Lição 6

1º a 6 de fevereiro

Deixando o passado para trás

Lição dos jovens 612004


"Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: ‘Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não lhe aconteça’" (João 5:14).

Prévia da semana: Jesus veio à Terra para mostrar como Deus agiria no contexto humano. A cura do paralítico no Tanque de Betesda demonstrou que Jesus não é limitado pelo tempo nem pela qualidade do material com que tem que trabalhar. Ele também mostrou que não Se satisfaz em curar só o aspecto físico ou espiritual de uma pessoa. Ele quer restaurar a pessoa inteira.

Leitura adicional: João 20:31; Heb. 11; Educação, págs. 253-261


Domingo, 1º de fevereiro

Introdução
CORAÇÃO FERIDO

1. Leia os primeiros quatro versos de João 5. Em que aspectos esta cena simboliza a humanidade caída? Qual era a condição dessas pessoas, e onde estavam procurando ajuda?

O nome Betesda pode ser interpretado como "Casa de Misericórdia". Assim, Jesus mostrou misericórdia onde o povo procurava misericórdia. O tanque era alimentado por uma corrente intermitente, o que pode explicar a agitação das águas de vez em quando.

2. O que aconteceu no tanque? João 5:3 e 4

"Em certo tempo as águas desse tanque eram agitadas, e acreditava-se comumente que isso era o resultado de poder sobrenatural", escreveu Ellen G. White, em O Desejado de Todas as Nações, pág. 201. Jesus entrou em um lugar de misericórdia competitiva e escolheu o candidato menos provável de ser curado, de acordo com a tradição popular.

Ai! Eu tentava não gemer alto. Estava sentada no pronto-socorro, tentando colocar meu tornozelo inchado em cima da cadeira em frente. Mas até a pressão de seu próprio peso fazia com que a dor subisse por minha perna. As lágrimas me brotavam dos olhos, e eu cerrei os dentes, frustrada. Será que isso tinha acontecido por minha culpa? Será que eu poderia ter evitado? A dúvida me fazia sentir pior.

Um pouco antes, naquela noite, enquanto estava jogando vôlei, eu tinha pulado para bloquear uma cortada. Um colega do time subiu também e, ao descermos, meu pé desceu sobre o dele. Rolando pelo chão, através de um nevoeiro de dor, ouvi as pessoas se ajuntarem em torno de mim. Cuidadosamente me levantaram do chão e me carregaram para fora da quadra.

Finalmente, por volta da meia-noite, a equipe médica me disse que, embora eu não tivesse quebrado nenhum osso, havia partido um ligamento. Novamente questionei a sabedoria de meu ato. Será que eu devia ter subido no bloqueio? Mas a equipe médica não queria perguntas, explicações ou confissões. Haviam cuidado de meu problema da melhor forma que podiam, e estavam me mandando ir embora.

Quando leio João 5, me lembro de quão maravilhoso é ser um paciente do Grande Médico. Diferentemente da equipe do hospital, que não se importava com meu bem-estar emocional, Jesus está mais do que disposto a atender e curar todos os tipos de dor – física e emocional. Jesus é o grande Médico do corpo e da alma. Como vemos pela vida do homem junto ao tanque de Betesda, Jesus pode ajudar a curar tanto a dor física quanto a dor emocional. Em João 5:14, Jesus Se voltou para a enfermidade espiritual e emocional que atormentava aquele homem, tempos depois de haver curado Seu corpo. E Jesus pode fazer o mesmo por nós!

Todos nós, numa ocasião ou outra, já duvidamos da sabedoria de uma escolha. Todos nós já magoamos a outros ou já fomos magoados. Jesus Se importa tanto com essas dores como com as dores físicas. Quando levamos nossa vida a Ele, Ele não só cuida de um tornozelo machucado aqui ou de um rim doente acolá. Ele faz mais. Vem e coloca a mão amorosa e curadora sobre nosso coração e mente, habilitando-nos a deixar para trás todo o passado e a seguirmos adiante, ao Seu encontro.

Candice Jaques, Blacktown, Austrália


Segunda, 2 de fevereiro

Evidência
CULPADO OU INOCENTE?

3. Leia outra vez a história de Jesus curando o paralítico. João 5:5-15. O que esta história nos diz sobre o caráter de Deus?

