Lição 2

3 a 10 de abril

Crise de liderança

Lição 222004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: II Sam. 8–10

VERSO PARA MEMORIZAR: "No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de Suas vestes enchiam o templo" (Isaías 6:1).

CONFIANÇA NOS LÍDERES. Quando um de seus discípulos perguntou a Confúcio quais seriam os ingredientes de um bom governo, Confúcio respondeu: "Alimento suficiente, armas suficientes e a confiança do povo comum".

"Mas", perguntou o discípulo, "suponha que tivesse que passar sem um desses três, de qual você abriria mão?"

"Das armas", disse Confúcio.

O discípulo insistiu: "Suponha que fosse então forçado a passar sem um dos dois que restassem, qual deles você entregaria?"

Confúcio respondeu: "Alimento. Há muito tempo a fome tem sido a sorte de todos os homens, mas um povo que não confia mais nos seus governantes está perdido." – Editado por Michael P. Green, 1.500 Illustrations for Biblical Reading, pág. 215.

As pessoas realmente querem liderança forte e confiável. Quando um soldado estava assinando o requerimento para um segundo período de serviço militar, o recrutador do exército perguntou por que ele queria se alistar. "Tentei a vida civil", ele disse, "mas ninguém está no comando lá fora."

Nesta semana vamos examinar a crise de liderança de Judá e os seus tristes resultados.


Domingo

Ano Bíblico: II Sam. 11 e 12

O rei está morto. Viva o rei!

1. Isaías 6:1 fala sobre a morte do Rei Uzias. Leia II Crônicas 26 e então responda a esta pergunta: qual é o significado da morte do Rei Uzias?

Perspectivas diferentes podem ser dadas a respeito da morte desse rei.

1. Embora o reinado de Uzias tenha sido longo e próspero, "havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína" e tentou oferecer incenso no templo (II Crôn. 26:16). Quando os sacerdotes corretamente o impediram porque ele não era autorizado como descendente sacerdotal de Aarão (v. 18), o rei ficou zangado. Nesse momento, quando Uzias rejeitou a reprovação, o Senhor imediatamente o atingiu com lepra, que teve "até ao dia da sua morte; e morou, por ser leproso, numa casa separada" (v. 21). O interessante é que Isaías teve uma visão do Rei puro, imortal, divino em Sua casa ou templo bem no ano em que o rei humano impuro morreu.

2. Existe um contraste notável entre Uzias e Isaías. Uzias buscou a santidade com presunção, pelo motivo errado (orgulho) e, por causa disso, tornou-se ritualmente impuro, de forma que foi cortado da santidade. Isaías, por outro lado, permitiu que a santidade de Deus o alcançasse. Admitiu humildemente sua fraqueza e ansiou a pureza moral e a recebeu (Isa. 6:5-7). Como o coletor de impostos na parábola de Jesus, ele desceu justificado: "Porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado" (Luc. 18:14).

3. Existe uma semelhança notável entre o corpo leproso de Uzias e a condição moral do seu povo: "Não há nele coisa sã, senão feridas, contusões e chagas inflamadas, umas e outras não espremidas, nem atadas, nem amolecidas com óleo" (Isa. 1:6).

4. A morte de Uzias em aproximadamente 740 a.C. marca uma crise importante na liderança do povo de Deus. Judá estava em perigo especial porque Tiglate-Pileser III subio ao trono da Assíria alguns anos antes, em 745 a.C., e imediatamente adotou a guerra para fazer da sua nação uma superpotência invencível que ameaçava a existência independente de todas as nações no Oriente Médio. Nesse tempo de crise, Deus encorajou Isaías mostrando ao profeta que estava ainda no controle.


Segunda

Ano Bíblico: II Sam. 13 e 14

"Santo, Santo, Santo" (Isa. 6:1-4)

Note o que está acontecendo nos primeiros quatro versos de Isaías 6. O rei morre durante uma grande turbulência política (os assírios estavam começando uma guerra); para Isaías, aquele era um tempo de medo, quando não estava certo sobre quem estava no controle.

E então – o que aconteceu? Em visão, Isaías contemplou a ardente glória de Deus em Seu trono, ouviu as antífonas dos brilhantes serafins ("seres em chamas") clamando as palavras: "Santo, Santo, Santo", sentiu o abalo sísmico sacudindo o piso embaixo dele e contemplou a fumaça rodopiando e inundando o templo. Deve ter sido uma experiência formidável para o profeta. Com certeza, Isaías agora sabia quem estava no controle, apesar dos eventos externos.

