"Porque Deus amou tanto o mundo que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).

Prévia da semana: O penetrante olhar de Jesus muda tudo. Pessoas seguras de si mesmas ficam incertas. Os menosprezados encontram nova vida. Igrejas confortáveis aprendem a evitar a atitude de indiferença para com os destituídos. O Espírito assopra onde Lhe apraz. Então, não deve nos surpreender que quando os cristãos se tornarem mais semelhantes a Jesus, as coisas também deverão mudar. Como aconteceu também a Jesus, essa "sacudidura" não será saudada em todos os lugares com alegria. Tanto dentro como fora da igreja, muitos preferem a confortável segurança de uma vida que não é perturbada pelo vento inoportuno do Espírito. Esses se opõem à liberdade do Espírito com todas as fibras do ser.

Leitura adicional: Deut. 10:17; Isa. 55:8 e 9; Luc. 4:18; Rom. 3:21-24; 5:1-11; Caminho a Cristo, págs. 9-15

1. Por que motivo muitos na festa da Páscoa chegaram a ter "fé" em Jesus? João 2:23

2. Como resultado de Seus milagres, muitos creram em Jesus. Mas os milagres são suficientes para alguém ter uma fé salvadora nEle? Veja também Lucas 16:31. Explique sua resposta.

3. Em que base Nicodemos considerava Jesus um Mestre vindo de Deus? João 3:2; João 2:23-25

4. Por que a resposta de Nicodemos revela quão pouco esse líder religioso conhecia das importantes verdades espirituais? João 3:3-10

Luz e trevas são duas forças opostas que não podem existir simultaneamente no mesmo espaço. A escuridão dá lugar à luz, mas à medida que a luz enfraquece, a escuridão toma o espaço que estava iluminado. Uma boa ilustração seria acender uma vela num cômodo escuro. Quando a vela é acesa, a escuridão cede ante a luz; enquanto a luz for alimentada na vela, a escuridão cederá (Sal. 18:28; João 1:5). Não cobrimos uma vela acesa; em vez disso, colocamo-la num lugar alto para que ela substitua as trevas (Mat. 5:15; Luc. 8:16). A luz nos capacita a ver, impede-nos de tropeçar (Sal. 119:105; João 11:9 e 10), ajuda-nos a procurar o que está perdido (Luc. 15:8), e nos leva à vida (Sal. 43:3; Prov. 6:23).

Os olhos são a porta de entrada da luz ou da escuridão na alma. Aquilo sobre o que os olhos se demoram, encherá o corpo (Mat. 6:22 e 23; Luc. 11:34-36). Os olhos que se desviam das trevas para a luz receberão purificação de toda escuridão, e todo o corpo será limpo (Atos 26:18).

Um dos discípulos mais chegados de Jesus, João, esclareceu algo sobre a Luz. Ele citou Jesus: "Eu sou a luz do mundo. Quem Me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida" (João 8:12). "Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo" (9:5). "Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em Mim não permaneça nas trevas" (12:46). Jesus veio ao mundo durante um pouco de tempo para nos mostrar a luz, para que possamos ver e crer, a fim de que possamos ser chamados filhos da luz (João 12:35 e 36).

Quanto mais perto chegarmos da Fonte de luz, mais brilhante nosso reflexo se tornará (II Cor. 3:18; 4:18; 5:18; 7:1). Isso subentende que nos tornaremos a luz deste mundo escuro ao nos tornarmos semelhantes à Luz maior. Note: nunca nos tornaremos a Luz maior. De onde então tiramos nossa força? (Sal. 27:1). Nosso velho eu pecaminoso terá de morrer, para que possamos ser inteiramente cheios da verdadeira Luz e Ele possa ser glorificado através de nós (João 3:30). A verdadeira Luz brilhará segundo a lei e o testemunho da Luz maior, Jesus Cristo – o Doador da luz para este mundo (Isa. 8:20).

A Luz não estará conosco para sempre, portanto escolha de quem ou de que você vai se encher (Apoc. 18:23). A luz e as trevas não têm comunhão. Quanto tempo você vai ficar dividido entre dois senhores? (II Cor. 6:14). Sejamos verdadeiros portadores da Luz, para que possamos dar glória a quem ela pertence.

Senhor Jesus, brilhe através de minha vida, para que este mundo possa ser um lugar melhor, mais brilhante e mais alegre hoje.

Cornelius du Preez, Somerset West, África do Sul

5. O que até os "bons" e piedosos precisam ter a fim de entrar no reino de Deus? João 3:3 e 5. O que significa "nascer de novo"?

6. Por que é inútil tentar salvar a nós mesmos? João 3:6-8. Leia também Isa. 25:9; Tito 3:5; Heb. 9:12

Jesus Cristo morreu e ressuscitou para salvar o mundo todo através de Sua graça. Grande parte da população do mundo, porém, pertence a religiões como o budismo, o hinduísmo, o islamismo e o judaísmo, que nem ensinam nem promovem a salvação pela graça através da fé em Jesus Cristo. Como esses bilhões de pessoas por quem Cristo morreu podem ser salvos se nunca tiveram a oportunidade de ouvir e aceitar o evangelho de Jesus Cristo? (Isa. 56:6 e 7; Mat. 24:14; João 12:32; Rom. 10:13-15.)

