Lição 1
27 de março a 3 de abril

Crise de identidade

Lição 122004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: I Sam. 14–16

VERSO PARA MEMORIZAR: "Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã" (Isa. 1:18).

PERDIDOS NA TERRA DO ESQUECIMENTO. Se for dirigir na Irlanda ao longo de uma estreita estrada rural, com cercas de madeira, você pode ter o caminho bloqueado por um rebanho de vacas voltando calmamente para casa depois de um dia no pasto. Mesmo que não haja vaqueiro acompanhando, elas irão para o celeiro do seu dono. Elas conhecem a quem e a que lugar pertencem.

Se um menino pequeno em uma loja se perder de sua mãe e gritar: "Eu quero a minha mãe!", ele pode não saber exatamente onde está, nem onde está a sua mãe, mas em meio a um mar de mães caminhando pela loja, ele conhecerá a única mãe que é só sua.

Infelizmente, ao contrário até daquelas vacas irlandesas (sem falar do menino perdido), os judeus esqueceram que pertenciam ao Senhor, seu Pai Celestial, e assim perderam a verdadeira identidade como povo da aliança. "Criei filhos e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra Mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, o dono da sua manjedoura; mas Israel não tem conhecimento, o Meu povo não entende" (Isa. 1:2 e 3).

Nesta semana, vamos examinar o trabalho de Deus para restaurar a Si mesmo o Seu povo.


Domingo

Ano Bíblico: I Sam. 17–19

Ouvi, ó Céus! (Isa. 1:1-9)

O livro de Isaías apresenta brevemente o seu autor ("filho de Amoz"), a fonte da sua mensagem (uma "visão") e o seu tema (Judá e sua capital, Jerusalém, durante o reinado de quatro reis). O tema também identifica o público-alvo de Isaías: o povo do seu próprio país durante o tempo em que ele vivia. O profeta lhes falou a respeito da sua própria condição e seu destino.

Ao mencionar os reis durante cujos reinados ele esteve em ação, Isaías reduz o público e liga o livro aos eventos históricos e políticos de certo período. Esse período nos leva aos relatos de II Reis 15–20 e II Crônicas 26–32.

1. Leia Isaías 1:2. Por que Deus estava triste? Esta mesma idéia está presente em outros momentos da história sagrada? O mesmo pode ser dito também da igreja cristã hoje? Explique sua resposta.

Note como a mensagem de Isaías começa com as palavras: "Os céus e a terra tomo, hoje, por testemunhas" (compare com Deut. 30:19; 31:28). O Senhor não está querendo dizer que o céu e a Terra, em si, podem ouvir e dar testemunho. Ele faz essa convocação para dar ênfase.

Quando um rei do antigo Oriente Médio, como um imperador hitita, fazia um tratado político com um governante menor, ele invocava os seus deuses como testemunhas para enfatizar que qualquer violação ao acordo seguramente seria notada e castigada. No entanto, quando o divino Rei dos reis fez uma aliança com os israelitas nos dias de Moisés, Ele não se referiu aos outros deuses como testemunhas. Como único Deus verdadeiro, Ele clamou aos céus e a Terra para que cumprissem esse papel (veja também Deut. 4:26).

Leia cuidadosamente Isaías 1:1-9. Resuma nas linhas abaixo os pecados de Judá. Tome nota especial, também, dos resultados daqueles pecados. Do que Judá era culpado, e o que aconteceu por causa da sua culpa? Ao mesmo tempo, que esperança é apresentada no verso 9?

Segunda

Ano Bíblico: I Sam. 20–23

Ritualismo sem sentido (Isa. 1:10-17)

2. Por que Deus aplicou a Israel a imagem de Sodoma e Gomorra? Isa. 1:10

3. Por que o Senhor rejeitava a adoração que Seu povo Lhe ofertava? Isa. 1:11-15

As mesmas mãos que ofereciam sacrifícios e eram erguidas em oração estavam "cheias de sangue"; isto é, culpadas de violência e opressão sobre outros (Isa. 1:15; 58:3 e 4). Quando maltratavam outros membros da comunidade da aliança, eles estavam mostrando desprezo pelo Protetor de todos os israelitas. Os pecados contra outras pessoas eram pecados contra o próprio Deus.