2. Onde estava o Senhor nessa visão? Isa. 6:1. Por que o Senhor apareceu a Isaías justamente nessa ocasião e não em alguma outra? Êxo. 25:8; 40:34-38

Em Ezequiel 1; Daniel 7:9 e 10 e Apocalipse 4 e 5, Ezequiel, Daniel e João estavam no exílio quando receberam suas visões. Como Isaías, eles precisavam de conforto e encorajamento especial de que Deus ainda estava no comando, embora seu mundo estivesse desmoronando (Daniel e Ezequiel eram cativos em uma nação pagã que havia destruído a sua terra, e João tinha sido exilado para uma ilha por um poder político hostil). Sem dúvida, essas visões ajudaram a lhes dar o que precisavam para permanecer fiéis, mesmo durante uma situação de crise.

A descrição que João faz do templo de Deus no Céu é bem parecida com a de Isaías. Veja Apocalipse 4:8, onde quatro seres viventes, cada um com seis asas, também cantam "Santo, Santo, Santo" (compare Isa. 6:2 e 3).

A santidade transcendente de Deus, enfatizada na visão de Isaías, é um aspecto básico da sua mensagem. Deus é santo e requer santidade do Seu povo, uma santidade que lhes será dada unicamente se eles se arrependerem, abandonarem o mal e se submeterem a Ele em fé e obediência.


Terça

Ano Bíblico: II Sam. 15–17

Nova personalidade (Isa. 6:5-7)

No santuário/templo, só o sumo sacerdote podia aproximar-se da presença de Deus no Santo dos Santos, no Dia de Expiação, e com uma nuvem protetora de incenso, caso contrário ele morreria (Lev. 16:2, 12 e13). Isaías viu o Senhor, embora não fosse o sumo sacerdote, e não estivesse queimando incenso! O templo ficou cheio de fumaça (Isa. 6:4), lembrando-nos da nuvem em que a glória de Deus aparecia no Dia de Expiação (Lev. 16:2). Aterrorizado e achando que estava morto (compare Êxo. 33:20; Juí. 6:22 e 23), Isaías clamou reconhecendo seu pecado e o pecado do seu povo (Isa. 6:5), lembrando a confissão do sumo sacerdote no Dia da Expiação (Lev. 16:21). Tendo experimentado a adoração de Deus pelos lábios dos seres celestiais, Isaías percebeu a insuficiência da adoração oferecida por lábios mortais, pecaminosos.

3. Por que o serafim usou uma brasa viva, ou em fogo, do altar para purificar os lábios de Isaías? Isa. 6:6 e 7

O serafim explicou que ao tocar os lábios do profeta, sua culpa e seu pecado foram removidos (v. 7). Não é especificado o pecado, mas não precisa se limitar às palavras, porque os lábios não significam só a fala mas também toda a pessoa que as profere. Tendo recebido a purificação moral, Isaías agora era capaz de oferecer um louvor puro a Deus.

O fogo é um agente de purificação, porque queima as impureza (compare Núm. 31:23). Mas o serafim usou uma brasa do fogo santo, especial, do altar, que o próprio Deus acendera e que era preservado queimando ali perpetuamente (Lev. 6:12). Então, o serafim tornou Isaías santo e puro. E tem mais. Na adoração do santuário ou templo, a principal razão para tirar uma brasa do altar era para acender o incenso. Compare Levítico 16:12 e 13, onde o sumo sacerdote devia tomar um incensário cheio de brasas do altar e usar para acender incenso. Mas, em Isaías 6, o serafim aplica o carvão sobre Isaías, e não sobre o incensário. Considerando que Uzias quis oferecer incenso, Isaías se tornou o próprio incenso! Assim como o fogo santo acendia o incenso para encher a casa de Deus com santa fragrância, acendeu o profeta para espalhar uma mensagem santa. Não é por acaso que nos versos seguintes de Isaías 6 (vs. 8 e seguintes), Deus envia Isaías para o Seu povo.


Quarta

Ano Bíblico: II Sam. 18 e 19

Encargo real (Isa. 6:8)

"Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por Nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim" (Isa. 6:8).

Depois de purificado, Isaías respondeu imediatamente ao chamado de Deus por um representante que pudesse enviar por Ele. Em termos do Novo Testamento, Isaías teria sido chamado de apóstolo; isto é, alguém que é enviado.