Como esta ação se parece com Deus! Em pontos decisivos de nossa vida, muitas vezes a mão de Deus é sentida em momentos em que não pedimos e não merecemos. Deus faz assim não para desculpar o pecado, mas para que experimentemos a Sua graça, a qual nos faz lembrar a total dependência dEle. Um segundo aspecto surpreendente da história é que Jesus curou o homem no sábado. E, como escreveu Ellen White, "o sábado não se destina a ser um período de inútil inatividade. ... O ato de Cristo em curar o enfermo estava de perfeito acordo com a lei" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 207).

Nos tempos bíblicos, os primeiros cristãos vieram de um conceito legalista do sábado. Andar até o templo, se fosse mais de uma milha, era trabalho. Preparar uma refeição era trabalho. Ajudar alguém (de qualquer maneira) também era ilícito, especialmente se a pessoa tivesse de tocar alguém doente no sábado. É irônico que as pessoas podiam socorrer um animal, como um boi, se ele tivesse caído num buraco no sábado. Por que os seres humanos não podiam ser socorridos?

Os fariseus haviam feito estas leis sabáticas para assegurar que o sábado permanecesse como um dia santo; mas o maravilhoso dia de descanso havia se tornado um fardo. Era isso o que Deus havia planejado no Éden quando o sábado foi criado?

O início de João 5 fala sobre um homem doente que estava deitado ao lado do tanque de Betesda. Havia a crença de que um anjo às vezes agitava a água, e a primeira pessoa a pular no tanque seria curada. Esse homem estava paralisado da cintura para baixo. Ele havia lutado por muitos anos para entrar no tanque, mas alguém sempre conseguia antes dele. Os médicos haviam desistido dessas pessoas, e ali estavam elas, apegando-se a essa última esperança de serem curadas. Nem mesmo os pastores (sacerdotes) daquele tempo tocavam nelas, porque a doença era considerada uma punição pelo pecado. Tocar uma pessoa pecadora contaminaria a pessoa "santa".

Jesus entra no local. Olha para todas aquelas pessoas, os rejeitados, os miseráveis, os sujos. Jesus vai até o paralítico, que está olhando para a água. Jesus fala com ele. Certamente isso não é permitido! O homem está sendo punido por algum pecado que cometeu. Jesus precisa sair dali ou vai Se contaminar pela associação com ele. "Você quer ser curado?" (João 5:6). Uma pergunta simples, elementar. Aqui Jesus permite que o homem permaneça no controle de sua vida. É claro que ele podia dizer não. Ele tinha uma escolha. "Levante-se! Pegue a sua maca e ande" (verso 8). Uma ordem simples. Então o aleijado se levanta, dobra sua maca, e sai andando.

Mas não é tão simples. É sábado e várias leis foram "violadas". Jesus falou com um homem pecador. Jesus curou o homem. O homem está andando uma grande distância no sábado, e carregando sua cama no sábado. O ex-paralítico estava sendo julgado antes por seu pecado, agora está sendo julgado novamente por trabalhar no sábado. Culpado ou inocente?

Jesus veio para quebrar leis humanas sem importância. João nos mostra que Ele Se importava mais com as pessoas do que com regras.

Joyceta Cole, Roanoke, EUA


Terça, 3 de fevereiro

Exposição
TODOS OS OLHOS NO PAI

4. O que Jesus disse ao homem que foi curado quando o encontrou mais tarde no templo? João 5:14

A forma da palavra traduzida por "pecar" é extremamente contínua. Jesus ordenou ao homem que parasse alguma coisa que vinha fazendo continuamente, até esse encontro no templo. Quer dizer que o homem de certa forma havia permanecido no pecado, mesmo como paralítico. De que tipo de pecado Jesus estava falando? Um paralítico não pode roubar bancos, cometer adultério nem matar alguém. Jesus devia estar Se referindo ao pecado mental, pensamentos, atitudes e imaginação.

5. Depois de oferecer graça ao paralítico, Jesus lhe disse para não pecar mais. Que princípio está presente nos versos a seguir? João 8:10 e 11; Rom. 6:1-6; Gál. 2:16 e 17

As conseqüências do pecado incluem não apenas males físicos e doenças. Também existem efeitos emocionais, espirituais e psicológicos. Todo esses podem e devem ser considerados em uma relação com Jesus.

João 5 é dividido em duas partes. A primeira trata de cura; na segunda Cristo explica Sua autoridade. Ambas as partes revelam Jesus em sociedade com o Pai.

O caso de cura (João 5:1-15). O tanque de Betesda era uma cena que ninguém queria contemplar. Pessoas com corpos decadentes, que haviam humanamente perdido toda esperança, viam nisto sua última chance de cura. Eles esperavam e esperavam. Quando as águas se mexiam, os aleijados e doentes se lançavam de cabeça naquele "tanque miraculoso" de dez metros de profundidade. Não nos é dito quantos morreram nessa tentativa ou enquanto esperavam a água se mexer.

