Lição 9
21 a 28 de fevereiro

Aproxima-se a Cruz

Lição 912004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Núm. 28–30

VERSO PARA MEMORIZAR: "Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto" (João 12:24).

LEITURA DA SEMANA: João 11:1–12:50.

PENSAMENTO-CHAVE: Na morte e ressurreição de Lázaro, João apresenta uma prévia da morte e ressurreição de Jesus. Foi a Cruz iminente que tirou de Maria toda a medida de sua devoção.

NÓS AMAMOS PORQUE ELE NOS AMOU PRIMEIRO. Em João 11 e 12, o autor do Evangelho começa a transição do ministério terrestre de Jesus para os eventos associados com a Cruz. Os dois principais incidentes destes capítulos têm lugar em Betânia, logo do outro lado do Monte das Oliveiras, em Jerusalém. Com a ressurreição de Lázaro por Jesus e a Sua unção por Maria, João prepara o leitor para os eventos trágicos, mas necessários, a terem lugar logo mais em Jerusalém.

A ressurreição de Lázaro provocou reações contraditórias. Para o Sinédrio, foi considerada uma ameaça aos seus interesses. Como resultado, começaram a conspirar a morte de Jesus. Em contraste, vemos o glorioso ato de devoção de Maria. Sua devoção ocorreu em boa hora. "Ao baixar [Jesus] à treva de Sua grande prova, levou consigo a lembrança desse ato, penhor do amor que Seus remidos Lhe votariam para sempre." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 560.


Domingo

Ano Bíblico: Núm. 31 e 32

A ressurreição de Lázaro – João 11:1-44

1. Leia João 11:1-44 e então responda a estas perguntas:

a. Por que Jesus esperou tanto antes de ir a Betânia? Veja os versos 15-17, 37 e 39. Como a demora tornou a Sua ação ainda mais miraculosa?

b. Como a ressurreição de Lázaro ajuda a provar a veracidade dos versos 25 e 26?

c. Qual era a fonte do poder de Cristo? João 11:41 e 42. Veja também o verso 22.

d. Por que a confissão de Maria é tão importante, particularmente no tempo em que foi expressa? V. 27.

A base da fé cristã é que existe poder real no evangelho. O poder que ressuscitou Lázaro é real, e está disponível ainda hoje. Apesar de que as tragédias não são sempre contidas nesta vida, o poder da ressurreição de Deus nos trará significado e conforto, se o permitirmos.

Todos teremos a experiência de João 11 em alguma ocasião; isto é, a morte, a traição e a destruição deixam um senso real de perda que, mesmo explicadas, ainda nos perturbam. Somos atribulados pela sensação de que Jesus poderia ter intervindo para impedi-las, mas isso não aconteceu. Procuramos entender que "da tragédia poderia provir glória para Deus". Em momentos depressivos como estes, podemos lembrar-nos de que o Deus que ressuscitou a Jesus ainda é capaz de criar alguma coisa do nada. Mesmo quando todos parecem desesperados, ainda podemos pôr a confiança nEle. Precisamos fazer isso, pois o que mais existe? Felizmente, temos histórias como esta do livro de João, que podem nos dar ainda mais razões para confiar em Deus.

Leia o verso 37. Quem nunca se surpreendeu pensando em alguma coisa semelhante diante da tragédia pessoal? Qual é a única resposta que podemos dar?


Segunda

Ano Bíblico: Núm. 33 e 34

Maria e Marta

2. Qual foi a primeira coisa que tanto Marta como Maria disseram a Jesus quando se aproximaram dEle? Como essas palavras revelam fé e dúvida ao mesmo tempo? Veja João 11:21 e 32.

Para Maria e Marta, a morte de Lázaro em si não foi a pior coisa. O pior foi a demora de Jesus! Parece que as duas irmãs tiveram uma reação muito diferente diante de Jesus. Quando chegou a notícia de que Jesus chegara e estava fora da cidade, Marta saiu para encontrá-Lo, mas Maria ficou em casa até que Marta voltou e a chamou. Embora as duas irmãs estivessem tristes e aflitas, Marta combinou sua declaração de frustração (v. 21) com fortes declarações de permanente fé em Jesus (vs. 22, 24 e 27). Em resposta à expressão da sua fé, Jesus lhe ofereceu uma das descrições mais magníficas de Sua vida e missão: "Eu sou a ressurreição e a vida" (vs. 25 e 26).

