Lição 3

11 a 16 de abril

Quando seu mundo está desmoronando

Lição dos jovens 322004


"Se vocês não ficarem firmes na fé, com certeza não resistirão!" (Isa. 7:9).

Prévia da semana: Deus levou o incrédulo rei Acaz a circunstâncias em que teve que tomar uma decisão difícil: Crer ou não crer, esta é a questão. Embora o Senhor lhe tenha oferecido qualquer sinal que sua imaginação pudesse inventar, ele recusou até mesmo permitir que Deus demonstrasse um motivo por que deveria crer. Em vez disso, ele escolheu como "amigo" o rei da Assíria.

Leitura adicional: Filip. 4:8; Isa. 8:18; Mensagens aos Jovens, págs. 119-166; O Grande Conflito, págs. 635-652; O Desejado de Todas as Nações, pág. 19; Profetas e Reis, pág. 329


Domingo, 11 de abril

Introdução

FÉ – A CONDIÇÃO DE DEUS

1. Que crise terrível o Rei Acaz enfrentou logo no início do seu reinado? II Reis 15:37 e 38; 16:5 e 6; Isaías 7:1 e 2

2. Qual foi a solução de Acaz quando viu seu mundo caindo? II Reis 16:7-9; II Crôn. 28:16

Em vez de reconhecer que Deus era o único amigo que podia salvá-lo e ao seu país, Acaz tentou fazer amizade com a Assíria, que alegremente atendeu ao seu pedido de ajuda contra a Síria e Israel. O poder da aliança siro-israelita estava quebrado. No curto prazo, parecia que Acaz tinha salvo Judá. Mas essa ação da parte de Acaz não deve nos surpreender. Ele já fora um dos piores reis que Judá tivera até aquele ponto (veja II Reis 16:3 e 4; II Crôn. 28:2-4).

"Sem fé é impossível agradar a Deus (Heb. 11:6), muito menos nos submetermos a Sua sábia e misericordiosa liderança."*

Centenas de anos atrás um embaixador inglês estava a caminho da Suécia. Ele estava muito preocupado e não conseguia dormir. Na hospedaria onde ele estava com seu conselheiro, virava de um lado para outro na cama e depois ficou andando pelo quarto.

Ao ouvir isto, seu conselheiro bateu à porta. Quando o embaixador apareceu, o homem mais jovem disse:

– O senhor me permite fazer-lhe uma pergunta?

– É claro – foi a rápida resposta.

– Desculpe-me, senhor, mas o senhor não acha que Deus já governava este mundo muito antes de o senhor entrar nele?

– Certamente.

– E o senhor não acha que Ele pode tomar conta do mundo enquanto o senhor está vivendo nele?

A pergunta não precisava de resposta. O embaixador compreendeu, disse "Boa noite", fechou a porta, e com sua confiança em Deus, dormiu em paz.

Vivemos numa época em que tudo se move em ritmo frenético. Somos ensinados a não depender de ninguém, exceto de nós mesmos. Mas dessa forma temos uma vida plena, bem-sucedida? A resposta é, definitivamente, não! Deus é Aquele em quem podemos crer, Aquele a quem podemos confiar todos os nossos problemas. Ele está disposto a fazer isso. Ele deseja fazer isso, mas há uma condição: precisamos ter fé nEle. Precisamos crer que Deus está realmente conosco, ajudando-nos a cada passo do caminho. Buscá-Lo e segui-Lo é o que Ele requer de nós. Ele já ajudou a outros. Pode ajudar você. Tem um plano para nossa vida que é maior do que qualquer coisa que possamos sonhar. Esta vida pode ser sua se você confiar nEle completamente e seguir onde quer que Ele guiar. Você tem esta fé?

"Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dEle se aproxima precisa crer que Ele existe e que recompensa aqueles que O buscam" (Heb. 11:6).

* The SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 133; comentário sobre Isa. 7:9.