Naturalmente, o próprio Deus instituiu o sistema ritual de adoração (Levítico 1–16) e designou o templo de Jerusalém como o lugar apropriado para isso (I Reis 8:10 e 11). Mas as cerimônias tinham sido planejadas para funcionar no contexto da aliança que Deus fez com esse povo. Era a aliança de Deus com Israel que Lhe tornava possível habitar entre eles no santuário ou templo. Então, os rituais e as orações ali apresentadas eram válidos unicamente se expressassem fidelidade a Ele e à Sua aliança. Aqueles que ofereciam sacrifícios sem se arrependerem dos atos injustos para com outros membros da comunidade da aliança estavam apresentando mentiras cerimoniais. Desse modo, seus sacrifícios não apenas eram inválidos – constituíam pecados! Suas ações rituais diziam que eram leais, mas seu comportamento provava que haviam quebrado a aliança.

4. Leia Isaías 1:16 e 17. Qual era o remédio para o povo de Deus? Faça com estes textos um paralelo com o que Jesus disse em Mateus 23:23-28. Que mensagem podemos achar para nós mesmos, hoje, nestes textos e no contexto em que eles foram dados?


Terça

Ano Bíblico: I Sam. 24–27

O argumento do perdão (Isa. 1:18)

5. Como Deus evidencia Sua misericórdia pelos pecadores? Você tem notícia de algum outro governante poderoso apelando nesses termos aos seus súditos? Isa. 1:18

Deus ofereceu poderosas evidências de que os judeus, os acusados, eram culpados de quebra de contrato (vs. 2-15), e apelou para que mudassem (vs. 16 e 17). Esse apelo sugere que há esperança. Afinal, por que persuadir um criminoso que merece a execução a mudar de vida? Como um prisioneiro no corredor da morte pode repreender ao opressor; defender o direito do órfão, pleitear a causa das viúvas? Mas quando Deus diz: "Vinde, pois, e arrazoemos" (v. 18) ainda podemos ver o Senhor procurando argumentar com Seu povo, buscando conseguir que se arrependam e deixem os seus maus caminhos, não importa quão degenerados tenham se tornado.

Deus lhes diz que os seus pecados vermelhos se tornarão brancos. Por que os pecados são vermelhos? Porque o vermelho é a cor do "sangue" que cobre as mãos do povo (v. 15). Obviamente, o branco é a cor da pureza, da ausência de sangue. Aqui, Deus está Se oferecendo para transformá-los. Este é o tipo de linguagem que o Rei Davi usou quando clamou a Deus por perdão ao pecado de tomar Bate-Seba e destruir seu marido (leia Sal. 51:7 e 14). Em Isaías 1:18, o argumento de Deus é um oferecimento para perdoar o Seu povo!

6. Como a oferta de perdão de Deus serve como argumento para eles mudarem os seus caminhos? Compare Isa. 1:18 com Isa. 44:22.

Agora vemos o propósito das palavras de forte advertência de Deus contra o Seu povo. Não são para rejeitar o Seu povo mas para trazê-lo a Si. A oferta de perdão é o argumento poderoso que confirma o apelo para que o povo se purifique moralmente (vs. 16 e 17). Seu perdão faz possível que sejam transformados pelo Seu poder. Aqui vemos as sementes da "nova aliança", profetizada em Jeremias 31:31-34, na qual o perdão é a base de um relacionamento de novo coração com Deus.


Quarta

Ano Bíblico: I Sam. 28–31

Comer ou ser devorado (Isa. 1:19-31)

7. Que acusação aparece em Isaías 1:19-31 contra o povo de Deus?

Note a estrutura lógica em Isaías 1:19 e 20: Se o povo estiver disposto e obediente a Deus, comerá o melhor da terra (v. 19). Por contraste, se recusar a oferta de perdão e restauração e se rebelar contra Ele, será devorado pela espada (v. 20). A escolha é deles. Assim, estes versos contêm uma bênção ou maldição condicional.

Isaías 1 reforça e aplica as palavras de Moisés registradas em Deuteronômio 30:19 e 20 no momento em que a aliança com a nação de Israel foi instituída: "Os Céus e a Terra tomo, hoje, por testemunhas contra ti, que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição. ..."

8. Pense nessas palavras de Moisés em Deuteronômio 30:19 e 20. Note que não existe meio-termo. É vida ou morte, bênção ou maldição. Por que só existe uma de duas escolhas para nós? Por que não pode haver algum tipo de compromisso?