A visão panorâmica do tanque de Betesda era um lembrete para Jesus de Sua missão. Desde Seu nascimento havia sido declarado: "Você deverá dar-Lhe o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos Seus pecados" (Mat. 1:21). Enquanto Ele contemplava o espetáculo que tinha diante de Si, viu aqueles que anelava redimir, não apenas das enfermidades físicas, mas da doença espiritual do pecado que os consumia desde o nascimento. Cristo ansiava curar todos eles, mas fazer isso interferiria em Sua missão.

Enquanto Jesus os contemplava, Seus olhos repousaram sobre o pior caso: um homem paralisado havia 38 anos. Jesus olhou para ele e perguntou: "Você quer ser curado?" (João 5:6). Às vezes os seres humanos têm a tendência de igualar sua identidade pessoal com sua enfermidade ou pecado. Se Jesus curasse o homem, 38 anos de sua identidade poderiam ser varridos. Será que ele desejava ser curado?

O homem falou de sua situação difícil, como se estivesse destituído de qualquer esperança a não ser aquele tanque. Jesus simplesmente ordenou ao homem que pegasse sua cama e andasse – e ele foi curado. Enquanto o homem andava, no renascimento de sua vida, os líderes religiosos o confrontaram por violação das tradições sabáticas. Sua resposta foi simples e eloqüente: "O homem que me curou me disse: ‘Pegue a sua maca e ande’" (verso 11). Quando os líderes religiosos descobriram que era Jesus, confrontaram-No. Jesus então explicou Sua autoridade para todas as gerações ouvirem.

A autoridade de Cristo (João 5:16-47). Jesus proclamou àqueles líderes religiosos que possuía comunicação desimpedida com Deus, que era a base de Sua autoridade. Deus revelou a Jesus Seu desejo de curar o paralítico, e Jesus então o curou. Deus sempre revelou Sua obra na Terra como um ato de amor por Seu povo. Jesus parecia não poder acreditar que os líderes religiosos não reconhecessem a mão de Deus nessa cura.

O Mestre declarou abertamente que Sua amorosa resposta ao Pai era fazer tudo o que visse o Pai fazer. Ele declarou que Deus Lhe havia dito que Ele ressuscitaria os mortos. Esse relacionamento entre Jesus e o Pai era um exemplo da conexão ininterrupta que todos poderiam ter com Deus. Jesus ficou frustrado com os líderes religiosos porque eles não viam que Deus estava pronto a curar o corpo, a alma e a auto-estima. Em última análise, a necessidade que eles tinham de afirmação por parte uns dos outros os distraía de uma conexão pessoal com Deus.

Jesus então cita testemunhas que verificam Sua autoridade: o Pai, as obras que Ele fez, João Batista e Moisés. Ele declara que aqueles que examinam as Escrituras O encontrarão lá; as Escrituras testificam dEle (verso 39). Ele então diz que aqueles líderes religiosos estão perdidos. Por quê? Porque honram uns aos outros e não honram a Deus. Suas últimas palavras no capítulo são: "Se vocês cressem em Moisés, creriam em Mim, pois Ele escreveu a Meu respeito. Visto, porém, que não crêem no que Ele escreveu, como crerão no que Eu digo?" (versos 46 e 47). Como testemunhas espirituais, nós também precisamos tomar uma decisão sobre a autoridade de Jesus de curar, perdoar e redimir. A autoridade de Jesus vinha de Seu relacionamento com o Pai. Nossa única verdadeira autoridade vem de nosso relacionamento com o Pai. Nossos olhos estão no Pai?

Pense nisto
  1. Por que a cura do homem não convenceu os líderes de que Jesus era o Messias?
  2. A presença ou ausência de milagres é uma boa maneira de determinar a verdade ou correção da posição de alguém? Explique sua resposta.

Kenneth J. Brummel, Claremont, EUA


Quarta, 4 de fevereiro

Testemunho
O PARADIGMA DE FÉ

6. Como Jesus justificou a cura que operou no sábado? João 5:16-18

Em resposta à perseguição que sofreu, Jesus disse que estava simplesmente seguindo o exemplo de Seu Pai, que "continua trabalhando até hoje" (NVI) no sábado. A ação de Deus fornece o modelo para a atividade humana no sábado. Portanto, ao curar no sábado, Jesus estava afirmando ser igual a Deus. "O santo dia de repouso de Deus foi feito para o homem, e os atos de misericórdia se acham em perfeita harmonia com seu desígnio. Deus não deseja que Suas criaturas sofram uma hora de dor que possa ser aliviada no sábado, ou noutro dia qualquer" (O Desejado de Todas as Nações, págs. 206 e 207).