É interessante que o livro de Isaías não começa, como alguns outros livros proféticos, com a descrição do chamado profético (compare Jer. 1:4-10; Ezeq. 1–3). Em outras palavras, ele já devia ter sido chamado para ser profeta, mesmo antes dos eventos do capítulo 6. A Bíblia mostra que um encontro divino pode encorajar um profeta mesmo depois que o ministério começou (Moisés: Êxodo 34; Elias: I Reis 19). Em contraste com outros exemplos, em que Deus diz a alguém que deve ser profeta, em Isaías 6, o profeta se apresenta como voluntário para uma missão especial. Parece que os capítulos 1–5 de Isaías representam as condições no momento em que Isaías foi chamado pela primeira vez, depois do que Deus impulsiona o seu ministério encorajando-o no templo e reconfirmando a sua comissão como porta-voz profético de Deus.

4. Deus encorajou Isaías no Seu templo. Existe evidência em outro lugar na Bíblia em que o santuário de Deus é um lugar de encorajamento? Salmo 73 (veja v. 17); Heb. 4:14-16; 10:19-23; Apocalipse 5. O que estes textos nos dizem?

O santuário de Deus não apenas vibra com poder incrível; é um lugar onde os fracos e defeituosos, como nós mesmos, podem achar refúgio. Podemos ser confortados por saber que Deus está trabalhando para nos salvar através de Cristo, nosso Sumo sacerdote.

João também viu Cristo representado como um cordeiro sacrificial que acabava de ter sido sacrificado, tendo a garganta cortada (Apoc. 5:6). Este não era um quadro bonito. A descrição deixa claro que, embora Cristo tivesse ressuscitado e subido ao Céu, Ele carrega continuamente consigo o evento da cruz. Ele ainda está erguido a fim de atrair a todos a Si mesmo em Seu altar.


Quinta

Ano Bíblico: II Sam. 20 e 21

Chamado assombroso (Isa. 6:9-13)

5. Quando Deus comissionou Isaías, por que deu ao profeta uma mensagem tão estranha a ser levada para o Seu povo? Isa. 6:9 e 10

Para não pensarmos que Isaías ouviu mal ou que a mensagem não era importante, Jesus citou essa passagem para explicar por que ensinava por parábolas (Mat. 13:13-15).

Deus não quer que ninguém pereça (II Ped. 3:9), e isso explica por que enviou Isaías ao povo de Judá – e Jesus ao mundo. O desejo de Deus não é destruir mas salvar eternamente. Mas enquanto algumas pessoas respondem positivamente aos Seus apelos, outros ficam mais endurecidos em sua resistência. Então, neste sentido, o que Deus faz por eles resulta no endurecimento do seu coração, embora Ele prefira que essas ações os abrandem. O amor de Deus para conosco é invariável; nossa resposta individual ao Seu amor é a variável crucial.

Deus disse a Ezequiel: "Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta" (Ezeq. 2:5). O papel de Deus e dos Seus Servos é dar ao povo uma escolha justa, de forma que tenham aviso adequado (compare com Ezeq. 3:16-21), ainda que acabem escolhendo a destruição e o exílio (Isa. 6:11-13).

6. Com estas idéias em mente, como entendemos o papel de Deus ao endurecer o coração do Faraó?

Em Êxodo 4:21, Deus diz: "Mas Eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo". Esta é a primeira das nove vezes em que Deus disse que endureceria o coração de Faraó. Mas também houve nove vezes em que Faraó endureceu seu próprio coração (por exemplo, veja Êxo. 8:15 e 32; 9:34).

Evidentemente, Faraó possuía algum tipo de livre-arbítrio, do contrário ele não poderia endurecer o próprio coração. Mas o fato de que Deus também endureceu o coração de Faraó indica que Deus iniciou as circunstâncias para que Faraó reagisse quando fez suas escolhas, escolhas de rejeitar os sinais que Deus lhe deu. Se Faraó estivesse aberto a esses sinais, seu coração teria sido abrandado, não endurecido, por eles.


Sexta

Ano Bíblico: II Sam. 22–24

Estudo adicional

"Práticas iníquas tinham-se tornado tão predominantes entre todas as classes, que os poucos que permaneciam fiéis a Deus eram não raro tentados a perder o ânimo, dando lugar ao desencorajamento e desespero. Era como se o propósito de Deus para Israel estivesse para falhar, e a nação rebelde devesse sofrer sorte semelhante à de Sodoma e Gomorra.