Estas palavras de Moisés resumem a série de advertências, bênçãos e maldições que concluem o estabelecimento da aliança em Deuteronômio 27–30 (compare com Levítico 26). Entre os elementos desta aliança estão (1) a repetição do que Deus fez por eles, (2) condições e estipulações (mandamentos) a serem observados para que a aliança seja mantida, (3) referência às testemunhas e (4) bênçãos e maldições para advertir o povo do que aconteceria se violasse as condições da aliança.

Já foi mostrado que esses elementos aparecem na mesma ordem em tratados políticos que envolviam povos não israelitas, como o hititas. Então, para estabelecer a Sua aliança com os israelitas, Deus usou uma forma que eles entendessem e os impressionasse tão vigorosamente quanto possível a respeito da natureza e das conseqüências da relação que os obrigava mutuamente, na qual eles estavam escolhendo entrar. Os potenciais benefícios da aliança eram assombrosos, mas se Israel quebrasse o acordo, estaria em pior condição do que nunca.


Quinta

Ano Bíblico: II Sam. 1–4

Uma trágica canção de amor (Isa. 5:1-7)

9. O que significa a parábola da vinha? Isa. 5:1-7

Só no final Deus explica o significado da parábola, no verso 7. Usando uma parábola, Ele ajuda o povo a olhar para si mesmo a fim de admitir objetivamente sua verdadeira condição. Deus obteve bom resultado ao utilizar essa abordagem com o Rei Davi (compare II Sam. 12:1-13). Quando chama esta canção de "canção de amor", Deus revela bem no início o que O motiva a Se aproximar do Seu povo. Sua relação com eles se origina do Seu caráter, que é amor (I João 4:8). Por outro lado, Ele espera uma resposta de amor. Mas, em vez de "uvas", Ele recebe "uvas bravas" o que, no hebraico, significa "coisas malcheirosas".

10. Por que o Senhor perguntou em Isaías 5:4: "Que mais se podia fazer ainda à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito?"

Deus diz nos versos seguintes: "Agora, pois, vos farei saber o que pretendo fazer à Minha vinha: tirarei a sua sebe, para que a vinha sirva de pasto; derribarei o seu muro, para que seja pisada; torná-la-ei em deserto" (Isa. 5:5 e 6).

Quando pecamos, Deus não nos afasta imediatamente, removendo Sua proteção e nos destruindo. Ele nos oferece pacientemente a oportunidade de receber perdão (compare II Ped. 3:9). Não afasta de Si qualquer pessoa que Lhe responde. Apela enquanto houver esperança de resposta. Não aceita imediatamente um "Não" como resposta, porque sabe que somos ignorantes e estamos enganados pelo pecado. Mas se não obtiver resultado conosco, em última instância, Ele reconhece nossa escolha e nos permite continuar no caminho que escolhemos (compare com Apoc. 22:11).

Se rejeitarmos persistentemente a atração de Deus por meio do Seu Espírito, podemos ultrapassar o ponto de retorno (Mat. 12:31 e 32). Virar as costas a Cristo é perigoso (Heb. 6:4-6). Existe um limite ao que Deus pode fazer, porque Ele respeita nosso livre-arbítrio.


Sexta

Ano Bíblico: II Sam. 5–7

Estudo adicional

No contexto de Isaías 1:4, Ellen G. White escreveu: "O povo professo de Deus separou-se de Deus, perdeu a sabedoria e perverteu a compreensão. Não podia enxergar adiante; pois esquecia que fora purificado dos seus antigos pecados. Movia-se inquieto e inseguro na escuridão, buscando apagar da mente a lembrança da liberdade, certeza e felicidade de sua antiga condição. Mergulhava em todos os tipos de loucura presunçosa e precipitada, colocando-se em oposição às providências de Deus e aprofundava a culpa que já o ameaçava. Ouvia as acusações de Satanás contra o caráter divino e representava Deus como se fosse destituído de misericórdia e de perdão." SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.137.

Perguntas para consideração:

1. Como é possível "lavar-nos, purificar-nos"? O que essa expressão significa? (veja Filip. 2:12 e 13).

2. Como Jesus adaptou, expandiu e aplicou a Si mesmo a canção de amor da vinha? Mat. 21:33-45; Mar. 12:1-12; Luc. 20:9-19. Que lições existem para nós, adventistas do sétimo dia?