Twyla Anne Dunder
Silang, Filipinas


Segunda, 12 de abril

Exposição

PROBLEMAS EM DOBRO


 

Deus sabia que o acordo entre Judá e a Assíria traria problemas para a linhagem de Davi, por isso enviou Isaías para aproximar-se do rei a fim de persuadi-lo a não entrar em acordo com o líder assírio.

3. Por que Deus disse que Isaías levasse consigo o seu filho, Um-Resto-Volverá? Isa. 7:3

A mensagem de Deus para Acaz era: O nome do garoto significa o que você fizer significar! Abandone os seus pecados (volte para Deus) ou vá para o cativeiro, e do cativeiro só um remanescente voltará. A decisão é sua!

4. Como a mensagem de Deus atendia à situação do rei? Vs. 4-9

O medo dominou o rei Acaz de Judá quando ele recebeu relatórios de seu serviço de inteligência dizendo que forças aliadas estavam subindo contra seu reino. Os israelitas, do norte, e os sírios (II Crôn. 28:5) forjaram uma aliança profana para trazer destruição ao reino de Judá, no sul. As Escrituras afirmam que "o coração de Acaz e do seu povo agitou-se, como as árvores da floresta agitam-se com o vento" (Isa. 7:2). O medo desloca a pessoa de um alicerce sólido para um estado instável. A casa de Davi estava numa crise.

Os ingredientes para um grande desastre estavam se avolumando por causa da fraqueza do governo de Acaz. Acaz deliberadamente substituiu os rituais sagrados por ofertas e cerimônias sacrificais pagãs que não haviam sido prescritas. A idolatria era a substância da fraqueza de Judá. Este esforço humano para tirar Deus de Sua posição de direito abriu caminho para a instabilidade e a insegurança.

Nessa ocasião Deus imediatamente enviou Isaías, o profeta de descendência real, e seu filho Sear-Jasube (que significa "um remanescente voltará" – verso 3) para oferecer uma contra-tática a fim de enfrentar a crise. Deus especificamente disse a Acaz através de Isaías: "Tenha cuidado, acalme-se e não tenha medo. Que o seu coração não desanime por causa do furor destes restos de lenha fumegantes: Rezim, a Síria e o filho de Remalias" (verso 4).

Portanto, a explícita ordem de Deus foi proferida para a casa de Davi, assegurando-lhes proteção divina. Este lance de Deus era urgente e imperativo. Ademais, o Senhor repetiu Sua garantia diretamente a Acaz: "Peça ao Senhor, ao seu Deus, um sinal miraculoso, seja das maiores profundezas, seja das alturas mais elevadas" (verso 11).

O primeiro problema. Os registros do Antigo Testamento nos dizem que Deus intervém para salvar-nos com uma condição – que creiamos. O primeiro lance errado de Acaz ficou evidente quando ele disse categoricamente: "Não pedirei; não porei o Senhor à prova" (verso 12). O Senhor estava convidando o rei Acaz a arrazoar com Ele que o Seu caminho era o único meio de sobrevivência. Isaías trouxe a Acaz a clara mensagem que salvaria o povo de Deus da iminente destruição.

Acaz recusou-se a aceitar os termos do Senhor. Assim, a Bíblia relata as conseqüências de se confiar na força humana (II Crôn. 28:5-7). Podemos dizer que o primeiro problema trazido ao reino de Judá resultou da descrença. Deus foi desbancado pela inclinação do ser humano de fazer as coisas a seu próprio modo. A descrença é parente da infidelidade. E segundo todo o testemunho das Escrituras, a infidelidade certamente traz problemas.

Deus faz Seu lance. Quando Judá estava sob a ameaça de seus mais poderosos inimigos, Deus fez Seu próprio lance. Isaías profetizou porque Deus fez uma promessa: "Ouçam agora, descendentes de Davi! Não basta abusarem da paciência dos homens? Também vão abusar da paciência do meu Deus? Por isso o Senhor mesmo lhes dará um sinal: a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel" (Isa. 7:13 e 14). Emanuel significa "Deus conosco". Embora esta profecia prediga a vinda do Messias em algum tempo no futuro, a aplicação imediata desta promessa é tão urgente como durante e após a vida de Jesus.