7. Encontre as diversas formas como Jesus Se comparou com o Pai. João 5:16-30

"Eu não tenho ninguém", era o lamento diário de Zaid. Pelo fato de ser soropositivo, sua família o deserdou, e sua conservadora comunidade muçulmana o excluía. A AIDS tem um estigma social tão intenso que ele encontrou uma reação semelhante por parte de seus amigos não-muçulmanos e cristãos.

Zaid passou o resto de sua vida vivendo no arrependimento, na culpa e na solidão. É verdade que seu estilo de vida indiscriminado no passado o havia colocado naquela encrenca. Ele morreu sozinho. Mas sempre pensava em Meca como a resposta para a purificação física e espiritual – se ele tivesse dinheiro e amigos que o ajudassem a chegar lá. (Esse escritor desejaria ter sido espiritualmente maduro naquela época para ter partilhado essa promessa enquanto Zaid ainda estava vivo.)

A condição do paraplégico em João 5 se assemelha à de Zaid. Mas a sorte de Zaid podia ter sido a dele se Jesus não o tivesse encontrado naquele dia. Ele viveu em culpa e solidão por 38 anos. Sua incapacidade física era proclamada como um testamento do julgamento divino por seus pecados passados. Ele achava que o tanque milagroso e as pessoas eram a solução para sua deficiência física e espiritual.

Quando Jesus apareceu e disse: "Levante-se! Pegue a sua maca e ande" (João 5:8), Jesus lhe deu uma mudança de paradigma: do olhar para as pessoas e o "tanque mágico" como capazes de tirá-lo de seu triste destino, para uma dependência da fé em Deus. Jesus lhe pediu que tivesse fé e agisse com base naquela fé para andar de novo.

A história do paraplégico teve um final feliz porque ele tinha um novo paradigma: depender da ordem divina. Ele foi curado porque teve fé. Essa mesma cura espiritual e física seria nossa se tivéssemos a mesma fé.

"O homem se podia haver detido a duvidar, perdendo a única oportunidade de cura. Creu, porém, na Palavra de Cristo, e agindo sobre ela, recebeu a força. Por meio da mesma fé podemos receber cura espiritual" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 203).

Marthonoh Jason, Puno, Índia


Quinta, 5 de fevereiro

Aplicação
NÃO DESISTA

8. Mencione as pessoas e coisas que dão testemunho a favor de Jesus em João 5:31-47. Qual dessas testemunhas Jesus parece considerar mais importante?

Um dos princípios fundamentais do judaísmo é que a verdade só pode ser reconhecida pela palavra de pelo menos duas testemunhas (Deut. 19:15; cf. Apoc. 11:3-13). Então, Jesus acrescenta ao Seu próprio testemunho o testemunho de João Batista, Suas obras, Seu Pai e as Escrituras, dobrando assim o testemunho mínimo necessário para comprovar a verdade no judaísmo (João 5:31-40).

9. Que forte repreensão Jesus deu aos líderes? João 5:38

Quando ficou claro que os líderes religiosos não estavam mesmo dispostos a aceitar o testemunho dessas testemunhas (vs. 43 e 44; cf. 8:13 e 14), Jesus trouxe à tona a maior testemunha dentro do judaísmo, Moisés. As palavras de Moisés condenariam os que rejeitavam Jesus, porque Moisés escreveu sobre Jesus e preparou o caminho para Ele. Jesus terminou com a pergunta: "Se, porém, não credes nos seus escritos, como crereis nas Minhas palavras?" (v. 47).

O homem junto ao tanque de Betesda tinha toda a razão de perder a esperança. Ele havia sido esquecido, se não rejeitado por sua família, sua situação nunca melhorava, e ninguém parecia se importar nem de sussurrar uma palavra de encorajamento. Surpreendentemente, durante 38 anos este homem nunca perdeu a esperança de ser curado – ele ainda estava esperando uma ocasião em que pudesse ser o primeiro a entrar no tanque e ser curado. Que fé!

