Lição 9

22 a 27 de fevereiro

O carpinteiro atrasado

Lição dos jovens 912004


"Digo-lhes verdadeiramente que, se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto" (João 12:24).

Prévia da semana: Nesta lição veremos como a generosidade de Jesus provoca reações contraditórias. Sua generosidade na ressurreição de Lázaro e ao aceitar que Maria O ungisse atraiu sua profunda devoção. Por outro lado, as mesmas ações levaram às conspirações assassinas dos líderes religiosos, à reclamação de Judas e ao louvor sem entendimento da multidão. O autor do Evangelho deseja que ponderemos nossas próprias reações à maior generosidade de todas, o sacrifício de Jesus por nós na cruz.

Leitura adicional: João 11 e 12; 13:20; O Desejado de Todas as Nações, págs. 524-536


Domingo, 22 de fevereiro

Introdução
QUATRO DIAS DE ATRASO

1. Leia João 11:1-44 e então responda a estas perguntas:

a. Por que Jesus esperou tanto antes de ir a Betânia? Veja os versos 15-17, 37 e 39. Como a demora tornou a Sua ação ainda mais miraculosa?

b. Como a ressurreição de Lázaro ajuda a provar a veracidade dos versos 25 e 26?

c. Qual era a fonte do poder de Cristo? João 11:41 e 42. Veja também o verso 22.

d. Por que a confissão de Maria é tão importante, particularmente no tempo em que foi expressa? Verso 27

Era realmente irritante a maneira como ela falava dEle dia sim, o outro também. Posso entender a admiração por um fariseu, um governador, talvez até um escriba, mas faça-me o favor. Ele é um carpinteiro! Ele não é rico, Se veste de maneira simples, e não tem qualquer poder ou autoridade aparente. E para completar, dizem que Ele não está de acordo com os líderes religiosos de Jerusalém. Então Ele é profeta? Grande coisa! Há um punhado deles onde eu moro.

Mas esse carpinteiro deu a Maria algo que não estava lá antes: um andar alegre, um sorriso radiante. Ela parecia tão feliz. Tive impressão de que aquilo era obra do Carpinteiro. E agora eu sei que esse personagem Jesus não era um qualquer.

Um mês atrás Lázaro, o irmão de Maria, ficou doente. Eles sabiam que Jesus iria curá-lo. Isso era algo fácil para Ele. Mas Ele não o fez. E Lázaro morreu. Ele podia ter dado uma passadinha por lá e curado Lázaro; afinal de contas Ele estava nas vizinhanças, não estava? Ele podia apenas ter dito uma palavra, de onde estava mesmo, e Lázaro teria se levantado da cama. Não era nem necessário ter feito a viagem. Então o que há com Jesus? Ele não Se importa? Será que estava zangado com Maria? Com Lázaro? Eu não entendi, nem Maria. Era assim que Ele tratava Seus amigos?

Quatro dias mais tarde Jesus chegou. Esperei para ver o que iria acontecer. Geralmente Maria era a primeira a se levantar para ir saudá-Lo. Hoje ela foi a última. "Senhor", ela disse, "se estivesses aqui meu irmão não teria morrido" (João 11:32). Seu olhar realmente comovia. Podia-se ver as perguntas que ela trazia dentro de si. Por que o Senhor não estava aqui? Pensei que Se importasse. Mas, em meio a tudo aquilo, uma confiante convicção brilhava.

E Ele fez um milagre. Ressuscitou Lázaro da sepultura.

Agora sou um crente.

Esse era verdadeiramente o Filho de Deus. A batalha que Ele travava não era da carne. Era uma batalha do outro mundo. E de repente compreendi. Esse Homem. Esse Deus. Ele via o quadro total. E terei de confiar nEle da mesma forma que Maria confiou. Porque, para nós, pode ser tarde demais "há quatro dias", mas ainda é o momento perfeito para Ele.

