Lição 11
6 a 13 de março

O Espírito – Substituto à altura

Lição 1112004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Deut. 29–31

VERSO PARA MEMORIZAR: "Mas Eu vos digo a verdade: convém-vos que Eu vá, porque, se Eu não for, o Consolador não virá para vós outros; se, porém, Eu for, Eu vo-lo enviarei" (João 16:7).

LEITURA DA SEMANA: João 13:31–16:33.

PENSAMENTO-CHAVE: A vida sem um senso da presença de Jesus é vazia. Quando deixou a Terra, Jesus enviou o Espírito Santo para ocupar o Seu lugar na vida dos discípulos. Embora fosse difícil à compreensão dos discípulos, esta solução era melhor para eles do que Sua presença física.

O ESPÍRITO FOI ENVIADO PARA CONTINUAR e ampliar a obra de Jesus na Terra. Depois do lava-pés, a sombra da Cruz começou a pender sobre a sala onde se encontravam Jesus e Seus discípulos. Chegaram os Seus últimos momentos com eles. Eles começaram a perceber que Jesus estava para deixá-los. Em João 13 a 16, Jesus fez um discurso de despedida aos Seus discípulos, no qual lhes ensinou como viver sem Sua presença física, assim como a segunda geração de cristãos teria que viver sem a presença física dos discípulos.

É importante para nós, muitas gerações depois do tempo de Cristo, perceber que a ausência física de Jesus não é impedimento para nós ou para nossa experiência com Ele. Podemos ser tudo o que Ele quer que sejamos, aqui e agora, mesmo que Ele não esteja entre nós como estava entre os discípulos. Pela presença do Espírito Santo, a Palavra de Jesus ainda é tão eficaz quanto o Seu toque.


Domingo

Ano Bíblico: Deut. 32–34

Despedidas João – 13:31–14:31

Jesus esperou que Judas saísse (João 13:28-30) para começar a despedir-Se dos Seus discípulos. O que foi dito a seguir foi para o encorajamento deles – e nosso.

1. Que problemas Jesus e Seus discípulos estava enfrentando naquele momento? João 13:33 e 36.

2. Que impacto Jesus sentia que isso teria sobre os Seus discípulos? João 14:18.

Jesus estava para deixá-los, e os discípulos estavam sentindo-se abandonados. Como eles poderiam continuar sem Ele? Mas Jesus deixou claro que Seu afastamento para o Pai seria para o benefício deles.

3. Qual era um aspecto pelo qual os discípulos estariam em melhor situação quando Jesus fosse para o Pai? Veja João 14:12-14.

Uma chave para se compreender como a partida de Jesus beneficiaria os discípulos está na declaração de que os discípulos fariam obras maiores do que Jesus fizera (João 14:12). À primeira vista, esta declaração parece estranha. Como alguém poderia fazer obras maiores do que Jesus? Mas Jesus, enquanto esteve na Terra, estava sujeito a limitações humanas. Ele só podia estar em um lugar de cada vez. Quando estava com os discípulos, o Pai só poderia ser visto em Sua pessoa (v. 9). Mas quando Ele ascendeu ao Pai, essas limitações específicas foram deixadas para trás. Por meio do Espírito (vs. 16 e 17), Seus discípulos poderiam representar o caráter de Deus a todo o mundo.

Porque Jesus voltou para o Pai e enviou o Espírito, milhões de discípulos estenderam o trabalho de Jesus. E pelas obras e os escritos dos discípulos, Jesus Se tornou real para milhões em toda a Terra. De certo modo, os discípulos de Jesus tomaram o Seu lugar no mundo. As palavras e as ações dos crentes podem ser o único retrato que algumas pessoas verão de Jesus.


Segunda

Ano Bíblico: Josué 1–4

Mantendo contato – João 15:1–16:33

4. Em João 15:1-8, Jesus faz a bela analogia da videira e dos ramos. Como é possível permanecer na videira? João 15:6, 7, 9 e 10.

A relação de Jesus com o Pai era o modelo para a relação dos discípulos com Jesus. O Mestre amava os discípulos, assim como o Pai O amava (João 15:9). Por outro lado, os discípulos deveriam obedecer aos Seus mandamentos, assim como Ele obedecia aos mandamentos do Seu Pai (v. 10).

5. Como os discípulos deveriam encarar a perda da presença pessoal de Jesus? João 15:26, 27; 16:7.

O relacionamento de Jesus com o mundo é semelhante ao relacionamento dos discípulos com os incrédulos (João 15:18). O ódio do mundo contra os discípulos está fundamentado em seu ódio contra Jesus (vs. 22-25). Os valores do mundo costumam ser opostos aos valores de Deus; às vezes, estão em conflito direto. Assim, os discípulos precisavam estar prontos para enfrentar a hostilidade do mundo.

