RAZOÁVEL

5. Como Deus evidencia Sua misericórdia pelos pecadores? Você tem notícia de algum outro governante poderoso apelando nesses termos aos seus súditos? Isa. 1:18

Deus ofereceu poderosas evidências de que os judeus, os acusados, eram culpados de quebra de contrato (vs. 2-15), e apelou para que mudassem (vs. 16 e 17). Esse apelo sugere que há esperança. Afinal, por que persuadir um criminoso que merece a execução a mudar de vida? Quando Deus diz: "Vinde, pois, e arrazoemos" (v. 18) ainda podemos ver o Senhor procurando argumentar com Seu povo, buscando conseguir que se arrependam e deixem os seus maus caminhos.

6. Como a oferta de perdão de Deus serve como argumento para eles mudarem os seus caminhos? Compare Isa. 1:18 com Isa. 44:22.

A oferta de perdão é o argumento poderoso que confirma o apelo para que o povo se purifique moralmente (vs. 16 e 17). O perdão divino faz possível que sejam transformados pelo Seu poder e é a base de um relacionamento de novo coração com Deus.

"O reinado de Uzias estava chegando ao fim, e Jotão estava já levando muitas das tarefas do Estado, quando Isaías, da linhagem real, foi chamado, embora ainda jovem, para a missão profética. Os tempos em que Isaías devia trabalhar estavam repletos de perigos peculiares para o povo de Deus. ... A divina proteção estava sendo removida, e as forças assírias estavam prestes a se espalhar sobre a terra de Judá.

"Mas os perigos de fora, esmagadores como pudessem parecer, não eram tão sérios quanto os perigos internos. Era a perversidade de seu povo que levava ao servo do Senhor a maior perplexidade e a mais profunda depressão. Por sua apostasia e rebelião, os que podiam ter permanecido como portadores de luz entre as nações, estavam atraindo os juízos de Deus. Muitos dos males que apressaram a rápida destruição do reino do norte, e que tinham sido recentemente denunciados em termos inequívocos por Oséias e Amós, depressa estavam corrompendo o reino de Judá" (Profetas e Reis, págs. 305 e 306).

Isaías 1:18 é um convite e uma promessa para Judá e para nós hoje. "Deus aqui convida os homens a se encontrarem com Ele para uma livre e franca discussão de seus problemas. Ele não é um juiz inconsistente ou um tirano arbitrário, mas um amável pai e amigo. ... Deus é razoável, e deseja que os homens compreendam que é para sua vantagem o abandonarem o pecado e andarem no caminho da justiça. As capacidades de raciocínio do homem lhe foram dadas para ser usadas, e o melhor uso que pode fazer delas é descobrir os benefícios da obediência e os males da transgressão.

"Nesta promessa o pior dos pecadores pode encontrar conforto e esperança. Deus aqui nos assegura que, por mais culpados que tenhamos sido no passado, por mais escuro que tenha sido nosso pecado, é possível sermos restaurados à pureza e santidade. Esta promessa lida não apenas com os resultados do pecado, mas com o próprio pecado em si. Ele pode ser erradicado e completamente expulso da vida. Com a ajuda de Deus o pecador pode assegurar completo domínio sobre todas as coisas que o assediam" (The SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 99).

Patience Barnes
Mt. Pleasant, EUA


Quarta, 31 de março

Evidência

VALENTE VISIONÁRIO

7. Que acusação aparece em Isaías 1:19-31 contra o povo de Deus?

8. Pense nas palavras de Moisés em Deuteronômio 30:19 e 20 (leia). Note que não existe meio-termo. É vida ou morte, bênção ou maldição. Por que só existe uma de duas escolhas para nós? Por que não pode haver algum tipo de compromisso?

Essas palavras de Moisés resumem a série de advertências, bênçãos e maldições que concluem o estabelecimento da aliança em Deuteronômio 27–30 (compare com Levítico 26). Entre os elementos desta aliança estão (1) a repetição do que Deus fez por eles, (2) condições e mandamentos a serem observados para que a aliança seja mantida, (3) referência às testemunhas e (4) bênçãos e maldições para advertir o povo do que aconteceria se violasse as condições da aliança.