Chee Chiang Puen, Jr., Pasay, Filipinas


Segunda, 23 de fevereiro

Exposição
UM MILAGRE, DUAS REAÇÕES

2. Qual foi a primeira coisa que tanto Marta como Maria disseram a Jesus quando se aproximaram dEle? Como essas palavras revelam fé e dúvida ao mesmo tempo? Veja João 11:21 e 32

Embora as duas irmãs estivessem tristes e aflitas, Marta combinou sua declaração de frustração (v. 21) com fortes declarações de permanente fé em Jesus (vs. 22, 24 e 27). Em resposta à expressão da sua fé, Jesus lhe ofereceu uma das descrições mais magníficas de Sua vida e missão: "Eu sou a ressurreição e a vida" (vs. 25 e 26).

3. O que você entende dessa declaração de Cristo nos versos 25 e 26? Que esperança está implícita nessas palavras?

Jesus veio à Terra pela primeira vez para introduzir Seu reino de graça. A vida, morte e ressurreição de Jesus puseram fim ao direito de Satanás de governar este mundo. Para sinalizar a chegada do novo reino, Jesus pregou e realizou grandes milagres. Ao realizar milagres, Jesus tencionava não só aliviar o sofrimento humano mas fornecer uma prova de Sua divindade, a fim de que as pessoas se voltassem para Ele em busca de salvação. Ao demonstrar o poder de Deus, Jesus procurou inspirar fé naqueles que testemunharam os eventos, bem como naqueles que mais tarde iriam ouvir falar deles. Alguns amavam Jesus por causa de Seus milagres; outros O odiavam por causa deles.

O milagre: Jesus ressuscita Lázaro (João 11:38-44; 12:31). "Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro. No entanto, quando ouviu falar que Lázaro estava doente, ficou mais dois dias onde estava" (João 11:5 e 6). Depois de dois dias, Jesus informou aos discípulos que Lázaro já estava morto. Comparando a morte a um sono, Jesus anunciou que ira "acordá-lo" (verso 11). Ao chegar a Betânia, Jesus realizou talvez o maior milagre de todo o Seu ministério terrestre – a ressurreição de Lázaro. O propósito da ressurreição é claramente declarado: "para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela" (verso 4) e "por causa do povo que está aqui, para que creia que Tu [Deus] Me enviaste" (verso 42).

Jesus usou a ressurreição de Lázaro como uma lição objetiva que apontava para a salvação. Ele estava dando ao povo uma pista da natureza espiritual de Sua missão (12:47). Aqueles, como Lázaro, que cressem em Jesus e tivessem um relacionamento pessoal com Ele, não ficariam confinados à sepultura para sempre. Para os crentes, a morte neste mundo é simplesmente um estado inconsciente temporário, semelhante ao sono. No último dia Jesus os ressuscitará para uma nova vida, e a morte não terá mais poder sobre eles (11:24).

Reação nº 1: Marta, Maria e os novos crentes (João 11:32 e 45; 12:3). Maravilhados com o milagre, "muitos dos judeus que tinham vindo visitar Maria, vendo o que Jesus fizera, creram nEle" (verso 45). Para Marta e Maria, que já eram crentes em Cristo, a morte e a ressurreição de seu irmão foi uma experiência que provou sua fé e a elevou a novas alturas. Jesus chegou tarde demais para evitar que Lázaro morresse. Mas mesmo então, Marta lutou para crer que Jesus ainda pudesse fazer algo (verso 22). Jesus perguntou a Marta se ela realmente cria que Ele é "a ressurreição e a vida" (verso 25). Ela respondeu afirmativamente. Oh, o quanto sua frágil fé foi animada quando Jesus chamou seu irmão de volta da sepultura!

Maria reagiu ao milagre de Jesus e a Seu perdão pelos seus pecados passados (Lucas 7:37-39) com um dos mais tocantes atos de devoção já registrados na Bíblia (João 12:3).