3. Qual é a relação entre a oferta divina de perdão e a transformação que Ele realiza em nossa vida? Qual vem primeiro, a transformação e depois o perdão – ou o perdão e depois a transformação? Por que é importante saber o que vem primeiro?

Resumo: Quando o povo de Deus O esquece e passa a achar que tem direito às Suas bênçãos, Ele os lembra de que são responsáveis perante a aliança com Ele. Misericordiosamente, Ele lhes mostra sua condição, adverte-os sobre as conseqüências destrutivas de abandonar a Sua proteção e os aconselha a permitir que Ele os cure e purifique.


Auxiliar e Comentários Adicionais

Esboço
Texto-chave: Isaías 1

Objetivos

1. Ilustrar a relação entre o perdão e a transformação.

2. Destacar a misericórdia de Deus e, ao mesmo tempo, sublinhar a importância de nossas escolhas, tanto individual como coletivamente.

Esboço

I. Rebelião (Isa. 1:1-17)

A. O povo de Deus é mais culpado do que os habitantes de Sodoma e Gomorra – um povo que não conhecia a Deus.

B. Deus não pode Se alegrar com a adoração de um povo rebelde (igreja, denominação ou indivíduo. Vs. 11-17).

    1. Piedade sem justiça é inútil.
    2. Em nossa culpa, destacamos a "religião", e não a transformação.

II. Convite de Deus – escolha nossa (Isa. 1:18-31)

A. Em meio aos nossos pecados, Deus nos convida a restaurarmos nossa relação com Ele – sermos transformados.

B. O perdão e a restauração só podem ocorrer pelo amor e pela misericórdia de Deus.

C. Em Sua misericórdia, Deus continua a insistir conosco. Mas, finalmente, aceita a nossa escolha (vs. 19 e 20). Não existe meio-termo.

Resumo:

Mesmo neste quadro de rebelião e do desgosto de Deus, a esperança se faz presente. O próprio nome de Isaías significa que "o Senhor é salvação". Deus será vitorioso. Cabe a nós escolhermos se viveremos com Ele ou se vamos perecer opondo-nos a Ele.

Introdução: crise de identidade

Deus quer que o Seu povo se lembre de que a sua identidade está arraigada nEle, o seu Criador, Mantenedor e Centro da sua existência. Quando esquecem as suas raízes espirituais, seus afetos são transplantados para terra insalubre e produzem frutos corrompidos. Mas Deus não abandona o Seu povo extraviado. Oferece plena restauração a todos os que estejam dispostos a voltar e serem "replantados" nEle.

I. O Pai Celestial

Deus Se apresenta na profecia de Isaías como um pai angustiado que chora por Seus filhos que se separaram dEle. Ele chama o Céu e a Terra para testemunharem o fracasso do Seu povo, não para envergonhá-los mas para demonstrar como Sua graça opera em favor dos pecadores. Este drama de redenção traz lições de valor eterno para todo o Universo. Neste contexto, considere as semelhanças entre Isaías 1 e Romanos 1.

Restauração e renovação são o objetivo de Deus para os Seus filhos extraviados. Ele associa regeneração e renovação espiritual a uma união íntima consigo mesmo. No prólogo da profecia de Isaías, Deus diagnostica o problema básico do Seu povo, para que reconheça a necessidade de cura. Mas a enfermidade espiritual de Israel era tão profunda e existia há tanto tempo que eles não tinham sequer uma idéia do que era saúde espiritual e a necessidade de cura. No entanto, Deus os amava demais para deixar de declarar que a enfermidade penetrara cada fibra do seu ser (Isa. 1:5 e 6). Com exceção dos poucos fiéis crentes de Judá, a nação eleita de Deus estaria tão degenerada e condenada quanto Sodoma e Gomorra (Veja Isa. 1:10). A importância atual deste ponto é destacada pelas palavras de Jesus em Lucas 17:26-30. Alguns professos cristãos nestes últimos dias são semelhantes aos judeus do tempo de Isaías. Se negligenciarmos este fato, o livro de Isaías terá pouco a nos dizer. É importante nos lembrarmos de que os registros divinos do passado são preservados "para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado" (I Cor. 10:11; compare com Rom. 15:4; II Tim. 3:16 e 17).