Abra o livro de Isaías. Leia a frase introdutória no verso 1. Essa introdução aparentemente comum torna-se viva quando descobrimos que Isaías significa "salvação de Iavé" ou "Iavé é salvação". Instantaneamente ficamos sabendo qual é a missão de Isaías. A prioridade é a redenção do povo de Deus.

Isaías ficou ativo por um extraordinário período de tempo. Ele foi chamado a ser profeta quando jovem, em algum ponto entre 750 e 739 a.C. Serviu como profeta em torno de 40 a 60 anos. Profetizou durante os reinados de quatro reis de Judá: Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias. Isso também incluiu os reinados de governantes assírios: Tiglate-Pileser III (745-727), Salmaneser V (727-722), Sargão II (722-705), Senaqueribe (705-681) e Esar-Hadom (681-669). Com a morte do rei Uzias, Israel disse adeus à prosperidade dos 50 anos anteriores, que haviam sido relativamente pacíficos. Estava para sobrevir uma agressão em larga escala; ondas de choque estavam para ser sentidas.

Aqueles tempos eram assustadores. A Assíria estava no auge do poder. Nenhum país parecia capaz de conter sua onda de poder, que varria o mundo no Oriente Próximo como uma praga. Segundo o Mosaico de Jerusalém, Isaías foi testemunha de um dos mais turbulentos períodos da história de Jerusalém, tanto do ponto de vista político quanto religioso. Sua posição o capacitava a tomar parte ativa nos eventos, e em alguns casos a dirigi-los. Ele encorajou os reis de Judá a escolher a fé tranqüila em vez das alianças desesperadas. As tentativas de Ezequias de fazer aliança com o Egito e com o rei de Babilônia foram contestadas por Isaías, o qual afirmou que elas demonstravam falta de fé.

Parece que Isaías tinha livre acesso ao palácio em Jerusalém. Há algumas sugestões de que ele até pertencesse à aristocracia. Contudo, isso não o impediu de falar contra a corrupção da classe reinante e de ser o porta-voz das pessoas comuns que estavam sendo vitimadas pela corrupção desenfreada. Ele é considerado o mais político dos profetas. Sua opinião, quando ele dava conselho aos reis, era de que devia ser usada uma abordagem passiva, política e militarmente falando. Isaías, o homem de visão, era valente ao partilhar a missão.

Shirley Allen
Clackamas, EUA


Quinta, 1º de abril

Aplicação

FÉ EM MEIO À TORMENTA

9. O que significa a parábola da vinha? Isa. 5:1-7

Só no final Deus explica o significado da parábola, no verso 7. Usando uma parábola, Ele ajuda o povo a olhar para si mesmo a fim de admitir objetivamente sua verdadeira condição.

10. Por que o Senhor perguntou em Isaías 5:4: "Que mais se podia fazer ainda à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito?"

Leia ainda Isaías 5:5 e 6. Quando pecamos, Deus não nos afasta imediatamente, removendo Sua proteção e nos destruindo. Ele nos oferece pacientemente a oportunidade de receber perdão (leia II Ped. 3:9). Não afasta de Si qualquer pessoa que Lhe responde. Apela enquanto houver esperança de resposta. Mas se não obtiver resultado conosco, em última instância, Ele reconhece nossa escolha e nos permite continuar no caminho que escolhemos (compare com Apoc. 22:11).

Acaz era o rei de Judá. Durante seu reinado ele recebeu uma mensagem de que dois países haviam se aliado para guerrear contra sua nação. Ele e seu povo sentiram que não tinham chances de ganhar uma guerra contra essas duas potências. Ficaram assustados e desanimados. Mas Deus, que conhece tudo e vê tudo, estava vigiando sobre Acaz e seu povo, e foi em socorro deles. Enviou Isaías para confortar Acaz. "Vá encontrar-se com Acaz", Ele disse. "Diga a ele: Tenha cuidado, acalme-se e não tenha medo. Que o seu coração não desanime por causa do furor destes restos de lenha fumegantes" (Isa. 7:3 e 4).

