Lição 2
3 a 10 de janeiro

Jesus é o melhor

Lição 212004 - Jesus é o melhor


Sábado à tarde

Ano Bíblico: Gên. 8–11

VERSO PARA MEMORIZAR: "E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do Unigênito do Pai" (João 1:14).

LEITURA DA SEMANA: João 1:1-18.

PENSAMENTO-CHAVE: No princípio do seu Evangelho, João descreve Jesus como a Palavra, Deus desde a eternidade, mas que Se tornou carne. Desta forma, Ele é o único que merece toda a nossa adoração.

JESUS É A MAIS AMPLA E CLARA revelação de Deus. João 1:1-18 serve como introdução da história de Jesus no Evangelho. Conta uma história surpreendente. O Rei do Universo, o eterno Criador, Se tornou um ser humano. Aquele que caminhou sobre este Planeta, que ficou suado, cansado e faminto, era íntimo de Deus antes da fundação do mundo, porque Ele próprio era Um com Deus. Embora Se tornasse parte da raça humana, e estivesse sujeito às limitações humanas, Ele era Aquele que criou a raça humana e o mundo em que viveu. O Criador veio para servir à criação, a ponto de morrer por ela. Assim, o prólogo do Evangelho de João interpreta tudo o que acontece no Evangelho à luz da perspectiva maior da eternidade.

O próprio Criador desceu e andou entre nós, falou nosso idioma e nos mostrou em condições humanas como é Deus. Através do quarto Evangelho, escapamos de uma percepção limitada do vasto Universo, uma visão que só a revelação pode oferecer.


Domingo

Ano Bíblico: Gên. 12–15

A Palavra como Deus eterno – João 1:1 e 2

A introdução do Evangelho de João (João 1:1-18) tem uma linda estrutura no estilo de poesia hebraica, que costuma usar palavras e idéias paralelas. A simples porém majestosa grandeza da linguagem é um complemento adequado para a incrível magnificência das idéias expressas nesta parte do Evangelho.

1. Qual é o alcance da "Palavra" quanto ao tempo passado? João 1:1. A que se refere a expressão "no princípio"? Por que João queria ligar esses dois conceitos? Veja também João 1:3.

 

O conceito de "Palavra"* poderia ser prontamente reconhecido pelos gregos antigos, mesmo que não tivessem ouvido falar de Jesus. Por séculos, os gregos haviam concebido que uma figura divina a que eles chamavam de "Palavra" (Logos, em grego) era a criadora e mantenedora do Universo, a fonte da razão e da inteligência, e mediadora entre o grande Deus e a criação. Ao aplicar a expressão Logos a Jesus, João estava apelando para os gregos em termos que eles podiam entender.

2. Que tipo de relação a Palavra tinha com o Pai? João 1:1, 2 e 18. A Palavra é plenamente Deus ou de certa forma tem uma posição subordinada? João 1:1.

As primeiras palavras do Evangelho combinam "no princípio" (da história da criação de Gên. 1:1) com um verbo que expressa a contínua existência do tempo no passado. No próprio início, no ponto em que começou a criação, a Palavra já tinha uma existência contínua. Assim, é eterna.

Mas a eternidade da Palavra não está baseada em algum tipo de origem no Pai anterior à criação; Jesus não foi criado pelo Pai. Ao contrário, desde a eternidade, Jesus, a Palavra, era distinto do Pai (chamado "Deus" em João 1:1, mas "Pai" no verso 18), mas em nenhum sentido inferior ao Pai.

* Embora na nossa Bíblia Logos seja traduzido como "Verbo", a tradução mais adequada seria "Palavra", e é este o conceito que a nossa Lição utiliza. Nota do Tradutor.


Segunda

Ano Bíblico: Gên. 16–19

Criador e Mantenedor – João 1:3-5

3. Como João deixa claro que a Palavra preexistente não era um ser criado? João 1:3.

Este texto é tão devastadoramente claro que uma denominação foi forçada a mudar o palavreado da sua própria tradução da Bíblia (acrescentando a palavra "outras" – "todas as outras coisas foram feitas por Ele") a fim de manter suas convicções. A clara intenção deste texto é afirmar que tudo e todos, em toda a criação, foi feito pela "Palavra". Ela é a fonte de tudo o que foi criado. Se "nada" foi feito a não ser pela Sua ação, Ele Próprio não é resultado de um ato de criação. Como João 1:1 assinala, antes de qualquer criação ter lugar, a Palavra já tinha existência contínua.

Esta questão pode parecer acadêmica ou sem importância, mas é extremamente importante para a fé cristã. Ela demonstra o incrível valor que Deus colocou sobre nós na Cruz. Aquele que morreu ali não era simplesmente outra parte da criação de Deus, como o Sol, a Lua, ou os anjos; se fosse assim, o sacrifício não teria o mesmo valor que tem em Jesus, o próprio Criador.

