Lição 3
10 a 17 de janeiro

Algo melhor

Lição 312004 - Algo melhor


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Gên. 31–33

VERSO PARA MEMORIZAR: "Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei" (João 2:19).

LEITURA DA SEMANA: João 2:1-22.

PENSAMENTO-CHAVE: Não importa para onde escolhemos olhar a fim de encontrar vida, Jesus nos oferece algo melhor: vinho melhor, um templo melhor e até um nascimento melhor!

EM JOÃO 1:1-18, VIMOS QUE Jesus era a melhor revelação possível de Deus. Ele estava com Deus desde o princípio (vs. 1 e 2). Ele criou todo o Universo, pôs vida nele e o mantém em atividade (vs. 3-5). Em forma humana, Ele encarnou a própria glória de Deus (v. 14). Veio para nós diretamente da intimidade com Deus (v. 18).

As passagens da lição desta semana são uma extensão natural da introdução do Evangelho de João. Se Jesus é o melhor, naturalmente é melhor do que todos os substitutos. Assim, é uma terrível perda quando as pessoas desenvolvem muitos substitutos para Jesus. Buscam encontrar vida acumulando posses. Outros buscam vida nas realizações e no sucesso mundano. Outros ainda buscam vida na estima dos ricos, dos brilhantes, dos bonitos ou famosos. Muitos, decepcionados pelo fracasso destes, afogam a vida em drogas, álcool e em jogos de azar. Alguns procuram várias religiões místicas. Mas não importa que caminho as pessoas escolham, Jesus oferece algo melhor do que tudo o que podem ter sem Ele.


Domingo

Ano Bíblico: Gên. 34–36

Parábolas vivas – João 2:1-22

À primeira vista parece haver pouco alimento espiritual nesta parte do Evangelho. Existe uma história simples de um casamento, durante o qual a bebida terminou antes do previsto. Jesus salvou do embaraço um casal e seu mestre-sala. Então Jesus expulsou do templo alguns animais e cambistas. As histórias são famosas e não trazem surpresa. Existem poucas citações que reclamem memorização. Essas histórias são uma divagação da teologia espiritual do Evangelho, ou existe algo mais profundo nelas?

Uma característica interessante do Evangelho Amado também é a ausência de parábolas (veja a lição de sexta-feira). As parábolas eram uma importante base para o ensino de Jesus. Assim, a ausência delas é notável. Ao contrário, sob a direção do Espírito Santo, João tomou eventos reais do ministério de Jesus e os retratou como parábolas vivas. Sob a superfície de cada relato histórico, Deus colocou um significado mais profundo que nos ensina algo especial sobre Jesus.

E, como o primeiro milagre do Evangelho, a história do casamento de Caná é a primeira dessas parábolas vivas.

1. Leia toda a história da festa de casamento (João 2:1-11). Qual seria a importância desta história?

2. Como você descreveria a relação entre Jesus e Sua mãe? João 2:4 e 5.

Algumas histórias antigas sugerem que Jesus não foi desrespeitoso ao falar com Sua mãe. Mas Ele claramente não concordou com ela nesta ocasião. "Havia risco de Maria olhar a suas relações com Jesus como lhe dando sobre Ele especial direito, bem como o de, até certo ponto, O dirigir em Sua missão. ... Como Filho do Altíssimo, e Salvador do mundo, laço algum terrestre O deve afastar de Sua missão, ou influenciar-Lhe o procedimento. Deve estar livre para fazer a vontade de Deus. ... Os direitos de Deus são superiores mesmo aos laços das relações humanas." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 147.

Como crentes, como resolvemos o mandamento de honrar os pais se, fazendo assim, precisarmos entrar em conflito com nosso dever para com Deus?


Segunda

Ano Bíblico: Gên. 37–39

Água em vinho – João 2:1-11

3. Com que atividade a água que Jesus usou estava associada? João 2:6.

Um ponto interessante se encontra sob a superfície deste breve estudo bíblico. Transformar água em vinho simbolizava algo mais do que um simples milagre físico. A água não era uma água qualquer; era a água ajuntada pelos judeus para as purificações cerimoniais. O vinho não era um vinho qualquer, era "o melhor".

João usa esta história como uma crítica discreta a uma alternativa importante para a fé em Jesus. As pessoas religiosas dos dias de Jesus estavam obcecadas com cerimônias de purificação (veja também Mat. 15:1 e 2). Lavar é bom. Sob o aspecto prático, é higiênico. Como expressão religiosa, pode levar você a pensar em Deus. A água é necessária para toda a vida; sem ela, não poderíamos existir, assim como, sem Deus, também não podemos existir.

Mas Jesus substituiu a água das purificações cerimoniais por algo melhor, o delicioso suco da uva.