Deus Se ofereceu para salvar a nação inteira se tão-somente eles cressem na mensagem de Isaías. Ele não apenas proveu uma saída, mas também fez provisões para o caso de eles não crerem: proteger aqueles que escolhessem permanecer com Deus.

A mulher do verso 14, cujo nome não é mencionado, reflete o papel de uma portadora virgem do Messias. Quando Jesus Se tornou carne, foi um direto cumprimento de "Deus conosco". Durante o tempo de Acaz, a certeza da palavra de Deus foi o Emanuel.

O efeito dominó. Deus deu a Acaz uma chance de decidir. Essa decisão acarretaria a erradicação dos ídolos que estavam colocados ao redor dos lugares altos e a reforma do sistema sacrifical do templo. A tarefa de Isaías era garantir que Acaz recebesse as instruções do Senhor. Mas em vez de confiar no Senhor, "Acaz enviou mensageiros para dizer a Tiglate-Pileser, rei da Assíria: ‘Sou teu servo e teu vassalo. Vem salvar-me das mãos do rei da Síria e do rei de Israel, que estão me atacando’. Acaz juntou a prata e o ouro encontrados no templo do Senhor e nos depósitos do palácio real e enviou-os como presente ao rei da Assíria" (II Reis 16:7 e 8). O ato de subserviência à Assíria foi acompanhado pela transferência da riqueza da nação a um povo infiel.

Um pacto com a nação pagã cimentou a sorte de Judá. Em vez de crer em Deus através do profeta Isaías, Acaz negou o poder de Deus. O juízo divino veio como resultado da descrença. Acaz escolheu amigos humanos em vez de tomar a Deus como um amigo de confiança. O efeito de sua infidelidade refletiu-se em suas defesas. Seu coração avançou com medo e ele encontrou ainda mais infortúnios. O efeito dominó de remover a Deus remove também o domínio que ele tinha sobre seu reino.

Mark L. Lastimoso
Silang, Filipinas


Terça, 13 de abril

Testemunho

VOZ DE CONFORTO

5. Acaz não respondeu ao chamado de Isaías pela fé. Então, Deus deu misericordiosamente ao rei outra oportunidade, dizendo-lhe para pedir um sinal quer "embaixo, nas profundezas, ou em cima, nas alturas" (v. 11). Por que Acaz respondeu do modo como respondeu? (v. 12)

À primeira vista, a resposta de Acaz parece piedosa e respeitosa. Ele não poria Deus à prova, como os israelitas fizeram séculos antes, no deserto. Mas a verdade é que Acaz não estava disposto nem a permitir que Deus o ajudasse a crer. Fechou e trancou a porta do coração para não deixar entrar fé.

6. O que significa "fatigar a Deus"? É possível levar Deus à exaustão? Isa. 7:13

Isaías, cujo nome significa "a salvação de Jeová", foi chamado por Deus para trabalhar durante uma época difícil em Judá. "Graves perigos ameaçavam já a paz do reino do sul... mas os perigos de fora... não eram tão sérios quanto os perigos internos. ... Práticas iníquas tinham-se tornado tão predominantes entre todas as classes, que os poucos que permaneciam fiéis a Deus eram não raro tentados a perder o ânimo, dando lugar ao desencorajamento e desespero" (Profetas e Reis, págs. 305 e 306). Foi neste contexto que Isaías foi enviado para confortar o povo de Deus.

Hoje "os jornais diários estão repletos de indícios de um terrível conflito em futuro próximo. ... Os homens têm-se enchido de vícios, e campeia por toda parte toda espécie de mal. ... ‘A justiça se pôs longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a eqüidade não pode entrar.’ Isa. 59:14. ... Sobem para Deus os clamores da humanidade que perece a fome, ao mesmo tempo em que, por toda sorte de opressões e extorsões, os homens acumulam fortunas colossais" (Testemunhos Seletos, vol. 3. pág. 280).