3. O que você entende dessa declaração de Cristo nos versos 25 e 26? Que esperança está implícita nessas palavras?

Quando finalmente saiu para encontrar Jesus, Maria repetiu a queixa de Marta mas sem afirmação de fé contínua. Ela não recebeu nenhuma revelação de Jesus e Ele não pediu dela nenhuma expressão de fé (compare os versos 32 e 33 com os versos 22-27). Jesus fora convidá-las para contemplar a Ressurreição e a Vida, mas a mente delas estava focada em sua perda.

Por baixo da superfície desta história, não é difícil obter um vislumbre da vida interior dessas duas irmãs. Seus corações eram um mar furioso de emoções turbulentas. A dor da perda súbita as tinha esmagado. As ações de Jesus haviam acrescentado dúvidas às suas tristezas. Enquanto Marta parece que conseguiu manter uma aparência de melhor estabilidade emocional, mesmo ela não percebeu antecipadamente o que Jesus estava para fazer (v. 39).

Esta história tem um final feliz. Que esperança você encontra nesta história para as mortes que, pelo menos no momento, não terminam como esta?


Terça

Ano Bíblico: Núm. 35 e 36

A conspiração para matar Jesus – João 11:45-57

4. Leia João 11:45-57 e então responda às seguintes perguntas:

a. Os líderes criam que Jesus tinha realmente operado esse milagre, ou achavam que era um engano? Explique a importância da resposta.

b. Que explicação eles deram por ter que fazer Jesus parar? Esse argumento não faz sentido?

Nestes textos, vemos as reações dos líderes religiosos à ressurreição de Lázaro. Em vez das ilimitadas possibilidades que a ressurreição de Lázaro parecia ter aberto à humanidade, os líderes religiosos só podiam pensar na ameaça à própria posição e seus interesses.

Com deliciosa ironia, João usa as próprias palavras dos líderes contra eles mesmos. Eles conspiravam para matar Jesus porque tinham medo de que, se permitissem que Ele continuasse o Seu ministério, "todos crerão nEle; depois, virão os romanos e tomarão não só o nosso lugar, mas a própria nação" (v. 48). Para os primeiros leitores do Evangelho, a tolice dessa declaração era clara. Aquilo mesmo que os líderes religiosos tentavam impedir, a morte de Jesus provocou: muitos creram nEle, e Jerusalém e seu templo foram destruídos. Até o líder, Caifás, profetizou que eles não "saibam nada" (vs. 49-52). O conselho decidiu que embora Jesus não tivesse feito nada para merecer a morte, Sua morte era o único caminho para manter sua posição e a segurança de sua nação.

Por mais dramático que fosse o exemplo deles, os líderes religiosos simbolizam o perigo que todos enfrentamos: racionalizar as ações, até mesmo as mais escandalosas, para proveito pessoal. Você alguma vez já fez algo parecido? O que podemos fazer para não cair nessa armadilha comum, mas mortal? Alguns versos que poderiam ajudar são Mat. 16:24, I Ped. 4:1 e Filip. 2:4.


Quarta

Ano Bíblico: Deut. 1–3

Maria de Betânia – João 12:1-8

A unção em Betânia provavelmente teve lugar no sábado à noite, na semana anterior à crucifixão (João 12:1). Betânia estava localizada a cerca de três quilômetros a leste de Jerusalém, do lado oposto do Monte das Oliveiras.

Leia João 12:8. Ponha-se na posição de alguém que estivesse lá e que, não sabendo da morte iminente de Cristo, testemunhasse a reação de Jesus e de Judas ao ato de Maria. Que razões eles talvez teriam para pensar que Judas estava certo? Que lição existe aqui a respeito da maneira como sempre podemos julgar as ações pelo que vemos?

No coração da narrativa, no princípio de João 12, está o contraste deliberado entre a fé sincera da Maria em Jesus, e amor por Ele, e o frio calculismo de Caifás (no fim do capítulo 11) e de Judas. A unção dos pés de Jesus por Maria foi motivada por amor e desinteressado sacrifício. Os oponentes de Jesus, por outro lado, foram motivados pela cobiça e pelo egoísmo.

Nesta cena, vemos a total devoção de Maria. Se tinha dúvidas antes da ressurreição de Lázaro, agora não tinha mais. Toda emoção tremia de gratidão por Aquele que ressuscitara seu irmão e que agora estava pronto a morrer por ela. O perfume que ela derramou sobre Jesus custou um ano de muito trabalho, mas representava toda a sua vida, oferecida com gratidão a Jesus. Essa total devoção raramente é popular, como a reação de Judas deixa claro. "Que desperdício", as pessoas dizem. "Você poderia ter feito grandes coisas em sua vida, mas decidiu desperdiçar isso em Jesus!"