Portanto, este não é um sacrifício de menor importância. Na Cruz, nosso valor é estabelecido em condições infinitas: o infinito Filho de Deus morreu a fim de nos salvar; este é o nosso valor à vista de Deus. Este fato é a base mais verdadeira e mais estável para a auto-estima.

4. Que outros textos confirmam as declarações de João sobre o papel de Cristo como Criador? Heb. 1:2; Col. 1:16 e 17.

 

"‘Ele será chamado pelo nome de Emanuel’ ... O brilho do ‘conhecimento da glória de Deus’ vê-se ‘na face de Jesus Cristo’. Desde os dias da eternidade o Senhor Jesus Cristo era um com o Pai; era ‘a imagem de Deus’, a imagem de Sua grandeza e majestade, ‘o resplendor de Sua glória’. Foi para manifestar essa glória que Ele veio ao mundo. Veio à Terra entenebrecida pelo pecado, para revelar a luz do amor de Deus, para ser ‘Deus conosco’. Portanto, a Seu respeito foi profetizado: ‘Será o Seu nome Emanuel’."Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 19.


Terça

Ano Bíblico: Gên. 20–22

Rejeição e recepção – João 1:4-13

5. Qual é outra função da Palavra? João 1:4 e 5.

Na criação original, a Palavra foi o Autor da luz física. Foi Ele quem usou a luz (os raios do sol) como parte do processo de produção das plantas que sustentam a vida física na Terra. Mas aqui o autor de nosso Evangelho tem em mente algo mais do que a luz física e a vida. Ele também está falando da luz no sentido espiritual.

6. O que mais João disse em João 1:10?

Sem a Palavra, não existiria chuva, raio de sol, ar, nem vida. Mas a realidade surpreendente é que quando o Criador e Mantenedor do Universo apareceu na Terra, não foi reconhecido como tal. Até mesmo os que eram "Seus" rejeitaram Aquele que lhes deu vida. À luz destes versos, as ações de tantas pessoas para com Jesus no Evangelho de João, inclusive dos Seus discípulos (João 12:16; 14:6-9), soam tolas e trágicas.

Mas a mensagem desta introdução não é completamente escura.

7. Como é possível tornar-nos filhos de Deus? João 1:12 e 13.

Na língua original, João 1:12 fala que aqueles que O "receberam" (um ponto no passado) e aqueles que "crêem" (ação contínua) em Seu nome obtêm o direito de se tornar filhos de Deus. Esta linguagem aponta para dois aspectos da reconciliação com Deus. O recebimento, como ponto inicial; e o ato de crer, um relacionamento contínuo. Aqui não existe "uma vez salvo, salvo para sempre". Ser filhos de Deus tem um começo, mas também é um processo que continua enquanto o cristão vive.

Este "novo nascimento", porém, não é alcançado pelo esforço humano; é um milagre tanto quanto o ato original da criação. E assim como o ato original da criação deve ser sustentado pelo milagre ininterrupto da vigilância da Palavra (João 1:4 e 5), da mesma forma a relação do filho de Deus com Jesus envolve uma contínua convicção que tem como resultado um milagre contínuo de vida espiritual (vs. 12 e 13).


Quarta

Ano Bíblico: Gên. 23–25

A humanidade de Jesus – João 1:1, 2 e 14

Compare João 1:1 e 2 com o verso 14. Enquanto os versos 1-5 destacam a preexistência divina da Palavra, o verso 14 se volta para a Sua natureza e condição como Alguém que caminhou na Terra como parte da história humana. Estes textos expressam um paradoxo incrível. Um homem de determinada origem étnica, vivendo em um tempo particular na História, sujeito à debilidade humana, vem a ser a Palavra divina que criou todo o Universo.

João 1:1
João 1:14
Eterno
Terrestre
"era"
"Se fez"
"com Deus"
"entre nós"
"era Deus"

"Se fez carne"

A linguagem aqui é simples mas profunda. Em João 1:1 a Palavra "era". O tempo grego implica uma existência contínua no passado. Ele sempre "era". Mas o verso 14 nos diz que em determinado momento a Palavra "Se fez" carne. A palavra traduzida como "se fez" no verso 14 é a mesma traduzida como "foi feito" no verso 3. Quando a Palavra Se tornou carne, foi um ato de criação, algo acrescentado à Sua natureza contínua, eterna. Embora "fosse" Deus, Ele também "Se fez" carne. No processo, a Palavra, que estava "com Deus" passou a estar "entre nós". Todo o Evangelho de João se torna uma expressão da humanidade de Jesus enquanto esteve aqui na Terra. É difícil aqui expressar a verdade declarada com tanta simplicidade em João 1 mas tão profunda que "nem no mundo inteiro caberiam os livros" que fossem escritos sobre ela (João 21:25). Em linguagem simples João expressou todo o alcance tanto da natureza divina como humana da Palavra. Ele é o homem-Deus. É do Céu mas é da Terra. Sempre foi, mas também Se tornou. Era eterno, mas também tem uma existência criada.