II. Religião em ruínas

Por que Deus faz uma acusação tão severa ao Seu povo cuja vida religiosa, em muitos aspectos, se ajustava exteriormente aos requisitos? Eles guardavam o sábado, à sua maneira; ofereciam os sacrifícios exigidos no templo; celebravam os dias de festas e faziam "muitas obras maravilhosas" em nome de Deus. Mas o seu coração estava longe dEle, e manifestavam escassa compaixão e generosidade mútuas. De fato, crueldade, exploração, violência, imoralidade e opressão eram excessivas entre eles. Eles tinham forma de piedade, mas negavam o seu poder (veja Isa. 29:13; compare com II Tim. 3:1 e 5).

Em proporção com a sua distância de Deus, a vida religiosa de um povo pode facilmente tomar a forma de um altivo exibicionismo, envolvendo complexos rituais para disfarçar o vazio interno. (Veja Ellen G. White, O Grande Conflito, págs. 566-568.) Mas Deus não tem satisfação em uma religião de rituais exteriores. Ele busca o ser interior e deseja encher o nosso coração com Sua santa presença, de forma que a adoração seja genuína, firme e livre.

III. Acusação e apelo

Embora Israel não merecesse essa atenção, Deus não abandonou o Seu povo de uma vez. A acusação a respeito dos seus males era válida, mas Ele preferiria restaurar, em vez de condenar a nação. Conseqüentemente, apelou com eles para que aceitassem o benefício espiritual para o qual os sacrifícios diários apontavam – os méritos salvadores do Seu sangue expiatório. Ele Se apresentava como o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (veja Isa. 1:18; compare com Isaías 53). Ele aguardava ansiosamente o dia em que Lhe permitiriam afastar a sua impureza e ser completamente restabelecidos por Sua graça. Então, o Seu julgamento e justiça os iluminariam em vez de expor a sua iniqüidade (veja Isa. 1:17-28; 32:15-18). Quando estivessem verdadeiramente convertidos, eles atenderiam ternamente os destituídos e aflitos e usariam todos os seus talentos para a glória de Deus (veja Isa. 1:17; Tiago 1:27).

Mas Deus não seria enganado. Se a Sua misericórdia e redenção fossem menosprezadas e a Sua autoridade desconsiderada por causa da bondade revelada, Ele finalmente aplicaria a justiça (veja Isa. 1:19 e 20; compare com Rom. 11:22, Tiago 2:13).

IV. A canção de irreprimível amor

Deus é um poeta. Seu amor real, retribuído ou rejeitado, se expressa em canção (veja Deut. 32:1-44; Sal. 117; Sof. 3:17; Mat. 26:29 e 30). Nas abóbadas do sentimento divino, os ecos do amoroso apelo soam melodiosos. Mesmo dos corações mais cavernosos e indiferentes, os ecos dos Seus apelos se desfazem lenta e relutantemente. Nunca a pomba da misericórdia abandona os ouvidos endurecidos sem lágrimas, por mais que essas lágrimas sejam menosprezadas (veja Jer. 13:15-17). No entanto, o amor divino não é um pão-de-ló, todo doçura mas sem substância. Na economia de Deus, o amor e a retidão moral estão unidos. Não dá menos valor aos Seus requisitos morais do que à expansão do Seu cuidado por nós (veja Ecles. 8:11-13; Rom. 1:18-25; 2:1-11; Gál. 6:7 e 8).

Estudo Indutivo da Bíblia
Textos: Zacarias 1:2, 3 e 6; Tito 3:3-7; Tiago 1:6-8

1. Como os pais se sentem quando os seus filhos teimam em desobedecer, embora se requeira deles um comportamento específico? Quando os pais deveriam guardar a raiva e mostrar misericórdia? Quando deveriam aplicar imediatamente o castigo? As palavras de Isaías 1:19 são claras e familiares: Faça como eu digo, e você será abençoado. No entanto, com que freqüência agimos como uma criança rebelde que desobedece deliberadamente à instrução de Deus? Como nosso Pai celestial responde quando somos rebeldes? Por que Ele parece responder de forma diferente em situações diferentes? Veja Isa. 13:11; Zac. 1:2, 3 e 6; Efés. 2:2-6; e Tito 3:3-7.

2. Quando erramos, Deus nos incentiva a voltarmos para Ele. Dois desses incentivos são o perdão e um novo começo. Que outras bênçãos Ele nos oferece? Veja Sal. 86:5 e Col. 2:13. Convide a classe a contar exemplos pessoais de bênçãos que receberam depois de aceitarem o perdão de Deus.