Reação nº 2: Caifás, Judas, e os descrentes (João 11:49-53; 12:10). Alguns, contudo, não apreciaram o milagre de Jesus e recusaram reconhecê-Lo como o Messias (verso 37). De todas as pessoas, foi o sumo sacerdote Caifás que sugeriu que Jesus fosse morto, e foram os principais sacerdotes que determinaram matar Lázaro também (12:10).

Uma vez que Jesus estava Se tornando popular, os fariseus e saduceus acharam que a autoridade deles estava sendo ameaçada. Seu ministério estava perturbando o status quo. Eles odiavam Jesus porque, através do marcante contraste entre Ele e eles, as pessoas estavam começando a ver a hipocrisia dos líderes e a falência do sistema religioso de então.

Judas tipificou a hipocrisia que existia entre os líderes religiosos quando foi contra o uso que Maria fez do perfume para os pés de Jesus, fingindo mostrar preocupação com os pobres. Na realidade, Judas "não falou isso por se interessar pelos pobres, mas porque era ladrão; sendo responsável pela bolsa de dinheiro, costumava tirar o que nela era colocado" (verso 6).

O âmago da questão (João 12:23-28, 37 e 43). A ressurreição de Lázaro evocou duas reações muito diferentes que polarizaram as pessoas. Um grupo considerou o milagre como uma grande bênção; o outro o considerou como uma grande ameaça. Então o que fez a diferença? A diferença de reação teve a ver com a entrega da vontade e a orientação do coração.

Quando Jesus ressuscitou Lázaro, as pessoas foram confrontadas com uma prova sólida, inegável, de que Jesus era o Messias. Através daquela demonstração especial de poder, Deus estava falando ao coração dos homens, convencendo-os a se entregar e a crer. Àquela altura, toda pessoa tinha de tomar a decisão de segui-Lo ou não segui-Lo. Os que O seguiram permitiram que Deus renovasse seu coração de forma que trouxessem glória e honra a Ele. Os que escolheram não segui-Lo o fizeram porque seguir a Jesus significava abandonar seu pecado, do qual eles gostavam demais. Quanto mais se recusavam a se entregar, mais frio seu coração se tornava, e mais seu desprezo por Jesus crescia (versos 42 e 43).

Jesus disse: "Se o grão de trigo não cair na terra e não morrer, continuará ele só. Mas se morrer, dará muito fruto. Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna" (versos 24 e 25). Se continuamente resistirmos submeter nossa vontade a Deus, teremos, um dia, de enfrentar a suprema conseqüência daquelas pequenas decisões acumuladas. Mas se, como Maria, aprendermos a nos entregar contínua e humildemente, nossa fé em Deus e nosso amor por Ele crescerão e obteremos a vida eterna. O que você vai escolher?

Pense nisto
  1. Você se sente ameaçado pela habilidade de Cristo de ler seus pensamentos? Explique sua resposta.
  2. Qual o impacto que a aceitação de Cristo do presente de Maria causou sobre a hierarquia religiosa? Explique por que você deve ou não contribuir para os cofres da Igreja quando os pobres podem ser ajudados diretamente.
  3. Aliste evidências escriturísticas de que seus queridos que morreram crendo em Cristo, na ressurreição voltarão a viver. Qual o impacto que essa esperança causa em sua vida?

Eric E. Alindogan, Silang, Filipinas


Terça, 24 de fevereiro

Testemunho
PERFUME DE AMOR

4. Leia João 11:45-57 e então responda às seguintes perguntas:

a. Os líderes criam que Jesus tinha realmente operado esse milagre, ou achavam que era um engano? Explique a importância da resposta.

b. Que explicação eles deram por ter que fazer Jesus parar? Esse argumento não faz sentido?

Em vez das ilimitadas possibilidades que a ressurreição de Lázaro parecia ter aberto à humanidade, os líderes religiosos só podiam pensar na ameaça à própria posição e seus interesses. Eles conspiravam para matar Jesus porque tinham medo de que, se permitissem que Ele continuasse o Seu ministério, "todos crerão nEle; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação" (v. 48). Mas aquilo mesmo que os líderes religiosos tentavam impedir, a morte de Jesus provocou: muitos creram nEle e Jerusalém e seu templo foram destruídos.