"Em face de tais condições, não é surpreendente que Isaías recuasse da responsabilidade, quando chamado a levar a Judá as mensagens de advertência e reprovação da parte de Deus, durante o último ano do reinado de Uzias. Ele bem sabia que haveria de encontrar obstinada resistência. Considerando sua própria incapacidade para enfrentar a situação, e tomando em conta a obstinação e incredulidade do povo para quem ia trabalhar, sua tarefa pareceu-lhe inexeqüível. Devia ele em desespero renunciar a sua missão, deixando Judá entregue a sua idolatria? Deviam os deuses de Nínive reger a terra em desafio ao Deus do Céu?" – Ellen G. White, Profetas e Reis, págs. 306 e 307.

Perguntas para consideração:

1. Se um cético ou ateu o desafiasse com a pergunta: "Como você pode demonstrar que o seu Deus está no comando?", o que você responderia?

2. Se Deus está no comando, por que pessoas inocentes sofrem? Isaías 1:19 e 20 afirma que na vida presente só devem acontecer boas coisas para os fiéis de Deus e só coisas ruins acontecem aos que se rebelam? Compare Jó 1 e 2; Salmo 37; Salmo 73. Podemos conciliar nossa compreensão do caráter de Deus com o mal que acontece às pessoas? E precisamos disso?


Auxiliar e Comentários Adicionais

Esboço

Texto-chave: Isaías 6

Objetivos

1. Mostrar o controle de Deus sobre todas as coisas.

2. Examinar uma resposta certa para Deus.

Esboço

I. Deus está no controle (Isa. 6:1-4)

A. Em tempos de incerteza no mundo ao seu redor, Isaías recebeu a visão de um Deus transcendente.

B. A morte de Uzias representou para Judá uma crise de liderança, encerrando um longo período de paz e prosperidade. Quando o Seu povo passa a confiar demais em si mesmo e nos seus líderes humanos, Deus apresenta uma visão que os lembra que Ele está no controle.

II. A resposta a um Deus santo (Isa. 6:5-13)

A. Achando-se na presença de Deus, Isaías reconheceu imediatamente a própria indignidade. (Note o contraste entre a resposta de Isaías e o orgulho de Uzias ao queimar incenso no templo.)

B. Sentindo-se purificado, Isaías respondeu de boa vontade ao chamado de Deus.

C. Todos têm a oportunidade de responder ao chamado de Deus, mas a maioria não aceita.

Resumo:

Mesmo na destruição, Deus provê esperança – de fato, uma graça maravilhosa e condescendente – na certeza de que a semente santa permanecerá. Quando tudo ao redor parece desesperador, podemos estar certos de que Deus está no controle.

Introdução: crise de liderança

Embora a grandeza humana falhe com freqüência, a grandeza de Deus nunca falha. O Seu chamado a Isaías ocorreu quando um dos melhores reis de Judá morreu depois de macular o seu registro nos últimos dias do seu reinado. O aparecimento de Deus a Isaías no templo afirmou que o Seu propósito haveria de triunfar, não importa as dificuldades que estivessem adiante.

I. Um rei caído

A presunção do rei Uzias ao tentar tomar o ofício do sacerdócio é uma advertência a todos os líderes futuros. Deus havia preservado o ofício dos sacerdotes separado do ofício dos reis, proibindo o acúmulo tão comum nas culturas pagãs (veja Núm. 18:6 e 7; II Crôn. 26:16-21).

A ambição de Uzias de queimar incenso no santuário surgiu quando o seu reino estava no ápice do poder. O sucesso havia alimentado o seu orgulho. "O cálice mais difícil de conduzir não é o que se acha vazio, mas o que está cheio até às bordas. É este que de mais cuidadoso equilíbrio necessita. A aflição e adversidade trazem decepção e dor; mas é a prosperidade que mais perigo oferece à vida espiritual." – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 212.

A apostasia de Uzias simbolizava orgulho nacional de Judá e perda de fé. Esse ato os deixou vulneráveis à invasão dos inimigos de Deus. Mas o seu maior inimigo era a imoralidade, simbolizada pela lepra do rei.

II. O Rei da Glória

Depois da morte de Uzias, Isaías recebeu uma visão do Rei-Redentor na sala do trono do santuário celestial. Aquela cena fez Isaías sentir-se perdido. Leia Isaías 6:5.

