Lição 12
13 a 20 de março

A vida pelos amigos

Lição 1212004


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Josué 22–24

VERSO PARA MEMORIZAR: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos" (João 15:13).

LEITURA DA SEMANA: João 18:1–19:42.

PENSAMENTO-CHAVE: Contemplando a cruz de Jesus, experimentamos a Sua glória e nosso próprio valor como seres humanos.

A CRUZ ESTABELECE PARA SEMPRE o valor do ser humano. A humanidade experimentou muitos caminhos para encontrar seu senso de valor e o significado da vida. Mas, em última instância, só existe um lugar na Terra onde o valor e significado humano é definido para sempre. E esse lugar foi em uma colina chamada Calvário (Gólgota).

Aqui, de forma que não podemos ver e nem imaginar (a não ser dentro da Divindade), o valor dos seres humanos diante de Deus foi revelado para sempre diante dos anjos e do Universo expectante. Aqui, mais do que em qualquer outro lugar no Universo, revela-se a verdadeira natureza e o caráter de nosso Criador.

A história da crucifixão de Jesus no Evangelho de João começa e termina em um jardim (João 18:1; 19:41). A história em si tem três partes. Primeiro, há uma parte descrevendo a traição, a prisão e a acusação de Jesus (João 18:1-27). A seção central da história descreve o julgamento diante de Pilatos (João 18:29–19:16). Finalmente, a crucifixão propriamente e o sepultamento de Jesus são descritos em João 19:16-42.


Domingo

Ano Bíblico: Juízes 1–3

Traído e negado João – 18:1-11, 15-18, 25-27

1. Que evidências temos de que Jesus deu Sua vida voluntariamente? João 18:1-11.

Em João 18:1-11, o ponto principal parece ser que Jesus estava no completo controle da situação, cumprindo João 10:18: "Ninguém a tira [a Minha vida] de Mim; pelo contrário, Eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de Meu Pai". Embora estivesse a ponto de ser assassinado, Jesus não era uma vítima; tudo isso tinha que acontecer. Veja João 3:14. Se quisesse evitar a prisão, Jesus poderia simplesmente ter ido a outro lugar e não ao Jardim, onde Judas iria procurar por Ele. Ele levou os discípulos ao jardim, embora soubesse o que viria. Não esperou que a turba viesse a Ele; adiantou-Se e Se dirigiu a eles, mostrando a capacidade de intimidá-los completamente, se isso pudesse servir aos Seus propósitos. Sua morte foi voluntária. Eles não poderiam prendê-Lo, se Ele não o permitisse.

2. Como Pedro reagiu naquela situação? Por que aquela foi uma reação tipicamente humana?

Naquelas circunstâncias, a reação de Pedro foi quase cômica. Embora Jesus estivesse completamente no controle da situação, para Pedro as coisas pareciam totalmente fora de controle. Assim, ele arrancou a espada e tentou proteger Jesus. Mas Jesus lhe disse para colocar a espada no lugar. Jesus devia ir para a cruz, do contrário, o plano divino de salvação falharia. A própria forma como Pedro procurava obter o controle da situação só teria deixado as coisas verdadeiramente fora de controle. De fato, a ação de Pedro no Jardim pôs em risco a validade do apelo de Jesus a Pilatos, mais tarde, no capítulo (João 18:36).

Jesus conhecia o futuro, sabia antecipadamente o que iria acontecer. E hoje, também. Que segurança este fato lhe dá, sabendo que nada do que acontece, mesmo em sua própria vida, pega a Deus de surpresa? Ao mesmo tempo, que tipo de perguntas podem surgir?


Segunda

Ano Bíblico: Juízes 4 e 5

Perante Anás e Pilatos – João 18:12-40

Só o Evangelho de João dá conta de mais de um discípulo seguindo a Jesus no pátio do Sumo sacerdote (João 18:15 e 16). Possivelmente, a menina da porta sabia que João (o "outro discípulo") era um discípulo de Jesus, mas não o deteve porque tinha acesso privilegiado.

3. Por que Jesus foi esbofeteado no rosto diante de Anás? João 18:19-23.

Jesus foi bastante positivo no encontro com Anás (João 18:20-23). Ele desafiou a Sua prisão em segredo ("Eu não disse nada em oculto") e os procedimentos legais aplicados ("Por que Me interrogas?"). Ele até teve um momento de humor irônico ("Se falei bem, por que Me feres?"). Neste momento, Jesus não seguiu uma interpretação extrema de "voltar a outra face" (Mat. 5:39). Ele protestou contra o abuso de autoridade do Seu oponente (João 18:23). Às vezes, existe uma linha muito estreita entre ser humilde e ser abusado.