"Marta servia à mesa, mas Maria escutava ansiosamente toda palavra que caía dos lábios de Jesus. Em Sua misericórdia perdoara Jesus os seus pecados, chamara do sepulcro seu bem-amado irmão, e a alma de Maria estava cheia de reconhecimento. Ouvira Jesus falar de Sua morte próxima e, em seu profundo amor e tristeza, almejara honrá-Lo. Com grande sacrifício para si, comprara um vaso de alabastro de "ungüento de nardo puro, de muito preço" (João 12:3) para com ele ungir-Lhe o corpo. Mas agora muitos diziam que Ele estava para ser coroado rei. Seu pesar transformou-se em alegria, e ansiava ser a primeira a honrar a seu Senhor. Quebrando o vaso de ungüento, derramou o conteúdo sobre a cabeça e os pés de Jesus, e depois, enquanto de joelhos chorava umedecendo-os com lágrimas, enxugava-os com os longos cabelos soltos" (O Desejado de Todas as Nações, págs. 558 e 559).

Buscara não ser observada, e seus movimentos poderiam passar desapercebidos, mas o ungüento encheu a sala de odor, declarando a todos os presentes a ação dela. Judas contemplou a mesma com grande desagrado. Em vez de esperar o que diria Cristo sobre o assunto, começou a murmurar suas recriminações aos que lhe ficavam mais próximos, censurando-O por tolerar esse desperdício. Fez astutamente insinuações de molde a produzir descontentamento" (Idem, pág. 559).

"Para o raciocínio humano todo o plano da salvação é um desperdício de misericórdias e recursos. Eles são providos para realizar a restauração da imagem moral de Deus no homem. A expiação é abundantemente capaz de assegurar, a todos os que a receberem, mansões no Céu. A suposta prodigalidade de Maria é uma ilustração dos métodos de Deus no plano da salvação; pois a natureza e a graça, relacionadas uma à outra, manifestam a enobrecedora plenitude da Fonte da qual procedem" (The SDA Bible Commentary, vol. 5, pág. 1.101).

"Muitos há que levam aos mortos preciosos dons. De pé, ao lado da querida figura para sempre silenciosa, proferem abundantes palavras de amor. Ternura, apreço, dedicação, tudo é prodigalizado àquele que já não vê nem ouve. Houvessem essas palavras sido ditas quando o fatigado espírito tanto delas necessitava; quando o ouvido as apreenderia e o coração as podia sentir, quão precioso teria sido o seu perfume!" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 560).

Prilijan B. Santiago, Silang, Filipinas


Quarta, 25 de fevereiro

Evidência
O PERFUME DA GLÓRIA

Leia João 12:8. Ponha-se na posição de alguém que estivesse lá e que, não sabendo da morte iminente de Cristo, testemunhasse a reação de Jesus e de Judas ao ato de Maria. Que razões eles talvez teriam para pensar que Judas estava certo? Que lição existe aqui a respeito da maneira como julgamos as ações pelo que vemos? A unção dos pés de Jesus por Maria – cujo irmão fora ressuscitado – foi motivada por amor e desinteressado sacrifício. Os oponentes de Jesus, por outro lado, foram motivados pela cobiça e pelo egoísmo.

A reação de Judas é normal e humana. O ato de Maria parece um desperdício. Mas note como Jesus interpretou o ato (leia Marcos 14:6-9).

"A ressurreição de Lázaro em João 11 é o clímax de uma série de sinais que dominam a primeira metade do evangelho. Não pode haver dúvidas de que a ressurreição de Lázaro é também apresentada como o principal de todos os sinais que Jesus realizou e como o centro interpretativo do evangelho. A ressurreição de Lázaro prepara o leitor para a ressurreição de Jesus e é o protótipo da vida de ressurreição prometida a todos os crentes (João 11: 21 a 27)."* Jesus deixou subentendido que a doença e a morte de Lázaro era para a glória de Deus, bem como era Sua chance de provar que, de fato, Ele é a ressurreição e a vida (versos 4 e 40; 12:27 e 28). "Esse milagre, a coroa dos milagres do Salvador – a ressurreição de Lázaro – devia pôr o selo de Deus em Sua obra e em Sua reivindicação à divindade" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 529).