"A visão dada a Isaías representa a condição do povo de Deus nos últimos dias. Eles têm o privilégio de ver pela fé a obra que se está realizando no santuário celestial. ... Ao olharem pela fé ao Santo dos santos e verem a obra de Cristo no santuário celestial, eles percebem que são um povo de lábios impuros – um povo cujo lábios com freqüência disseram tolices e cujos talentos não foram santificados e utilizados para a glória de Deus. Bem podem eles perder a esperança ao contrastarem sua própria debilidade e indignidade com a pureza e amabilidade do caráter glorioso de Cristo. Mas se, como Isaías, receberem a impressão que Deus deseja fazer sobre o seu coração, se eles se humilharem diante de Deus, há esperança para eles. O arco da promessa está sobre o trono, e a obra feita por Isaías será realizada neles. Deus responderá às petições vindas do coração arrependido." – Ellen G. White, Review and Herald, 22 de dezembro de 1896.

Desde o Calvário, os crentes têm o convite para entrarem na presença de Deus no santuário celestial (veja Heb. 4:14-16, 10:19-23). Quando fazemos assim, da mesma forma como Isaías, somos inundados por um senso da majestade, da pureza e do amor de Deus. Este fato desperta em nós o mesmo espírito de humilhação própria que tomou conta de Isaías e João quando Deus Se revelou a eles na beleza da santidade do Seu santuário. Os dois profetas experimentaram a morte da exaltação própria (compare Isa. 6:5-8 com Apoc. 1:12-19) a purificação, o fervor e o poder necessários para cumprir a missão confiada por Deus (veja Êxo. 3:1-10; Sal. 138:6; Ezeq. 1 e 2; Dan. 10:1-12). Deus Se deleita em habitar no coração dos Seus servos, pois só eles são receptivos à abundância da Sua graça (veja Sal. 34:18; I Ped. 5:5 e 6).

III. Um profeta purificado e capacitado

Como resultado da resposta de Isaías, um serafim tocou seus lábios com uma brasa do altar de incenso, purificando-o da iniqüidade. "A brasa viva simboliza a purificação. Se ela tocar os lábios, nenhuma palavra impura sairá deles. A brasa viva também simboliza o poder dos esforços dos servos do Senhor. Deus odeia toda frieza, toda vulgaridade, todos os esforços de má vontade. Para que sejam aceitos na Sua causa, é preciso que os que labutam orem com fervor, e suas obras sejam realizadas em Deus." Eles "terão uma entrada abundante no reino de nosso Senhor Jesus Cristo, e sua recompensa lhes será dada – a vida eterna". – Comentários de Ellen G. White, SDA Bible Commentary, vol. 4, pág. 1.141.

A fim de dar coragem e força ao profeta, Deus encheu a mente de Isaías com um senso do Seu poder e Sua santidade, Seu ódio pelo pecado e Seus juízos sobre a transgressão, bem como a certeza de que o Seu propósito triunfará.

Então Deus perguntou: "A quem enviarei, e quem há de ir por Nós?" (Isa. 6:8). Despido da auto-suficiência, mas cheio de ardente amor e lealdade para com Deus, o profeta respondeu: "Eis-me aqui, envia-me a mim" (v. 8).

IV. A magnitude e magnificência da comissão

Enviado a um povo tão morno espiritualmente quanto Laodicéia, Isaías tinha uma tarefa que seríamos tolos se o invejássemos (compare Isa. 6:9 e 10 com Apoc. 3:14-17). No entanto, o seu chamado também estava cheio de privilégios. Apesar de que deveria protestar contra o pecado e advertir dos juízos (veja Isa. 3:9-26; 10:1-6), ele recebeu um ministério de reconciliação entre Israel e Deus (veja Isaías 4 e 11). Também lhe foram dadas as maiores visões do Messias jamais reveladas a qualquer mortal.

Estudo Indutivo da Bíblia

Textos: Êxodo 1–14; II Crônicas 26

1. Posições de poder e liderança são responsabilidades incríveis que vêm com grandes tentações. Peça que a classe mencione exemplos, bíblicos e modernos de pessoas que estiveram em posições de liderança mas encerraram a sua carreira em desgraça por causa de um comportamento presunçoso ou egoísta.