Como nos dias de Isaías, assim Deus está agora nos confortando em meio aos desastres. A situação de nosso mundo hoje não é tão diferente da dos dias de Isaías. Conquanto o maior perigo pareça ser os problemas das nações, o grande perigo para nós é nossa própria ignorância da condição espiritual em que nos encontramos.

"‘Consolem, consolem o Meu povo,’ diz o Deus de vocês" (Isa. 40:1). Esta profecia se dirigia aos profetas de Deus, instruindo-os a enfatizar o tema do conforto a um povo cativo na terra do pecado, distanciado de sua cidade natal. Deus tinha bons planos de grandes bênçãos para Israel no futuro porque eles eram o povo da Sua aliança, que nunca devia ser permanentemente rejeitado.

"Espere Israel em Deus. O Senhor da vinha está mesmo agora reunindo dentre todas as nações e povos os preciosos frutos pelos quais tem há tanto tempo esperado. Logo Ele virá para o que é Seu; e nesse alegre dia, Seu eterno propósito para a casa de Israel será finalmente cumprido. ‘Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo.’ Isa. 27:6" (Profetas e Reis, pág. 15).

Cin Sian Mung
Silang, Filipinas


Quarta, 14 de abril

Evidência

PECADOR DESINTERESSADO

7. O sinal é um filho. Mas como uma jovem dando à luz um filho e chamando-O de "Emanuel" poderia ser um sinal de proporções bíblicas? Quem é a mulher e quem é o seu Filho?

O Novo Testamento identifica Jesus como Emanuel (Mat. 1:21-23), nascido miraculosamente e com pureza de uma virgem solteira mas noiva. Jesus também é o Filho divino (Isa. 9:6; Mat. 3:17) e o "rebento" e a "raiz" de Jessé (Isa. 11:1 e 10; Apoc. 22:16). Talvez um "Emanuel" anterior cujo desenvolvimento tivesse provado a Acaz a oportunidade do cumprimento profético, tenha servido como precursor de Cristo. Não sabemos. Mas sabemos o que precisamos conhecer: "Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei" (Gál. 4:4), para nos dar a presença de Deus conosco.

A fim de compreender plenamente Isaías 7, é necessário visitar os livros de II Reis e II Crônicas. À medida que eles revelam o verdadeiro caráter de Acaz, compreendemos o real sentimento mal ocultado em sua abrupta resposta ao oferecimento de um sinal por parte do Senhor: "Não pedirei; não porei o Senhor à prova" (Isa. 7:12). Ambos os livros o descrevem como alguém que sacrificava a ídolos "debaixo de todas as árvores frondosas" (I Reis 14:23), uma hipérbole reveladora. Assim, quando Isaías trouxe sua mensagem de esperança e livramento procedente do Deus de Judá, Acaz não se interessou. "A verdadeira razão para Acaz rejeitar a oferta era sua decisão de não fazer a vontade de Deus, mas de negociar com a Assíria, e perseverar em sua idolatria. ... A desculpa que os homens muitas vezes dão para desconfiarem de Deus e confiarem em seus próprios esquemas, é sua professa reverência por Deus."1

O pedido de Acaz ao rei pagão da Assíria prova inequivocamente sua verdadeira lealdade: "Sou teu servo e teu vassalo. Vem salvar-me" (II Reis 16:7). "Mesmo nessa época em que passou por tantas dificuldades, o rei Acaz tornou-se ainda mais infiel ao Senhor. Ele ofereceu sacrifícios aos deuses de Damasco que o haviam derrotado, pois pensava: ‘Já que os deuses da Síria os têm ajudado, oferecerei sacrifícios a eles para que me ajudem também’" (II Crôn. 28:22 e 23).