Depois de ser levado a Caifás, Jesus foi conduzido diante de Pilatos, a figura central desta parte da narrativa. Naquela ocasião, Pilatos estava em posição de considerável fragilidade política. Uma série de ações equivocadas havia ofendido repetidamente os judeus. Portanto, ele era impopular, e sua capacidade para governar havia sido posta em dúvida até mesmo em Roma. Se tivesse mais um conflito importante com os líderes religiosos, ele provavelmente estaria fora do cargo. Este fato o deixava extremamente vulnerável à chantagem.

Quando procuraram Pilatos, os sacerdotes formularam primeiramente sua acusação contra Jesus em termos políticos que um governador romano podia considerar. Jesus devia ser executado porque Sua realeza era uma ameaça a César. Mas a declaração de Jesus: "O Meu reino não é deste mundo" e as evidências que O apoiavam (v. 36), deixaram claro a Pilatos que a reivindicação de Jesus à realeza não era ameaça política ou militar para Roma. Ele decidiu libertar Jesus e ao mesmo tempo oferecer aos líderes judeus uma opção política, sugerindo soltar Jesus com base na tradição de libertar um prisioneiro em lugar de inocentá-Lo.


Terça

Ano Bíblico: Juízes 6–8

Recurso político – João 19:1-16

4. Que zombaria existe nas ações dos soldados? João 19:2-4.

As coisas se complicaram para Pilatos quando os líderes judeus rejeitaram sua oferta de libertar Jesus em condições favoráveis a eles. Eles queriam Jesus morto a qualquer preço. Isso significa que Pilatos teria que persuadi-los a mudar de opinião ou libertar Jesus e enfrentar a sua ira, o que custaria o seu cargo. Pilatos estava em um dilema entre a justiça e o egoísmo.

Então, Pilatos procurou atrair a simpatia dos seus oponentes açoitando Jesus e apresentando-O diante deles. Mas eles recusaram mudar de idéia. Sentindo que o egoísmo de Pilatos o havia debilitado, os líderes religiosos começaram a jogar pesado; argumentaram que Jesus devia morrer porque havia quebrado sua lei religiosa. Eles sabiam que Pilatos não estava em condições de agir contra seus interesses religiosos.

5. Por que Pilatos ficou ainda "mais atemorizado"? João 19:7 e 8. O que Pilatos perguntou a Jesus? (v.9) Por que ele fez essa pergunta? O que essa pergunta revela?

Pilatos parecia perceber naquele momento que a indecisão era sua debilidade. Ele não podia salvar a si mesmo e a Jesus. Finalmente, decidiu salvar a si mesmo e entregar Jesus. Atendeu ao pedido dos líderes religiosos, mas eles iriam pagar caro por isso. Condenou Jesus, mas em troca, os líderes religiosos confessaram publicamente a sua obrigação de servir a César: "Não temos rei, senão César!"

Havia pouco, Caifás insistira que um Homem teria que ser sacrificado para que a nação não fosse destruída (João 11:48-52). Agora, Pilatos estava pronto a sacrificar a nação a fim de destruir um Homem. Os líderes religiosos rejeitaram a realeza de Jesus com tanta paixão que agora se regozijavam em um rei que sempre odiaram. Pilatos pretendia conservá-los naquele juramento no futuro. Eles não teriam mais poder sobre ele. Deste ponto em diante, na história do Evangelho, Pilatos ganhou muita força. Em uma das fascinantes ironias do Evangelho, a morte de Jesus fortaleceu Pilatos!


Quarta

Ano Bíblico: Juízes 9 e 10

Humilhação, morte e sepultamento – João 19:16-42

A crucifixão era usada pelos romanos para intimidar os oponentes em potencial. A fim de respirar, as vítimas tinham que apoiar-se sobre os pés para levantar o corpo. A morte vinha por sufocação, quando estavam cansadas demais para erguer-se. Assim, a morte era lenta e agonizante. Quebrar as pernas apressava o processo, quando era conveniente para os executores. Um elemento adicional de tortura era a vergonha e a exposição, pois o condenado era pendurado nu diante da família e dos amigos.

6. Que significado existe no título que Pilatos escreveu e colocou sobre a cruz? João 19:19. Por que ele mandou colocar isso lá? Culpa? Arrogância? Medo? Uma mistura dessas coisas?

Nestes versos, vemos uma versão mais forte, mais ousada de Pilatos, energizado pelo sacrifício de Jesus. As palavras que ele escolheu para a inscrição sobre a cruz fez da crucifixão de Jesus um símbolo do domínio de Roma sobre a Palestina e sua religião. Com a inscrição, ele fez da crucifixão um golpe contra o prestígio dos judeus e seus líderes religiosos.