A reação de Judas é normal e humana. O ato de Maria parece um desperdício. Que comissão da igreja aprovaria essa despesa? Para a razão humana, Maria parecia emocionalmente transtornada. Mas note novamente como Jesus interpretou o ato, desta vez como está registrado em Marcos 14:6-9: "Ela praticou boa ação para comigo. ... Ela fez o que ela pôde. ... Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua".

Pense na reação de Judas ao ato de Maria. Como podemos ser culpados de fazer a mesma coisa, isto é, esconder nossas debilidades e defeitos espirituais por trás de um amontoado de devoção e auto-sacrifício?


Quinta

Ano Bíblico: Deut. 4–7

A cruz iminente – João 12:9-27

João retrata três reações principais ao milagre da ressurreição de Lázaro:

1. Os líderes religiosos queriam matar Jesus e até mesmo Lázaro, por medo do que lhes aconteceria (João 11:47-53).

2. Maria, por outro lado, respondeu com gratidão e amor dedicado e abnegado (João 12:1-9).

5. Ao mesmo tempo, houve uma terceira reação. Qual foi ela? Veja João 12:9-11, 17-19.

Das três reações, é evidente que Maria é a pessoa que o autor do Evangelho deseja que o leitor veja como o grande modelo da resposta a Jesus e Seus sinais miraculosos.

6. Qual foi a resposta de Jesus ao pedido dos gregos? João 12:20-27. O que significa seguir a Jesus? Como o ato de Maria ajuda a explicar o que Jesus está nos dizendo?

João 12:26 mostra que seguir a Jesus é desalojar o egoísmo. Quando nossa vida está cheia do esforço para obter vantagem, segurança e prazer, não experimentamos a abundância de vida que Jesus nos oferece. De fato, o que Jesus parece estar dizendo no verso 25 é que a única forma de seguir verdadeiramente a Cristo é dando tudo a Ele; esta precisa ser uma morte total e completa para o eu. Naturalmente, só o Senhor pode fazer isso por nós, se o permitirmos, se tomarmos a decisão de segui-Lo e fazer o que devemos fazer, como o grão de trigo, primeiro morre. Não existe outra maneira. Judas, os líderes de Israel e a multidão que veio a Jesus quando entrou em Jerusalém, todos esses representam, de certa forma, para mais ou para menos, aqueles que não fizeram uma rendição total.

Entre os personagens que estudamos na lição de hoje, só Maria parece ter entendido isso, uma compreensão que se comprovou claramente pelas suas obras.


Sexta

Ano Bíblico: Deut. 8 e 9

ESTUDO ADICIONAL

"Se Cristo Se achara no quarto do doente, este não teria morrido; pois Satanás nenhum poder sobre ele exerceria. ... Cristo sabia que ao contemplarem [as irmãs enlutadas] o rosto inanimado do irmão, severa seria a prova de sua fé no Redentor. Mas sabia que, em virtude da luta por que estavam então passando, essa fé resplandeceria com brilho incomparavelmente maior." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 528.

"O Salvador compreendeu a trama dos sacerdotes. Sabia que ansiavam removê-Lo e em breve se realizaria seu propósito. Não Lhe competia, no entanto, precipitar a crise, e retirou-Se daquela região, levando consigo os discípulos. Assim, por Seu próprio exemplo reforçava Jesus as instruções que a eles dera: ‘Quando pois vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra.’ Mat. 10:23. Havia um vasto campo em que trabalhar pela salvação de almas, e, a menos que o exigisse a lealdade para com Ele, não deveriam os servos do Senhor arriscar a vida."Ibidem, pág. 541.

PERGUNTAS PARA CONSIDERAÇÃO:

1. Se você tivesse o valor de um ano de salário ou um ano disponível para honrar a Jesus, como você o usaria? Como seus amigos reagiriam?

2. Leia João 12:26. Como essas palavras corrigem a idéia de que Jesus só nos quer como amigos, e não como servos? Por que devemos ser as duas coisas?

RESUMO: Nesta lição vimos como a generosidade de Jesus provoca reações contraditórias. Sua generosidade na ressurreição de Lázaro e ao aceitar que Maria O ungisse atrai sua profunda devoção. Por outro lado, as mesmas ações levam às conspirações assassinas dos líderes religiosos, à reclamação de Judas e ao louvor sem entendimento da multidão. O autor do Evangelho desejava que ponderássemos nossas próprias reações à maior generosidade de todas, o sacrifício de Jesus por nós na cruz.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

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