Por ser plenamente Deus, Jesus pode revelar como é Deus no mais alto sentido. Porque Se tornou completamente humano, essa revelação é acessível a nós em um nível que podemos compreender e seguir. "Quem Me vê a Mim vê o Pai" (João 14:9). No Evangelho de João, esta verdade difícil mas gloriosa é revelada na introdução mas também é levada para o nosso coração pelo Espírito (João 16:13-15).

Se possível, reúna alguns fatos sobre o tamanho do Universo visível. Depois de ler esses números, pense nos textos e na lição de hoje. Como esse contraste o ajuda a entender o amor incrível que Deus tem por nós?


Quinta

Ano Bíblico: Gên. 26 e 27

A maior revelação – João 1:14-18

8. O que a Palavra fez para que Sua glória fosse vista na Terra? João 1:14.

A palavra ‘habitar’, no grego, significa literalmente "erguer a tenda", uma lembrança do tabernáculo no deserto (Êxo. 25:8 e 9). A glória de Jesus que os discípulos viram lembra a glória da presença de Deus naquele tabernáculo (Êxo. 40:34 e 35).

O santuário do Antigo Testamento era uma fonte maravilhosa de graça e bênção e continua a nos instruir hoje. Mas quando a Palavra Se tornou carne, o santuário do Antigo Testamento foi eclipsado por uma fonte muito maior de graça e de bênção (João 1:16). Jesus é uma Revelação de Deus melhor mesmo do que o santuário, porque em Jesus, Deus habitou diretamente em carne humana, e "nós" pudemos ver o que antes estava escondido por trás das cortinas.

9. O que João Batista tinha a dizer sobre a Palavra? João 1:15. A que ele estava se referindo quando disse que Jesus existia "antes" dele quando, na verdade, ele nasceu antes de Jesus? Lucas 1.

10. O que João está querendo dizer ao comparar Jesus com Moisés? João 1:17 e 18.

Nos dias de Jesus, as duas maiores figuras humanas eram João Batista e Moisés. João era venerado por muitos como um profeta contemporâneo, e Moisés como o grande libertador de Israel e doador da Lei.

Mas a introdução deixa claro que Jesus não era um ser humano comum. Ele era maior do que os maiores homens conhecidos pelo povo daquele tempo. Era o melhor, porque era Deus em carne. Nele foi possível saber como era Deus. Ele veio revelar um mundo muito além do que nossos sentidos são capazes de saber e compreender.

Moisés foi um homem a quem foi dada uma incrível revelação de Deus (Êxo. 33:19-23), e só teve permissão de ver a Deus muito brevemente e por trás. Em contraste, a Palavra veio à Terra como alguém que tinha vivido por tempos sem fim "ao lado do Pai".


Sexta

Ano Bíblico: Gên. 28–30

ESTUDO ADICIONAL

"Cristo era essencialmente Deus, e no sentido mais elevado. Ele estava com Deus por toda a eternidade, Deus sobre tudo, bendito eternamente.

"O Senhor Jesus Cristo, o divino Filho de Deus, existia desde a eternidade, uma pessoa distinta mas um com o Pai." – Ellen G. White, em Review and Herald, 5 de abril de 1906.

"Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada."O Desejado de Todas as Nações, pág. 530.

"A única forma como a raça caída poderia ser restabelecida era pelo dom de Seu Filho, igual a Ele mesmo, possuindo os atributos de Deus. Embora fosse exaltado tão altamente, Cristo consentiu em assumir a natureza humana, a fim de trabalhar no interesse dos homem e reconciliar com Deus Seus súditos desleais." – Ellen G. White, em Review and Herald, 8 de novembro de 1892.

PERGUNTAS PARA CONSIDERAÇÃO:

1. Por que João começou seu Evangelho com pensamentos sobre a criação e mesmo de antes da Criação, quando todos os outros evangelhos começam ou com o o nascimento de Jesus ou com o Seu ministério adulto? O que ele estava querendo provar?

2. Como você responderia a alguém que rejeitasse a divindade ou a preexistência de Cristo com argumentos científicos ou lógicos?

RESUMO: João 1:1-18 nos diz que o Reio do Universo, o eterno Criador, escolheu Se tornar um ser humano. Em termos simples mas profundos, João mostra o contraste entre as naturezas divina e humana de Jesus. Nenhum ser no Universo é mais divino do que Jesus nem é mais humano. Em Sua Pessoa, Ele combina tudo o que precisamos para nos tornarmos filhos de Deus. O restante do Evangelho vai procurar mostrar como isso pode acontecer em nossa vida hoje.


COMENTÁRIO CPB

COMENTÁRIO Prof SIKBERTO

LIÇÃO dos JOVENS

LIÇÃO E COMENTÁRIO em ESPANHOL

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