7. Que tema importante ocorre quatro vezes nesta passagem? João 19:24, 28, 36 e 37.

Embora Pilatos agora sentisse estar no controle da situação, existem repetidos lembretes nesta parte do texto de que tudo estava acontecendo de acordo com as predições das Escrituras. Deus estava no controle, mesmo quando os seres humanos achavam que eram eles que tinham tudo nas mãos. A morte de Jesus foi voluntária, propositada e de acordo com as Escrituras.

Em João 19:30, Jesus disse: "Está consumado!" Mas o que exatamente estava consumado na Cruz? A ênfase particular em João 19 parece ser que a Cruz é o cumprimento das profecias da Bíblia que apontam para o Messias. A profecia se cumpriu até nos detalhes mais minuciosos do tipo de vestuário que seria dividido, sobre que tipo haveria apostas (vs. 23 e 24) e o que se faria ao corpo de Jesus depois de Sua morte (vs. 35-37). A Cruz deixa claro que mesmo quando acontecem coisas ruins em nossa vida, nada está fora do controle de Deus. Os seguidores de Jesus não precisam viver com medo do que não podem controlar.


Quinta

Ano Bíblico: Juízes 11 e 12

O significado da cruz – João 12:20-32

João dá outras interpretações a respeito da Cruz em outras partes do Evangelho.

8. Como João transforma as palavras de Caifás em uma teologia da Cruz? João 11:49-52.

Por que a Cruz é tão especial que Paulo recusou gloriar-se em qualquer outra coisa (Gál. 6:14)? Pelas palavras de Caifás, João expressa que de certa forma a morte de Jesus está no lugar de todos os outros seres humanos.

De acordo com Paulo, na Cruz o salário do pecado (Rom. 6:23) foi colocado sobre Jesus como representante da raça humana pecaminosa. Se a lei de Deus pudesse ter sido mudada, a humanidade poderia ter sido salva sem a Cruz; deste modo, no sentido mais verdadeiro e dramático, a Cruz afirma a perpetuidade da lei. A Cruz condenou o pecado humano na pessoa de Cristo (Rom. 8:3; I Pedro 2:24); a ressurreição de Cristo abre o caminho para nossa ressurreição no fim dos tempos (I Cor. 15:12-23).

9. Como o próprio Jesus expressa o significado da Cruz? João 12:24, 31-33.

Jesus expressa o tema "um em lugar de muitos" em termos de sementes. Então, nos versos 31-33, Ele mostra que a Cruz resulta na condenação de Satanás e do pecado em um ato poderoso de julgamento. A Cruz também se torna um maravilhoso imã que atrai "todos" (v. 32 – no original, o sentido pode incluir o Universo inteiro!) a Jesus.

Por que a Cruz é tão atraente? Sobretudo, a Cruz afirma o valor incrível da pessoa humana. "Um ser humano é de valor infinito; seu preço é revelado pelo Calvário." – Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, pág. 184. Deus ama de tal forma cada ser humano que Jesus teria morrido até por um só (João 3:16).

Como Criador de todo o Universo, Jesus possui em Sua pessoa um valor infinito.


Sexta

Ano Bíblico: Juízes 13–16

ESTUDO ADICIONAL

Leia O Desejado de Todas as Nações, páginas 758-764.

"Sem a cruz não teria o homem união com o Pai. Dela depende toda a nossa esperança. Daí brilha a luz do amor do Salvador; e quando ao pé da cruz o pecador contempla Aquele que morreu para salvá-lo, pode rejubilar-se com grande alegria, pois seus pecados estão perdoados. Ao ajoelhar-se em fé junto à cruz, alcançou ele o mais alto lugar que o homem pode atingir." – Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, págs. 209 e 210.

"Paulo viu que o caráter de Cristo precisava ser compreendido antes que os homens pudessem amá-Lo, ou contemplarem a cruz com os olhos da fé. Aqui deve começar o estudo que será a ciência e o cântico dos remidos através de toda a eternidade. Somente à luz do Calvário pode o verdadeiro valor do ser humano ser avaliado."Ibidem, pág. 273.

PERGUNTA PARA CONSIDERAÇÃO:

Na primeira citação de Ellen G. White, acima, por que toda a nossa esperança está na Cruz? O que aconteceu lá para nos dar essa esperança?

RESUMO: É na Cruz que a estima humana e significado são determinados. "Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos." – Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, pág. 498.

Quando obtemos um senso de nosso valor na cruz, podemos evitar os altos e baixos que atravessamos quando nossa auto-imagem se baseia na apresentação ou nas opiniões inconstantes de outros. Quando nos virmos sob a luz da Cruz, desenvolveremos a força para superar o pecado, a confiança para derrotar Satanás e a alegria que vem de saber quem somos. Não admira que Paulo tenha dito: "Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo" (Gál. 6:14).


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

RETORNAR