Essa história nos dá a certeza de que a ressurreição não é impossível para cada um de nós que O reconhece como redentor e amigo. Jesus não apenas ressuscitou Lázaro dos mortos; também ressuscitará para a vida eterna os crentes que nEle morrerem antes do segundo advento. Os crentes que ainda não tiverem morrido naquela ocasião nunca morrerão. Essa é nossa eterna esperança!

A próxima história impressiva é sobre o ato de Maria de ungir a Jesus com um perfume que custava quase um ano de salário para um trabalhador braçal. Para Maria esse foi um ato de total devoção ao seu Senhor. Ela estava disposta a gastar e se deixar gastar para dar honra e glória a Deus, ao mesmo tempo em que preparava Jesus para o Seu sepultamento. "Como o vaso de alabastro foi quebrado, e encheu toda a casa com sua fragrância, assim Cristo havia de morrer e Seu corpo ser quebrantado; mas Ele Se ergueria da tumba, e o perfume de Sua vida havia de encher a Terra. ‘Cristo nos amou, e Se entregou a Si mesmo por nós, em oferta de sacrifício a Deus, em cheiro suave.’ Efés. 5:2" (Idem, pág. 563).

O ato de Maria foi algo que até a geração atual deve imitar. O profundo significado espiritual desse ato deve ajudar-nos a compreender nossa própria devoção pessoal a Jesus. Temos essa disposição para ser quebrados, feridos e exauridos ao influenciarmos pessoas para o reino de Deus? Tornamos nossa vida um perfume para os outros? Realizamos nosso trabalho e responsabilidades como um ato de devoção a Deus e para Sua glória?

* Joel B. Green, et al., ed., Dictionary of Jesus and the Gospels (Illinois: InterVarsity Press, 1992), pág. 462.

Pense nisto

Dê exemplos de como você pode se tornar um perfume de fragrância suave no lugar que o cerca, seja ele seu trabalho, sua escola, sua vizinhança, ou mesmo seu lar.

Jeruel B. Ibañez, Silang, Filipinas


Quinta, 26 de fevereiro

Aplicação
UM CORAÇÃO COMO O DELE

João retrata três reações principais ao milagre da ressurreição de Lázaro: (1) Os líderes religiosos queriam matar Jesus e até mesmo Lázaro, por medo do que lhes aconteceria (João 11:47-53); (2) Maria, por outro lado, respondeu com gratidão e amor dedicado e abnegado (João 12:1-9).

5. Ao mesmo tempo, houve uma terceira reação. Qual foi ela? Veja João 12:9-11, 17-19

6. Qual foi a resposta de Jesus ao pedido dos gregos? João 12:20-27. O que significa seguir a Jesus? Como o ato de Maria ajuda a explicar o que Jesus está nos dizendo?

Em João capítulos 11 e 12, Jesus manifesta Sua profunda devoção a Sua missão (apesar da cruz iminente). Ele sabia muito bem que já havia sido armado um complô contra Ele, e que voltar para a Judéia significaria iminente perigo. Mas Ele prosseguiu, a despeito do que tinha de enfrentar, sabendo que esse ato seria para a glória de Deus.

Esse incidente também nos mostra um exemplo de que nós, que desejamos segui-Lo, podemos ter um coração como o dEle. Como então podemos mostrar nossa devoção a Ele?

Entregue-se ao Senhor. Quando desejamos seguir a Cristo, a entrega é inevitável. E a entrega vem com a renúncia ao eu, isto é, o desistir de nossos desejos e ambições pessoais para nos tornarmos Seus verdadeiros servos. "Se alguém quiser acompanhar-Me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-Me" (Luc. 9:23).