4. De acordo com estes textos, o que o vinho simboliza? Mat. 26:27-29; Mar. 14:23-25; Luc. 22:17-20.

5. O que estes textos nos dizem sobre a importância do sangue para todo o plano de salvação?

Lev. 17:11

Col. 1:14
Heb. 10:19

O primeiro milagre que Jesus opera, então, é transformar a água em vinho, e o vinho é um símbolo do Seu sangue derramado, o sangue que seria vertido pelos pecados do mundo, o único meio de salvação. Embora a inspiração não nos diga por que este foi o primeiro milagre registrado, talvez seja porque Deus queria apresentar imediatamente a idéia do sangue de Cristo. O que vemos aqui, então, embora vagamente, são os símbolos e uma imagem do que está para vir.


Terça

Ano Bíblico: Gên. 40–42

Uma prévia da cruz

6. Quando Jesus disse: "Ainda não é chegada a Minha hora" (João 2:4), o que Ele queria dizer? João 7:30; 8:20. 

A palavra grega traduzida por "hora" em todos estes textos tem sentido literal. "Ainda não é chegada a Minha hora" (João 2:4). Evidentemente, esta hora era a "hora" da Sua prisão e crucifixão.

7. O que Jesus revelou no Seu primeiro milagre? João 2:11. O que significa a "glória" de Jesus no Evangelho de João? João 12:23-25, 32 e 33.

A glória de Jesus e a "hora" de Jesus apontam para a mesma coisa no Evangelho de João. A hora do Seu sofrimento e morte é a própria ocasião em que Jesus é glorificado. A Cruz é a evidência máxima da disposição de Jesus de Se sacrificar. É na Cruz que o caráter de Deus é revelado mais claramente. Aqui vemos a glória de Deus em sua máxima manifestação.

Assim, a história do casamento contém várias referências indiretas à morte e à ressurreição de Jesus. O casamento ocorreu "no terceiro dia", uma referência à ressurreição de Jesus (veja Mat. 16:21; Luc. 24:7, 21 e 46; Atos 10:40; I Cor. 15:4). Jesus torna água em vinho, um símbolo de Seu sangue (Luc. 22:20; I Cor. 11:25 e 26). As referências ao tempo de Jesus" e à Sua "glória" são indicativas da Cruz. E nas únicas duas vezes no Evangelho em que Jesus é descrito falando com Sua mãe, ele a chama de "mulher": aqui, na história do casamento (João 2:4) e na própria cruz (João 19:25-27).

Assim, de modo especial, esta encantadora história do casamento é uma "parábola viva" da Cruz e da glória do caráter de Deus que seria manifestado ali. O sinal que Jesus operou na festa do casamento de Caná foi uma prévia do último sinal que Ele apresentou ao submeter-Se ao sofrimento e à morte. Em João 2:11, a resposta dos discípulos àquele sinal não só permitiu antever qual seria sua resposta futura à Cruz (João 20:8, 24-29) mas também a resposta de todos os que viessem a crer em Jesus por sua palavra (João 17:20; 20:30 e 31).

Como você explicaria a um não crente como a glória de Deus foi revelada na Cruz?


Quarta

Ano Bíblico: Gên. 43–45

A purificação do templo – João 2:13-22

8. Leia a história de Jesus no templo como João a contou no capítulo 2:13-22. Então responda a estas perguntas:

a. Quando Jesus foi ao templo? Qual era o significado dessa ocasião em especial? Êxo. 12:24-27.

b. Como Jesus respondeu aos que desafiaram Sua autoridade? João 2:19. Como essa resposta se aplica ao verdadeiro significado do serviço da Páscoa? I Cor. 5:7.

c. Por que o corpo de Cristo é comparado ao templo? João 2:21. Veja também Êxo. 25:8 e 9; vs. 17-22.

Os animais à venda no pátio do templo estavam disponíveis para sacrifícios, tornando "o mercado" um genuíno e necessário serviço para os viajantes de longe. A troca de dinheiro era necessária porque o templo só fazia negócios na moeda corrente do templo.

Enquanto outras fontes sugerem que havia muito engano e corrupção nas vendas no pátio do templo, esse não parece ser o assunto aqui em João. O problema é que a atividade, embora atendendo a uma necessidade legítima, era localizada em um lugar que devia ter sido dedicado exclusivamente ao ensino, à adoração e à oração.

Deste modo, o que vemos aqui, nesta história vizinha à do casamento em Caná, é o tema gêmeo de "algo melhor", como também um indicativo da Cruz. O templo era bom, fora ordenado por Deus; mas Jesus aqui estava oferecendo algo muito melhor do que o templo: Seu corpo. O significado da Cruz ultrapassa todas as outras expressões da religião.