Deus ama o mundo. Seu amor é todo-abarcante. Não depende do comportamento, atitude, caráter ou tipo das pessoas que o recebem. Ele verdadeiramente ama sem obstáculos, vinculações ou condições. Ele é o mesmo Deus que nos ensina não apenas a amar aqueles de quem gostamos e que gostam de nós ou que são como nós, mas também aqueles que são diferentes de nós, de quem talvez não gostemos e que talvez até nos odeiem! Tal amor incondicional é de origem celeste, e só esse amor nos preparará para o reino do Céu. É um amor que verdadeiramente não conhece fronteiras, pois se estende de uma extremidade da Terra a outra, e abarca toda a família humana.

O mundo inclui a todos os que nele habitam. Consiste de pessoas de variadas cores, descendências, línguas, culturas e ordens sociais. As boas-novas do evangelho são que Jesus Cristo morreu para salvar todo membro da família humana, qualquer que seja sua raça, origem, língua ou formação. O apóstolo Pedro testificou que "Deus não trata as pessoas com parcialidade, mas de todas as nações aceita todo aquele que O teme e faz o que é justo" (Atos 10:34 e 35). Nosso Deus abarca a diversidade da família humana, pois em Cristo "não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus" (Gál. 3:28).

Muitas vezes deixamos que diferenças de raça, religião, ideologia e/ou formação nos dividam e separem em facções e sub-facções. Por natureza, evitamos a diversidade. Como é que nós, diferentes e diversos como somos, superamos nossas diferenças e colocamos em prática a graça de Deus, que abarca a diversidade? Não podemos verdadeiramente apreciar a graça de Deus e sua universalidade sem abarcar e aceitar a diversidade.

Não importa quem você seja, é bem-vindo a essa festa. Não importa quem você conheça, ou não conheça, você está convidado. Não há critério para se fazer parte dessa comemoração, exceto que você creia que Jesus é o Cristo enviado por Deus. Deus amou de tal maneira a todos que deu Seu único Filho para morrer em nosso lugar a fim de que pudéssemos ter um lugar em Seu reino eterno.

Nicodemos e a mulher junto ao poço eram completamente diversos. Nicodemos era um judeu de nascimento e religião. A mulher pertencia ao povo samaritano, a quem os judeus consideravam ser racialmente, religiosamente e culturalmente inferior. Sabemos que essa era a dura realidade, pois, como a mulher lembrou a Jesus, "os judeus não se dão bem com os samaritanos" (João 4:9). Nicodemos veio a Jesus à noite, mas Jesus aberta e ousadamente puxou conversa com a mulher samaritana em plena luz do dia. Nicodemos era um fariseu, um governante devoto e altamente respeitado em Israel. A mulher samaritana estava vivendo em adultério. Por mais diversos que fossem os antecedentes e as circunstâncias de ambos, Jesus livre e imparcialmente ministrou as palavras da vida a ambos.

Jesus derrubou as barreiras artificiais que separam e enfraquecem a família humana. João registra que Jesus precisou passar por Samaria e que Ele iniciou o contato e a conversa com a samaritana (João 4:3-7). Ele desconsiderou totalmente as regras culturais e sociais de Seus dias, superficialmente impostas, para levar o evangelho ao povo da Samaria, permanecendo lá dois dias inteiros (verso 40). O ato de Ele Se misturar com os samaritanos não foi nem casual nem acidental, mas intencional e significativo. Jesus tomou medidas radicais e ousadas como esta por causa de Seu amor ousado e radical pela humanidade.

Quão intencionais somos em derrubar as barreiras artificiais construídas pelos seres humanos que nos separam uns dos outros? O amor e a graça de Cristo, recebidos em nosso coração, nos tornam ousados, ativos, e até radicais em amar e servir imparcialmente a todos os tipos de pessoas.

7. Leia toda a história de Jesus com a mulher junto ao poço, e então responda a estas perguntas:

a. Como a mulher reagiu a Jesus a princípio? João 4:9, 11 e 12

b. O que levou a mulher a crer que Jesus era um profeta? João 4:17-19 e 29

8. O que Jesus tentou ensinar para a mulher? João 4:21-24

– Por que você fica acordado até tão tarde cuidando de todas estas crianças chinesas, papai? Os pais delas nem gostam de nós. Eles nos odeiam.

– Jimmy, eu sou médico, e não me importa de que cor as crianças são. Eu quero que todas elas sejam felizes, e farei tudo o que puder para ajudá-las. O que você precisa entender é que nós somos cristãos e representamos a Cristo, e precisamos tratar a todos como Jesus trataria.