Este homem se apegava à esperança de que é possível ser curado, e esperava pacientemente por esse momento. Você e eu, se formos determinados, podemos fazer o mesmo, nos apegando à esperança de que é possível ser salvos, não importa em que situação estejamos. Tudo o que precisamos é encontrar a Cristo, responder a Sua procura por nós, entregando-nos a Ele. Mas como nos entregamos? Morris Venden delineia quatro passos:*

1. Precisamos ter um desejo por algo melhor do que estamos experimentando atualmente. O homem junto ao tanque não gostou de esperar por essa chance durante 38 anos. Desejava estar bem. Vendo essa reação, Jesus Se aproximou dele.

2. Precisamos obter conhecimento do plano da salvação e nos colocar no ambiente em que isso acontece. O homem junto ao tanque foi fiel ao que sabia. Para ele a cura se encontrava no tanque, e ele esperava por perto caso a oportunidade surgisse. Podemos obter conhecimento do plano da salvação onde quer que a Palavra de Deus seja lida, falada ou ensinada.

3. Precisamos admitir que estivemos fugindo de Deus, tentando escapar dEle de todas as maneiras.

4. Precisamos reconhecer que não temos capacidade para mudar a nós mesmos. "‘Você quer ser curado?’ Disse o paralítico: ‘Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada’" (João 5:6 e 7). Ele sabia que precisava de ajuda e admitiu isso. Isso é tudo o que precisamos fazer e Jesus operará o resto.

Jesus está procurando as almas necessitadas para curá-las, salvá-las e restaurá-las. Será que Ele encontra lugar em nosso coração?

* Morris Venden, The Reasons for the Season (Arkansas: Concerned Communications, 1986), págs. 46-48.

Lynn Mfuru, Sharjah, Emirados Árabes Unidos


Sexta, 6 de fevereiro

Opinião
PERDÃO COMPLETO

Para aqueles que nunca conheci – / Que reagiram com silêncio / Ou com um olhar indiferente. Vocês também / Nunca me conheceram. / Vocês já pensaram em se aproximar? / Ou estavam muito ocupados para fazer isso? / Talvez, na verdade, vocês nem se importassem. O que eu era para vocês? Outro transeunte com um livro de histórias estranho – ou uma mera existência / Que ocupava um canto? / Talvez / Se o canto fosse arredondado poderíamos ter chegado a um acordo.

Quantas vezes julgamos os outros com base em diferenças como aparência, estilo de vida, situação na vida, passatempos e moral. É fácil fazer isso. Contudo, I Samuel 16:7 diz: "O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração."

A resposta do homem inválido à pergunta de Jesus (João 5:7) revela que ele era uma alma solitária, desesperada, em busca de cura. Quando Jesus lhe pergunta se quer ser curado, ele dá uma longa explicação sobre porque está pior que os outros, e por que estava lá há tanto tempo. Ele tinha vivido num canto por mais de três décadas, preso por sua incapacidade física, que ia de mãos dadas com seu senso de valor e sua saúde espiritual.

Jesus não Se demorou nas conseqüências que o homem enfrentava. Segundo o que Jesus lhe disse no verso 14, este homem havia vivido uma vida pecaminosa. Jesus não Se sentou com ele e o fez confessar seus pecados passados e revê-los. Disse simplesmente: "Pare de pecar". Essa história ensina tanto sobre como Deus deseja que nos tratemos uns aos outros. É fácil julgar outros com base em exterioridades, e muitas vezes fazemos isso sem realmente conhecer o contexto geral da vida da pessoa. Às vezes podemos saber a extensão em que os outros pecaram, e não conseguimos deixar de nos concentrar nos pecados. Eles maculam para o resto da vida a imagem que temos da pessoa. Mas não era assim que Jesus fazia.

Pense nisto
  1. Como podemos aprender a tolerar aqueles que são diferentes de nós?
  2. Quando é mais difícil perdoar? Por quê?

Dicas
  1. Faça par com um amigo e revezem-se numa caminhada cega, em que cada um de vocês permite que o outro o guie vendado ao longo de um trajeto de obstáculos, e para cima e para baixo numa escada. Depois anote os sentimentos que você experimentou ao guiar e ao ser guiado. Compare essa experiência com sua caminhada de fé com Deus.
  2. Reúna-se com um pequeno grupo numa sexta-feira à noite para partilharem testemunhos do que Deus fez na vida de vocês ou de outras pessoas.
  3. Dê um passeio pela natureza e observe o máximo de exemplos que puder sobre o cuidado e o poder criativo de Deus. Anote num caderno e reveja a lista toda vez que você for tentado a duvidar de Deus.
  4. Grave uma entrevista com membros da igreja quanto à definição que eles têm de fé e as experiências que possuem de exercer fé. Partilhe os resultados com a classe da Escola Sabatina.

Nina Koolik, Putney, Austrália


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