Quinta

Ano Bíblico: Gên. 46 e 47

O significado da Cruz – João 2:21 e 22; Gál. 6:14

Na história da purificação do templo, João usa a história, como no casamento de Caná, como parábola da Cruz. A Cruz não só é superior às águas das cerimônias religiosas, mas é superior até ao templo de Jerusalém, que, a não ser pelo próprio Cristo em carne, era a maior manifestação da verdadeira religião.

9. Como João, onde Paulo achava motivos para se gloriar? Gál. 6:14. Como podemos ter a mesma experiência de Paulo?

Em João 2:1-22, vemos boas coisas ocupando o lugar de coisas melhores. E hoje acontece o mesmo. Todos buscam significado e senso de valor na vida, mas poucos buscam isso em Jesus. As pessoas tentam encontrar "vida" acumulando coisas, agindo de forma a atrair elogios, inclusive em coisas religiosas, e desenvolvendo relações com pessoas famosas.

Propriedades, apresentação e pessoas são coisas boas. São algumas das coisas que dão sabor à vida, mas não são a vida em si. Não importa quantas coisas você tenha, nunca serão suficientes. E as que você tem enferrujam, apodrecem, quebram ou ficam irremediavelmente arranhadas. Os atletas ficam doentes e enfraquecem, as rainhas da beleza envelhecem e ficam enrugadas, e os professores perdem a agudeza mental e a memória. Pessoas queridas às vezes nos abandonam, desrespeitam, se divorciam, e/ou morrem quando estamos menos preparados para isso. A vida é terrivelmente insegura se for baseada em coisas boas como propriedades, aparência e relações com outras pessoas.

Para essas pessoas que buscam desesperadamente o sentido para a vida, João oferece algo melhor: a Cruz. A Cruz nos diz que existe um Deus que sabe tudo que já fizemos e ainda assim nos ama e estima tanto que deu Sua vida por nós. "Meditando junto à cruz, que Cristo teria dado Sua vida por um único pecador, você pode apreciar o valor de uma pessoa." – Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 196. "A mão que sustém os mundos no espaço, ... é a mão que foi pregada na cruz" por mim. – Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, pág. 472. Esta percepção é a fonte de um incomparável senso de valor pessoal e satisfação, independentemente das circunstâncias da vida cotidiana.

Como cristãos, conhecemos essas verdades. Então, por que nos permitimos ser apanhados em coisas terrestres que não podem satisfazer as nossas maiores necessidades? Rom. 3:10-20. Qual é a única saída dessa armadilha? Gál. 6:14.


Sexta

Ano Bíblico: Gên. 48–50

ESTUDO ADICIONAL

Para os que não fizeram um estudo detalhado do Evangelho de João, a ausência de parábolas no Evangelho surge como uma surpresa. Só existem duas declarações de Jesus que se aproximam: a história do Bom Pastor (João 10:1-21) e a descrição da videira e os ramos (João 15:1-8). Mas nenhuma dessas declarações é chamada de parábola, e são diferentes do padrão de parábolas de Jesus encontradas nos outros três Evangelhos. Em vez de serem uma história específica, são ilustrações gerais a respeito de um ponto. É interessante comparar essas duas declarações com as muitas parábolas encontradas em Mateus 13 ou Marcos 4.

"O dom de Cristo à festa nupcial era um símbolo. A água representa o batismo em Sua morte; o vinho, o derramamento de Seu sangue pelos pecados do mundo. A água para encher as talhas foi levada por mãos humanas, mas unicamente a palavra de Cristo podia comunicar-lhe a virtude doadora de vida. O mesmo quanto aos ritos que indicam a morte do Salvador. Unicamente pelo poder de Cristo, operando pela fé, é que têm eficácia para nutrir a fé." – O Desejado de Todas as Nações, págs. 148 e 149.

PERGUNTA PARA CONSIDERAÇÃO:

Não importa quem somos, quanto dinheiro temos, quão boa é a nossa saúde, quão elevada é a nossa condição, a morte é o fim inevitável. Qualquer coisa que não resolva o problema da morte é, em última instância, insatisfatória. Por que, então, só Cristo pode ser a resposta satisfatória para este, o maior de todos os problemas humanos?

RESUMO: O discípulo amado contou duas histórias sobre Jesus de forma a torná-las parábolas vivas que ensinam coisas profundas. O ponto principal é que Jesus é superior a todos os substitutos humanos. Jesus substitui as belas cerimônias de uma religiosidade que deixa as pessoas com falta da plenitude de vida que Ele oferece. No coração do que Jesus oferece está a Cruz. Se sou tão valioso assim para Deus, não importa se sou rico ou pobre, grande ou pequeno, famoso ou comum, e não importa o que outras pessoas pensam de mim. Para Cristo, meu valor equivale ao do Universo.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

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