Essa pequena conversa entre Jimmy e seu pai me fez lembrar da cançãozinha que eu costumava cantar quando era criança: "Cristo ama as criancinhas, todas que no mundo há, não importa sua cor, Ele as quer com muito amor; bênçãos mil a todas elas Cristo dá."

Nosso mundo inclui centenas de religiões, muitas raças diferentes, e pessoas de muitas classes. Alguns grupos crêem que o grupo ao qual pertencem é o único que Deus irá salvar. A Bíblia diz, de maneira muito clara, em João 3:16, sobre o amor de Jesus demonstrado em Sua morte sobre a cruz. Estou feliz porque o texto não menciona qualquer grupo em especial pelo qual Jesus morreu. Ao contrário diz, na última parte: "todo aquele que"; sim, todo aquele que crer nEle.

Como cristãos, precisamos deixar outros ao nosso redor saberem que o amor de Deus não tem fronteiras. Como o texto sugere, Ele veio para cuidar de todos os tipos de pessoas. Deus Se importa com os seres humanos em geral e individualmente; com Ele não há limites de raça, credo, cor, classe, não importa se a pessoa é rica ou pobre, se é um andarilho ou um rei. Quando Cristo morreu, ofereceu Sua graça a todos.

Ellen White confirma o fato de que Cristo deseja salvar a todos. Ela diz: "O coração de Deus anseia por Seus filhos terrestres com amor mais forte que a morte. Entregando Seu Filho, nesse único Dom derramou sobre nós todo o Céu. A vida, morte e intercessão do Salvador, o ministério dos anjos, o pleitear do Espírito, o Pai operando acima de tudo e por tudo, o interesse incessante dos seres celestiais – tudo se empenha em favor da redenção do homem" (Caminho a Cristo, pág. 21).

A mensagem de Deus é clara: tudo o que temos a fazer é crer em Sua Palavra, abrir o coração, e deixá-Lo guiar nossa vida.

Ashley Massicotte, Port-of-Spain, Trinidad

9. Como resultado do testemunho da mulher, e como resultado de seu próprio encontro com Jesus, o que os samaritanos passaram a crer sobre Jesus? João 4:42. O que levou essas pessoas a crerem em Jesus?

10. "Salvador do mundo" significa que a salvação não estava mais restrita por considerações étnicas ou geográficas. Qual é o princípio bíblico sobre a exclusão social? Atos 10:28; 17:26; Col. 3:11; I João 2:2

Seu nome era Judy. Vários anos atrás ela era membro de uma igreja adventista local e a freqüentava – isso, antes de ela abandonar a igreja. Desde então, teve três filhos de pais diferentes, motivo pelo qual foi excluída. Atualmente, usa muitas jóias e exibe penteados radicais. Após vários anos tentando animá-la a voltar para a igreja, seus amigos deixaram a situação nas mãos de Deus, concentrando-se inteiramente em orar por ela.

O Espírito Santo trabalhou e ela mais tarde expressou para seu pai o interesse de voltar para a igreja. Como o cristão "correto" e cheio de justiça própria que ele era, contudo, disse a ela expressamente que ela não podia voltar para a igreja e ser vista com ele até que mudasse a cor pink do cabelo – uma censura direta e não muito cristã. Isso foi quase um ano atrás. Desde então, Judy não expressou mais o desejo de voltar. Aparentemente, Satanás teve sucesso em usar o pai de Judy como um "poder do inferno" na tentativa de mantê-la afastada do amor de Deus (Rom. 8:38).

Onde é que nós, como cristãos, aprendemos a ser seletivos em nossa disseminação do evangelho? Jesus certamente não tomou essa postura. Ele nos aceitou como éramos, não aceitou? "Os que se chamam Seus seguidores, podem desprezar e evitar os párias da sociedade; ... porém, nenhuma condição de vida pode desviar Seu amor dos filhos dos homens. A toda alma, embora pecadora, Jesus diz: Se Me pedisses, Eu te daria água viva" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 194).

Essa é uma grande lição, mas a maioria de nós se sente como se se aplicasse apenas a cristãos "maus". Faça a si mesmo esta pergunta: "Sou na verdade todo-inclusivo quando falo a outros sobre as boas-novas?" Vá em frente. Pergunte a si mesmo. Qual seria sua reação inicial se uma moça viesse à igreja com uma saia extremamente curta e uma blusa que deixasse partes do corpo à mostra? Que dizer do velho sem-teto que cheira mal e escolhe se sentar perto de você na igreja? Mesmo assim você será um eficiente comunicador do evangelho?

Falando mais sobre o exemplo de Jesus, Ellen White declara: "O convite evangélico não deve ser amesquinhado, e apresentado apenas a uns poucos escolhidos. ... A mensagem deve ser dada a todos" (Ibidem). Medite no exemplo perfeito que Jesus colocou diante de nós como Seus seguidores; depois se esforce para ser mais semelhante a Ele. Você pode. Ele irá ajudá-lo.

Courtney Hall, Northport, EUA