Permaneça nEle. O segredo da vida vitoriosa de Cristo aqui na Terra era Sua constante comunhão com o Pai. Ele nunca fazia nada à parte da vontade de Deus. "Aquele que faz a vontade de Deus, que anda na vereda por ele indicada, não pode tropeçar nem cair. A luz do Espírito de Deus, a guiá-lo, dá-lhe clara percepção de seu dever, conduzindo-o direito até ao fim de sua obra" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 527).

Confie no coração dEle. A vida de um cristão não é um mar de rosas. Há ocasiões em que a estrada é difícil, e provas parecem atingir-nos com duros golpes. Mas tenha ânimo. Deus nunca abandona Seu povo. "A todos quantos estão buscando sentir a mão guiadora de Deus, o momento do maior desânimo é justamente aquele em que mais perto está o divino auxílio" (Idem, pág. 528). Como diz uma música: "Se você não pode ver a mão dEle, confie no coração dEle".

Pense nisto
  1. De que maneira o conhecimento de Deus ajudará você em suas decisões diariamente? Seja específico.
  2. Por que confiar em Deus se há tantas respostas do tipo "não" e "espere"?
  3. Devemos nos colocar em perigo (como mártires) para provar nossa lealdade a Cristo, sabendo que há a certeza da ressurreição? Explique sua resposta.
  4. Em que áreas de nossa vida podemos mostrar sacrifício e entrega para que as pessoas em geral possam saber que somos cristãos?

Sheryll Ann F. Manese, Silang, Filipinas


Sexta, 27 de fevereiro

Opinião
CADA UM DE NÓS UMA MARIA

Jesus nos ama assim como somos, e mostrou esse amor na cruz. Se compreendêssemos quão grande foi esse ato, seríamos grandemente comovidos. Não poderíamos fazer mais do que Maria fez.

Se sempre levássemos conosco esta verdade, obedecendo e amando a Deus exteriormente, teríamos uma perspectiva celestial de nossas lutas terrenas. Se soubéssemos que Jesus nos aceita – com nossos erros, nosso passado e tudo – não haveria inibições ou endurecimento do coração para vir a Ele. É preciso aceitação por parte da pessoa que amamos para que nos devotemos a ela. A aceitação é uma questão de perspectiva, de não condenação e de tolerância em relação ao passado.

Como Maria, as pessoas ao nosso redor são pecadoras. Nem todas elas estão em boa forma espiritualmente falando. A maioria delas são como nós, enfrentando lutas e turbulências espirituais. Em alguns casos, poderíamos ter mais sorte porque, diferentemente delas, conhecemos a Jesus. Se tivéssemos essa genuína compaixão por elas ou as fizéssemos sentir que são importantes, não importa o quanto tenham pecado contra a lei, contra os outros ou contra nós, talvez tivessem uma perspectiva esperançosa de sua situação. Se verdadeiramente procurássemos alcançá-las e aceitá-las, o Espírito Santo teria uma maneira de atuar na vida delas. Se não as prejulgássemos, mas as considerássemos candidatas em potencial para o Céu, não haveria tempo para feri-las e arrasá-las. Se aceitarmos qualquer pessoa que Jesus envia para perto de nós, estaremos aceitando-O também como nosso amoroso Pai do Céu (João 13:20).

Devotar-nos a Deus não é limitar nossa perspectiva e tempo com outras pessoas. É canalizar nossa energia e amor, através dEle, para nossos irmãos e irmãs, apoiando-os, perdoando-o e aceitando-os. Eles se lembrarão de nossos atos de amor por eles durante os períodos escuros de sua vida. Deus irá sorrir ao recordar disso no Céu. Como Jesus viu esperança em Maria quando ela era imunda, podemos mostrar esperança também na vida vazia e sem propósito de alguma outra pessoa.

Cada um de nós é uma Maria. Cada um de nós tem uma história. Cada um de nós tem um lugar no Céu.

Danilyn Joy Lontiong, Pasig, Filipinas


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