Você já enfrentou uma situação que fez com que você ficasse com medo e desanimado? A maioria de nós, já. Enfrentamos situações com as quais achamos que não poderíamos lidar, e não sabíamos para onde nos volver. Mas assim como Deus enviou Isaías para confortar Acaz, Ele ainda tem uma palavra para Seu povo hoje. "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio" (Sal. 46:10 e 11).

O que Acaz devia saber e que nós também devemos saber hoje?

Primeiro, sempre podemos colocar nossa confiança em Deus e em Suas promessas, pois elas são verdadeiras. Ele prometeu estar conosco sempre (Mat. 28:20). Precisamos acreditar em Sua palavra, pois é quando acreditamos que Deus responde nossas orações.

Segundo, nosso Deus é onisciente. Ele sabe quais serão os resultados finais. Quando confiamos a Ele o cuidado de nossa vida, podemos seguir em frente sem temor, sabendo que Ele ganhará a batalha, não importa quais sejam as probabilidades.

E, finalmente, Deus é fiel. Mateus 24:35 declara que "os céus e a Terra passarão, mas as Minhas palavras jamais passarão".

Deus enviou Isaías para confortar Seu povo muito tempo atrás. Hoje temos o Espírito Santo para confortar-nos, guiar-nos e fortalecer-nos, a fim de que nós também possamos ser fiéis, mesmo em meio à tormenta.

Jessie Beard
Erie, EUA


Sexta, 2 de abril

Opinião

A AUDÁCIA DE UM ANJO

"Você, que dizia no seu coração: ‘Subirei aos Céus; erguerei o meu trono acima das estrelas de Deus; eu me assentarei no monte da assembléia, no ponto mais elevado do monte santo. Subirei mais alto que as mais altas nuvens; serei como o Altíssimo" (Isa. 14:13 e 14).

Por causa de seu resplendor, Lúcifer era considerado a estrela d’alva. Ezequiel 28:13-15 nos dá uma descrição da perfeição de Lúcifer. Podemos ver que ele permitiu que seu resplendor e beleza distorcessem a tal ponto seu foco que ele desejou competir com Deus. Às vezes ficamos tão familiarizados com aqueles que talvez estejam em posições mais altas que nós, e perdemos o respeito que um dia possamos ter tido por eles. Apesar de nosso status na vida, porém, somos todos iguais. Mas nunca deve ser a mesma coisa com Deus. Precisamos o tempo todo ter reverência por Ele, que é o Criador de todas as coisas.

Isaías 14:13 e 14 descreve os pensamentos de Lúcifer quando ele perdeu sua identidade e desejou estar acima de Deus. A questão é: Por que Lúcifer caiu quando era "inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado até que se achou maldade em você"? (verso 15). É porque ele teve a audácia de se comparar com Deus. Duvidou que Deus fosse tudo o que Ele disse que é.

Todos nós podemos nos identificar com o desejo por algo que não podemos ter, tal como um emprego para o qual não estamos plenamente qualificados. Em tais ocasiões não vemos as coisas como realmente são e talvez cheguemos até a extremos de comportamento como o que foi exibido por Lúcifer – lançar ataques contra o caráter de outros no esforço de atrair a atenção para nós mesmos. Será que nós, como Lúcifer, podemos estar em perigo de permitir que o orgulho e a vaidade corrompam nossa sabedoria?

Dicas

  1. Escreva o roteiro para um comercial de TV sobre a ação removedora de manchas que Deus possui, de acordo com Isaías 1:18.
  2. Ouça todo o oratório O Messias, de Haendel, e pense na lição desta semana.
  3. Encontre um lugar silencioso e conceda um tempo a você mesmo para se "aquietar" e refletir sobre Deus e Sua bondade – anotando alguns de seus pensamentos para você poder examiná-los mais tarde em ocasiões de tensão.

Marjorie Stewart
Olney, EUA


 

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