3. Deus diz: "Eu, o Senhor, não mudo" (Mal. 3:6). Essa estabilidade é necessária para criar confiança. A confiança é o fundamento de qualquer relação. É importante que Deus tenha um caráter coerente, para podermos identificá-Lo mais facilmente e reconhecermos o chamado do Espírito Santo. É importante que também tenhamos um caráter coerente, para que os outros nos reconheçam como filhos de Deus e que Deus nos veja como Sua propriedade. Veja Mat. 7:20-23 e Tiago 1:6-8.


Testemunhando
Em todos os países, espera-se que os seus cidadãos conheçam, entendam e acatem as leis da terra. Cremos que essas leis têm o propósito de nos proteger contra danos, preservar a segurança e melhorar a qualidade de vida para todos os cidadãos. Em troca, apreciamos os benefícios de um ambiente mais seguro, mais limpo e mais bonito.

A desconsideração às "leis terrestres" costuma levar ao caos, desassossego e, finalmente, ao castigo do ofensor. Infelizmente, às vezes os que entram em contato com o ofensor também são afetados. Então, muitos cidadãos escolhem obedecer, reconhecendo assim que as vantagens da obediência superam em valor as desvantagens. Mas, em última instância, a escolha é nossa.

Na lição desta semana, aprendemos que Deus chamou Isaías para lembrar aos filhos de Israel que seguissem fielmente a aliança de Deus e que, assim fazendo, receberiam grandes bênçãos. Como este conselho é apropriado para cada de nós! Assim como, quando somos bons cidadãos, colhemos os benefícios positivos na Terra, ao aceitarmos a Jesus como nosso Salvador pessoal e seguirmos a Sua Palavra, alcançamos a cidadania celestial.

Não hesite em contar aos outros quais são os resultados positivos de aceitar e seguir o convite do nosso Senhor para participar de uma vida melhor. Ore para que Deus lhe envie nesta semana pelo menos uma pessoa que precisa ouvir dos benefícios do livre-arbítrio e dos seus efeitos sobre a vida eterna. Deixe que essa pessoa conheça como é libertador estar ligado a Jesus!


Aplicações à vida diária
Ponto de Partida:

Às vezes, podemos achar que estamos totalmente desligados da vida. Esse tipo de situação costuma ser chamado de crise de identidade. Saber quem realmente somos e o que é mais importante para nós faz parte do processo do crescimento cristão. Você já passou por uma crise assim? Como você conseguiu superar essa crise?

Perguntas para consideração:

1. Israel havia chegado a um ponto em que haviam minimizado o que devia ter sido o centro da sua adoração – o próprio Deus. Que rituais religiosos nós temos? Explique como esses rituais podem nos impedir de nos concentrar em Deus. Por que a forma nunca deveria ter prioridade sobre o conteúdo? Então, a forma não é importante? Explique.

2. A conservação dos jovens na igreja é um dos maiores desafios que a nossa igreja enfrenta. Em que sentido os jovens podem esperar demais da igreja? Dê algumas sugestões de como melhorar a atmosfera da igreja na manhã de sábado a fim de ampliar a sua experiência.

3. Deus diz que devemos aceitar o Seu perdão a fim de recebermos as Suas bênçãos e a vida eterna. Mas o perdão pode ser difícil de conceder e de receber. Um exemplo claro de dar e receber perdão está na história em que Maria Madalena está banhando os pés de Jesus com lágrimas e enxugando-os com os seus cabelos. Dê alguns exemplos em que você ou alguma pessoa da sua família deu ou recebeu perdão.

Perguntas de aplicação:

1. Existe alguém a quem você foi incapaz de perdoar? Talvez seja um ex-amigo. Neste caso, pense no seguinte: "Um bom amigo é uma fortuna. Vale a pena perdoar um amigo". – Marjorie Holmes, "Hold Me Up a Little Longer, Lord", Guideposts, pág. 57. Chame essa pessoa hoje e refaça a amizade; vocês dois receberão uma bênção!

2. Você crê que o seu relacionamento com Jesus é o que deveria ser? Se acha que Ele merece mais do seu tempo e dos seus recursos, faça arranjos para passar uma parte de cada dia com Ele. Renove a sua aliança com Ele; peça-Lhe perdão, e esteja preparado para recebê-Lo com um coração aberto.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

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