Para os discípulos, a experiência negativa de ódio e perseguição (vs. 18-25; 16:1-4) seria contrabalançada pelos benefícios que viriam, porque Jesus voltaria para o Pai e enviaria Seu Espírito (João 15:26 e 27; 16:7-15).

Por que era melhor que Jesus voltasse para o Céu? (1) Ele enviaria o Espírito Santo, que não estaria sujeito às limitações humanas. (2) Pelos esforços dos discípulos, a obra de Jesus se estenderia a todo o mundo e teria frutos junto a todos os povos e lugares. (3) O amor que eles teriam por causa do Espírito (15:12-15) exerceria um poder convincente diante do mundo (13:34 e 35). (4) Quando superassem a ausência de Jesus, os discípulos estariam habilitados a oferecer um fundamento sólido à geração posterior (15:1-8).

Que ligação o Senhor mostra entre o amor e os mandamentos? Em sua própria experiência, como você tem percebido o vínculo inseparável entre o amor e os mandamentos? João 14:21, 23 e João 15:10-14.


Terça

Ano Bíblico: Josué 5–8

As sementes do Espírito

Existem onze passagens no Evangelho de João que fazem referência direta ou indireta à natureza e à obra do Espírito Santo. Cinco dessas passagens estão localizadas na seção narrativa, na primeira metade do livro. Essas passagens mencionam o Espírito superficialmente. É como se João estivesse usando essas passagens para plantar na mente dos leitores algumas sementes que só germinassem na terra fértil do discurso de despedida de Jesus (João 13–16).

6. O que podemos aprender sobre a obra do Espírito nos seguintes versos? João 1:32 e 33; 3:5-8; 4:23 e 24; 7:37-39.

Embora o Espírito seja mencionado várias vezes na primeira metade deste Evangelho, existem poucas informações sobre Ele. O Espírito identifica Jesus a João Batista no Jordão (João 1:32 e 33). É parte essencial da participação humana no reino de Deus (João 3:5 e 6). Embora Seu trabalho não possa ser controlado pelos seres humanos, Seu efeito sobre as pessoas pode ser visto (v. 8). A adoração não está mais confinada a locais ou templos específicos, nem é limitada a qualquer povo em particular (João 4:23 e 24). Ele está disponível em todos os lugares e para qualquer pessoa, de qualquer origem por meio das palavras de Jesus (João 6:63).

A exata natureza da obra do Espírito só se tornaria manifesta no contexto da Cruz (João 7:39). Então, João 7:37-39 é uma passagem de transição, preparando o leitor para as informações mais claras e detalhadas sobre a obra do Espírito no discurso de despedida em João 13–16. João 20:22 ("E... soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo") mostra que a promessa de João 7:39 começou de fato a ser cumprida logo depois da "glorificação" de Jesus na cruz.

Em João 14–16, o título dado ao Espírito é um substantivo grego que pode ser traduzido como "Consolador" ou "Conselheiro". O significado original de paracleto é uma pessoa chamada ao lado para ajudar alguém. Então, a palavra pode ser usada no sentido legal de um advogado de defesa em um julgamento que apela em favor de outra pessoa ou como alguém que vem confortar uma pessoa subjugada pelo pesar em ocasião de perda. Os dois significados cabem muito bem no contexto de João 14–16.


Quarta

Ano Bíblico: Josué 9–13

Semelhantes a Jesus João – 14:16, 17, 26 e 27

7. Como o Espírito Se relaciona com os mandamentos? Por que essas duas verdades se ligam? João 14:15-21.

Jesus chama o Espírito Santo de "outro Consolador" (João 14:16). Significa que o Espírito Santo não é o Conselheiro (ou Consolador), Ele é outro Conselheiro. A língua original enfatiza a semelhança entre Jesus e o Espírito. O Espírito é outro Conselheiro como Jesus. Jesus é o Conselheiro.

Os discípulos estavam deprimidos. Jesus disse que ia deixá-los, e eles estavam aflitos (João 13:33 e 36; 14:2-5). Então, Jesus lhes assegurou que não permaneceriam "órfãos" (João 14:18). Pelo Espírito, Ele continuaria a estar com eles. O Espírito faria por eles o mesmo que Jesus fazia quando estava fisicamente na Terra. Evidentemente, o principal objetivo dessa mensagem foram os que vieram depois, os que vieram a crer pela palavra dos Evangelhos escritos, não pelo contato físico com Jesus ou com alguém que O conhecesse pessoalmente.

"Limitado pela humanidade, Cristo não poderia estar em toda parte em pessoa. Era, portanto, do interesse deles que fosse para o Pai, e enviasse o Espírito como Seu sucessor na Terra. Ninguém poderia ter então vantagem devido a sua situação ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito, o Salvador seria acessível a todos. Nesse sentido, estaria mais perto deles do que se não subisse ao alto." – Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 669.