2. Os papéis de liderança são numerosos e variados, e incluem os seguintes: pais, professores em sala de aula, supervisores de trabalho etc. Mas, como cristãos, todos somos líderes, porque Deus nos chamou para partilhá-Lo com o mundo ao nosso redor e com o mundo distante de nós. Como Deus salvou você da tentação de fazer o mal no seu papel como cristão ou em alguma outra posição de liderança? Quando a tentação ataca, que promessas Ele nos deu? Veja I Cor. 10:13. O que podemos aprender dos líderes públicos que falharam ou perderam o favor porque abusaram da sua posição?

3. Compare a liderança, as ações, a queda e a destruição do rei Uzias e do Faraó. Como ficou a situação dos seus reinos depois deles? Por que esta é uma lição importante para nós em nossa posição de liderança? Veja Êxodo 1–14, II Crônicas 26.

4. Deixe estas perguntas com a classe: Como líder, você já foi procurado por um "Isaías" ou por um "Moisés" com instruções e correções de Deus? Você atendeu ou endureceu o coração? Qual foi o resultado, a partir da maneira como você lidou com a situação?


Testemunhando

Você já ouviu a pergunta: "Líderes nascem ou se fazem?" Certamente, poderíamos debater as duas respostas. Mas a verdade é que em tempos de crise, alguém tem que assumir a liderança.

Em 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos enfrentaram uma crise dessas. Após um ataque contra Nova Iorque e Washington, D.C., a nação esperava ouvir alguma coisa do seu presidente. Esse homem havia conquistado sua posição pouco antes em uma eleição muito disputada. Essa foi a sua primeira crise, que muitos achavam que haveria de definir a sua presidência. Ele teria condições de conquistar a confiança da nação e ajudar a uni-la? Será que ele poderia enxergar além da situação imediata e demonstrar capacidades visionárias?

Naquele momento, o presidente surgiu como líder. A história vai determinar a eficácia e o valor de sua liderança.

Nossa lição nos lembra de que, em Isaías, Deus deu aos filhos de Israel um líder. Deus o preparou e enviou a fim de que ele desse a Israel uma oportunidade para confirmar a aliança com Deus.

Séculos mais tarde, Jesus assumiu o papel de servo-líder – um Pastor guiando Seu rebanho em direção ao reino celestial. Dois mil anos mais tarde, podemos entender o valor e o sacrifício da Sua liderança, que nos garante o lar celestial, se tão-somente aceitarmos esse sacrifício.

Treine conscienciosamente a liderança servil na semana que entra. Esteja disposto a não pedir dos outros o que você não está disposto a dar ou fazer por si mesmo. Nenhuma tarefa é pequena demais ou demasiado sem importância para você, se você crer no modelo de liderança estabelecido por Jesus.

Guie pelo exemplo, como Jesus.


Aplicações à vida diária

Ponto de Partida:

Isaías deveria dizer a Israel que, pelo motivo de não seguir mais a Sua vontade ou os Seus ensinos, corria o perigo de perder Sua proteção e Suas bênçãos. O povo era livre para escolher. Mas precisava ser lembrado das conseqüências de abandonar a Deus.

Isaías sabia que a mensagem de Deus não seria recebida com alegria. Isso o assustava. Você teria coragem e fé para fazer o que Isaías fez?

Perguntas para consideração:

1. Leia o Salmo 3:1-3. Como podemos aplicar esta oração à nossa vida e em nosso tempo? Como Deus age como um escudo na sua vida?

2. Isaías recebeu uma visão da majestade e da santidade de Deus. Se tivesse a oportunidade de contemplar a glória interior de Deus, como você imaginaria a cena? Descreva o que acha que veria. Conte como você crê que sua vida seria mudada.

3. A mídia hoje bombardeia implacavelmente os nossos sentidos. Então, como vamos descrever o Céu e a Nova Terra de forma que seja atraente aos incrédulos? Leia Mateus 25:31. Comente como podemos ajudar as pessoas a desejarem essa experiência.

Perguntas de aplicação:

1. Sem a esperança da Segunda Vinda, o que poderíamos esperar para o futuro? Peça que vários membros de sua classe expressem os seus pensamentos.

2. Nossa lição desta semana nos levou a entender que o santuário de Deus é um lugar de esperança e encorajamento. Nestes dias difíceis, qual é a importância de o povo de Deus se reunir regularmente na igreja para O adorar e honrar? Quando é apropriado que as pessoas individualmente adorem com bons amigos em uma atmosfera mais informal?

Poucos são chamados para serem profetas. Mas Deus pede a todos nós que trabalhemos na Sua causa. O que significa isso para você? Como você pode encorajar os outros a trabalharem para Ele?


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

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