Acaz não tinha absolutamente nenhuma desculpa para voltar as costas a Jeová de maneira tão óbvia. Deus lhe deu toda oportunidade para se arrepender. Isaías foi enviado a procurar Acaz e dar-lhe uma promessa de divina proteção enquanto Acaz estava ocupado "superintendendo as obras de defesa e cortando o suprimento de água do inimigo, a fim de proteger a cidade"2 com seus próprios recursos. Isaías foi orientado a levar consigo um lembrete tangível das promessas de Deus – seu filho, que tinha o nome de "um remanescente voltará". Mais do que isso, o Senhor ofereceu a Acaz, este rei de Sua nação que era abertamente pagão, um sinal adicional de Sua providência, uma oportunidade de dispersar toda dúvida, se é que a dificuldade de Acaz estava sendo a dúvida.

Infelizmente, porém, não foi a dúvida, mas o orgulho, o que fez Acaz rejeitar todo apelo apaixonado de Deus e teimosamente persistir no rumo que o levaria à ruína. Quantas vezes nós também somos cegados por esse orgulho!

1. Robert Jamieson, A. R. Fausset, and David Brown, Commentary Practical and Explanatory on the Whole Bible (Grand Rapids: Regency Reference Library, Zondervan, 1961), pág. 514.

2. Ibidem.

Beth Reynolds
Silang, Filipinas


Quinta, 15 de abril

Aplicação

VITÓRIA NA TRAGÉDIA

8. Qual é o significado da promessa de que "Deus é conosco"?

Deus não promete que Seu povo não terá sofrimento e dor, mas promete estar com ele. O salmista diz: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo; o Teu bordão e o Teu cajado me consolam" (Sal. 23:4). Deus diz: "Quando passares pelas águas, Eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti" (Isa. 43:2).

Adoniram Judson e sua esposa Ann, com quem acabara de se casar, estavam cheios de zelo para propagar a mensagem de salvação ao mundo pagão civilizado quando chegaram a Rangoon, Burma, em 13 de julho de 1813. Judson havia aprendido que uma nação podia ser evangelizada apenas por meio de sua própria população. Ele e seus colegas missionários poderiam estabelecer igrejas nativas. Mas era dessas igrejas que deviam sair pregadores para levar o evangelho a seus irmãos. A fim de treinar os nativos eficientemente, a Bíblia precisava estar disponível em Pali, a língua de Burma.

Judson começou a traduzir a Bíblia, mas isso havia se tornado um trabalho árduo. Ele disse a si mesmo que estava numa bancarrota mental, física e espiritual. A obra de doze anos em Rangoon foi varrida do mapa. Sua saúde ficou abalada. Sua esposa, seus filhos, seu amigo Maung Shway-gnong estavam mortos. Ele estava vazio, completamente despojado de tudo, aos trinta e oito anos! Este era o homem que doze anos antes havia dito que não conhecia a aflição. Que incentivo havia para começar a vida de novo? Deus parecia tê-lo deixado de lado como um pote quebrado.

O profeta Isaías talvez tenha se sentido pior. Ele estava advertindo não um povo pagão, mas o povo escolhido de Deus, que havia escolhido se tornar pagão. Como podemos então vencer os problemas quando estamos longe do Senhor ou mesmo quando somos fiéis ao Senhor?

Peça ao Senhor para ajudar você a compreender por que as coisas ficam difíceis. Como seres mortais, podemos ver apenas o passado e o presente, mas não o futuro. Isso nos impede de ver o quadro maior do porquê Deus permite que as coisas dêem errado. Lembre-se, o Senhor pode deixar que você passe pela hora mais escura porque quer que você seja uma pessoa melhor. Ele ajudará você não apenas a compreender mas a apreciar o fato de Ele tê-lo deixado passar por aquilo.

Deixe Jesus transformar sua tragédia em vitória. Coloque totalmente sua confiança no Senhor pedindo que Seu Santo Espírito o(a) conforte e guie.