Jesus também chamou o Espírito Santo de "Espírito da verdade" (João 14:17). A pessoa e obra do Espírito é autêntica e real; pode-se confiar nela. O Espírito não nos guiará contrariamente à verdade sobre Jesus ou sobre nós mesmos. A verdade pode ser dolorosa; mas é necessária para o crescimento espiritual. Só os que são dedicados à verdade, manifesta na obediência à verdade já conhecida, receberão o Espírito (vs. 15, 16 e 21). E como podemos entender a obediência a não ser pelos mandamentos?

Leia novamente João 14:21. Jesus diz que os que guardam Seus mandamentos são os que O amam, e que a esses Ele Se manifestará. Você já experimentou essa manifestação de Cristo em sua própria vida?


Quinta

Ano Bíblico: Josué 14–17

O maior guia – João 15:26 e 27; 16:7-15

8. Que tarefa do Espírito está registrada em João 15:26? A que três áreas o Espírito Santo traz convicção? João 16:8-11. Que duas características da obra do Espírito são destacadas em João 16:13?

Jesus não precisava que o Espírito Santo O glorificasse em Sua pessoa; o Pai havia feito isso quando exaltou Jesus à Sua direita, na Ascensão. O papel do Espírito é exaltar e glorificar a Jesus diante da humanidade aqui na Terra. Não existem revelações do Espírito a não ser as que exaltam e glorificam a Jesus. Assim, por mais importante que seja a obra do Espírito, a atenção a Ele não é saudável se remover a nossa atenção de Jesus.

O Espírito é o Sucessor e Representante de Cristo diante dos discípulos e do mundo. É nesse sentido que se pode dizer que o Espírito Santo "substitui" Jesus. O Espírito estende a presença de Jesus à nova geração, que nunca conheceu Seu toque físico. O ensino que Jesus mais poderia dar em carne, o Espírito faria isso em Seu lugar. O testemunho que Ele não mais daria, o Espírito daria em Seu lugar. Por meio do Espírito, Jesus continuaria a ser glorificado.

Por outro lado, como Jesus trazia julgamento e convicção a todos os que eram expostos à Sua luz, o Espírito Santo tem um ministério também para o mundo, o de levar convicção do pecado, a oferta da justiça e uma advertência do juízo por vir. O mundo rejeitou a Jesus e ainda faz o mesmo hoje. Mas, apesar da contínua rejeição do mundo, o Espírito continua a convencer, e as pessoas ouvem a voz de Jesus pela voz do Espírito.

Acima de tudo, então, é pelo Espírito que a presença de Jesus é transformada em realidade em nossa vida, embora não O possamos ver ou tocar. Embora outros não compartilhem da nossa experiência, o Espírito provê um senso real do sobrenatural aos que entram em concerto com Jesus e se submetem à direção e ao conforto do Espírito Santo.

Se alguém lhe perguntasse como o Espírito Santo mudou a sua vida, o que você responderia? O que a sua resposta lhe diz sobre o estado da sua experiência com o Senhor? Que mudanças você precisaria fazer?


Sexta

Ano Bíblico: Josué 18–21

ESTUDO ADICIONAL

"Ao estudarmos as obras de Deus, o Espírito Santo faz raiar convicção na mente. Não é a convicção que o raciocínio lógico produz; mas, a não ser que a mente se tenha tornado muito entenebrecida para reconhecer a Deus, muito turvos os olhos para vê-Lo, os ouvidos muito moucos para ouvir-Lhe a voz, uma significação mais profunda é apreendida, e as sublimes verdades espirituais da Palavra escrita são gravadas no coração." – Ellen G. White, Parábolas de Jesus, pág. 24.

"Uma coisa é aprovar de modo geral o agente do Espírito Santo, e outra, aceitar Sua obra como reprovador, chamando-nos ao arrependimento. Muitos têm uma intuição de separação de Deus, e de estar debaixo da servidão do pecado e do próprio eu; esforçam-se para se reformarem, mas não crucificam o próprio eu. Não se entregam inteiramente às mãos de Cristo, procurando forças divinas para Lhe fazer a vontade. Não consentem em deixar-se moldar à semelhança divina. Reconhecem de modo geral suas imperfeições, mas não confessam particularmente cada pecado. Com cada ação errada, a velha natureza egoísta é fortalecida."Ibidem, pág. 48.

RESUMO: Em João 13–16, Jesus ensinou aos Seus discípulos como viver sem Sua presença física, assim como a segunda geração de cristãos teria que viver sem a presença física dos discípulos. Quando os Seus seguidores manifestam o desejo da verdade por intermédio da obediência aos Seus mandamentos, o Espírito da verdade vem a eles. Aquele Espírito nos lembra as palavras e ensinos de Jesus (João 14:26), guia a toda a verdade, diz o que precisamos saber sobre o futuro (João 16:13), e glorifica a Jesus na Terra (v. 15). Mas para os que rejeitaram ou ignoraram os mandamentos de Jesus, o Espírito traz convicção de pecado, justiça e juízo (vs. 8-11).


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

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