Durante os últimos dias de sua vida, Deus ajudou Adoniram Judson a ver a vitória que ele havia alcançado, quando ele confessou: "Escrevi tratados para que os missionários possam distribuir impressos. Traduzi a Bíblia para que os missionários possam dar a Palavra de Deus aos burmaneses. Escrevi a gramática e a lista de palavras para que os missionários novos possam aprender a língua e o dicionário a fim de que possam conhecer o significado e o uso das palavras burmanesas. Mas e se os missionários não vierem?"

As tragédias que Adoniram Judson, o profeta Isaías e você enfrentam, se tornarão uma inspiração para sua vida se você deixar Deus transformá-las em vitórias.

Samuel Than Nuala
Yangon, Myanmar


Sexta, 16 de abril

Opinião

LINGUAGEM DE SINAIS

Você é só mais uma pessoa comum em sua comunidade – sem mensagem, sem propósito, sem alvo? O filho de Isaías não era.

O irrequieto rei andava de um lado para o outro no final do aqueduto. Era tempo de crise! A pressão era quase grande demais para ser suportada. Ele não conseguia dormir à noite, e quando conseguia dar um cochilo, pesadelos horríveis o faziam acordar novamente.

E ele não estava sozinho em sua ansiedade. Todo mundo estava aterrorizado, inclusive o mais valente guerreiro de Judá. Síria e Israel haviam se confederado e estavam vindo para atacar Judá. O rei temia que a nação toda fosse demolida por esta dupla mortal.

O rei olhou para cima e parou de andar. A distância viu duas silhuetas caminhando em sua direção. Uma parecia de um homem adulto; a outra, de um menino. Eram Isaías e seu filho.

Isaías tinha uma mensagem para dar ao rei. Deus disse que o inimigo não prevaleceria. Todos os planos deles seriam frustrados e eles seriam derrotados.

O rei não conseguia acreditar. Então Isaías olhou para ele e disse: "Peça ao Senhor, o seu Deus, um sinal miraculoso" (Isa. 7:11). Mas o rei recusou.

Então Isaías proclamou: "A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e o chamará Emanuel. Ele comerá coalhada e mel até a idade em que saiba rejeitar o erro e escolher o que é certo. Mas, antes que o menino saiba rejeitar o erro e escolher o que é certo, a terra dos reis que você teme ficará deserta" (versos 14-16).

Quem era este menino? O filho de Isaías. Sua esposa deu à luz logo após o encontro de Isaías com o rei. Ele foi um sinal para o povo de Deus e para qualquer um que notasse que a presença de Deus ainda estava na terra. Quando olhavam para ele, sabiam que Deus continuava com eles. Quando ouviam seu nome, sabiam que seriam salvos de todos os seus inimigos numa assombrosa vitória.

Dicas
  1. Reescreva Isaías 7:10-12 de forma que Acaz aceite o conselho de Deus. Também reescreva II Reis 16:7 e 8. Depois considere o resultado provável de suas revisões. Considere quão diferentes as coisas poderiam ter sido para Acaz e Israel se a verdadeira história fosse como sua revisão. Você está tomando atitudes em sua vida que são contrárias ao conselho de Deus? Você precisa de algumas revisões?

  2. Com peças de Lego ou outros bloquinhos, construa uma fortaleza de acordo com as instruções adequadas, e outra em que estejam faltando peças importantes do alicerce. Depois empilhe objetos em cima de ambas as fortalezas. Qual cai primeiro? A fortaleza representa a fé e o alicerce representa o conselho de Deus.

  3. Faça uma lista de maneiras através das quais você é desafiado em sua vida diária a perder a fé em vez de confiar no conselho de Deus.

  4. Analise por que nossas igrejas, como a Casa de Israel, muitas vezes têm mais problemas com a obediência a Deus dentro da Igreja do que fora da dela. Que medidas você mesmo poderia tomar para ajudar a remediar isso?

Benjamin Baker
Harvest, EUA


RETORNAR